Um pouco desapontada. – Mas o doutor disse que poderia leva-lo para casa. Ela disse com os olhos já marejados de lágrimas.
- Eu sei, mas analisando os prós e os contras, eu acredito que você não terá condições de mantê-lo em casa. Ele disse com pena dela, afagando seus cabelos. - Eu consegui duzentos mil, vou dar entrada num apartamento e comprar os aparelhos. Ela disse. - Olha eu sei do seu esforço, mas isso não dá nem para começar infelizmente, você já parou para pensar nos custos de enfermeiros 24 horas? Médicos? Medicamentos? Energia? Instalações? Posso te dar um conselho? Você pode pensar e depois decidir. Ela assentiu, secando as lágrimas que corriam por suas bochechas. - Pegue o dinheiro e guarde para as custas clínicas, dará para cobrir uns três a quatro meses, transferimos ele para o meu hospital, você arruma um apartamento próximo, assim você poderá vê-lo sempre que quiser. Nossa equipe cuidará dele com muito carinho e você poderá trabalhar para arcar com os gastos, sem se preocupar, pois ele estará conosco. Pense nisso! Ele disse se levantando. Ao abrir a porta para sair. –Agora tenho que ir, pense e me dê a resposta. Ela ficou olhando o filho, rezou por ele. Era tão pequeno, ela pensou no que o médico disse e ponderou, ela estava tão ansiosa para levar o pequeno para casa, mas de fato ela não havia pensado em todas essas coisas. Ela precisava trabalhar se não, os dois passariam fome. Estava exausta, haviam três meses que ela se dividia entre o hospital e a correria atrás de emprego e dinheiro. De um dia para outro, sua vida que já não era fácil, virou de cabeça para baixo. Teve que começar do zero, catar seus cacos e se levantar sozinha com seu filho para criar. Depois que seu filho nasceu, nada mais a afetava, a única coisa que importava era a vida dele, ela até se humilhou para Joshua, faria qualquer coisa pelo filho, olhou para o celular e já passavam das dezoito horas, ela tinha que cumprir com sua palavra, ela foi para casa para se arrumar. Enquanto tomava banho pensava na figura do seu chefe, ela já o tinha visto uma vez, mas ele não parecia se lembrar dela. Ele havia dado aula inaugural para ela na faculdade de arquitetura. Ela o achou atraente na época, Joshua era bonito, mas era insosso e sem graça na maioria dos dias. Quando o conheceu era alegre e cheio de vida, depois foi ficando chato e ranzinza, só falava em dinheiro. Ela achou que aquilo era normal, embora se sentisse infeliz, mas o amava, fazia tudo para o casamento dar certo. Estava perdida em seus pensamentos olhando para o guarda roupa sem saber o que vestir. Viu um delicado vestido, ele era envelope, amarrava na cintura e sua manga eram três quartos. Não queria nada provocante, embora estivesse literalmente se vendendo, ninguém precisava saber. Olhou no espelho e gostou, elegante e delicado. Ela por si só, já costumava chamar atenção, era esguia com pernas longas e cintura fina, seus cabelos longos e seus grandes olhos verdes brilhavam. Escovou os cabelos deixando-os levemente ondulados nas pontas, nos lábios apenas um balm para dar uma aparência de saúde. Estava quase em cima da hora, não queria se atrasar, Vladimir não costumava ser um cara rude, mas não tolerava atrasos, ela não queria provoca-lo. Pediu um uber, no caminho ela ficou pensando o que ia fazer, desde que conheceu Joshua ela não havia dormido com mais ninguém, na verdade havia se entregado a ele ainda muito jovem e depois se casaram e ela não teve mais ninguém. Estava nervosa. - Chegamos. O motorista disse. Ela quase deixou escapar um “já? ”. O pagou e desceu. Entrou no hotel, nunca havia estado lá, ficou parada no saguão, procurando Vladimir. Uma recepcionista foi até ela. –Senhorita Eveline? - Sim. Ela respondeu. - Senhor Vladimir te aguarda no restaurante. Ela disse educada abrindo espaço para que ela a seguisse. Quando ela entrou no recinto, pode ver Vladimir sentado descontraído lendo o que parecia uma agenda. - Boa noite senhor. Ela disse tímida, ao vê-lo se levantar para puxar a cadeira para ela. - Boa noite Eveline, confesso que achei que você não viria. Ele disse com um sorriso sedutor nos lábios. - Eu me atrasei, mas estou aqui. Disse nervosa. - Está com fome? Perguntou a ela. Ela estava, mas estava nervosa não sabia se adiava isso o máximo possível ou se terminava com essa tortura logo. –Estou bem, não se preocupe. - Vamos jantar, tudo bem para você? Ele disse reparando o nervosismo nela. - Está bem. Ela disse com um sorriso, sendo educada. Ele gostou da obediência dela, não sabia explicar, mas por trás da aparência dócil ela parecia ter uma personalidade forte, um pouco indomável ele diria. Ele deu a ela o cardápio. - O que você escolher está bom para mim. Ela disse, depois pensou um pouco e completou. –Não gosto muito de frutos do mar. - Poxa só porque são afrodisíacos? Ele disse brincando. - Não... é que.... Ela queria explicar - Não se preocupe, não vou decepcioná-la, não sou uma cara que precise disso. Ele disse olhando-a nos olhos. Ela engoliu seco e sentiu seu estômago encolher, suas mãos começaram a suar frio. Ele fez o pedido e olhou para ela que parecia inquieta, ele achou graça e ao mesmo tempo se sentiu excitado. - Então me diga o que te levou a procurar meu escritório? Ele disse querendo puxar assunto para que ela relaxasse. - Eu me formei a um ano, tive uma aula inaugural na faculdade, em que você foi o palestrante. Ela levou a bebida aos lábios, precisava molhar a garganta e continuou. - Precisava de um emprego novo, um professor me indicou seu escritório então eu deixei o curriculum. Ela completou sendo sincera. -Admiro seu trabalho há um tempo. - Vários arquitetos fizeram o teste, quando peguei seu trabalho achei incrível, não sabia que era seu, uma garota tão jovem com uma visão tão madura e ao mesmo tempo audaciosa. Ele continuou. – Confesso que achei que o dono daquele trabalho fosse um arquiteto experiente, que já havia trabalhado para mim e se inscreveu para a vaga. Disse a observando, se lembrando do trabalho que ela havia realizado. Ela sorriu, lisonjeada. – Obrigada. - Não precisa agradecer, tenho planos para você!Ele completou ao vê-la corar. –Estou com um projeto que pretendo deixa-lo em suas mãos, ele é muito importante para nosso portfólio. - Farei o meu melhor. Ela disse seriamente. A refeição chegou. - Vamos comer e esquecer o trabalho, não viemos aqui para isso certo? Ele disse servindo uma taça de vinho tinto para ela. Ele achou graça de ver os olhos espantados dela toda vez que ele tocava em algum assunto ambíguo. Jantaram, falaram sobre política, musica, artes. Ele descobriu que ela estava cursando direito a noite, ele ficou admirado. Ela descobriu que a família dele morava na Irlanda e que ele parecia ser um solteiro convicto. Ela não disse nada sobre já ter sido casada, nem falou de seu filho. Quando o jantar terminou, o bem-estar que estava sentindo passou e ela voltou a ficar tensa, tanto é que tomou o último gole do vinho de uma só vez. - Calma! Você quer mais? Ele perguntou vendo ela beber o vinho com uma certa urgência. - Não obrigada, não sou de beber. Ela dis
O corpo dela estava leve e quente, era o efeito das taças de vinho do jantar e a que ela havia tomado logo que chegou?Ele a colocou no chão, ela olhou o quarto era enorme, limpo e organizado, nada fora do lugar.-E então? Se quiser desistir é agora! Mas se ficar garanto que não vai se arrepender. Ele disse segurando o rosto delicado dela entre as mãos e beijando seus lábios suavemente.- Eu disse que faria e farei. Ela respondeu determinada.- Ótimo! Ele disse desfazendo o laço de seu vestido.Quando o vestido dela se abriu ele teve uma visão do corpo esguio e delicado dela, seus seios firmes e pequenos em um delicado sutiã de renda.A lingerie branca dava a ela uma pureza, seus olhos verdes e lábios carnudos, rosados, eram um pecado, e Vladimir queria pecar, seus olhos brilhavam de desejo.Ele não se conteve mais e a beijou com desejo.Quando ele a beijou, Eveline sentiu seu corpo formigar e um calor a invadiu. Levou a mão ao peito dele e começou a abrir os botões de sua camisa.Ele
Ficou por um tempo olhando as luzes da cidade pela janela, então passou a mão em seu celular e ligou para Eveline.Eveline que acabara de sair do banho, viu seu celular acender sobre a pequena mesa que tinha em seu quarto.Ela se aproximou para ver a palavra “chefe” na tela.Indecisa se atendia ou não, com o celular não mão, o colocou de volta sobre a mesa, ao se lembrar da voz melosa da mulher ao falar com ele.O telefone ainda tocou mais algumas vezes, mas ela simplesmente o deixou lá e foi para a cama, estava muito cansada.Eveline acordou bem, não sabe se por causa da bebida, mas logo que se deitou pegou no sono, tomou banho, trocou de roupa e depois foi para o hospital.Lá ela encontrou Dr. Júlio, que estava terminando seu plantão.- Doutor? Ela o chamou se apressando para falar com ele.- Bom dia Eveline. Ele disse simpático.- Eu pensei e vamos fazer como o Sr. disse. Ela disse um pouco triste.- É o melhor a se fazer, vou falar com a equipe e transferimos ele assim que for pos
De manhã Eveline acordou com Dr. Julio entrando no quarto, ele usava uma calça jeans e uma camiseta preta, era a primeira vez que ela o via sem estar com roupa branca.- Bom dia, não queria acorda-la, mas vamos levar Nicolas hoje para a clínica e você pode acompanhar, já preparamos tudo para recebe-lo, você deve ir à recepção do hospital e assinar os papeis da transferência. Ele disse se sentando a cadeira ao lado da poltrona que ela estava.Eveline tentava ajeitar as roupas, com vergonha por ter sido pega dormindo, mas ela estudou até tarde e acabou pegando no sono.- Está bem, eu vou lá agora.- Ótimo, vou reunir a equipe e fazer todos preparativos pode ir tomar um café enquanto isso.Ela assentiu e antes de sair foi até o filho e deu-lhe um beijinho na testa.Tudo correu bem, mas Eveline estava atrasada para o trabalho.A clínica era linda e os funcionários pareciam muito educados, receberam Nicolas com muito carinho, pareciam que já o conheciam a tempos.Depois que ele estava inst
Ela depois de se recuperar, foi para sua sala e não conseguia se concentrar, achava que tinha sido injusta com Vladimir e ele havia dito que queria falar com ela, acabou que saiu sem dizer.Ela saiu e sentiu alguns olhares, mas ninguém disse nada, foi até a cozinha e preparou dois cafés.Ela bateu na porta da sala de Vladmir com os cafés na mão.- Entre! Ele disse continuando o que estava fazendo de cabeça baixa.- Posso falar um minuto? Eveline disse, vendo-o ainda de cabeça baixa.- Mais alguma acusação? Ele perguntou sendo sarcástico, e ainda sem olhar para ela.- Quero pedir desculpas e obrigada, mesmo que tenha dito que não foi para me defender, ainda assim agradeço.Ele ficou um tempo brincando com o lápis na mão e então olhou para ela, que estava com as duas canecas de café na mão.- Uma dessa é para mim? Ele perguntou apontando para as canecas com o lápis.- Oh! Sim, acabei de fazer, trouxe para você!- E quando pretende me dar?Ela então notou que ainda segurava a caneca, col
Tocou a campainha e quando a porta se abriu ele teve um vislumbre, a garota com os cabelos úmidos, vestida apenas em um robe curto, rosa, de cetim que evidenciava suas curvas e deixava a mostra suas belas pernas longas e seus mamilos proeminentes pelo fino tecido.- Isso é para me provocar? Ele perguntou olhando-a de cima a baixo.- Oh! Eu... Ela ficou envergonhada se esqueceu que estava de robe.Os dois ouviram conversas alguém estava vindo, ela então puxou-o para dentro.- Não é o que está pensando se quisesse lhe provocar não seria assim pode ter certeza! Ela disse tentado parecer natural, mas estava com o rosto vermelho de vergonha.Vladimir riu vendo-a sair, mas não podia negar que gostaria de vela provoca-lo.Enquanto ela estava se trocando ele deu uma olhada no flat, embora limpo, parecia que ela estava acabando de se mudar, havia apenas um fogão elétrico de duas bocas, um pequeno escorredor na pia, um frigobar muito pequeno e um sofá de dois lugares.Ficou pensando onde ela ha
Ela quase o acertou com um tapa, mas teve sua mão segurada, ainda no ar.- Me solte! Como ousa me tocar! Ela disse furiosa.- O que você faz aqui? Ele perguntou com ironia. – Atrás de um bom partido? Quer me envergonhar?- Quem é você? Olhe para você, acredita mesmo que eu preciso lhe envergonhar?- Ora você...- Tem alguma coisa acontecendo aqui? Uma voz imponente soou atrás de Eveline.Ela se virou para ver Vladimir com uma carranca.Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, ele tocou seu braço, a puxando suavemente para ele, olhando para o outro. – Ele está te incomodando?- Não foi nada, ele apenas esbarrou em mim, vamos está tarde. Ela disse se virando de costas para Joshua e ficando amparada entre os braços de Vladimir que era ainda mais alto que Joshua.Depois que voltaram para a sala, eles apenas pegaram suas coisas e nenhum dos dois falaram mais nada, mas ao sair Vladimir viu Joshua sentado ao longe “secando Eveline” então ele se aproximou dela tocando de leve sua cintura, co
Ele a olhou com um olhar zombeteiro.- Muito e você? Ele disse em tom de brincadeira.- Deu pro gasto. Ela disse se desviando dele apertado o botão do elevador, ele a segurou pelo braço, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa ela se soltou dele e o elevador abriu e duas mulheres entraram no elevador.Vladimir a soltou e os dois fingiam que nada havia acontecido, mas as duas mulheres perceberam uma certa frieza entre os dois, mas elas não puderam deixar de contemplar Vladimir de cima a baixo.Ele fingia que não percebia os olhares e quando passou pelas mulheres para sair do elevador as cumprimentou com graça. – Um bom dia senhoritas.Mesmo saindo logo depois dele Eveline ainda pode ouvir as mulheres cochichando felizes por ele tê-las cumprimentado, ela soltou um suspiro irritado, seguindo para sua sala.Ela trabalhou a manhã toda se dedicando ao projeto, na hora do almoço ela saiu para procurar um novo lugar para morar, precisava de um que fosse próximo a clínica que Nicolas estava