Atormentada

Perturbada por tudo que ouviu de Isabel, Sara andou sem rumo, deixando-se levar pelas ruas por horas. Parou somente quando o cansaço e a dor nas solas dos pés exigiram um descanso.

Sem encontrar um lugar para sentar, encostou-se contra a parede de um estabelecimento e observou com indiferença o alucinante ir e vir das pessoas pelas ruas.

Um grupo de garotas passou por ela. Conversavam com animação, remexendo as mãos para exemplificar o que diziam e riam alto. Pareciam ter por volta de dezesseis anos e, provavelmente, falavam sobre garotos, festas e planos para o dia. Viviam o presente com intensidade.

Sara sentia falta disso, de viver o momento, de ser uma adolescente despreocupada, com amigas do lado e com vários sonhos para o futuro.

A imagem de Laura e Isabel caminhando com ela pelas ruas de Cezário dominou sua mente. Tinham sido amigas inseparáveis, mas agora, por culpa sua, eram estranhas.

Mesmo em Laura não encontrava todo o companheirismo de outrora. Ambas se esforçavam em reav
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