- Preciso falar com você. Eveline disse aflita.
-Como conseguiu meu telefone? Não tenho nada para falar com você! Joshua disse, irritado. - Não importa como consegui, só o fiz porque é muito importante. Ela disse com as mãos tremendo. - Nada que venha de você é importante. Ele disse e completou. –Nos divorciamos não te devo nada! - Não? Você ficou com a casa que eu lutei tanto para construir, tudo que estava nela, e depois eu soube que enquanto eu pagava as contas de casa você guardava dinheiro ou gastava com luxos para parecer rico. Ela disse com um amargor na boca. -Você mesma disse que não queria nada, agora não se passou nem um ano e você está me procurando? - O que você esperava? Estando casado comigo estava noivo de outra mulher, cinco anos não significaram nada para você? - Eu amei você, mas a vida é mais que amor! Eu não podia ficar preso a você que não tinha nada para oferecer quando, Judite era herdeira da maior indústria de celulose do país e queria se casar comigo e seu pai fazia gosto da nossa união. - Mesmo se casando com uma rica você ainda me tirou o que havia construído com muito trabalho. Ela disse arrependida de ser tão idiota. - Você aceitou o acordo, devia ter pensado nisso antes, agora é tarde! Não me ligue mais, nem que esteja morrendo. Joshua desliga o telefone e bloqueia o número de Eveline. Eveline ao ouvir o telefone sendo desligado se ajoelha e chora. Um ano atrás. - Quero o divórcio! Joshua chegou em casa se sentou na mesa do jantar e disse essas palavras sem um pingo de sentimento. - O que você está dizendo? Eveline quase derrubou a travessa que estava em sua mão. - Eu não quero choradeira, mas venho já há um bom tempo pensando no divórcio, eu encontrei alguém que me completa e já arrumei um advogado, posso deixar você levar algumas coisas, mas preciso da casa. Eveline deixa a travessa na pia, suas vistas se escurecem, ela procura a cadeira para se sentar, lhe falta o ar. - Não estou entendendo nada, você está louco? Se for brincadeira, pare agora não tem graça. Ela disse irritada. - Não estou brincando Eveline, tenho outra pessoa e vou me casar com ela, amanhã você e eu assinaremos o divórcio. Não vou jantar, só vim lhe avisar, nos encontraremos amanhã no cartório, aproveite a noite para procurar um lugar para você. Ele se levantou para sair. Eveline levanta e bloqueia a porta. –Como você pode fazer isso comigo? Dessa forma? O que sou para você? - Nada! Você não é mais nada para mim, agora saia! Estou atrasado. Eveline estava terminando o curso de arquitetura, ela havia conhecido Joshua no último ano do ensino médio e estavam juntos desde então. Ela se dedicou à ele, os dois foram morar com a familia dele depois de dois anos de namoro. Lá ela era constantemente humilhada, tratada como uma escrava, trabalhava fora e ainda tinha que fazer faxina na casa sozinha, quando eles passavam o dia vendo novela. Para sair da casa da sogra ela passou a trabalhar em mais um emprego e estudar a noite, ele fazia estágio em uma empresa de celulose e estudava administração. Eveline pagava as contas e com um dinheiro que recebeu de herança de seus pais ela havia comprado aquela casa, mas por insistência de Joshua ela colocou a escritura em seu nome. Na manhã que Eveline assinou o divórcio ela estava com nojo de Joshua e também com seu orgulho ferido, ela só queria assinar e sair, nem discutiu sobre suas coisas. Ela assinou o documento com as mãos trêmulas, virou as costas e saiu . Quando chegou na porta do cartório, estava chovendo, ela ficou parada uns instantes até que sentiu uma presença atrás dela e um guarda chuva se abrir sobre sua cabeça, ela nem olhou para trás apenas saiu caminhando na chuva. Quando Joshua viu Eveline assinar o divórcio sem questionar, ele sentiu uma pontada no peito. Enquanto ela brigasse com ele, discutisse e reclamasse era porque ele importava para ela, mas agora, ele a viu sair sem nem olhar para trás, deixando até mesmo o que foi conquistado por ela. Ele não a viu mais, nem soube dela, porém ela sabia dele, as notícias do casamento, das festas e baladas que o ,agora, casal costumavam frequentar juntos, estavam sempre nos jornais. Um dia Joshua passou por um hospital e viu uma mulher que parecia estar gestante de uns oito meses, por um momento ele achou que fosse Eveline. Porém, esta tinha cabelos mais curtos até os ombros, Eveline era magra e alta com cabelos longos, esta parecia mais cheia e caminhava com dificuldade, ele viu quando ela entrou no hospital. Acontece que Eveline estava grávida, quando assinou o divórcio e não sabia. Por problemas na gestação e no parto seu filho nasceu com sérios problemas de saúde, ela precisava de dinheiro para tirá-lo do hospital, teria que ter uma casa e montar uma Uti para ele, pelo tempo que ele precisasse. Ela conseguiu um emprego em um escritório de arquitetura e a noite fazia direito, ela não seria mais passada para trás. Ela sempre gostou de aprender, gostava de muitos assuntos, desde assuntos domésticos, economia e política. Quando ela soube dos problemas de seu filho e que ela precisava mantê-lo em um quarto especial no hospital, ela não tinha este dinheiro. Ela tentou falar com Joshua, afinal o filho também era dele, mas ele não quis ouvi-la,então, resolveu pedir ajuda a seu patrão. - Bom dia senhor, posso falar com o senhor um momento? Eveline esperou que Vladimir chegasse, ela estava aflita e não via outra opção, ela havia começado a trabalhar tinha poucas semanas. Ela tinha uma silhueta elegante, era magra, mas tinha seios e curvas. Sua cintura era fina e seu cabelo era liso e longo, loiro escuro com fios dourados que ilumivavam seu rosto e evidenciavam seus olhos verdes e grandes que contrastavam com sua pele clara e lábios vermelhos.Vladimir era um homem um pouco mais velho que Eveline, ela tinha quase vinte e quatro anos e ele tinha trinta e dois, ele tinha cabelos pretos, já com alguns fios brancos e olhos claros, tinha uma postura alta e elegante, maxilar forte e uma covinha no queixo.- Diga Eveline. Ele disse analisando um croqui.- Eu sei que entrei a pouco na empresa, mas eu preciso de um adiantamento, pagarei assim que puder. Ela disse nervosa e envergonhada. Ainda prestando atenção no projeto.- Hum, me diga quanto você quer? Ele perguntou ainda sem olhar para ela.- Preciso de duzentos mil. Ela disse em tom quase inaudível.Vladimir parou o lápis, com que fazia as anotações no projeto, e olhou para ela levantando uma sobrancelha, pego de surpresa. – Duzentos mil?-Sim! Posso pagar parcelado, se o senhor me der um prazo. Ela disse segurando as mãos. Ele a observou com curiosidade, ela estava olhando para as próprias mãos, que pareciam um pouco tensas, ficou olhando para ela por um tempo até que ela le
Vladimir agradeceu ao médico e saiu o mais rápido que pode, indo direto para a obra.Depois de um tempo Eveline acordou assustada, ao tentar se sentar sentiu uma fisgada na mão então viu o soro conectado, quando ia levar a mão para tirá-lo, uma enfermeira abriu a porta.- Oh! Você acordou, que bom! A mulher disse muito simpática.- Onde estou?- Clinica São Camilo, acho que seu namorado a trouxe, você estava com hipoglicemia, precisa se alimentar ainda mais agora que está grávida.- Ele não é... Eveline ia dizer que o homem que a levara não era seu namorado, mas ao ouvir a palavra grávida ela simplesmente perdeu a fala.- Grávida? Como isso pode ser? Ela perguntou.- Oras, com um homem tão bonito como aquele como não poderia acontecer? Kkkk. A mulher disse sorrindo.Eveline sentiu vertigens novamente e suas mãos começaram a suar, sua vida já estava difícil e agora ela descobre que está grávida de Joshua.Ela se deitou e suas lágrimas escorreram pelos cantos dos olhos, a mulher a vendo
Um pouco desapontada. – Mas o doutor disse que poderia leva-lo para casa. Ela disse com os olhos já marejados de lágrimas.- Eu sei, mas analisando os prós e os contras, eu acredito que você não terá condições de mantê-lo em casa. Ele disse com pena dela, afagando seus cabelos.- Eu consegui duzentos mil, vou dar entrada num apartamento e comprar os aparelhos. Ela disse.- Olha eu sei do seu esforço, mas isso não dá nem para começar infelizmente, você já parou para pensar nos custos de enfermeiros 24 horas? Médicos? Medicamentos? Energia? Instalações? Posso te dar um conselho? Você pode pensar e depois decidir.Ela assentiu, secando as lágrimas que corriam por suas bochechas.- Pegue o dinheiro e guarde para as custas clínicas, dará para cobrir uns três a quatro meses, transferimos ele para o meu hospital, você arruma um apartamento próximo, assim você poderá vê-lo sempre que quiser. Nossa equipe cuidará dele com muito carinho e você poderá trabalhar para arcar com os gastos, sem se p
Ele completou ao vê-la corar. –Estou com um projeto que pretendo deixa-lo em suas mãos, ele é muito importante para nosso portfólio. - Farei o meu melhor. Ela disse seriamente. A refeição chegou. - Vamos comer e esquecer o trabalho, não viemos aqui para isso certo? Ele disse servindo uma taça de vinho tinto para ela. Ele achou graça de ver os olhos espantados dela toda vez que ele tocava em algum assunto ambíguo. Jantaram, falaram sobre política, musica, artes. Ele descobriu que ela estava cursando direito a noite, ele ficou admirado. Ela descobriu que a família dele morava na Irlanda e que ele parecia ser um solteiro convicto. Ela não disse nada sobre já ter sido casada, nem falou de seu filho. Quando o jantar terminou, o bem-estar que estava sentindo passou e ela voltou a ficar tensa, tanto é que tomou o último gole do vinho de uma só vez. - Calma! Você quer mais? Ele perguntou vendo ela beber o vinho com uma certa urgência. - Não obrigada, não sou de beber. Ela dis
O corpo dela estava leve e quente, era o efeito das taças de vinho do jantar e a que ela havia tomado logo que chegou?Ele a colocou no chão, ela olhou o quarto era enorme, limpo e organizado, nada fora do lugar.-E então? Se quiser desistir é agora! Mas se ficar garanto que não vai se arrepender. Ele disse segurando o rosto delicado dela entre as mãos e beijando seus lábios suavemente.- Eu disse que faria e farei. Ela respondeu determinada.- Ótimo! Ele disse desfazendo o laço de seu vestido.Quando o vestido dela se abriu ele teve uma visão do corpo esguio e delicado dela, seus seios firmes e pequenos em um delicado sutiã de renda.A lingerie branca dava a ela uma pureza, seus olhos verdes e lábios carnudos, rosados, eram um pecado, e Vladimir queria pecar, seus olhos brilhavam de desejo.Ele não se conteve mais e a beijou com desejo.Quando ele a beijou, Eveline sentiu seu corpo formigar e um calor a invadiu. Levou a mão ao peito dele e começou a abrir os botões de sua camisa.Ele
Ficou por um tempo olhando as luzes da cidade pela janela, então passou a mão em seu celular e ligou para Eveline.Eveline que acabara de sair do banho, viu seu celular acender sobre a pequena mesa que tinha em seu quarto.Ela se aproximou para ver a palavra “chefe” na tela.Indecisa se atendia ou não, com o celular não mão, o colocou de volta sobre a mesa, ao se lembrar da voz melosa da mulher ao falar com ele.O telefone ainda tocou mais algumas vezes, mas ela simplesmente o deixou lá e foi para a cama, estava muito cansada.Eveline acordou bem, não sabe se por causa da bebida, mas logo que se deitou pegou no sono, tomou banho, trocou de roupa e depois foi para o hospital.Lá ela encontrou Dr. Júlio, que estava terminando seu plantão.- Doutor? Ela o chamou se apressando para falar com ele.- Bom dia Eveline. Ele disse simpático.- Eu pensei e vamos fazer como o Sr. disse. Ela disse um pouco triste.- É o melhor a se fazer, vou falar com a equipe e transferimos ele assim que for pos
De manhã Eveline acordou com Dr. Julio entrando no quarto, ele usava uma calça jeans e uma camiseta preta, era a primeira vez que ela o via sem estar com roupa branca.- Bom dia, não queria acorda-la, mas vamos levar Nicolas hoje para a clínica e você pode acompanhar, já preparamos tudo para recebe-lo, você deve ir à recepção do hospital e assinar os papeis da transferência. Ele disse se sentando a cadeira ao lado da poltrona que ela estava.Eveline tentava ajeitar as roupas, com vergonha por ter sido pega dormindo, mas ela estudou até tarde e acabou pegando no sono.- Está bem, eu vou lá agora.- Ótimo, vou reunir a equipe e fazer todos preparativos pode ir tomar um café enquanto isso.Ela assentiu e antes de sair foi até o filho e deu-lhe um beijinho na testa.Tudo correu bem, mas Eveline estava atrasada para o trabalho.A clínica era linda e os funcionários pareciam muito educados, receberam Nicolas com muito carinho, pareciam que já o conheciam a tempos.Depois que ele estava inst
Ela depois de se recuperar, foi para sua sala e não conseguia se concentrar, achava que tinha sido injusta com Vladimir e ele havia dito que queria falar com ela, acabou que saiu sem dizer.Ela saiu e sentiu alguns olhares, mas ninguém disse nada, foi até a cozinha e preparou dois cafés.Ela bateu na porta da sala de Vladmir com os cafés na mão.- Entre! Ele disse continuando o que estava fazendo de cabeça baixa.- Posso falar um minuto? Eveline disse, vendo-o ainda de cabeça baixa.- Mais alguma acusação? Ele perguntou sendo sarcástico, e ainda sem olhar para ela.- Quero pedir desculpas e obrigada, mesmo que tenha dito que não foi para me defender, ainda assim agradeço.Ele ficou um tempo brincando com o lápis na mão e então olhou para ela, que estava com as duas canecas de café na mão.- Uma dessa é para mim? Ele perguntou apontando para as canecas com o lápis.- Oh! Sim, acabei de fazer, trouxe para você!- E quando pretende me dar?Ela então notou que ainda segurava a caneca, col