Daniel estava ao telefone e não a notou.— Certo, vou fazer compras com você no fim de semana.— Estou dirigindo agora, não posso falar ao telefone...— Sim, sim, tudo do seu jeito.Daniel tinha uma imagem muito rígida, falava de maneira direta e cheia de vigor. Mas, naquele momento, ele falava de maneira gentil e até sorria, o que suavizava a aura intimidadora que emanava. Ele provavelmente estava falando com uma garota de quem gostava, e como alguém que respeitava muito a lei após se aposentar, não falava ao telefone enquanto dirigia.Beatriz sentiu como se tivesse encontrado um salvador e começou a bater freneticamente na janela do carro.Daniel franziu a testa e abaixou o vidro.— Hm? — Um leve tom de dúvida. — Vou desligar agora, algo surgiu. Na próxima vez, você decide o castigo.Pareceu que ele acalmou a outra pessoa antes de finalmente desligar.Daniel apenas olhou para ela de dentro do carro, sem abrir a porta.— Algum problema?— Você poderia me levar a um hotel? Não é fácil
Beatriz ficou aterrorizada e imediatamente chamou socorro médico. A pessoa que estava bem e almoçando agora estava sendo levada às pressas para a UTI.A casa de repouso ligou freneticamente para a família. Beatriz esperava ansiosamente do lado de fora do quarto. Após mais de uma hora, alguém chegou apressadamente.— Policial Dias?— O que você está fazendo aqui? — Daniel franziu a testa.Ana apressou-se em explicar: — Ela é uma voluntária em nossa casa de repouso, e Avô Fernando gosta muito dela. Nos últimos dias, o Velho Senhor tem se queixado de falta de ar e acorda frequentemente durante a noite. Não esperávamos que isso acontecesse tão rápido...Daniel nem teve tempo de conversar com Beatriz, preocupado em saber sobre o estado de seu avô.Foi então que ela soube o nome completo do avô - Fernando Dias.Mais tarde, o avô foi levado às pressas para a sala de cirurgia. Após quatro horas, foi trazido de volta, esperando que o efeito da anestesia passasse e ele acordasse, o que só acont
Débora, ao ouvir isso, lançou um olhar fulminante à sua melhor amiga e, em seguida, avançou calorosamente para agarrar a mão de Beatriz.— Srta. Rocha, você certamente veio para me dar seus parabéns, não é verdade? Eu sabia, você é muito generosa. Ter mais amigos vindo me felicitar não se compara a ter você aqui. Somente suas bênçãos podem verdadeiramente me fazer feliz.Os olhos de Débora brilhavam, radiando uma inocência natural.— Você está enganada, eu vim aqui para jantar. Não sabia que o Afonso estaria aqui.Ao dizer isso, ela tentou se afastar, mas Débora, obstinada, não a deixou ir. Para aumentar o drama, ela derramou duas lágrimas de tristeza.— Então você ainda não está disposta a me perdoar, certo? Eu sei que te fiz mal, estou disposta a fazer qualquer coisa que você me peça. Se necessário, eu me ajoelho.Antes que Beatriz pudesse responder, Débora cambaleou e se ajoelhou, chorando copiosamente, atraindo a atenção de todos que passavam pelo banheiro.Suas amigas, indignadas,
O sorriso de Beatriz congelou imediatamente. Ela tinha se esquecido de Daniel?Ela virou-se e bateu diretamente no peito de Daniel. Instintivamente, levantou a mão para tocar e, de fato, era um abdômen definido...Como se tivesse levado um choque, Beatriz rapidamente recuou a mão, dando vários passos para trás. Mas não esperava que Daniel a segurasse firmemente pela cintura, puxando-a de volta.A presença dominante do homem, envolvendo-a, fez com que sua respiração acelerasse, sem ter para onde fugir.— Se você quiser experimentar, eu não me importo.Daniel baixou a cabeça, olhando profundamente para ela, sua voz carregada de um poder especial.Por causa dessas palavras, suas bochechas esquentaram, e ela sentiu seu sangue ferver.— Só... só estava falando naquele momento, não quis ofender. — Ela gaguejava.— Não tem problema. Se algum dia você precisar daquilo, pode me procurar a qualquer momento.Daniel, cuja presença dominadora enchia o ambiente, de repente suavizou, soltando-a e cri
Daniel ouviu o som e realmente se virou.Beatriz fixou o olhar no ombro dele, não havia feridas!Então, era apenas sua imaginação.Beatriz suspirou aliviada, contente que não fosse Daniel. Mas então, seu alívio foi interrompido.O que mais ela viu?Tudo que deveria e não deveria ver, ela viu.De forma mecânica, Beatriz levantou a cabeça, encontrando os olhos de Daniel, que também a observava.Estava tudo perdido!Instintivamente, ela tentou fugir, mas Daniel, mais rápido, agarrou um roupão e o vestiu, depois a alcançou em poucos passos, segurando-a pelo pescoço e a arrastando de volta para o banheiro.— Você estava me espiando tomar banho?Beatriz imediatamente negou. — Não, não, não é isso, me escute, é um mal-entendido... Eu estava sonâmbula... isso mesmo, eu tenho sonambulismo...Beatriz não conseguiu continuar, o olhar divertido de Daniel a fez desejar se esconder.O que ela estava dizendo? Essa história poderia ser crível?— Você se arrependeu de ter corrido e voltou querendo que
— Beatriz, pare com isso. Daniel sempre evita mulheres.Afonso franzia a testa, descontente. Em sua visão, Beatriz ainda lhe pertencia, e ela nunca conseguiria se livrar dele.— Bia, venha sentar aqui do meu lado. Foi tudo um mal-entendido da última vez, eu peço desculpas. Tenho tantas coisas sinceras para te dizer...— Quem é você, mesmo? Somos íntimas assim? Não me chame pelo apelido, é repulsivo. — Beatriz respondeu de volta.Débora empalideceu, as lágrimas surgindo imediatamente.— Cunhada, não se preocupe com ela. Quando Daniel mandá-la embora, ela vai se acalmar...José, o irmão mais novo de Afonso, começou a falar, mas seus olhos se arregalaram de surpresa.Beatriz sentou-se ao lado de Daniel, e ele, surpreendentemente, não disse nada para impedi-la, como se tivesse consentido.— Daniel...— Hm, precisa de algo? — Daniel perguntou calmamente, silenciando a todos.Afonso olhava para Daniel, franzindo a testa.— Vamos, não apenas bebamos. Vamos jogar algo.Beatriz raramente jogava
— Não, não coleto .De repente, todos olharam para Beatriz com curiosidade, sem perceber que Afonso respirou aliviado ao lado. Mas Débora, próxima a ele, captou esse detalhe, e seu coração deu uma leve tremida.Beatriz forçou-se a manter a calma, sabendo que ele falava a verdade. Eles tinham um casamento de conveniência, que terminaria com a morte do avô de Daniel. Sua posição social era elevada demais para se interessar por ela. Mesmo assim, ela se sentia constrangida.Durante a próxima rodada do jogo, talvez por estar distraída ou talvez porque Daniel a tivesse esbarrado de propósito, Beatriz perdeu. De qualquer forma, ela foi derrotada.Daniel sorriu para ela. — Srta. Rocha não está com sorte hoje, hein? Verdade ou desafio?— Verdade.Beatriz estava insegura quanto à atitude de Daniel, falando com cautela.— Aquele beijo de antes... você gostou? — Daniel a olhava de forma enigmática. — Não tente mentir, já fui policial, e nenhuma mentira escapa aos meus olhos.O coração de Beatriz
Ele olhou para ela de forma insinuante, — Tem certeza?— Ce... certeza...Ela tropeçava nas palavras, mal conseguindo falar claramente.Daniel de repente se aproximou, segurando a parte de trás de sua cabeça com uma mão e apoiando sua cintura fina com a outra. Os dois corpos se aproximaram, sem deixar espaço entre eles, ela podia claramente sentir o quão firme era o peito dele, o calor penetrante mesmo através das roupas. Ela prendeu a respiração, suas pupilas dilatando.— Parece que minha habilidade não foi suficiente para te satisfazer, então deixe-me compensar desta vez. — A voz de Daniel mal havia cessado quando ele a beijou. Ela ficou completamente tensa, e sua mente parou de funcionar.Por lógica, ela deveria tê-lo empurrado imediatamente, mas seu corpo estava rígido, como se estivesse sob um feitiço. Daniel parecia ter se tornado mais hábil, melhorando a um ritmo surpreendente. Não era mais tão brusco e selvagem como antes, o que a fazia sentir dor por todo lado.A ponta de sua