— Gosto dela. — Aldous riu, observando a negra cúpula.— Isto frustrará os planos de treinar? — indagou Chase.— Presumo estar nas projeções… Para o bom andamento do treinamento, executamos somente com o monge, afinal, o buda rebelde irá preferir assumir a punição para si. Eu faria isto!— Sim, senhor. Mediante isto, mantemos as últimas diretrizes?— Nada sofrerá modificação ainda…— Profasis, pode se encarregar de seus cuidados?— Epifron, calma! Você não está afetando tão negativamente quanto presume… — disse Aldous, rindo de sua preocupação.— Sim, senhor.— Com tamanha rebeldia é difícil afirmar isto! — reclamou Alexa.— Ah! Anaideia, calada, és poetisa — disse Aldous, em negativa.Eles silenciaram.A grande cúpula desfez e Sigmund estava só.A marca deixada por Blair era evidente para os olhos mortos.— Com isto, encerramos a reunião — anunciou Alexa.Todos se cumprimentaram e seguiram para suas casas.— Poine, nos acompanha para pegar sua criança? — sugeriu Aldous.O rapaz olhou
O alívio em saber que não estava louco inundou Aldous.— Mestre, está bem? — indagou Sigmund, afastado, apreensivo com as diversas emoções que passearam no semblante de Aldous em instantes.— Sim, criança! — suspirou — Vamos ao Salão Principal.— Sim, senhor. Quer que chame Epifron? Ou Hibris?Aldous riu, negando, e ambos seguiram ao salão.Althea estava sentada à mesa, acompanhada de Dieter, Ignácia e Asah.Os quatro estavam formalmente trajados.Já havia vinho servido à mesa e Byron conversava com eles.— Senhora — prostrou-se Aldous.Automaticamente toda a horda o fez — mesmo que, há alguns instantes, a tenham recebido da mesma forma!— Crianças… não é necessário! — riu, aproximando-se de Aldous e estendendo a mão para auxiliá-lo a levantar. — Como está?— Bem. Como posso servi-la? — Beijou sua mão e levantou.— Tão formal! Quero conversar. Reúne as crianças, amor meu?Ao olhar ao redor e observar a ausência de alguns, Aldous assentiu e convocou todos, sem exceção. Os prostrados, p
Ambos seguiram ao quarto do menino e Althea o deitou na cama.Sigmund não sonhou ou viu seu outro eu, o que propiciou a calma que apresentou ao despertar, quando Althea o permitiu tal feito.— Como se sente, pequeno Sigmund?— Bem… — disse, esfregando os olhos.— Epifron, está bem para lidar com seu treinamento?— Não, senhora! Entreta-— Sem “mas”, “entretanto” ou “todavia”, Chase! — repreendeu. — Se não está bem, peço Profasis. Descanse, por Macária!— Sim, senhora. Perdão! — reparou-se.— Epifron, não está bem? — indagou Sigmund, olhando-o e vendo as manchas azuis. — A Loucura… — afirmou, abaixando a cabeça.— Terminei aqui, momentaneamente. Profasis se encarregará do seu treinamento nos próximos dias, tudo bem!?— O mestre não está bem? — indagou Sigmund, preocupado.— Não, mas melhorará. Precisa descansar. — Ela o beijou na testa. — E você precisa de banho! Logo Profasis o levará ao Grande Cemitério para eu averiguar sua saúde, até lá, cuide-se!— Sim, senhora. — disse o menino,
— Meia hora de estudo. Pegue o saung. — Fitz pediu, rindo da curiosidade do menino com o exercício das cordas. — Levarei a louça e trarei mais vinho para nós.Sigmund correu para buscar o saung.Observou que o ato de pegá-lo não ressoava em suas cordas, mas seguiu atento. Ao chegar, sentou à mesa tornando a aproximar a palma da mão, com o saung em seu colo, e a ressonância se fez presente.Ele riu da curiosa reação.Fitz voltou com vinho, as taças e algumas cordas.— O saung fez o mesmo — riu, mostrando a Fitz. — Quando pego, elas não vibram sós… estranho!— Algumas partes do corpo são preparadas para espalharem o impacto, poupando as cordas… — riu, observando o menino. — É uma característica de todo instrumento produzido por nós. Já observamos alguns instrumentos vivos capazes de manifestarem tal fenômeno.— Uau!— Trouxe cordas. Toquemos, já que outros estudos podem afetá-lo.Fitz lecionou parte da noite, expandindo o conhecimento do menino quanto ao saung. Os acidentes com as corda
— Anaideia é louca! Tenho sede por seu sangue! — esbravejou.A vontade da divindade, manifesta em sua silhueta, sorriu.— Alguns diriam que todos os meus filhos são loucos… Matá-la não resolverá. Quer diagnosticar e lidar, pequeno Sigmund?— Preciso! A única falha que tive após tantos anos de existência!— Um anseio alimentado por tanto egoísmo está fadado ao fracasso.— Ainda é impedir que ela siga sendo uma agente ativa da mais enojante esterilização intelectual que já vi e vivi!— Muitos fatores compõem a fórmula que nos trouxe aqui. As crianças, com a sinfonia escrita por mim, recebem diferenciação e isto adiciona dificuldades no contato com Anaideia após a missão como Lírio.— Anaideia é consequência? — indagou, franzindo o cenho.— Não só consequência da Loucura ou da guerra. A Crueldade mudou! Fato negligenciado por teus irmãos… — explanou, começando a dedilhar a harpa. — Contudo, creio que não veio para falar de Anaideia.— Quero poupar o mestre e o monge. Suporto! Prometo sup
— Devo tomar algum cuidado, minha mãe? — indagou Fitz.— Estão estáveis, na medida do possível. A situação da Loucura é grave, então fique atento. É possível que a louca sabedoria lide, mas, este é um eterno campo desconhecido.— Estimulá-la a agir seria perigoso?— Para ele nunca será… A louca sabedoria é a instabilidade. A ordem em meio ao caos. Qualquer intervenção, induzida ou não, será saudável. Há o risco de abruptas mudanças comportamentais, mas nada nocivo.— Compreendo. Pode ser interessante fazer isto! — concluiu Fitz, pensativo. — Sabe de algo para tal?— Consulte Chase, ele, com certeza, tem algo de Algos Jamon que se comunica diretamente com a louca sabedoria e os herdeiros de Algos.— Obrigado, minha mãe. Retornarei enquanto ele dorme. Pode me ajudar com duas horas de sono a mais? — pediu, observando o fio do menino indicando alguns minutos de sono.Althea tocou para aprofundar o sono do menino.— Cuide-se! Que Macária os abençoe — bem-disse.Fitz sorriu, em agradeciment
— Ainda não voltarei ao trabalho, mas Pseudos, Profasis e Epifron têm explicações para me dar… Vamos ao quarto! — disse Aldous, ao fim da refeição. — Deixarei Himeros no quarto e você descansa, não!? — sugeriu, tomando-a em seu colo novamente.— Sim, Hibris dorme comigo! — disse, sonolenta, após tanto chorar.Aldous a deixou no quarto da horda.Com seu general e tenentes-generais rumou ao quarto. Sentou-se na cama, observando-os. Chase, como usual, sentou recostado à porta e Fitz, com ajuda de Byron, serviu vinho para os quatro.— O que houve com o herdeiro?— Pautamos estimular a louca sabedoria para combatermos a Loucura e suas mazelas. Desconheço os pormenores, porém, após muita resistência de Epifron, ele cedeu e aceitou — reportou Fitz.— Não precisei fazer muito. O buda revoltado tomou uma conta, meu pai. — Chase disse, culpado e intrigado. — O buda calmo teve um transe bizarro encarando o mala, não permiti tocar. Enfim, é o mais resumido e preciso possível. Eu e Profasis ficamo
No Salão Principal, após a refeição, Sigmund aproximou-se de Chase.— Ela está bem, herdeiro! Mais dois meses e atestamos reabilitação. Algumas feridas demorarão para cicatrizar, mas já não sangram… — disse Chase, olhando-o brevemente e voltando a olhar para o nada. — Epidotes lidou com a infertilidade. Ela é jovial, pode encontrar alguém e, quem sabe, deixar uma boa herança para os vivos, ou mortos…— Ela ficará feliz — sorriu. — Obrigado, Epifron.— Disponha! — Chase sorriu, solene. — Hoje está livre para fazer o que quiser, contanto que não seja confusão! Com a saída do mestre Algos, serei o responsável por ti, mas só treinaremos a partir de amanhã.Sigmund observou Chase por algum tempo, intrigado, com a estranha calma e seriedade que ele tinha no semblante.— Está tudo bem, Epifron? Por que tão solene? — perguntou, finalmente tomando coragem. — Precisa de ajuda com algo?— É trabalho… — Ele franziu a testa e seguiu para o corredor.Sigmund o acompanhou com os olhos e quando Chase