Quinta-feira 21h45.
Famiglia Colombo.— Você é uma imprestável que não serve para nada, não vale nada, sua vadia. Você é um elemento neutro na minha vida. — os gritos estridentes do meu pai ressoam por toda casa, entre t***s e empurrões, minha mãe tenta se defender da agressão do meu pai. O que não é muito efetivo , visto que ele é muito mais forte que ela, é como um gigante lutando contra um mero mortal. Fatídico.A chuva violenta, ressoando contra o telhado, relâmpagos que fazem as luzes da casa oscilarem, como se esses todos elementos tivessem sido reunidos propositalmente para este dia, para esta ocasião. Meu pai alcoolizado, acusando minha mãe de traição. Eu tentei acudir minha mãe, tentei os separar, mas a única coisa que ganhei foram surras, e um empurrão que me colocou longe deles. Entre talheres, pratos quebrados, e a mesa virada ao avesso, meu pai ergue seu revólver, apontando para a cabeça da minha mãe.Encolhida , abraçando os meus pés, debaixo do balcão da cozinha, vendo o cenário acontecendo lentamente diante dos meus olhos. Começo a transpirar quando vejo a arma, as lágrimas violentas embaçam minha visão, eu quero me levantar, quero ajudar minha mãe, mas eu sinto medo, estou com medo de morrer. Eu não quero que minha mãe morra, mas eu sou fraca, já ganhei uma surra, tentando a ajudar, o que eu poderei fazer.Deus. Por favor. Me ajude.Click Bum!Senti meu coração querendo rasgar o meu peito, fechei os olhos durante alguns segundos que pareceram séculos. E de repente tudo ficou num tremendo silêncio, estranhamente a chuva avia cessado, eu sequer conseguia ouvir o som da minha respiração. É como quando se desliga a tevê, não há mais nada que assistir.Não ouvia a voz da minha mãe, nem do meu pai, ou talvez de algum funcionário, ninguém se importando com uma garota de 12 anos que precisava violação doméstica. Também, quem iria se atrever a se envolver em assuntos de um casal da máfia? Quem seria o louco para colocar sua própria vida a risca? No mesmo estante que abria os meus olhos, eu sentia minha garganta seca, como se eu tivesse percorrido quilómetros sem beber, sequer uma gota de água. Com o nó na garganta dei um grito de pavor, meu corpo começou a convulsionar, assim que vi o corpo da minha mãe estendido no chão, com um buraco em sua têmpora.— Pare de gritar. Pare de gritar. Pare de gritar ou matarei você também. Quer se juntar a sua mãe porra!!— com as mãos trémulas ele aponta sua arma em minha direção, qualquer deslize uma bala pode atravessar o meu corpo. Mesmo soluçando decidi me calar, ele começou a andar pelos cantos da casa, pegou no seu charuto, fumou, apanhou sua garrafa de whisky escocês no chão e bebeu.Olhou para o corpo morto da minha mãe com repudia, chutou-a chamando-a nomes. Voltou-se para mim, gritou-me enquanto apontava sua arma para mim. Ele ameaçou me matar para recomeçar sua vida do zero. Ter um novo filho, uma esposa respeitável. Enquanto ele delirava a chuva voltou com intensidade, eu só sabia chorar, por não ter conseguido proteger minha mãe.Repentinamente a sala de jantar foi invadida, um grupo de homens armados comandados por um jovem moreno e alto quem eu conhecia muito bem por ser, o herdeiro da Famiglia Marchetti. A família mais influente entre as quatro máfias. O jovem não aparentava ter mais que 20 anos.— Você é um miserável — o herdeiro falou com escárnio, ignorando todo o cenário sangrento — Você está acusando de traição e desvio de dinheiro.— Isso...isso não é verdade. É uma tremenda calúnia.— meu pai negasse transpirando.— Quer passar a perna a famiglia porra!— num movimento rápido meu pai volta a erguer sua arma, com intenção de mata-lo. Mas sendo mais rápido Marchetti e seus capangas disparam contra meu pai incontáveis vezes, que caiu como se fosse uma girafa próximo aos meus pés. Não sei se grito ou se permaneço calada, estou com medo de morrer. Eu não quero morrer. Mesmo que ninguém me salve , eu não quero morrer.— É para matar toda a família ou todos os envolvidos?— Sério Enzo? Como se isso fizesse diferença.— Claro que faz. Tem uma bambina dagli acchi viola. — o herdeiro diz olhando diretamente para mim, como se tivesse visto algo interessante.— Não são lindos esses olhos?— Pode parar com as gracinhas, tá fedendo a morte aqui. Quero ir dormir.— E desde quando dormir é transar Pietro?— os dois caem na risada, como se fosse o momento ideal para falarem de sua vida pessoal, mas depois o herdeiro, quem eu descobri se chamar Enzo, ficou sério.— Eliminem os que ainda estiverem vivos. — Dito isto, seus capangas se espalharam pela mansão — e você garotinha de olhos violetas, se se comportar mal, como seus falecidos pais, terá o mesmo fim que eles. Entende?— não importa o quão eu tente, eu não consigo parar de chorar. Olho para ele, depositando todo meu ódio nele. Ele matou meu pai, agora está matando o resto da minha família. — Não me olhe assim criança. É muito frio uma garota encarar desse jeito. — cutucou minha testa.— Ela te odeia.— Pietro disse me encarando.— Ódio não faz bem para o coração sabia?— zomba.— Você mata a família dela, e espera que ele te agradeça? — se entre-olharam — e o louco ainda sou eu nessa história.— riram. Eles estão rindo de mim, estão rindo da minha desgraça, ninguém se importa comigo.— Senhor já terminamos.— Yuh! Queimem a mansão.— ordenou sem o encarar , por nenhum segundo desceu o meu olhar dele. Ele está tirando tudo de mim. Está esmagando tudo que sobrou. Enzo Marchetti eu ti odeio e juro que você irá me pagar.Sobre protestos e gritos de súplica fui arrastada para fora da mansão.— Pai... mãe...tio NAOOOOOO, POR FAVOR ME DEIXEM...ELES PRECISAM DE MIM. MAEEEEEEE....TONYYYYYY....TIO— Esqueça os mortos. Eles não precisam de ti. — Enzo disse me colocando sobre o seu ombro.— ME SOLTA. VOCÊ NÃO SABE DE NADA. ÉRAMOS FELIZES E VOCÊ ESTRAGOU TUDO. — disse batendo em suas costas e o tórax com os pés.— Feliz só na sua cabecinha inocente. Ninguém era feliz aqui, ninguém é feliz onde há desconfiança.— Você não sabe de nada...tirou eles de mim...EU TE ODEIO.— ele me jogou no banco de trás.— Eu sei que me odeia. — disse sem remorso parado do lado de fora do carro, encostando suas mãos na porta. Quando simulei me levantar ele fechou a porta na minha cara.— Eu juro que você vai me pagar. EU VOU TE MATAR. EU JURO QUE VOU TE MATAR — tento destrancar a porta — você vai pagar pelo que fez a minha família.— Nada mais honroso que ser morto pela bambina dagli acchi viola — coçou e no mesmo estante ouvi uma explosão vindo da mansão — Leve ela para Roma.— Eu ti odeio — balbuciei entre choros — eu juro que irei te matar — sussurrei para mim mesma, enquanto o motorista se afastava do cenário de chamas que consomem toda mansão. Entre as chamas Enzo acenava para mim seus lábios se movimentavam dizendo "até mais crianças de olhos violetas" seu amigo Pietro b**e na sua nuca dizendo "ela vai te matar" cansada de olhar a expressão deles de gozo, virei-me aceitando minhas circunstâncias. Mas nunca esse distinto de merda.— Me prometa que não vai tentar mata-lo. — revirei os olhos pela milésima vez, é sempre a mesma coisa quando tenho de encontrá-lo "contenha-se Bárbara" dou uma olhada através do retrovisor do conversível vermelho, para Lorenzo que está parado na calçada de frente para mim. Vestido de suas costumeiras roupas formas prestas, moreno de olhos azuis que usa óculos de grau, que lhe dão um ar mais sério. Lorenzo em torno de 1.80m, magro e meu braço direito. Ele é a pessoa que mais confio depois de mim mesma. Meu consigle. Coloquei a mão no volante, dei a retaguarda saindo da mansão. A brisa bate fortemente contra meu rosto, bagunçando meus cabelos loiros e longos. Eu amo conduzir, diminuí meu estresse, me deixa área, me dá uma falsa sensação de paz. Falsa digo, porque mal estaciono em frente da mansão da Famiglia Marchetti a sensação de perda me invadi, me sinto uma perdedora, fracassada, meu estômago embrulha e minha garganta aperta, a mesma sensação de alguns anos atrás. — Senhora, não p
A morte da minha família afundou-me no cataclismo, tú sucumbias se visses o meu transtorno. Entrei em depressão, cheguei inclusive até a adoecer. A tristeza era tanta dentro de mim, que pensei que fosse morrer de tristeza. Há alguns dias, um grupo de pais veio até a minha mansão na região de Verona, em busca de socorro. Seus filhos foram raptados, e mais crianças estavam sumindo. Um dos principais deveres das cinco famílias, é ajudar pessoas ou famílias quando tem problemas, como por exemplo, pagamento de dívidas, custear estudos, remédio e problemas cotidianos. Em troca a pessoa adquire uma dívida moral, um penhor de gratidão que poderá ser celebrado no futuro. Ela passará a ser a família que lhe ajudou, e deverá retribuir com a omerta. Se por exemplo uma pessoa humilde deseja ser político, advogado, promotor, juiz, médico ou qualquer outra profissão e não tem como custear os estudos ela procura um dos membros das cinco grandes famílias. Eles irão custear os seus estudos e usarão d
Enzo Marchetti.As cinco famílias unidas, são denominadas "modo nostro" é o maior clã de famílias mafiosas da Itália e a maior organização criminosa do mundo. Crimes de sonegação de impostos, cartéis, corrupção, contrabando, extorsão, fraudes, jogos de azar, tráfico de armas, tráfico de informações, de milícias e esquadrões da morte. Efetuamos negócios com máfias Árabe, Chinese, Russa ( Bratva) e com a Kabuza ( Japonesa). Deste modo conseguimos expandir o nosso território de influencia. Às caixas metálicas são abertas cinco segundos após deu ter entrando com Pietro, meu consigle.— Você. — Bárbara diz com raiva tirando de suas calças sua TS9 apontando para mim, me fazendo suspirar. Isto é tão cansativo. Não importa quanto tempo passe nos sempre voltamos a mesma situação, ela tentando me matar. Vejo que ela está acompanhada de seu fiel escudeiro. Ele é como se fosse a sombra dela, já que Bárbara chama atenção por onde quer que passe com seus cabelos longos e loiros que passam maior p
— Você tem de parar de a provocar. — Pietro diz enquanto andamos pelo corredor — Ela te odeia. Pela centésima vez tentou te matar. Você deveria tomar cuidada, não tentar a sanidade dele com provocações. Além de mais, não entendo porque você dá tanta corda para essa garota. Você não é assim, não com seus inimigos. Olho para ele indignado.— Quem disse que ela é minha inimiga? Você enlouqueceu?— Não. Acho que você é quem está enlouquecendo. Ela te odeia desde que ela tem 12 anos. Deviam ter a mandado para África quando teve oportunidade.— Tenho a certeza que ela arranjaria formas de chegar até mim.— Então acaba logo com isso. Isso não é um jogo. Não leve as ameaças dela na esportiva. Esse ódio...— Você fala tanto é ódio que até cansa. As tantas isso sequer é ódio. Talvez amor.Ele me olhou como se eu tivesse duas cabeças. Depois começou a rir desesperadamente. Fechei a cara não achando graça da sua risada. — Ohhh. Você está falando a sério?— ele voltou a rir — você só pode ter bat
Famiglia Colombo.Infelizmente Edgar não tem outro parente, além do tio que descansa no inferno nesse estante. Como eu havia combinado com Lorenzo, Edgar passará a viver na mansão.— Mariano e Andréa mostrem para o Edgar a mansão e não deixem que ele se sinta só. Ele faz parte da família agora, por isso tratem-o bem.— Isso vai ser difícil. Ele não fala nossa língua. — Andréa diz com a mão no queixo. Marco, Marciano e Andréa tem 15 anos , eu os encontrem em tempos e circunstâncias diferentes.— Rej estará convosco. — Rej é o meu intérprete. Ele havia parado os estudos por falta de condições, junto ao facto de sua mãe ter perdido a vida. A mãe morreu deixando algumas dívidas, consequentemente ele foi despejado. Procurando auxílio ele veio até mim, e mais que condições para continuar os estudos lhe ofereci uma família. Todos precisam de uma família. Família não é só aquele que está unido connosco pelo laço de sangue, família são aqueles que estão connosco nos momentos bons e ruins. São
O vestido é preto, justo acima do joelho. Tem uma racha do lado esquerdo que vai até a metade da coxa, no meio contém um cinto preto fino que no centro tem um metal retangular de ouro a manga dos braços é cava. Tem um decote entre os seios em formato de V que não chega a mostrar os seios.Saltos pretos Giovanni Rossi, passei um batom vermelho pelos lábios. Depois que finalizei os últimos retoques me dei uma olhada no espelho, e deixa que me diga, não importa quão maravilhosa eu esteja vestida, meus olhos exóticos roubam toda a atenção para si. — Você está linda — Lorenzo diz abrindo a porta da limousine.— Obrigada — sorri entrando, ele veio a seguir e por fim o motorista deu partida.— Bárbara...— Lorenzo começa.— Eu sei, eu sei, manter o controle, não demonstrar meu ódio por Enzo, não o matar, não o ameaçar, eu sei...— suspirei levando uma mecha para trás da orelha — vocês são mais importantes para mim, do que o ódio que eu sinto por ele.— Você também é importante para nós...mas
Ele está de terno Slim de corte italiano azul bebê. Seus cabelos escuros estão propositalmente bagunçados, seus olhos são tão castanhos como se fossem esmeraldas polidas. — Do jeito como está me tratando me sinto magoada. Logo você que fez questão que eu estivesse aqui, me sinto usado. — dramatiza me fazendo arquear as sombrancelha — Está me usando para chamar atenção da mídia amor?— Se eu quisesse te usar, não te usaria para inauguração de um Cassino. Faria você se apaixonar por mim, iríamos nos casar e eu me tornaria a senhora Marchetti, enquanto secretamente planejou sua morte. Afim de algum tempo ia te envenenar e pendurar seu corpo num posto elétrico de cabeça para baixo. Depois limparia as evidências e no seu funeral faria o papel da viúva sofrida.Ele começou a rir como se eu tivesse contando uma anedota. — Miúda, quantos anos você acha que eu tenho para cair nesse truque? — zombou — acha que é a primeira pensando nisso. Se eu te contasse quantas mulheres já tentaram me sed
— O dia foi mesmo corrido ontem.— revirou-me na cama ao sentir os raios solares em meus olhos — Já são dez da manhã.— Bom dia Vito. — digo me espreguiçando.— Bom dia Barbie, espero que não tenha se esquecido que Marco tem de voltar a faculdade hoje e você ficou de o levar.Algumas pessoas me chamam de Barbie com intenção de diminuir o nome Bárbara, ou apenas indo de acordo com a minha estética física ou "modos vivend". — Puts! Já ia me esquecendo.—sentei-me na cama rapidamente e logo sentindo enjôo. Minhas mãos vão até os meus lábios só que isso me trás péssimas memórias. Será que estou grávida? Como grávida idiota, ninguém fica grávida por causa de um beijo. — Você não me parece bem. Prefere que o acompanhe?— Não. Não. Eu mesma o levarei. — sou a matriarca dessa família é meu dever estimular os miúdos. Me levantei da cama, sentindo meu pijama de cetim roçando meu corpo de forma incomoda. Caminhei em direção ao banheiro, que já está tudo preparado para o meu banho. Nessa mansão