Laura Martins:Chefinha: Laura, não faça isso. Você não pode! Como ousa simplesmente me mandar mensagem dizendo que quer cancelar o contrato? E ainda vai contar a Fernando? Tá maluca? Quer ver meu filho voltar a ter depressão sua ingrata?Ignoro as mensagens de Cristiane e desligo o seu celular, descanso a cabeça na cabeceira da cama e começo a alisar minha barriga. Tem um serzinho aqui dentro. Mal posso acreditar.Fecho os olhos. O dia hoje foi cansativo demais, estou muito sobrecarregada e cansada. Se é pra eu sofrer, que eu não precise fazer isso em segredo. Quando noto que meus pensamentos se silenciaram, estou dormindo. De novo.~Fernando Duarte:— Tio Nando! — Maya corre em minha direção assim que o portão da creche se abre. Abro os braços e a pego no colo.— Oi, princesa — dou um beijo em sua bochecha, ela retribui. — Como foi na creche hoje?— Foi chato, não brinquei muito — responde, fazendo um biquinho que a deixa muito fofa. — Mas por que o senhor que veio me buscar, cadê
Fernando Duarte:— Eu não sabia que era você — ela aumenta a voz, me fazendo calar novamente. — Naquele restaurante, eu não menti quando disse que não sabia que era você, sim, eu menti quando você me perguntou sobre sua mãe, você tinha razão, eu a conhecia, mas não foi eu quem a fez te obrigar a ir.— O que você está...— Eu queria cancelar o contrato ao te reconhecer, dar em cima de você por ser paga me pareceu tão sujo, logo você, o homem que me tirou das ruas, me deu comida, e por ironia do destino, ainda é o dono da empresa que aceitou assinar minha carteira mesmo sem eu ter terminado o ensino médio, me dando chance de recomeçar.— Então você cancelou? — Minha pergunta sai como súplica, esperança de que tudo não foi uma farsa.Um bolo ainda maior se forma em minha garganta, Laura balança a cabeça e mais lágrimas escorrem de seus olhos. Minhas mãos começam a tremer, as fechos em punho e desvio o olhar.— Esse tempo todo você... — começo, mas Laura me interrompe.— Depois daquele di
Mike Silva:O sinal fica vermelho, mas não paro. Acelero cada vez mais, escuto as buzinas dos outros carros, mas não ligo. Giro o volante e ultrapasso vários carros um após o outro. Meu coração bate acelerado no peito, onde diabos está Fernando!?Depois de dez minutos, que mais pareceram mil horas, paro o carro em frente à casa de Laura e saio correndo, Olivia vem logo atrás de mim. Antes mesmo de abrirmos a porta, escutamos o choro desesperado de Maya. Nos entreolhamos e entramos rapidamente.Corro direto para o quarto de Laura. O choque de vê-la desmaiada no chão, a pele completamente pálida, me deixa em estado de pânico. Me ajoelho ao seu lado, sua pele está fria, levanto suas pálpebras e vejo seus olhos revirados. O corpo de Laura começa a convulsionar, e o choro de Maya fica ainda mais alto.— Mike, o que a gente faz? — Olivia pergunta, sua voz cheia de medo enquanto ela tenta acalmar Maya que chora.Viro o corpo de Laura de lado e seguro sua língua, para que ela não sufoque. Dep
Fernando Duarte:Observo o peito de Laura subir e descer com sua respiração constante. Seu rosto ainda está pálido.— Perdão, Laura — peço, coloco sua mão em minha testa.Já fazem dois dias que ela está assim, respirando com ajuda de maquinas, com vários fios conectados por seu corpo.No relógio marcam que já se passou das duas e meia da tarde. O médico disse que conseguiram estabilizá-la, mas que o bebê ainda corre perigo, então estão mantendo Laura sedada e em monitoramento constante.Os socos de Mike ainda doem, mas eu me arrependo de não ter deixado ele me bater mais. Eu merecia, muito mais do que isso. Minha mente não para de imaginar como foi a cena de Laura no chão, Maya chorando ao lado dela com medo logo depois de eu sair batendo a porta. Como pude ser tão babaca?Laura me ensinou tanto, mas na hora H, que ela mais precisava, apenas pensei na minha dor. Ignorei suas razões e foquei apenas em mim. Como Mike disse, um babaca de merda.A minha mãe veio aqui, assim que Pedro cont
2 meses depois:Olivia Gomes:— Não quero usar isso — falo, me recusando a deixa-lo me algemar.Nunca conversei com ele sobre ser virgem, mas ele já havia me contato, enquanto eu fingia ser homem que ele gosta de algemar, amarrar e vendar as mulheres com quem dormia, ele se gabava dizendo o quanto elas gritavam loucas com o prazer. Eu fingia que não era demais, para ele não perceber que eu não era homem.Mas agora, com minhas costas coladas na parede, estando seminua, tendo os meus pulsos presos no alto da minha cabeça, com a perna dele entre minhas pernas, enquanto esfrega sua ereção grossa contra minha barriga, me controlo para não engoli em seco e manter minha respiração calma.— Tem medo que faça algo de que não goste estando algemada? — Ele questiona, seu hálito quente contra meu pescoço, seus dentes mordiscando e provocando a pele sensível.— Não sou sã disso, Mike — respondo, minha voz tão rouca que praticamente não a reconheço. — Gosto de me sentir livre, quero poder tocar você
Laura Martins:Impossível controlar as lágrimas que saem assim que passo pelas portas duplas do hospital. Meus joelhos fraquejam, mas uso toda a força que tenho para me manter em pé. Sinto um nó na garganta, e cada passo parece pesar uma tonelada.— Você está linda, Laura — Mike vem em minha direção, sua voz suave e reconfortante. Até que ele ficou ainda mais charmoso careca. Ele beija a minha testa e me estende o braço. Seguro-o, sentindo-me grata por seu apoio incondicional.— Obrigada, Mike — respondo, minha voz trêmula, mas cheia de gratidão.Mesmo eu tento parado com a quimioterapia, dois dias depois que acordei, meus cabelos caíram. E, até o momento ainda não nasceram. O doutor disse que é os sintomas finalmente aparecendo. Estava tão fraca que nem tive força para chorar, mesmo me sentindo destruída por dentro e ainda mais temerosa pelo meu bebê. Bebês. São gêmeos. Um casal.Há duas semanas, fiz a cirurgia para remover completamente a mama, não pude voltar para casa porquê ainda
Seis meses depois:Fernando Duarte:— AAH! — Laura grita, mais uma vez, e sua cabeça cai sobre o colchão.Meu coração palpita forte em meu peito, seguro a sua mão, o nervosismo e ansiedade pulsando em cada célula do meu corpo. Forço um olhar tranquilo, mesmo que eu mesmo esteja gritando por dentro, mas preciso transmitir forças para ela, e gritar, não vai ajudar em nada.O som do munitor cardíaco, o cheiro de antissépticos no ar, as instruções da médica obstetra o tempo todo mostrando como Laura deve respirar e a mandando fazer força, tudo isso é um borrão distante, meu foco está no rosto da minha esposa. O suor escorre por sua testa, seu peito sobre e desce rápido.— Você está indo muito bem, minha dragãozinha. Estamos quase lá, quase.Em resposta, Laura aperta a minha mão, as falanges de seus dedos ficam brancas de tão forte enquanto um grito estridente ecoa por sua boca. Vejo a determinação em seus olhos, a vontade de trazer nossos filhos ao mundo,
Olá! Como vocês estão? Eu estou meio chorosa nesse momento, rsrsrs.Quero muito agradecer por todas vocês, primeiramente a Socorro Miranda. Comecei a escrever Alugada, há dois anos, porém, nunca passava dos primeiros 5 capítulos. Modifiquei tantas vezes, muitas vezes mesmo, mas a Miranda nunca desistiu e acompanhou cada mudança. Muito grata por seu incentivo e paciência comigo.Ao publicar aqui, fui agraciada com mais leitoras: CamilaRibeiro25, Maria, Camila Assunção, Claudia Moraes, Ana Cristina Barbosa e KKgz.Vocês dominaram a minha mente, sério. Eu sentava na frente do notebook para escrever e a cada cena, eu me perguntava quais seriam suas reações. Pense que fiquei boba, tentando adivinhar e ficando ansiosa para ver nos comentários que vocês leram.De coração, agradeço a cada comentário, graças a vocês, fiquei inspirada e consegui chegar ao um final em que chorei ao escrever.Obrigada também aos leitores fantasmas (aqueles que estão lendo, mas como não tem nenhum comentário, eu nã