(Siegfried)— Não seja ciumento, Sieg. Karvel não é sangue do meu sangue e se eu tivesse que escolher, bem, eu espero nunca ter que escolher. — Ela b**e as unhas compridas na mesa, causando um sonoro dedilhar na madeira. — Fale-me mais sobre esse desejo de liberdade de Dallas.— Não sei os motivos por trás disso, ainda vou cavar mais a fundo. — Desvio os olhos dela. — Dallas está disposta a agir nos demonstrando confiança, mamãe. Ela fez um acordo com os italianos e inclusive aceitou sua proposta sobre o herdeiro e a barriga de aluguel, o primogênito será com o meu DNA e não será híbrido.— O primeiro herdeiro será Turgard. — Repetiu como um eco das montanhas. Os olhos azuis dela brilharam cheios de animação. É o sonho dela, ter o suposto controle de tudo através de um neto. — Ótimo. Quais as condições de Dallas?— Não tem nenhuma, exatamente. — Suspiro, colocando as mãos sobre o corpo, tamborilando os dedos como se meu peito fosse um tambor. — Ela quer liberdade. É isso o que vou dar
(Siegfried)Descarregar o cartucho 9mm parabellum de uma pistola é tão delicioso e relaxante como ter um orgasmo, mas existem algumas coisas antes dogrand finaleque podem ser consideradas igualmente prazerosas.O som dos gritos se perde no barulho da tempestade, no estacionamento em plena madrugada, aquele homem sabia que morreria cedo ou tarde. Para o azar d
(Dallas) As irritantes e potentes batidas na porta não dão um sossego, viro para o lado e cubro a cabeça no travesseiro.Ele não desiste? Persistência. Anotem aí, mais um traço de personalidade de Siegfried Turgard que eu não sei dizer se é uma qualidade ou defeito. Ele também é bruto, egocêntrico, barulhento e beberrão, aliás todos essesvikings
(Siegfried)O celular vibrou na minha mão, olhei o visor, vendo o número da Sra. Dagmar Turgard, minha mãe. Ela provavelmente estava irada com o meu atraso. O sol já se escondia detrás das montanhas, pintando o céu de nuvens douradas. Nessa época do ano as estradas ficam cheias de turistas em suasmotorhomesalugadas para ver as luzes da aurora boreal.
(Dallas)— E minha irmã? — Seguro o copo de papelão branco aquecido pelo café em seu interior.A cafeteria fica na beira da cidade e é bem frequentado. O local está movimentado com moradores entrando e saindo, muitos aproveitam para comer alguma coisa. Com paredes pintadas com um cor de rosa escuro estranho, criando uma dec
(Dallas)— Pare com isso, sei que você adorou quando o seuvikingchegou em seu cavalo branco para te salvar. — Pandora atira a almofada do sofá no meu rosto, me fazendo dar risada, me jogando mais despojada contra a poltrona branca. — Ou no caso, uma moto preta!—
(Siegfried)(Siegfried)A cerveja está sendo servida em canecas feitas de chifres. Uma fogueira crepita no centro de um círculo de pedras, o fogo alto e abundante quase querendo tocar o céu apenas hesita contra o vento cortante e frio que sopra dos montes. As crianças brincam de cabo de guerra. Tudo está perfeito.O som se põe ao suave tocar do
(Siegfried)Ao fim da cerimônia seguimos para o salão de festas ao lado da casa de campo, todo feito de madeira com telhados triangulares, onde seria servido o jantar e festejaríamos nossa união.— Quando vão soltar a gente? — Dallas pergunta erguendo o braço que está amarrado com o meu.— Não vão, só podemos tirar quando as fitas caírem. — Lanço um sorriso, enquanto sigo pelo salão ao som da música que cresce animada, para me sentar em uma grande mesa de banquete ao lado dela, na ponta. Os outros convidados mais íntimos tomam seus lugares.Há uma cornucópia no centro da mesa, com muitas bandejas de assados, legumes e fruta, a cerveja e o vinho são servidos em abundância, mas pra nós, eles trarão uma bebida dos deuses, okvasir, ou algo parecido com o hidromel moderno, que teremos que tomar