Gostou desse livro? Conheça mais obras da autora Luciy Moon com muito romance, drama e cenas apaixonantes: "A Governanta do CEO" (COMPLETA); “O filho secreto do CEO”. Aceito opiniões e críticas construtivas. Big beijos e boa leitura estrelas da minha vida! ☪
Izaque a seguiu para o mesmo banco que dividiu com Isabel. Sara esperava resolver a situação deles da mesma forma que resolveu com a amiga. Sentaram lado a lado no comecinho do longo banco, de forma que pudessem observar Rodrigo. — Desculpe-me! — pediu fitando-o. — Pelo quê? — Por ter estragado sua relação com Rodrigo. A boca de Izaque se inclinou em um sorriso sem graça. — Decidi engana-lo por contra própria — ele retrucou. — Embora nunca imaginei que tudo terminaria assim, que ele cederia aos seus encantos como eu. Sara olhou para Rodrigo, dormindo por causa da medicação. — Minha obsessão causou danos para o Rodrigo. Karen queria me atropelar, não ele — comentou entristecida. — Era para ele estar casado com ela, com vários filhos e falando com você. — Teria uma vida miserável nesse cenário — Izaque complementou caustico. — Ele a amava. Izaque riu zombeteiro. — Rodrigo me viu em uma posição comprometedora com a noiva que “amava” e não fez absolutamente nada. Anos depois, e
Após quase dois meses internado, Rodrigo recebeu alta e foi levado por Sara ao apartamento, enquanto não se mudavam, para continuar o tratamento em casa. Só uma semana depois recebeu autorização para conhecer a nova residência. — Olha, não é lindo? — Sara perguntou empolgada, apontando os canteiros no caminho para a porta principal. Percorreu as flores multicoloridas, plantadas de cada lado do caminho que levava a casa, com uma olhada entediada. — Plantaram miosótis nos vasinhos das janelas e das varandas também. O que acha? Forçou um sorriso para a esposa, que apontava pontos azuis por toda a fachada da casa. Não entendia essa fixação em relação às flores, uma vez que ela sempre preferiu rosas, mas não estragaria a euforia dela comentando que pouco se importava com plantas. — Naquela árvore planejo um balanço, próximo dela um escorregador e um banco onde poderemos observar nosso filho brincar. Mirou com desconfiança a árvore encurvada. Não havia a menor possibilidade de deixar s
Após horas de negociações, Rodrigo retornou a ligação de sua esposa.— Chegarei em meia hora no máximo — informou entrando em seu carro.Desligou o celular, prendeu o cinto de segurança e deu a partida, manobrando o carro pelas ruas, ansioso em chegar a casa.Ao parar no sinal vermelho, observou distraído à movimentação na calçada, surpreendendo-se ao ver Karen arrumando a vitrine de uma pequena loja de roupas.Não a via desde o julgamento, em que Karen fora condenada a sete anos de prisão. Ela obtivera a liberdade condicional três anos depois. Na época Izaque e ele, a pedido de Sara — que achava que todos mereciam uma segunda chance e Karen pagara por seus erros —, entregaram uma quantia considerável para a ela através de um parente, depois decidiram nunca mais tocar no nome dela.Viu uma menina de longo cabelo castanho entrar na loja correndo e envolver a perna de Karen, seguida por um homem com cabelo da mesma cor. Ele falou algo que pareceu irritar Karen, porém ela não se afastou d
— Tenho férias em duas semanas e, embora não goste de se afastar por muito tempo do trabalho, Gabriel prometeu que vai passar pelo menos uma semana comigo e Kimberley ai — dizia Isabel, alegrando Sara. — Como está a Estela?— Ótima. Ela persistiu tanto que conseguiu namorar o Carlos. — Sorriu. — Descobriu que o único motivo para ele se esquivar era medo da reação do Rodrigo, que de fato não foi, e ainda não, é boa.— Imagino. Kin está tendo o mesmo problema com o Gabriel. Ele ficou furioso quando mencionei que aos quinze anos eu era bem pior que a nossa filha no quesito "ficantes".— Creio que se eu contar o que fazia na idade da Estela, Rodrigo vai trancafia-la, jogar a chave fora e montar guarda em frente ao quarto dela.Riram, as lembranças das festas e namoricos preenchendo suas mentes.— Ah, estão me chamando. Não se esqueça de sintonizar no meu programa e me dizer o que achou. Bye, bye! — Isabel pediu antes de encerrar a ligação.Sara saiu do escritório com um sorriso nos lábios.
Em seus vinte e sete anos, Sara cometeu muitos erros, a maioria por amor. Rastejou e escavou tão fundo por amor que se tornou impossível enxergar uma saída, uma forma de reverter os atos impulsivos e perversos que cometeu. Arrependia-se? Normalmente a resposta seria um alegre e confiante “Não”, mas naquele dia o “Sim” dilacerava seu coração, da mesma forma que Rodrigo Montenegro, seu amado e idolatrado marido, acabara de fazer.Apertando sua bolsa preta junto ao corpo magro coberto por um vestido vermelho, saiu do elevador a passos largos, o salto fino ecoando pelo estacionamento da empresa do marido. Próxima ao seu Corvette Vermelho, estacionado em uma vaga privilegiada perto dos elevadores, apertou o botão para destravar o veículo e desarmar o alarme. Eram uma das poucas vantagens obtidas após casar com o insensível Montenegro, algo que trocaria sem pensar duas vezes por uma vaga no coração dele.Entrou no carro, batendo a porta com força excessiva, e, após lançar sua bolsa no banco
O corredor a sua frente era longo, o piso, as paredes e o teto eram brancos cobertos por douradas inscrições pequeninas. Sara tentou ler o que diziam, mas não conseguia, pareciam desbotar a cada esforço que fazia para compreendê-las.O local era bem iluminado e havia enormes livros de cada lado, todos com números enormes no meio e o seu nome, Sara Almeida, em brilhantes letras de ouro. Sentindo-se minúscula perto dos grandes encadernados, Sara caminhou devagar.Ao parar na frente de um livro, ele se abria. Folhas viravam lentamente, letras formavam palavras, frases e se mesclavam até que, como mágica, Sara era transportada para alguma cena referente ao número do livro.No volume sete, viu-se pequena olhando para sua mãe falando no telefone. Sua mini versão admirou a roupa imaculadamente branca - uniforme de trabalho no hospital geral de Cezário -, assim como o cabelo castanho claro preso em um coque.O rosto de Minerva Almeida estava vermelho, os olhos furiosos e a voz irritadiça aume
Para o alívio de Sara, uma mulher toda de branco apareceu em seu campo de visão ainda embaçada. Assim como sua vista, sua audição estava prejudicava, pois ela movia os lábios, mas nada parecia compreensível para a mente confusa de Sara.— Onde estou? — repetiu a pergunta com esforço, a garganta seca e dolorida dificultando a fala.No lugar de fazer Sara compreender o que falava, a mulher se afastou.O barulho da porta fechando retumbou dolorosamente nos tímpanos de Sara, que se encolheu na cama, no rosto uma máscara de dor.Fechou os olhos e inspirou profundamente, tentando acalmar o coração e não surtar. Erguei a mão devagar, levando-a ao rosto ao notar que havia algo em seu nariz. Mais tubos. Continuou a explorar e seus dedos encontraram um pano em volta de sua cabeça. Bandagens, supôs, concluindo que as pontadas na cabeça se deviam a alguma ferida ali.Piscou para aclarar a vista e a mente, forçando-se a captar os objetos. Aos poucos focalizou as coisas ao redor. Estava em um quart
Sara mergulhou em um tranquilo mundo sem sonhos e despertou com um agradável calor em sua mão, junto com caricias na palma, fazendo sua pele se arrepiar a partir daquele ponto.Abriu os olhos sorrindo, esperando ver seu namorado ao seu lado. Assustou-se e afastou a mão ao ver, em pé ao seu lado, um desconhecido alto, de porte imponente, vestindo blusa social branca, calça risca de giz e paletó do mesmo material.— Vim o mais rápido que pude — ele disse os olhos cor de carvão analisando Sara de um modo intenso e estranho.Encolheu-se no leito, levantando o lençol até o pescoço.Não notando, ou não ligando, para o medo refletido em seus gestos, o homem inclinou-se. Apavorada por perceber que ele planejava beija-la, mesmo com o corpo fraco e mole, em um ato de proteção, Sara espalmou as mãos no tórax do estranho e o emburrou.— Ainda zangada? — Ele deslizou os dedos pelo cabelo curto, o tom seco evidenciando o desagrado com a atitude dela. — Sara, vamos parar com essa briga estúpida.— N