De manhã Eveline acordou com Dr. Julio entrando no quarto, ele usava uma calça jeans e uma camiseta preta, era a primeira vez que ela o via sem estar com roupa branca.
- Bom dia, não queria acorda-la, mas vamos levar Nicolas hoje para a clínica e você pode acompanhar, já preparamos tudo para recebe-lo, você deve ir à recepção do hospital e assinar os papeis da transferência. Ele disse se sentando a cadeira ao lado da poltrona que ela estava. Eveline tentava ajeitar as roupas, com vergonha por ter sido pega dormindo, mas ela estudou até tarde e acabou pegando no sono. - Está bem, eu vou lá agora. - Ótimo, vou reunir a equipe e fazer todos preparativos pode ir tomar um café enquanto isso. Ela assentiu e antes de sair foi até o filho e deu-lhe um beijinho na testa. Tudo correu bem, mas Eveline estava atrasada para o trabalho. A clínica era linda e os funcionários pareciam muito educados, receberam Nicolas com muito carinho, pareciam que já o conheciam a tempos. Depois que ele estava instalado ela saiu correndo para tomar um banho rápido para ir para o escritório, no caminho ela ia observando se encontrava alguma placa de aluga-se, mas observando o bairro um aluguel ali por perto seria caro para ela. No escritório, Vladimir de sua sala observava a sala vazia de Eveline, ele caminhava de um lado para outro abriu a porta e foi até a cozinha. Quando chegou na porta viu alguns arquitetos e estagiários conversando sobre Eveline. - O que está acontecendo aqui? Vocês têm pouco serviço? - Oh não senhor, só estamos preocupados, Eveline ainda não chegou. - Sim e? Ele perguntou levantando uma sobrancelha. - Nada, já estamos indo. Disseram passando por ele se dispersando pelos corredores. Vladimir ficou parado observando-os. Ao se aproximar do corredor ouviu o nome de Eveline e a palavra namorado na mesma frase, não ouviu o contexto, mas as duas palavras o incomodou um pouco. Quando ele saiu da cozinha viu Eveline apressada entrando em sua sala, com uma pasta de croqui em uma das mãos e o note em outra. Vladimir caminhou a passos largos até a sala ao chegar na porta, reparou que ela estava tão absorta em seus pensamentos que não o viu chegar. Ele em pé na porta pigarreou, observando-a. - Oh! É você? Ela disse levando a mão ao peito, assustada. - Quem você esperava? Venha a minha sala. Ele disse isso e saiu. Ela terminou de ajeitar as coisas sobre a mesa e levando sua pasta logo o seguiu, pelo corredor sentiu alguns olhos a observando, alguns com pena outros satisfeitos esperando que ela fosse chamada a atenção. Ela deu um toquinho na porta e entrou. Vladimir alto e imponente estava de costas para a porta olhando pela janela, com as mãos nos bolsos da calça preta e a camisa branca, impecável com as mangas dobradas, deixavam a mostra seu antebraço forte e um relógio de correia preta e mostrador prateado. Ela ficou um tempo o observando, e ele percebeu isso. - Está gostando do que vê? Ele quebrou o silencio. Ela sem jeito, tentou dizer alguma coisa em sua defesa, mas nada saiu. Ele se virou para ver uma garota sem jeito com a face corada. – Boa tarde, Eveline. - Bom dia senhor, eu.... - O que tem na pasta? Ele perguntou, não queria ouvir as explicações dela. - O projeto que me pediu. Ela disse se aproximando e deixando o projeto sobre a mesa. - Você o terminou em sua casa? Ele a observava. - Sim, eu terminei esta noite. - Suponho que chegou atrasada porque não dormiu. Ele disse abrindo a pasta, logo após se sentar. Eveline não sabia o que dizer, ela realmente trabalhou a noite, mas o motivo do atraso era outro. - Excelente! Enquanto lutava com seus pensamentos ela ouviu ele dizer. Meio atônita ela o olhou. – Excelente? - Sim, porque está admirada? Não se dedicou ao trabalho? - Sim, mas... - Vamos. Ele disse se levantando. - Onde vamos? - Para a sala de reunião. No caminho ele batia nas portas das salas e dizia. – Reunião agora! Uma comoção surgiu de repente e todos se apressaram para a sala, Eveline que caminhava um pouco distante dele, estava apreensiva, não sabia o que se passava na cabeça de Vladimir. Os outros estavam como Eveline, uns achavam que seria algo bom outros achavam que Vladimir chamaria a atenção de Eveline na frente de todos, uns com pena e outros achando bom. Na sala. – Todos estão aqui? Olhando a sua volta Eveline constatou que sim todos estavam a mesa de reunião. - Quero que olhem este projeto e me digam o que acham. Todos se entre olharam e depois para Eveline que piscava nervosa, olhando para Vladimir. Um tempo depois que o projeto rodou em todas as mãos. – E então? Ele perguntou. - Ficou muito bom! Disseram olhando para ele. - Vê? Este é o trabalho de uma colega de vocês que virou a noite terminando este projeto, acabou por dormir sobre ele e se atrasou, no entanto alguns aqui se acharam no direito de julgá-la. Alguns se sentiram envergonhados, outros felizes por Vladimir ser tão justo. Eveline olhava para todos curiosa e ao mesmo tempo se sentindo traída. - Agora vocês podem ir, tem muito trabalho a ser feito. Ele disse dispensando-os. Quando Eveline ia se levantar sentiu um leve aperto em seu braço. Ele olhou para ele com curiosidade e assim que todos saíram. - Quero falar com você! - O que você quer falar depois de me humilhar? Ele a olhou com os olhos arregalados. – Te humilhar? - Quer dizer que acha que estava me defendendo? Me expondo daquela forma? Se agora alguém não gostava de mim a situação ficou pior não acha? - Você se acha tão importante assim? Ele a olhou de forma arrogante, mas por dentro ele estava desapontado. - Não é isso é que ... - Shiiit! O que fiz não tem nada a ver com você, não quero mexericos no meu escritório. Visivelmente aborrecido ele se levantou e antes de sair. – Não tolerarei atrasos, não se atrase! Ao sair ele praticamente bateu a porta, fazendo-a pular com o baque.Ela depois de se recuperar, foi para sua sala e não conseguia se concentrar, achava que tinha sido injusta com Vladimir e ele havia dito que queria falar com ela, acabou que saiu sem dizer.Ela saiu e sentiu alguns olhares, mas ninguém disse nada, foi até a cozinha e preparou dois cafés.Ela bateu na porta da sala de Vladmir com os cafés na mão.- Entre! Ele disse continuando o que estava fazendo de cabeça baixa.- Posso falar um minuto? Eveline disse, vendo-o ainda de cabeça baixa.- Mais alguma acusação? Ele perguntou sendo sarcástico, e ainda sem olhar para ela.- Quero pedir desculpas e obrigada, mesmo que tenha dito que não foi para me defender, ainda assim agradeço.Ele ficou um tempo brincando com o lápis na mão e então olhou para ela, que estava com as duas canecas de café na mão.- Uma dessa é para mim? Ele perguntou apontando para as canecas com o lápis.- Oh! Sim, acabei de fazer, trouxe para você!- E quando pretende me dar?Ela então notou que ainda segurava a caneca, col
Tocou a campainha e quando a porta se abriu ele teve um vislumbre, a garota com os cabelos úmidos, vestida apenas em um robe curto, rosa, de cetim que evidenciava suas curvas e deixava a mostra suas belas pernas longas e seus mamilos proeminentes pelo fino tecido.- Isso é para me provocar? Ele perguntou olhando-a de cima a baixo.- Oh! Eu... Ela ficou envergonhada se esqueceu que estava de robe.Os dois ouviram conversas alguém estava vindo, ela então puxou-o para dentro.- Não é o que está pensando se quisesse lhe provocar não seria assim pode ter certeza! Ela disse tentado parecer natural, mas estava com o rosto vermelho de vergonha.Vladimir riu vendo-a sair, mas não podia negar que gostaria de vela provoca-lo.Enquanto ela estava se trocando ele deu uma olhada no flat, embora limpo, parecia que ela estava acabando de se mudar, havia apenas um fogão elétrico de duas bocas, um pequeno escorredor na pia, um frigobar muito pequeno e um sofá de dois lugares.Ficou pensando onde ela ha
Ela quase o acertou com um tapa, mas teve sua mão segurada, ainda no ar.- Me solte! Como ousa me tocar! Ela disse furiosa.- O que você faz aqui? Ele perguntou com ironia. – Atrás de um bom partido? Quer me envergonhar?- Quem é você? Olhe para você, acredita mesmo que eu preciso lhe envergonhar?- Ora você...- Tem alguma coisa acontecendo aqui? Uma voz imponente soou atrás de Eveline.Ela se virou para ver Vladimir com uma carranca.Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, ele tocou seu braço, a puxando suavemente para ele, olhando para o outro. – Ele está te incomodando?- Não foi nada, ele apenas esbarrou em mim, vamos está tarde. Ela disse se virando de costas para Joshua e ficando amparada entre os braços de Vladimir que era ainda mais alto que Joshua.Depois que voltaram para a sala, eles apenas pegaram suas coisas e nenhum dos dois falaram mais nada, mas ao sair Vladimir viu Joshua sentado ao longe “secando Eveline” então ele se aproximou dela tocando de leve sua cintura, co
Ele a olhou com um olhar zombeteiro.- Muito e você? Ele disse em tom de brincadeira.- Deu pro gasto. Ela disse se desviando dele apertado o botão do elevador, ele a segurou pelo braço, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa ela se soltou dele e o elevador abriu e duas mulheres entraram no elevador.Vladimir a soltou e os dois fingiam que nada havia acontecido, mas as duas mulheres perceberam uma certa frieza entre os dois, mas elas não puderam deixar de contemplar Vladimir de cima a baixo.Ele fingia que não percebia os olhares e quando passou pelas mulheres para sair do elevador as cumprimentou com graça. – Um bom dia senhoritas.Mesmo saindo logo depois dele Eveline ainda pode ouvir as mulheres cochichando felizes por ele tê-las cumprimentado, ela soltou um suspiro irritado, seguindo para sua sala.Ela trabalhou a manhã toda se dedicando ao projeto, na hora do almoço ela saiu para procurar um novo lugar para morar, precisava de um que fosse próximo a clínica que Nicolas estava
Acontece que ela instintivamente travou na porta do elevador, pois ultimamente toda vez que se via com Vladimir em um, ela acabava nos braços dele.Ela fingiu e entrou não tocando no assunto, mas se manteve um pouco longe dele.- Está com medo? Ele perguntou sarcástico.- De você? Ela perguntou no mesmo tom.- Não! De você mesma. Ele disse sedutor, se aproximando dela.Ela realmente se sentia atraída por ele, quando sentiu seu perfume e calor próximo dela, seu coração disparou.Dim! O elevador parou.Ele se virou impaciente.Ela passou por ele rápido em direção ao corredor.Ele abriu a porta e uma grande sala apareceu, era amplo, tinha um cômodo fechado com um banheiro grande.- E então? Ele perguntou.- É bem grande e não sei se consigo pagar algo assim. Ela disse.- Vou ver se está disponível e se você gostou conversaremos sobre os valores depois. Ele disse isso indo em direção a porta.Ela o seguiu em silencio, em sua mente ela pensava, ali seria muito bom. Em seu coração desejava
Depois que jantaram juntaram a louça e Eveline colou na máquina de lavar. – Vou para casa agora, já é tarde obrigada pelo jantar.- Fique! É tarde! E aquele seu flat é longe e sem segurança alguma.- Não posso, imagina eu nem tenho roupa nada e ...- Te empresto uma minha, não que eu não prefira você sem roupa.- Eu vou já estou acostumada.- Não seja boba, não farei nada que você não queira. Ande o quarto a direita é o meu pode ficar com o a esquerda, vou pegar uma camisa para você vestir, tome um banho e vá descansar.- E você? Ela perguntou.- Vou dar uma olhada em uns projetos e analisar seus croquis, sexta é o prazo para o envio.- É verdade, devo ficar com você para adiantarmos.- Não! Vá descansar você tem trabalhado nele duramente estes dias. Pode ir, também não vou demorar.Mesmo relutante Eveline fez como ele havia dito, ela tomou um bom banho, o chuveiro era maravilhoso e o roupão muito macio, ela lavou e secou sua calcinha na máquina de secar, vestiu a camisa que ele lhe
Ela ouviu quando o telefone foi atendido do outro lado. - Joshua? Preciso falar com você é muito importante.- O que você tem para falar? Quer contar suas aventuras com seu amante?- Não seja idiota! Preciso de dinheiro, nosso....- O que? Você quer dinheiro? Você desceu tanto assim?- Escute não é para mim é para nosso...- Não me interessa para quem é! Você deveria ter vergonha! Mas o que esperar de uma morta de fome como você!- Cale a boca me deixe falar! Ela já estava nervosa, queria gritar com ele, mas estava se contendo, pois estava no telefone da clínica. Ele havia bloqueado seu telefone.Pipipi !! Ela ouviu quando ele desligou o telefone e viu o olhar da recepcionista para ela.Envergonhada ela entregou o telefone agradecendo.Andou sem rumo e quando estava longe, se agachou e chorou queria gritar para tirar do peito aquela dor que a consumia.Ela secou as lágrimas e pediu um uber, foi trabalhar, mais do que nunca ela precisava ganhar a licitação e garantir o prémio que Vladi
Eveline sempre evitou esse encontro, até já tinha ido embora de alguns lugares ao vê-los chegar, mas hoje ela só não podia ir embora, como ela estaria no palco. Suas mãos começaram a suar frio, quando sentiu uma um braço envolver sua cintura.- Não se preocupe estou aqui!Ela ouviu a voz de Vladimir e sentiu seu perfume.Piscando curiosa ela olhou para ele. Estava ocupado com outro projeto, mas estou aqui, agora, para você! Vai dar tudo certo confie, você é muito boa.Ela não disse nada, mas de certa forma vê-lo ali e dizendo que ela era boa no que fazia, trouxe a ela uma confiança e ela até se esqueceu de Joshua.No entanto, a interação particularmente intima, não passou desapercebido dos olhos de Sandra que estava procurando por Vladimir, ela queria ter vindo com ele.Sandra olhou para a mão de Vladimir que parecia segurar a cintura da jovem ao seu lado. Sandra tinha quase a idade de Vladimir, e a jovem ao seu lado parecia bem mais nova, quem seria ela? Pensou irritada.Ela decidiu