Foi um emergir longo. Os primeiros sinais de consciência se manifestaram com um abraço no saung.Aldous serviu-se com vinho para aguardá-lo.Sigmund abriu os olhos, incomodado com a pouca luz dos castiçais.— Olá, monge! — Aldous sorriu.— Oi, mestre! Treinamento? — questionou, olhando ao redor.— Não, como se sente?— Como se meus olhos estivessem fechados por muito tempo… mas bem… Logo, a visão normaliza…— Pedi ao monge estressado e peço a ti. É um momento delicado e, se não se cuidar, pode se perder. Seu corpo e sua mente mudarão… — Aldous empurrou a taça para ele. — Não sei o quanto mudará, nem o quão difícil será, então seja prudente e paciente, principalmente consigo!— Estou doente!? — Ele observou o próprio corpo.— Sim e não… tem um pouco de vida em você, dizem ser saudável, mas não creio — brincou, rindo. — É tarde e preciso averiguar algo. Fique à vontade, Himeros deve estar no quarto, mas não se descuide!Terminaram de beber e deixaram o local, Aldous indo ao seu quarto e
Antes do jantar, Aldous chegou.Chase já terminara o corpo do instrumento e trabalhava no arco.Prostrou-se ao guardião, ao vê-lo.— Meu pai. Nenhuma ocorrência em casa. O herdeiro estudou após um passeio nos degraus. Trabalho com meu pequenino. — Ele acariciou o instrumento recém-nascido. — Pseudos e Profasis lidaram com as poucas pendências, Himeros e Hibris estão bem… Hormes, Potos, Ftisis e Anesiquia lidaram com as almas do dia. Como o senhor está?— Bem, Epifron. — Aldous o escusou, sorrindo.— Como foi!? Problemas? — indagou, voltando a trabalhar no arco.— Nenhum… ela ajudará, claro! Fiquei detido durante a sesta, mas foi bom… Senti problemas, o que houve!? Não ouvi sobre no relatório.— Nada, meu pai. Só uma conversa, que não tem gosto bom. Passou!— Ótimo, me banharei e comemos. Presumo que ninguém comeu…— Não é tão necessário comer, sabe!? — Chase riu.Aldous seguiu ao quarto, em negativa.— Ouviu o homem, herdeiro. Precisamos comer! Banho.Sigmund juntou o material e corre
Sigmund deixou a máscara na cama e saiu, suprimindo a torrencial energética. Nos degraus, olhou ao redor, admirado pelo céu, e subiu, observando a paisagem entre os vãos dos degraus enquanto caminhava.Próximo à oitava escadaria, ele sentou.Alguns aprendizes curiosos circundaram, olhando-o, mas sem receber uma reação qualquer, nada fizeram, senão olhar e seguir sua caminhada.Logo, Goenix desceu e sentou ao seu lado.— Olá, monge! — Ele sorriu.— Não está bem!? — questionou Goenix, observando a instabilidade.— Estou sempre louco, mas bem… e você, como está?— Nossa, não esperava receber educação tão cedo… — Goenix riu.— Continue com piadinhas que eu te faço rolar degraus abaixo…Os dois riram.— Ketu está encurralado. Queremos lidar com ele. Alguns conflitos iniciaram e é difícil agir em meio a guerra civil. Felizmente, ele não está em Burma. Gradualmente segue ao ocidente. Isto nos é um trunfo! As regras diferem e a insana ordem irá engoli-lo, se não o pegarmos antes.— Seria difí
Sigmund caminhou com Chase na escuridão por alguns instantes.Ambos chegaram próximos a Aldous, no Grande Salão.Chase prostrou-se.— Mestre Algos! Minha mãe! — cumprimentou.— Olá, crianças. — Althea sorriu. — É ótimo encontrá-los… muito aconteceu nos degraus, não!? — questionou Althea, olhando Sigmund.— Perdão. Se não fosse o herdeiro de Penia, eu teria feito besteira.— Eu nem disse o quê… mas quero saber qual o assunto… sente!Aldous riu — aquela frase sempre funcionava! —, escusando Chase.— Posso ficar, minha mãe, mestre Algos? — pediu Chase.Ambos assentiram e Chase juntou-se, sentando no estofado de frente para Aldous. Sigmund foi até Althea abraçá-la.— Gosto do cabelo novo… o que estamos aprontando?— Quero aprender a lidar com as cordas do saung e farei novas do cabelo… para isto precisei estimular o crescimento.— Já estamos tão longe!? Nossa! — elogiou, acariciando seu rosto. — Então, eu me referia a conversa que teria com Goenix… mas que problema é este que o herdeiro d
Ao despertar, Sigmund sentou, respirando fundo, pensativo. Demorou para os agitados pensamentos acalmarem; resiliente, ele os deixou passar, afinal só haviam anseios que ele não podia executar.Estranhou o cabelo, mas uma sensação de familiaridade lhe deu conforto para não questionar. Terminando, com o saung nos braços, foi à cozinha, onde as gêmeas e Aldous conversavam frivolidades.— Criança! Bem-vindo de volta a realidade. — Aldous levantou para servi-lo uma taça de vinho, sorrindo.— Obrigado, mestre.— Logo é o momento da refeição, podemos estudar depois… então, nem se incomode em deixar a cozinha! — disse Aldous, dando-o a taça.— Obrigado, mestre.— Gostei do cabelo novo… — elogiou Latisha, desviando o olhar.— Não entendo bem o que houve, mas creio gostar… — riu.— Sabemos! — disse Laura, rindo da confusão estampada no menino.Sigmund, confuso, nada disse, sentou ao lado de Aldous para beber, enquanto os três conversavam sobre os últimos assuntos dos degraus.Um possível desaf
Sigmund desceu, ignorando os olhares e os murmúrios dos aprendizes.Chegando no plateau, ele abriu um largo sorriso, olhando ao redor.Ajoelhou-se próximo a um dos muitos lírios petrificados. Era energia cristalizada, mantendo-os intactos, vivos, em seu interior.— Como sabia!? — questionou, acenando em negativa. — Claro! Ele sabe de tudo, Sigmund… — ironizou.“Pude lembrar e vir com Epifron Chase. Sabia que gostaria.”, ele riu.— É seguro tocar!?“Creio que sim… se não for, eu lido com os danos.”O cristal era tão gelado a ponto de queimar a ponta dos dedos. Ele arrepiou-se com a dor, mas sua energia cobriu sua mão, como uma luva, lidando com os danos do congelamento.“Assim aprendemos que não…”, gargalhou.Sigmund acabou rindo também.“Ele chegou!”— Ele quem!? — Ele olhou ao redor e viu um rapaz aproximando-se.“Será intenso, controle-se!”— O quê!? Controle!?— O protegido do herdeiro de Penia — riu o rapaz.— Protegido!? — indagou, intrigado. — Deve estar me confundindo. Não conh
— Meus filhos foram responsáveis por socorrer as crianças Ftonos e Algos. — Niklos disse, com semblante preocupado. — A presença de ambos não é necessária, afinal o pouco que viram é inconclusivo.— Presumo ter conseguido este pouco… — disse Alexa, olhando-o.— Sim, senhora. Se for necessário, tenho!— Alguém pode me ajudar, dizendo o que houve!? — indagou Patience. — Os degraus estavam murmurando, mas cri ser outra falácia.— Os envolvidos tiveram uma arguição que resultou num contágio proposital da Loucura de Algos. — Alexa narrou.Sigmund sorriu de canto da boca.As falas em tom de voz baixo espalharam-se na sala; surpresa e espanto estamparam-se em muitas faces.Os mais debochados riram e os mais preocupados, intrigaram-se.— É necessário entender o ocorrido para punir o perpetrador de tamanha tragicidade! — disse Nap, compondo a fração dos intrigados.— Algos tem algo a dizer antes? — indagou Alexa.— Não, senhora. — Aldous disse. — Concordamos que o herdeiro falará por si. Estam
— Gosto dela. — Aldous riu, observando a negra cúpula.— Isto frustrará os planos de treinar? — indagou Chase.— Presumo estar nas projeções… Para o bom andamento do treinamento, executamos somente com o monge, afinal, o buda rebelde irá preferir assumir a punição para si. Eu faria isto!— Sim, senhor. Mediante isto, mantemos as últimas diretrizes?— Nada sofrerá modificação ainda…— Profasis, pode se encarregar de seus cuidados?— Epifron, calma! Você não está afetando tão negativamente quanto presume… — disse Aldous, rindo de sua preocupação.— Sim, senhor.— Com tamanha rebeldia é difícil afirmar isto! — reclamou Alexa.— Ah! Anaideia, calada, és poetisa — disse Aldous, em negativa.Eles silenciaram.A grande cúpula desfez e Sigmund estava só.A marca deixada por Blair era evidente para os olhos mortos.— Com isto, encerramos a reunião — anunciou Alexa.Todos se cumprimentaram e seguiram para suas casas.— Poine, nos acompanha para pegar sua criança? — sugeriu Aldous.O rapaz olhou