Olhei para Marco que está inerte em seus pensamentos. Eu aqui divagando no passando, quem diria que hoje aquela criança com mãos leves, seria um universitário. Seus dedos batucam em seu joelho e seus pés abanam, pura demonstração de nervosismo.— Está tudo bem?— ele está mais quieto que o normal. Normalmente a gente estaria falando de algum assunto irrelevante só para passar o tempo. Antes que ele pudesse me responder, fomos parados por policiais de trânsito, reparo para Marco que ficou mais nervoso ainda. — Calma chegaremos a universidade a tempo. Ele não me encarou, ou seja, o que eu disse não ajudou. Passei minha documentação ao policial.— Senhorita isto é alguma brincadeira?Olhei para o policial confusa.— Como assim?— ele vira minha documentação, que na verdade não é minha, já que tanto a foto como os dados que lá constam não são meus. — Como isso aconteceu?— Eu é quem devo te fazer essa questão. — depois eles exigiram abrir o porta-malas, e vasculharam a minha bolsa em busca
— Quer alguma coisa para comer?— perguntei cordial enquanto entramos na mansão.— Quero estar na minha casa. — respondeu seca. Virei-me para ela, fixando meus olhos, nas bolinhas violetas num tom escuro. Como se toda energia que esses olhos exóticos transmitem tivessem sido sugados pela cela, num estante só. — O que vai fazer na sua casa? Procurar o culpado? — o brilho em seus olhos varia de acordo com suas emoções, agora que ela sente uma sutil ameaça contra as pessoas que ela chama de família, suas pupilas faíscam, como se a qualquer momento aquelas bolinhas de gode fossem saltar das órbitas e se transformam em chamas — Você sabe que o culpado está na sua casa não sabe? Ou talvez seja o garoto que você mandou para faculdade.— Me responda algo. — disse pacientemente — Quem te dá o direito de se meter no modo como eu dirijo a minha facção? — O que te faz pensar que eu não tenho o direito de me meter?— perguntei sarcástico — Eu sei até às cores das suas roupas íntimas, o que é sua
Famiglia Colombo.A comida arranha minha garganta, cessando todas as vias de transmissão de oxigênio. Eu ouvi bem? Enzo tem uma noiva? Logo ele. Puxei o copo de água e o virei goela abaixo, enquanto ele me observa pacientemente.— Então...parece que afinal de contas eu conheço o amor, não é Bárbara?— disse presunçoso.Ele tem uma noiva. Porque isso não me deixa feliz? Parece que só piora o meu humor. Essa notícia fez algo dentro de mim murchar. E não. Eu não estou apaixonada por ele, só que. O beijo, o jeito como ele me trata. Os apelidos carinhosos. Olho para cima para engolir o choro porque porra. Eu não esperava. É que ele sempre está para me irritar. Quando ele arranjou tempo para ter uma noiva?Porque me fez sentir... desejada daquelas vezes se está comprometido.— Se você tem uma noiva, porque fica me tocando con intimidade? Isso não é desrespeito a ela?— É?— me perguntou confuso — Nunca jurei lealdade a ninguém pelo que eu saiba.— Você me dá nojo. Odeio homens infiéis. Me faz
Desde que começou a viver na mansão, Vito assumiu para si a tarefa de me acordar pela manhã, trazer meu medicamento e me recordar da minha agenda referente a assuntos da mansão. Já que do trabalho quem faz é Lorenzo. Eu acabava de fazer minha higiene matinal, vestindo um vestido que justo que destaca minhas curvas. Na parte do peito está bordado a branco, depois dos peitos é preto, destacando-se a curva no meio dos seios Mangas longas que se ajustam aos meus braços. Estava descendo as escadas quando a porta principal foi invadida por um dos meus homens, ele está transpirando e com as roupas amassadas.— Senhora, a guarda costeira paralisou o nosso navio em Chile e está vasculhando a mercadoria, com pretexto de que estamos contrabandeando armas.Aperto minhas mãos em torno da bengala, não acreditando na tragédia que acaba de me ocorrer. Essa mercadoria é de milhões de dólares isto não pode estar acontecendo justamente agora. O homem a minha frente está com gotas de água em torno do r
Green me emprestou também sua Van para que eu pudesse dirigir a missão. Invadir o quartel e pegar os meus brinquedos. Green me ajudou a monitorar a operação, fizemos tudo na calada da noite, a ideia era evitar confronto mais parece que alguém disse para os meus amigos militares que eu apareceria. Enquanto cinco davam cobertura a outra parte transportava as armas. Recebi algumas ligações de Lorenzo querendo saber onde estou e o que tinha acontecido. Mas não me dei ao luxo de lhe responder. Estava demasiado concentrada em finalizar a missão. — Toma. — entreguei meu cartão para Green que sem modéstia alguma, pegou e raspou o valor no seu POS. Estou perdendo meus lucros nessa merda. Por outro lado, Green está feito da vida pela grana que fez me ajudando. Pelas duas da madrugada Martins chegou a loja de conveniência. — A cidade está um caos. — sorriu — Não esperava menos de ti, dea della guerra. — Martins. — Estou apenas finalizando o nosso negócio. Mas, tarde falaremos sobre as rota
Ao sair do apartamento liguei para Lorenzo, e ele me disse ainda não sabia onde estava Marco. Mas achou o celular dele, conseguiu hacker e encontrou informações instigantes. Ele disse que também estava de olho no conselho, mas não chegou a achar nenhuma ligação entre eles e o que havia acontecido com Bárbara. Como se o culpado não estivesse entre eles. Ele também me disse que não sabia para onde Bárbara havia se metido e estava preocupado. Lhe passei as informações de Green. E disse que Bárbara está voltando de Chile. Lorenzo diz que a raiz do problema está na mansão de Bárbara segundo as conversas de Marco, como eu havia suspeitado. Então eu bolei um plano, vamos esperar Bárbara voltar e lhe fazer ver a verdade com seus próprios olhos. Para ver se ela acorda de seu sono de princesa. A excentricidade de Bárbara confecciona um comportamento na qual subverte a ordem natural do meio em que se encontra, atribuindo características únicas e traços do seu enigmático ego, logo, seus ideias c
Viro-me para receber minha saudosa visita. — Já não se avisa quando se vem ? — cruzo os braços olhando para Enzo.— Estou arruinando meu noivado para estar aqui, mas tudo bem. Vim só...— ele olha por cima do meu ombro — O traidor está aqui?— Enzo olha para Marco — e aquele homem sentando na sua cadeira quem é? Revirei os olhos, realmente sem interesse em prolongar nenhuma conversa com ele.— Assuntos da minha família não lhe dizem respeito. — olhei para Lorenzo irritada — O que está fazendo com ele? Você trabalha para mim ou para ele.— Lorenzo não tem nada haver com minha vida aqui. Não fuja do assunto, vi tratar do traidor. — Enzo diz dando uma passo para frente, mas sou mais rápida e fico na sua frente. — Sai da frente Bárbara. — Não. Minha casa, minhas regras. Antes que ele pudesse protestar, ouço som de pratos quebrando sobre a mesa. Quando viro para ver o que está acontecendo, noto que Rej e algumas crianças estão com o rosto enterrado sobre os pratos. Esqueço da presença de
Ainda me recordo do dia em que conheci Lorenzo, um ano depois da morte de meus pais. Em Roma onde eu estava, é uma espécie de internato onde todos os sucessores da máfia são formados e preparados. Minha saúde podia muito bem não estar mas em perigo, mas a depressão me prendia de todas formas possíveis. Enzo notou que sua presença em Roma piorava o meu estado, então ele parou de vir me visitar.Acontece que , na mesma época, conheci um miúdo dois anos mais novos que eu. Os óculos de grau que usava o davam um ar mais velho, e um pouco comico. A forma formal, como ele vestia sempre roupas formais, na minha perspectiva ele parecia um pinguim de terno e óculos. Magro, baixinho, tímido e no seu olhar havia muita determinação. Como se ele estivesse pronto a mostrar ao mundo o seu valor.Foi tão rápido, quanto a expansão do Big bang pelo mundo. Ele pedia para não chorar, me envolvia em seus pequenos braços. Como se entendesse minha dor, eu sentia que ele entendia. Quando eu olhava para ele, e