2 meses depois:Olivia Gomes:— Não quero usar isso — falo, me recusando a deixa-lo me algemar.Nunca conversei com ele sobre ser virgem, mas ele já havia me contato, enquanto eu fingia ser homem que ele gosta de algemar, amarrar e vendar as mulheres com quem dormia, ele se gabava dizendo o quanto elas gritavam loucas com o prazer. Eu fingia que não era demais, para ele não perceber que eu não era homem.Mas agora, com minhas costas coladas na parede, estando seminua, tendo os meus pulsos presos no alto da minha cabeça, com a perna dele entre minhas pernas, enquanto esfrega sua ereção grossa contra minha barriga, me controlo para não engoli em seco e manter minha respiração calma.— Tem medo que faça algo de que não goste estando algemada? — Ele questiona, seu hálito quente contra meu pescoço, seus dentes mordiscando e provocando a pele sensível.— Não sou sã disso, Mike — respondo, minha voz tão rouca que praticamente não a reconheço. — Gosto de me sentir livre, quero poder tocar você
Laura Martins:Impossível controlar as lágrimas que saem assim que passo pelas portas duplas do hospital. Meus joelhos fraquejam, mas uso toda a força que tenho para me manter em pé. Sinto um nó na garganta, e cada passo parece pesar uma tonelada.— Você está linda, Laura — Mike vem em minha direção, sua voz suave e reconfortante. Até que ele ficou ainda mais charmoso careca. Ele beija a minha testa e me estende o braço. Seguro-o, sentindo-me grata por seu apoio incondicional.— Obrigada, Mike — respondo, minha voz trêmula, mas cheia de gratidão.Mesmo eu tento parado com a quimioterapia, dois dias depois que acordei, meus cabelos caíram. E, até o momento ainda não nasceram. O doutor disse que é os sintomas finalmente aparecendo. Estava tão fraca que nem tive força para chorar, mesmo me sentindo destruída por dentro e ainda mais temerosa pelo meu bebê. Bebês. São gêmeos. Um casal.Há duas semanas, fiz a cirurgia para remover completamente a mama, não pude voltar para casa porquê ainda
Seis meses depois:Fernando Duarte:— AAH! — Laura grita, mais uma vez, e sua cabeça cai sobre o colchão.Meu coração palpita forte em meu peito, seguro a sua mão, o nervosismo e ansiedade pulsando em cada célula do meu corpo. Forço um olhar tranquilo, mesmo que eu mesmo esteja gritando por dentro, mas preciso transmitir forças para ela, e gritar, não vai ajudar em nada.O som do munitor cardíaco, o cheiro de antissépticos no ar, as instruções da médica obstetra o tempo todo mostrando como Laura deve respirar e a mandando fazer força, tudo isso é um borrão distante, meu foco está no rosto da minha esposa. O suor escorre por sua testa, seu peito sobre e desce rápido.— Você está indo muito bem, minha dragãozinha. Estamos quase lá, quase.Em resposta, Laura aperta a minha mão, as falanges de seus dedos ficam brancas de tão forte enquanto um grito estridente ecoa por sua boca. Vejo a determinação em seus olhos, a vontade de trazer nossos filhos ao mundo,
Olá! Como vocês estão? Eu estou meio chorosa nesse momento, rsrsrs.Quero muito agradecer por todas vocês, primeiramente a Socorro Miranda. Comecei a escrever Alugada, há dois anos, porém, nunca passava dos primeiros 5 capítulos. Modifiquei tantas vezes, muitas vezes mesmo, mas a Miranda nunca desistiu e acompanhou cada mudança. Muito grata por seu incentivo e paciência comigo.Ao publicar aqui, fui agraciada com mais leitoras: CamilaRibeiro25, Maria, Camila Assunção, Claudia Moraes, Ana Cristina Barbosa e KKgz.Vocês dominaram a minha mente, sério. Eu sentava na frente do notebook para escrever e a cada cena, eu me perguntava quais seriam suas reações. Pense que fiquei boba, tentando adivinhar e ficando ansiosa para ver nos comentários que vocês leram.De coração, agradeço a cada comentário, graças a vocês, fiquei inspirada e consegui chegar ao um final em que chorei ao escrever.Obrigada também aos leitores fantasmas (aqueles que estão lendo, mas como não tem nenhum comentário, eu nã
Laura Martins:Cuidadosamente, fecho a porta de vidro fumê ao sair da sala do RH. A alegria, ansiedade e esperança percorrendo todo o meu corpo fazendo-me vibrar com as emoções borbulhantes dentro de mim.Me controlo ao máximo para não andar saltitando enquanto encaro esse pequenino livro azul em minhas mãos como se fosse o maior tesouro do mundo. Agora que está finalmente assinado, com certeza conseguirei alugar uma casa e sair das ruas perigosas dessa cidade; mostrarei aos meus pais, que me expulsaram de casa apenas com as roupas que estou no corpo – uma camisa de mangas curtas, calça surrada e sapatilhas com um pequeno furo na sala–, que de agora em diante sou uma pessoa independente, e não preciso mais contar com a piedade de estranhos para sobreviver.A assinatura na minha carteira de trabalho é o meu passaporte para uma vida melhor...— Aí!Gemo de dor ao cair de bunda no chão.— Merda! — exclamo frustrada, rapidamente me levanto e com as mãos abertas espalmo sobre minhas roupas
Laura Martins:— É feio encarar as pessoas comendo — falo incomodada, observando-o de soslaio. Não sei bem se ele realmente está me encarado, os olhos dele parecem vagos, mas o simples fato de estarem na minha direção já me perturba.— Não estava te encarando — ele diz, e se ajeita na cadeira. — Coma logo, quero ir embora — resmunga, cruzando os braços.— A porta da rua é serventia da casa — debocho, levando outra garfada de macarrão à boca, nossa! Que sabor divino, o macarrão está tão delicioso, poderia repetir o prato várias vezes.— Está me colocando para fora, de um restaurante que nem seu é? — O ogro pergunta, uma sobrancelha arqueada.— Você quer sair, eu apenas disse para que serve a porta, uai — retruco, achando divertidas as reações dele. — Você já pagou pelo macarrão, não precisa ficar aqui comigo, posso muito bem comer sozinha, não preciso que seja a minha babá.— Você é muito mal agradecida, garota — contra argumenta, dou de ombros.Foco em terminar a refeição. Mas, ao bebe
Laura Martins:— Ei! — Puxa-me para trás, fecho os olhos, sinto todo o meu corpo tremer. — Por que está me ignorando? — Reconhecer a voz do agro, respiro aliviada.— Por que ainda está aqui? — Ignoro a sua pergunta.— Vem — ele começa a me arrastar, mas não deixo, puxo a minha mão para longe da dele.— O que acha que está fazendo? — Pergunto, a chuva começa a ficar mais forte.— Vou te levar para um lugar seguro, vamos, a chuva já está piorando.— Eu não vou para a sua casa! — Exclamo, só Deus sabe o que esse ogro tem na mente.— Nunca te levaria para lá — ele responde olhando-me com... nojo? — Conheço uma pousada aqui perto.— Como pode ver, não tenho dinheiro para pagar...— Eu vou pagar, não posso te deixar na chuva.Paraliso, me surpreendendo pela terceira vez com esse cara. Eu estou cansada, andei o dia todo hoje, e as sapatilhas criando calos nos meus dedos e calcanhares não ajudam muito. Só quero conseguir dormir.— Vem logo! — Ele me tira do estopim da minha mente, entramos em
7 meses depois.Laura Martins:Batidas fortes na porta me despertam de um sono agitado, desencadeando uma dor latejante na minha têmpora, lembrando-me da queda que sofri anteontem na empresa quando desmaiei e bati a cabeça na privada, acordei só no dia seguinte. A luz do sol entrando pelas frestas das da janela de madeira faz meus olhos arderem.— Já vai! — Tento gritar, mas minha voz sai fraca, um mero sussurro.As batidas continuam, mais urgentes. Respiro fundo, tentando dissipar a dor, e me levanto cambaleando. O quarto gira por um momento, mas me estabilizo, apoiando-me na parede enquanto caminho até a porta. O eco das batidas se mistura com o zumbido na minha cabeça.— Quem é? — Minha voz sai rouca, quase inaudível, enquanto destranco a porta.— Senhorita Martins? — Uma voz feminina responde.Abro a porta lentamente, revelando uma mulher jovem e elegante. Ela é alta e magra, vestindo um terno perfeitamente ajustado. Seus olhos me observam com intensidade, e um leve sorriso curva s