Ficou por um tempo olhando as luzes da cidade pela janela, então passou a mão em seu celular e ligou para Eveline.
Eveline que acabara de sair do banho, viu seu celular acender sobre a pequena mesa que tinha em seu quarto.
Ela se aproximou para ver a palavra “chefe” na tela.
Indecisa se atendia ou não, com o celular não mão, o colocou de volta sobre a mesa, ao se lembrar da voz melosa da mulher ao falar com ele.
O telefone ainda tocou mais algumas vezes, mas ela simplesmente o deixou lá e foi para a cama, estava muito cansada.
Eveline acordou bem, não sabe se por causa da bebida, mas logo que se deitou pegou no sono, tomou banho, trocou de roupa e depois foi para o hospital.
Lá ela encontrou Dr. Júlio, que estava terminando seu plantão.
- Doutor? Ela o chamou se apressando para falar com ele.
- Bom dia Eveline. Ele disse simpático.
- Eu pensei e vamos fazer como o Sr. disse. Ela disse um pouco triste.
- É o melhor a se fazer, vou falar com a equipe e transferimos ele assim que for possível.
Ao vê-la com os olhos cheio de lágrimas. – Não chore você é uma mãe maravilhosa e está fazendo o que é melhor para ele. Vai lá vê-lo, está acordado.
- Obrigada, Dr. Ela agradeceu e saiu.
Ela entrou no quarto o bebê estava acordado, ele faria três meses e não tinha saído do hospital desde que nasceu.
Sua saúde era crítica, mas Eveline nunca desistiria.
O visitava várias vezes durante o dia, e também passava noites com ele. Lia histórias e cantava. Ela passou a gravar musiquinhas para ele com sua voz, durante o dia as enfermeiras colocavam para tocar e acalma-lo, assim ele sabia que a mãe estava por perto.
Ela aproveitou cada minuto que estava com ele, ela olhou no relógio e já estava na hora de ir para o trabalho, ela precisava de dinheiro e não podia se dar o luxo de ficar desempregada.
No caminho ia pensando em como arrumar mais dinheiro para os custos, seu salário não era ruim, mas o gasto era grande. Os duzentos mil dariam para cobrir alguns meses, mas neste tempo ela teria que juntar mais dinheiro.
Quando ela chegou ao trabalho, Vladimir já estava lá e não parecia de bom humor.
Ela se sentou quietinha em sua sala, vendo-o andar de um lado para outro no corredor.
Ela estava perdida em seus pensamentos, preocupada em como arrumaria dinheiro, quando o telefone tocou.
- Sim. Ela atendeu.
- Venha até minha sala. Vladimir disse diretamente.
Ela deixou o telefone e foi diretamente, não queria deixa-lo esperando, quando ele parecia não estar nos seus melhores dias.
Ela bateu na porta. – Entre ouviu lá de dentro.
Ela entrou e ficou um pouco nervosa, ficando em pé um pouco longe da mesa dele.
Ele a olhou do pé a cabeça, em desagrado.
- E então? O que era tão importante para sair às escondidas da minha casa?
“Era por isso que ele estava bravo? ” Ela pensou.
- Não, eu não saí às escondidas, você tinha companhia, e minha presença era dispensável, além de ser inoportuna já que sua namorada estava presente. Ela disse de forma firme.
Ele ao ouvi-la se levantou e caminhou até ela, tocando seu queixo ele o levantou, para olha-la nos olhos.
– Ciúmes?
Ela se afastou dele, desviando o olhar.
- Não tem nada a ver.
- Não mesmo? Ela não é minha namorada.
- Não me interessa quem ela é, você não me deve explicações.
- É verdade! Mas te dei uma ordem e você não cumpriu! Além disso chegou atrasada hoje. Se saiu mais cedo do seu compromisso comigo, para onde foi que não conseguiu acordar no horário hoje de manhã?
- Eu ..eu não fui a lugar algum hoje de manhã tinha um compromisso, me desculpe.
- Se era tão importante eu poderia ter te dispensado do trabalho hoje. Ele disse um pouco amargo.
- Não havia necessidade. Ela disse, de forma educada.
-Você pode sair. Ele disse fingindo voltar para o projeto que estava sobre sua mesa, chateado.
Ela o havia deixado plantado depois de deixa-lo daquela forma. “ Nem se quer se desculpou”.
Eveline trabalhou o dia todo estava muito ocupada com um projeto de um escritório.
Saiu para o almoço e foi para o hospital ver Nicolas, comprou um lanche no caminho e foi comendo, não tinha tempo para almoçar. Lá ela ficou até a hora de voltar para o trabalho.
Á tarde ela passou pelo hospital e depois foi para casa tomou um banho rápido e foi para a faculdade.
Olhando o grupo dos alunos no celular, ela teve uma ideia colocou no grupo um post se oferecendo para a confecção de trabalhos de qualquer disciplina, formatações etc.
Se desse certo ela viraria muitas noites trabalhando, mas era necessário.
Ela aproveitava as noites no hospital para estudar e as vezes trabalhar, ficava com Nicolas enquanto ele estava acordado, depois ela o vigiava enquanto estudava línguas, colocava em dia seus trabalhos da faculdade de direito e revisava projetos do escritório.
Muitas vezes ela acordou sobre um projeto ou livro enquanto tinha nos ouvidos fones onde treinava a pronuncia do inglês e do mandarim.
Havia dias que ela se sentia exausta e desanimada “será que todo aquele esforço valeria a pena”? Ela pensava consigo. Mas depois ela criava um novo ânimo diante das dificuldades acreditando que as coisas melhorariam.
Depois da faculdade, no hospital Nicolas estava acordado e sorriu quando viu a mãe, ela acariciou seus cabelos e cantou para ele, uma lágrima brotou em seus olhos, era muito triste ver seu filho naquela situação.
Joshua nunca quis saber dela, nas vezes que ela tentou falar-lhe ele nem deu chance a ela de dizer que tinha um filho dele.
“ Não me procure nem que esteja morrendo! ” Essas palavras ressoavam em sua mente.
Ela observava seu filho dormir tranquilo como um anjo, ela faria qualquer coisa por ele, e quanto a Joshua ela só esperava que os céus fossem justos com ele.
De manhã Eveline acordou com Dr. Julio entrando no quarto, ele usava uma calça jeans e uma camiseta preta, era a primeira vez que ela o via sem estar com roupa branca.- Bom dia, não queria acorda-la, mas vamos levar Nicolas hoje para a clínica e você pode acompanhar, já preparamos tudo para recebe-lo, você deve ir à recepção do hospital e assinar os papeis da transferência. Ele disse se sentando a cadeira ao lado da poltrona que ela estava.Eveline tentava ajeitar as roupas, com vergonha por ter sido pega dormindo, mas ela estudou até tarde e acabou pegando no sono.- Está bem, eu vou lá agora.- Ótimo, vou reunir a equipe e fazer todos preparativos pode ir tomar um café enquanto isso.Ela assentiu e antes de sair foi até o filho e deu-lhe um beijinho na testa.Tudo correu bem, mas Eveline estava atrasada para o trabalho.A clínica era linda e os funcionários pareciam muito educados, receberam Nicolas com muito carinho, pareciam que já o conheciam a tempos.Depois que ele estava inst
Ela depois de se recuperar, foi para sua sala e não conseguia se concentrar, achava que tinha sido injusta com Vladimir e ele havia dito que queria falar com ela, acabou que saiu sem dizer.Ela saiu e sentiu alguns olhares, mas ninguém disse nada, foi até a cozinha e preparou dois cafés.Ela bateu na porta da sala de Vladmir com os cafés na mão.- Entre! Ele disse continuando o que estava fazendo de cabeça baixa.- Posso falar um minuto? Eveline disse, vendo-o ainda de cabeça baixa.- Mais alguma acusação? Ele perguntou sendo sarcástico, e ainda sem olhar para ela.- Quero pedir desculpas e obrigada, mesmo que tenha dito que não foi para me defender, ainda assim agradeço.Ele ficou um tempo brincando com o lápis na mão e então olhou para ela, que estava com as duas canecas de café na mão.- Uma dessa é para mim? Ele perguntou apontando para as canecas com o lápis.- Oh! Sim, acabei de fazer, trouxe para você!- E quando pretende me dar?Ela então notou que ainda segurava a caneca, col
Tocou a campainha e quando a porta se abriu ele teve um vislumbre, a garota com os cabelos úmidos, vestida apenas em um robe curto, rosa, de cetim que evidenciava suas curvas e deixava a mostra suas belas pernas longas e seus mamilos proeminentes pelo fino tecido.- Isso é para me provocar? Ele perguntou olhando-a de cima a baixo.- Oh! Eu... Ela ficou envergonhada se esqueceu que estava de robe.Os dois ouviram conversas alguém estava vindo, ela então puxou-o para dentro.- Não é o que está pensando se quisesse lhe provocar não seria assim pode ter certeza! Ela disse tentado parecer natural, mas estava com o rosto vermelho de vergonha.Vladimir riu vendo-a sair, mas não podia negar que gostaria de vela provoca-lo.Enquanto ela estava se trocando ele deu uma olhada no flat, embora limpo, parecia que ela estava acabando de se mudar, havia apenas um fogão elétrico de duas bocas, um pequeno escorredor na pia, um frigobar muito pequeno e um sofá de dois lugares.Ficou pensando onde ela ha
Ela quase o acertou com um tapa, mas teve sua mão segurada, ainda no ar.- Me solte! Como ousa me tocar! Ela disse furiosa.- O que você faz aqui? Ele perguntou com ironia. – Atrás de um bom partido? Quer me envergonhar?- Quem é você? Olhe para você, acredita mesmo que eu preciso lhe envergonhar?- Ora você...- Tem alguma coisa acontecendo aqui? Uma voz imponente soou atrás de Eveline.Ela se virou para ver Vladimir com uma carranca.Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, ele tocou seu braço, a puxando suavemente para ele, olhando para o outro. – Ele está te incomodando?- Não foi nada, ele apenas esbarrou em mim, vamos está tarde. Ela disse se virando de costas para Joshua e ficando amparada entre os braços de Vladimir que era ainda mais alto que Joshua.Depois que voltaram para a sala, eles apenas pegaram suas coisas e nenhum dos dois falaram mais nada, mas ao sair Vladimir viu Joshua sentado ao longe “secando Eveline” então ele se aproximou dela tocando de leve sua cintura, co
Ele a olhou com um olhar zombeteiro.- Muito e você? Ele disse em tom de brincadeira.- Deu pro gasto. Ela disse se desviando dele apertado o botão do elevador, ele a segurou pelo braço, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa ela se soltou dele e o elevador abriu e duas mulheres entraram no elevador.Vladimir a soltou e os dois fingiam que nada havia acontecido, mas as duas mulheres perceberam uma certa frieza entre os dois, mas elas não puderam deixar de contemplar Vladimir de cima a baixo.Ele fingia que não percebia os olhares e quando passou pelas mulheres para sair do elevador as cumprimentou com graça. – Um bom dia senhoritas.Mesmo saindo logo depois dele Eveline ainda pode ouvir as mulheres cochichando felizes por ele tê-las cumprimentado, ela soltou um suspiro irritado, seguindo para sua sala.Ela trabalhou a manhã toda se dedicando ao projeto, na hora do almoço ela saiu para procurar um novo lugar para morar, precisava de um que fosse próximo a clínica que Nicolas estava
Acontece que ela instintivamente travou na porta do elevador, pois ultimamente toda vez que se via com Vladimir em um, ela acabava nos braços dele.Ela fingiu e entrou não tocando no assunto, mas se manteve um pouco longe dele.- Está com medo? Ele perguntou sarcástico.- De você? Ela perguntou no mesmo tom.- Não! De você mesma. Ele disse sedutor, se aproximando dela.Ela realmente se sentia atraída por ele, quando sentiu seu perfume e calor próximo dela, seu coração disparou.Dim! O elevador parou.Ele se virou impaciente.Ela passou por ele rápido em direção ao corredor.Ele abriu a porta e uma grande sala apareceu, era amplo, tinha um cômodo fechado com um banheiro grande.- E então? Ele perguntou.- É bem grande e não sei se consigo pagar algo assim. Ela disse.- Vou ver se está disponível e se você gostou conversaremos sobre os valores depois. Ele disse isso indo em direção a porta.Ela o seguiu em silencio, em sua mente ela pensava, ali seria muito bom. Em seu coração desejava
Depois que jantaram juntaram a louça e Eveline colou na máquina de lavar. – Vou para casa agora, já é tarde obrigada pelo jantar.- Fique! É tarde! E aquele seu flat é longe e sem segurança alguma.- Não posso, imagina eu nem tenho roupa nada e ...- Te empresto uma minha, não que eu não prefira você sem roupa.- Eu vou já estou acostumada.- Não seja boba, não farei nada que você não queira. Ande o quarto a direita é o meu pode ficar com o a esquerda, vou pegar uma camisa para você vestir, tome um banho e vá descansar.- E você? Ela perguntou.- Vou dar uma olhada em uns projetos e analisar seus croquis, sexta é o prazo para o envio.- É verdade, devo ficar com você para adiantarmos.- Não! Vá descansar você tem trabalhado nele duramente estes dias. Pode ir, também não vou demorar.Mesmo relutante Eveline fez como ele havia dito, ela tomou um bom banho, o chuveiro era maravilhoso e o roupão muito macio, ela lavou e secou sua calcinha na máquina de secar, vestiu a camisa que ele lhe
Ela ouviu quando o telefone foi atendido do outro lado. - Joshua? Preciso falar com você é muito importante.- O que você tem para falar? Quer contar suas aventuras com seu amante?- Não seja idiota! Preciso de dinheiro, nosso....- O que? Você quer dinheiro? Você desceu tanto assim?- Escute não é para mim é para nosso...- Não me interessa para quem é! Você deveria ter vergonha! Mas o que esperar de uma morta de fome como você!- Cale a boca me deixe falar! Ela já estava nervosa, queria gritar com ele, mas estava se contendo, pois estava no telefone da clínica. Ele havia bloqueado seu telefone.Pipipi !! Ela ouviu quando ele desligou o telefone e viu o olhar da recepcionista para ela.Envergonhada ela entregou o telefone agradecendo.Andou sem rumo e quando estava longe, se agachou e chorou queria gritar para tirar do peito aquela dor que a consumia.Ela secou as lágrimas e pediu um uber, foi trabalhar, mais do que nunca ela precisava ganhar a licitação e garantir o prémio que Vladi