(Siegfried)Depois de um jantar amoroso e satisfatório, voltamos para o clube e puxamos os livros das mãos de nossos soldados para que encontrassem Sabrina nas escrituras.Viktor Rubensson era um homem muito organizado e por isso queríamos mantê-lo como diretor ou coisa parecida, mas ele precisaria amansar o ego para aceitar subordinação e o meu plano B era usar Telma, ou, Damir, como era mesmo o seu nome. Ele tinha acompanhado Viktor por tempo o suficiente para saber tudo como funcionava.Obviamente encontramos o endereço, Sabrina era uma dominatrix na cena e gostava de trabalhar com submissas mulheres, ou seja, ela não tinha interesse em trabalhar com Renée o que confirmou nossas suspeitas. Se não tinha sido por dinheiro, então ele realmente queria sair de nossas vidas por causa de Miguel.Mesmo assim fomos até a casa de Sabrina, ainda era cedo e as luzes estavam apagadas de um jeito estranho. Resolvi bater na porta e confirmar que estava tudo bem, antes de ir embora de uma vez por
(Dallas)O aeroporto da ilha é grande, mas saber com o que estávamos lidando deu muitas vantagens. Fomos direto para o guichê de embarque com as informações que Pandora havia mandado em meu celular.Pois é, ter uma irmã hacker é uma coisa ótima! Ela não apenas tinha checado boa parte da vida de Renée quando telefonei para ela — sem achar nada ruim como ela pensou que acharia, tenho que comentar! —, mas também foi capaz de rastrear as informações em segundo devido a pesquisa previamente realizada.Renée ainda estava com o celular dele, mas não estava atendendo minhas ligações. Claro que quando vi Miguel segurando nosso garoto eu percebi que Renée tinha sido drogado. Ele estava fora de si, meio molenga e fazendo tudo o que o seu ex-namorado mandava. Sim, eu já coloquei o “ex” por minha conta mesmo.Tudo bem se Renée dissesse que não queria mesmo ficar comigo e Sieg. Que ele quisesse algum relacionamento que pudesse ser exclusivo para si, ou que preferia ficar ao lado do irmão do que do
(Dallas)— Como eu disse. Não use Renée como seu escudo, porque ele não é seu objeto. — Dei passos para trás, abrindo os braços. — E pense nisso: Se você vai tomar Renée de mim, então eu já não o terei de qualquer forma. A vantagem na opção em que eu te mato, é ter o prazer de separar sua cabeça do corpo, algo que estou querendo fazer desde o primeiro dia que nos conhecemos, seu puto. Vou me recolher, boa noite. Siegfried? Não demore. — Subi as escadas, mas fiquei ali em cima ainda ouvindo-os conversar.— Caralho. — Karvel reclamou. — Sua esposa é uma psicopata.— Puta que pariu o universo! — Siegfried xingou. — Quando ela faz isso, me deixa sempre duro.— Me poupe dos detalhes!— Você ouviu Dallas e sabe que eu não a controlo. Boa sorte negociando com ela! Aliás, já vou avisando, meu querido amigo: eu sempre perco. — Ele soltou ua gargalhada insana.— Está bem, está bem. — Ouvi os barulhos de Karvel se levantando e quebrando o copo no chão, fechando o acordo. — Renée fica com vocês,
(Siegfried)Desci da moto balançando os ombros para expulsar a neve da jaqueta de couro marrom escuro com interior de pele de carneiro. Estava frio, porém o clima de primavera começava a se instalar, momentos antes, o céu estava limpo e essa instabilidade me deixava irritado.Retirei o capacete encarando os olhos castanhos de Alyssa. Minha irmã estava nervosa, andando de um lado para o outro, com as bochechas vermelhas do frio. Ela parou no instante que me viu subir as pequenas escadas da entrada da mansão.— Você está atrasado, mamãe vai ficar uma fera! — Acusou franzindo as sobrancelhas, era como se estivesse brava comigo. Os soldados de jaqueta contra chuva na porta, me encararam.Dei um riso nervoso.— Tive um contratempo para imprimir o contrato, não foi um atraso. — Abri a jaqueta ainda de luvas e tirei o envelope pardo do bolso interior. O pacote estava aquecido, mas as mais de 500 folhas não estavam grampeadas. — Dá um jeito nisso pra mim, mana?Alyssa esticou as mãos grosseir
(Siegfried)— Não seja ciumento, Sieg. Karvel não é sangue do meu sangue e se eu tivesse que escolher, bem, eu espero nunca ter que escolher. — Ela b**e as unhas compridas na mesa, causando um sonoro dedilhar na madeira. — Fale-me mais sobre esse desejo de liberdade de Dallas.— Não sei os motivos por trás disso, ainda vou cavar mais a fundo. — Desvio os olhos dela. — Dallas está disposta a agir nos demonstrando confiança, mamãe. Ela fez um acordo com os italianos e inclusive aceitou sua proposta sobre o herdeiro e a barriga de aluguel, o primogênito será com o meu DNA e não será híbrido.— O primeiro herdeiro será Turgard. — Repetiu como um eco das montanhas. Os olhos azuis dela brilharam cheios de animação. É o sonho dela, ter o suposto controle de tudo através de um neto. — Ótimo. Quais as condições de Dallas?— Não tem nenhuma, exatamente. — Suspiro, colocando as mãos sobre o corpo, tamborilando os dedos como se meu peito fosse um tambor. — Ela quer liberdade. É isso o que vou dar
(Siegfried)Descarregar o cartucho 9mm parabellum de uma pistola é tão delicioso e relaxante como ter um orgasmo, mas existem algumas coisas antes dogrand finaleque podem ser consideradas igualmente prazerosas.O som dos gritos se perde no barulho da tempestade, no estacionamento em plena madrugada, aquele homem sabia que morreria cedo ou tarde. Para o azar d
(Dallas) As irritantes e potentes batidas na porta não dão um sossego, viro para o lado e cubro a cabeça no travesseiro.Ele não desiste? Persistência. Anotem aí, mais um traço de personalidade de Siegfried Turgard que eu não sei dizer se é uma qualidade ou defeito. Ele também é bruto, egocêntrico, barulhento e beberrão, aliás todos essesvikings
(Siegfried)O celular vibrou na minha mão, olhei o visor, vendo o número da Sra. Dagmar Turgard, minha mãe. Ela provavelmente estava irada com o meu atraso. O sol já se escondia detrás das montanhas, pintando o céu de nuvens douradas. Nessa época do ano as estradas ficam cheias de turistas em suasmotorhomesalugadas para ver as luzes da aurora boreal.