Vladimir era um homem um pouco mais velho que Eveline, ela tinha quase vinte e quatro anos e ele tinha trinta e dois, ele tinha cabelos pretos, já com alguns fios brancos e olhos claros, tinha uma postura alta e elegante, maxilar forte e uma covinha no queixo.
- Diga Eveline. Ele disse analisando um croqui. - Eu sei que entrei a pouco na empresa, mas eu preciso de um adiantamento, pagarei assim que puder. Ela disse nervosa e envergonhada. Ainda prestando atenção no projeto. - Hum, me diga quanto você quer? Ele perguntou ainda sem olhar para ela. - Preciso de duzentos mil. Ela disse em tom quase inaudível. Vladimir parou o lápis, com que fazia as anotações no projeto, e olhou para ela levantando uma sobrancelha, pego de surpresa. – Duzentos mil? -Sim! Posso pagar parcelado, se o senhor me der um prazo. Ela disse segurando as mãos. Ele a observou com curiosidade, ela estava olhando para as próprias mãos, que pareciam um pouco tensas, ficou olhando para ela por um tempo até que ela levantou os olhos e seus olhos se encontraram. - Se dormir comigo, te dou o dinheiro. Ele disse sério olhando-a nos olhos. - Não estou brincando senhor. Ela disse corando. -Eu também não! Ele disse observando-a atentamente. – Você pode pensar! Ele disse por fim, voltando a fazer as anotações. Envergonhada ela se levantou para sair, o trajeto da cadeira até a porta pareciam uma légua, seus pensamentos eram confusos e seu desespero era ainda maior. Quando chegou na porta ela se virou para ele, ela não teria como conseguir o dinheiro com mais ninguém, ela precisava, seria a entrada do apartamento e os aparelhos que o filho precisava. - Uma noite? Ela perguntou, com um nó na garganta se formando. - Sim! Apenas uma coisa, ninguém deverá saber. Ele disse encarando-a. - Está bem, eu aceito. Ela disse trémula e com a face queimando. - Ótimo, hoje me encontre no hotel Sumatra, as dezenove horas. Mais alguma coisa? Ele perguntou, voltando ao que estava fazendo como se estivessem negociando uma coisa qualquer. - Não senhor. Ela disse se virando para sair. A primeira vez que Vladimir viu Eveline, seus olhos se encheram de curiosidade, ela era linda, vestia uma calça jeans e uma camiseta branca, singela, mas muito elegante, mesmo em roupas tão básicas. Haviam ligado para ele de uma obra, os trabalhadores tinham derrubado uma das colunas mestre do apartamento, agora tudo podia estar arruinado. - Como vocês conseguiram fazer isso? Coloquem escoras estou a caminho, já chego ai! Ele dizia enquanto tentava dirigir o mais rápido possível. Ele seguia por uma avenida e quando chegou em um cruzamento decidiu de última hora virar em uma rua vicinal, pois esta não teria semáforos, acontece que ao fazer isso ele fechou o carro que vinha atrás, que havia dado seta que iria virar ali e ele certamente seguiria reto, pois não se lembrou da seta. O motorista do outro carro foi rápido e por sorte era um carro bem pequeno evitando a colisão, mas ele parou na frente do carro dele, ele sabia que estava errado e estava disposto a pedir desculpa. Ele desceu do carro e deu alguns passos e viu uma garota jovem descer, ela parecia nervosa, caminhou até ele muito brava, ela falava e fazia gestos com as mãos, mas ele não ouviu nada a única coisa que viu foi seus olhos e seus lábios vermelhos. Os olhos da garota o atraiam como mariposas atraídas pela luz, ele se aproximou dela segurou seu rosto delicado entre as mãos e a beijou. Ele sentiu seu coração disparar e só a soltou quando sentiu as mãos dela nas dele tentando solta-las. Eveline estava muito nervosa naquele dia, ela estava tentando vender o carro, a única coisa que ela conseguiu ficar no divórcio, estava arrependida de não ter brigado com Joshua por suas coisas. Daí um estranho a fecha no transito e ainda a beija no meio da rua. A princípio ela foi pega de surpresa e teve uma avalanche de emoções, sua mente se perdeu e por um tempo, ela não teve reação, mas quando voltou a si tentou com todas suas forçar se livrar do estranho. Quando ele a soltou, ela estava sem ar, ela queria esbofeteá-lo, mas quando ia levantar a mão sentiu que não estava bem, então ela se virou para voltar para o carro, mas antes que conseguisse entrar tudo escureceu. Vladimir soltou a garota e esperava que ela o xingasse novamente e com razão, ele não sabia explicar o que passou em sua cabeça, mas ele apenas viu a garota se virar, parecia um pouco pálida ele seguiu atrás dela e quando ela abriu a porta do carro ela desmaiou em seus braços. Algumas pessoas estavam assistindo à ação dos dois, pois haviam parado parte do transito, era próximo a um posto de combustível. Ele olhou para um funcionário do posto, enquanto mantinha Eveline nos braços. - Guarde o carro dela por favor. O homem fez como ele havia dito, ele colocou a garota no carro e a levou a um hospital particular que ficava próximo dali, enquanto dirigia seu telefone tocava o tempo todo, ele não atendeu, estava irritado e preocupado. Ele olhava para a garota ao seu lado, como ela era linda, ele não conseguia deixar de admirá-la. No hospital ele se dirige a recepcionista. –Rápido chame um médico. Depois de alguns minutos o médico que examinou Eveline veio falar com Vladimir que esperava no corredor. - Você não tem documentos dela? Ele pergunta. - Não, devem ter ficado no carro, foi um acidente, mas nem colidimos acho que ela ficou muito nervosa, ela tem algum problema grave? - Não posso dizer, mas creio que não. Sua taxa glicêmica está baixa, certamente está há horas sem comer, não é grave colhemos sangue para mais exames e ela vai ficar aqui em observação. - Está bem, é um alivio, não se preocupe com valores arcarei com os custos. Tenho que resolver algo urgente e voltarei assim que terminar, não a deixe sair antes que eu volte.Vladimir agradeceu ao médico e saiu o mais rápido que pode, indo direto para a obra.Depois de um tempo Eveline acordou assustada, ao tentar se sentar sentiu uma fisgada na mão então viu o soro conectado, quando ia levar a mão para tirá-lo, uma enfermeira abriu a porta.- Oh! Você acordou, que bom! A mulher disse muito simpática.- Onde estou?- Clinica São Camilo, acho que seu namorado a trouxe, você estava com hipoglicemia, precisa se alimentar ainda mais agora que está grávida.- Ele não é... Eveline ia dizer que o homem que a levara não era seu namorado, mas ao ouvir a palavra grávida ela simplesmente perdeu a fala.- Grávida? Como isso pode ser? Ela perguntou.- Oras, com um homem tão bonito como aquele como não poderia acontecer? Kkkk. A mulher disse sorrindo.Eveline sentiu vertigens novamente e suas mãos começaram a suar, sua vida já estava difícil e agora ela descobre que está grávida de Joshua.Ela se deitou e suas lágrimas escorreram pelos cantos dos olhos, a mulher a vendo
Um pouco desapontada. – Mas o doutor disse que poderia leva-lo para casa. Ela disse com os olhos já marejados de lágrimas.- Eu sei, mas analisando os prós e os contras, eu acredito que você não terá condições de mantê-lo em casa. Ele disse com pena dela, afagando seus cabelos.- Eu consegui duzentos mil, vou dar entrada num apartamento e comprar os aparelhos. Ela disse.- Olha eu sei do seu esforço, mas isso não dá nem para começar infelizmente, você já parou para pensar nos custos de enfermeiros 24 horas? Médicos? Medicamentos? Energia? Instalações? Posso te dar um conselho? Você pode pensar e depois decidir.Ela assentiu, secando as lágrimas que corriam por suas bochechas.- Pegue o dinheiro e guarde para as custas clínicas, dará para cobrir uns três a quatro meses, transferimos ele para o meu hospital, você arruma um apartamento próximo, assim você poderá vê-lo sempre que quiser. Nossa equipe cuidará dele com muito carinho e você poderá trabalhar para arcar com os gastos, sem se p
Ele completou ao vê-la corar. –Estou com um projeto que pretendo deixa-lo em suas mãos, ele é muito importante para nosso portfólio. - Farei o meu melhor. Ela disse seriamente. A refeição chegou. - Vamos comer e esquecer o trabalho, não viemos aqui para isso certo? Ele disse servindo uma taça de vinho tinto para ela. Ele achou graça de ver os olhos espantados dela toda vez que ele tocava em algum assunto ambíguo. Jantaram, falaram sobre política, musica, artes. Ele descobriu que ela estava cursando direito a noite, ele ficou admirado. Ela descobriu que a família dele morava na Irlanda e que ele parecia ser um solteiro convicto. Ela não disse nada sobre já ter sido casada, nem falou de seu filho. Quando o jantar terminou, o bem-estar que estava sentindo passou e ela voltou a ficar tensa, tanto é que tomou o último gole do vinho de uma só vez. - Calma! Você quer mais? Ele perguntou vendo ela beber o vinho com uma certa urgência. - Não obrigada, não sou de beber. Ela dis
O corpo dela estava leve e quente, era o efeito das taças de vinho do jantar e a que ela havia tomado logo que chegou?Ele a colocou no chão, ela olhou o quarto era enorme, limpo e organizado, nada fora do lugar.-E então? Se quiser desistir é agora! Mas se ficar garanto que não vai se arrepender. Ele disse segurando o rosto delicado dela entre as mãos e beijando seus lábios suavemente.- Eu disse que faria e farei. Ela respondeu determinada.- Ótimo! Ele disse desfazendo o laço de seu vestido.Quando o vestido dela se abriu ele teve uma visão do corpo esguio e delicado dela, seus seios firmes e pequenos em um delicado sutiã de renda.A lingerie branca dava a ela uma pureza, seus olhos verdes e lábios carnudos, rosados, eram um pecado, e Vladimir queria pecar, seus olhos brilhavam de desejo.Ele não se conteve mais e a beijou com desejo.Quando ele a beijou, Eveline sentiu seu corpo formigar e um calor a invadiu. Levou a mão ao peito dele e começou a abrir os botões de sua camisa.Ele
Ficou por um tempo olhando as luzes da cidade pela janela, então passou a mão em seu celular e ligou para Eveline.Eveline que acabara de sair do banho, viu seu celular acender sobre a pequena mesa que tinha em seu quarto.Ela se aproximou para ver a palavra “chefe” na tela.Indecisa se atendia ou não, com o celular não mão, o colocou de volta sobre a mesa, ao se lembrar da voz melosa da mulher ao falar com ele.O telefone ainda tocou mais algumas vezes, mas ela simplesmente o deixou lá e foi para a cama, estava muito cansada.Eveline acordou bem, não sabe se por causa da bebida, mas logo que se deitou pegou no sono, tomou banho, trocou de roupa e depois foi para o hospital.Lá ela encontrou Dr. Júlio, que estava terminando seu plantão.- Doutor? Ela o chamou se apressando para falar com ele.- Bom dia Eveline. Ele disse simpático.- Eu pensei e vamos fazer como o Sr. disse. Ela disse um pouco triste.- É o melhor a se fazer, vou falar com a equipe e transferimos ele assim que for pos
De manhã Eveline acordou com Dr. Julio entrando no quarto, ele usava uma calça jeans e uma camiseta preta, era a primeira vez que ela o via sem estar com roupa branca.- Bom dia, não queria acorda-la, mas vamos levar Nicolas hoje para a clínica e você pode acompanhar, já preparamos tudo para recebe-lo, você deve ir à recepção do hospital e assinar os papeis da transferência. Ele disse se sentando a cadeira ao lado da poltrona que ela estava.Eveline tentava ajeitar as roupas, com vergonha por ter sido pega dormindo, mas ela estudou até tarde e acabou pegando no sono.- Está bem, eu vou lá agora.- Ótimo, vou reunir a equipe e fazer todos preparativos pode ir tomar um café enquanto isso.Ela assentiu e antes de sair foi até o filho e deu-lhe um beijinho na testa.Tudo correu bem, mas Eveline estava atrasada para o trabalho.A clínica era linda e os funcionários pareciam muito educados, receberam Nicolas com muito carinho, pareciam que já o conheciam a tempos.Depois que ele estava inst
Ela depois de se recuperar, foi para sua sala e não conseguia se concentrar, achava que tinha sido injusta com Vladimir e ele havia dito que queria falar com ela, acabou que saiu sem dizer.Ela saiu e sentiu alguns olhares, mas ninguém disse nada, foi até a cozinha e preparou dois cafés.Ela bateu na porta da sala de Vladmir com os cafés na mão.- Entre! Ele disse continuando o que estava fazendo de cabeça baixa.- Posso falar um minuto? Eveline disse, vendo-o ainda de cabeça baixa.- Mais alguma acusação? Ele perguntou sendo sarcástico, e ainda sem olhar para ela.- Quero pedir desculpas e obrigada, mesmo que tenha dito que não foi para me defender, ainda assim agradeço.Ele ficou um tempo brincando com o lápis na mão e então olhou para ela, que estava com as duas canecas de café na mão.- Uma dessa é para mim? Ele perguntou apontando para as canecas com o lápis.- Oh! Sim, acabei de fazer, trouxe para você!- E quando pretende me dar?Ela então notou que ainda segurava a caneca, col
Tocou a campainha e quando a porta se abriu ele teve um vislumbre, a garota com os cabelos úmidos, vestida apenas em um robe curto, rosa, de cetim que evidenciava suas curvas e deixava a mostra suas belas pernas longas e seus mamilos proeminentes pelo fino tecido.- Isso é para me provocar? Ele perguntou olhando-a de cima a baixo.- Oh! Eu... Ela ficou envergonhada se esqueceu que estava de robe.Os dois ouviram conversas alguém estava vindo, ela então puxou-o para dentro.- Não é o que está pensando se quisesse lhe provocar não seria assim pode ter certeza! Ela disse tentado parecer natural, mas estava com o rosto vermelho de vergonha.Vladimir riu vendo-a sair, mas não podia negar que gostaria de vela provoca-lo.Enquanto ela estava se trocando ele deu uma olhada no flat, embora limpo, parecia que ela estava acabando de se mudar, havia apenas um fogão elétrico de duas bocas, um pequeno escorredor na pia, um frigobar muito pequeno e um sofá de dois lugares.Ficou pensando onde ela ha