Figura Acinzentada

Flutuava por cima das belas casas de Cezário, a leve brisa da manhã acariciando sua face e esvoaçando seu longo cabelo ruivo. Uma sensação de liberdade a invadia enquanto observava as pessoas caminharem em câmera lenta pelas ruas.

Tudo tão bom e sereno.

Ao pairar sobre sua casa a urgência a atingiu. Tinha que se apressar e arrumar a residência antes que sua mãe chegasse do trabalho.

Lentamente, pousou em frente à porta de madeira, agarrou a vassoura de piaçava e começou a varrer a frente da residência afastando folhas e sujeiras trazidas pelo vento.

Virou-se pra entrar, mas antes que virasse a maçaneta foi abraçada pelos ombros por uma eufórica jovem de cabelo loiro e olhos azuis.

— Sarinha, o Júlio te convidou pra festa que vai dar ao amigo dele que chegou da capital?

— Sim, fui — confirmou, em seguida indicando desanimada: — Mas não vou.

— Por quê?

— Você sabe por que, Isabel.

— Ainda nessa. — Isabel apertou as bochechas da amiga com ambas as mãos, obrigando Sara a encara-la. — Qual
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