A morte da minha família afundou-me no cataclismo, tú sucumbias se visses o meu transtorno. Entrei em depressão, cheguei inclusive até a adoecer. A tristeza era tanta dentro de mim, que pensei que fosse morrer de tristeza.
Há alguns dias, um grupo de pais veio até a minha mansão na região de Verona, em busca de socorro. Seus filhos foram raptados, e mais crianças estavam sumindo. Um dos principais deveres das cinco famílias, é ajudar pessoas ou famílias quando tem problemas, como por exemplo, pagamento de dívidas, custear estudos, remédio e problemas cotidianos. Em troca a pessoa adquire uma dívida moral, um penhor de gratidão que poderá ser celebrado no futuro. Ela passará a ser a família que lhe ajudou, e deverá retribuir com a omerta.Se por exemplo uma pessoa humilde deseja ser político, advogado, promotor, juiz, médico ou qualquer outra profissão e não tem como custear os estudos ela procura um dos membros das cinco grandes famílias. Eles irão custear os seus estudos e usarão de sua influência para fins próprios.— Quantas crianças são?— digo tirando a arma e disparando contra o cadeado do contêiner.— Ao todo devem ser 75 crianças de idades variadas entre 13 a 15.— Lorenzo.Abro as portas e me deparo com crianças assustadas e confusas, abraçando-se umas às outras, com medo de que algum lhes atingir.— Venham crianças. Estão seguras agora. — sorri gentil, elas se entre-olharam duvidando da minha palavra. Isso até que uma das crianças me reconheceu "Senhorita Bárbara" disse o menino se aproximando, os outros ganharam coragem seguindo a onda. Meus homens me ajudaram a carregar as crianças e colocar no ônibus.— 75, estão todos aqui. — Lorenzo.— Não. Ainda, sobrou um. — digo encarando o garotinho no fundo abraçando um boneco de peluche.— Não é possível. Eu conferi.— Talvez um pai que tenha vindo por último ou que nem tenha entrado em contacto connosco. — visto que a criança não faz menção de se aproximar, salto para dentro de contêiner — Ei, está tudo bem agora. — a criança treme tanto que parece estar com hipotermia — vai ficar tudo bem. Iremos encontrar seus pais está bem?O carreguei e saímos do contêiner.— Já estou procurando informações acerca da criança — Lorenzo disse na sua eficiência. O garotinho é loiro de cabelos cacheados, olhos azuis, magro e pequenino. Deve ter uns oito anos, ele não tem cara de ser italiano.— Rapazinho, qual é o seu nome?— ele me encarou como se eu estivesse falando outro idioma.— Talvez seja estrangeiro, tente inglês.— Little boy, what's your name?— Edgar.— Oh. Beautiful name Edgar, it suits you!— Thanks.— Does Edgar know where his home is? Your parents name? And have any idea why these min kidnapped you?— o garoto disse quem são seus pais, disse que um dos homens que o meteu no contêiner é seu tio. Ele não sabe onde está , nem de onde exatamente é. Deixei a criança no carro com intuito de o levar comigo para a mansão, até que saibamos mais sobre ele.Lorenzo foi atrás do tio do garoto, o que não levou muito tempo. Levamos o homem para o galpão para conseguir dele algumas informações. Ele é membro de um grupo de traficantes de menores. Ele nos contou também que os pais do garoto estão mortos, ele e seus capangas são autores desse crime.— Livrem-se dos corpos. — Disse entregando minha arma a Luigi.Lorenzo está encostado na porta do meu conversível de braços cruzados. Lorenzo tem tatuagem de uma adaga do dorso da sua mão.— Irei ficar o garoto.— Bárbara.— Ele não tem família, não posso deixar essa criança sozinha.— Nos só temos informações que os pais estão mortos, talvez tenham um outro parente.— E se não tiver?— Se não tiver, existem orfanatos.— Ele não fala nossa língua, como você acha que vai sobreviver num orfanato?— Ele aprende.— cruzei os braços de cara fechada — se não encontrarem nenhum familiar, ele fica com você satisfeita?Dei um sorriso de orelha a orelha. Lorenzo para além de ser meu consigle é meu amigo, ele é uma parte de mim. É com ele com quem discuto os problemas administrativos da Famiglia. Lorenzo não apoia muito esse meu jeito de abrigar desconhecidos na mansão. Mas é graças a isso a mansão hoje está cheia de pessoas incríveis , que não me arrependo em nenhum estante de ter acolhido. Pois eles são minha família, família está que ninguém irá destruir. Não irei perder a minha família duas vezes. Família é tudo, mesmo que ela negue você.Enzo Marchetti.As cinco famílias unidas, são denominadas "modo nostro" é o maior clã de famílias mafiosas da Itália e a maior organização criminosa do mundo. Crimes de sonegação de impostos, cartéis, corrupção, contrabando, extorsão, fraudes, jogos de azar, tráfico de armas, tráfico de informações, de milícias e esquadrões da morte. Efetuamos negócios com máfias Árabe, Chinese, Russa ( Bratva) e com a Kabuza ( Japonesa). Deste modo conseguimos expandir o nosso território de influencia. Às caixas metálicas são abertas cinco segundos após deu ter entrando com Pietro, meu consigle.— Você. — Bárbara diz com raiva tirando de suas calças sua TS9 apontando para mim, me fazendo suspirar. Isto é tão cansativo. Não importa quanto tempo passe nos sempre voltamos a mesma situação, ela tentando me matar. Vejo que ela está acompanhada de seu fiel escudeiro. Ele é como se fosse a sombra dela, já que Bárbara chama atenção por onde quer que passe com seus cabelos longos e loiros que passam maior p
— Você tem de parar de a provocar. — Pietro diz enquanto andamos pelo corredor — Ela te odeia. Pela centésima vez tentou te matar. Você deveria tomar cuidada, não tentar a sanidade dele com provocações. Além de mais, não entendo porque você dá tanta corda para essa garota. Você não é assim, não com seus inimigos. Olho para ele indignado.— Quem disse que ela é minha inimiga? Você enlouqueceu?— Não. Acho que você é quem está enlouquecendo. Ela te odeia desde que ela tem 12 anos. Deviam ter a mandado para África quando teve oportunidade.— Tenho a certeza que ela arranjaria formas de chegar até mim.— Então acaba logo com isso. Isso não é um jogo. Não leve as ameaças dela na esportiva. Esse ódio...— Você fala tanto é ódio que até cansa. As tantas isso sequer é ódio. Talvez amor.Ele me olhou como se eu tivesse duas cabeças. Depois começou a rir desesperadamente. Fechei a cara não achando graça da sua risada. — Ohhh. Você está falando a sério?— ele voltou a rir — você só pode ter bat
Famiglia Colombo.Infelizmente Edgar não tem outro parente, além do tio que descansa no inferno nesse estante. Como eu havia combinado com Lorenzo, Edgar passará a viver na mansão.— Mariano e Andréa mostrem para o Edgar a mansão e não deixem que ele se sinta só. Ele faz parte da família agora, por isso tratem-o bem.— Isso vai ser difícil. Ele não fala nossa língua. — Andréa diz com a mão no queixo. Marco, Marciano e Andréa tem 15 anos , eu os encontrem em tempos e circunstâncias diferentes.— Rej estará convosco. — Rej é o meu intérprete. Ele havia parado os estudos por falta de condições, junto ao facto de sua mãe ter perdido a vida. A mãe morreu deixando algumas dívidas, consequentemente ele foi despejado. Procurando auxílio ele veio até mim, e mais que condições para continuar os estudos lhe ofereci uma família. Todos precisam de uma família. Família não é só aquele que está unido connosco pelo laço de sangue, família são aqueles que estão connosco nos momentos bons e ruins. São
O vestido é preto, justo acima do joelho. Tem uma racha do lado esquerdo que vai até a metade da coxa, no meio contém um cinto preto fino que no centro tem um metal retangular de ouro a manga dos braços é cava. Tem um decote entre os seios em formato de V que não chega a mostrar os seios.Saltos pretos Giovanni Rossi, passei um batom vermelho pelos lábios. Depois que finalizei os últimos retoques me dei uma olhada no espelho, e deixa que me diga, não importa quão maravilhosa eu esteja vestida, meus olhos exóticos roubam toda a atenção para si. — Você está linda — Lorenzo diz abrindo a porta da limousine.— Obrigada — sorri entrando, ele veio a seguir e por fim o motorista deu partida.— Bárbara...— Lorenzo começa.— Eu sei, eu sei, manter o controle, não demonstrar meu ódio por Enzo, não o matar, não o ameaçar, eu sei...— suspirei levando uma mecha para trás da orelha — vocês são mais importantes para mim, do que o ódio que eu sinto por ele.— Você também é importante para nós...mas
Ele está de terno Slim de corte italiano azul bebê. Seus cabelos escuros estão propositalmente bagunçados, seus olhos são tão castanhos como se fossem esmeraldas polidas. — Do jeito como está me tratando me sinto magoada. Logo você que fez questão que eu estivesse aqui, me sinto usado. — dramatiza me fazendo arquear as sombrancelha — Está me usando para chamar atenção da mídia amor?— Se eu quisesse te usar, não te usaria para inauguração de um Cassino. Faria você se apaixonar por mim, iríamos nos casar e eu me tornaria a senhora Marchetti, enquanto secretamente planejou sua morte. Afim de algum tempo ia te envenenar e pendurar seu corpo num posto elétrico de cabeça para baixo. Depois limparia as evidências e no seu funeral faria o papel da viúva sofrida.Ele começou a rir como se eu tivesse contando uma anedota. — Miúda, quantos anos você acha que eu tenho para cair nesse truque? — zombou — acha que é a primeira pensando nisso. Se eu te contasse quantas mulheres já tentaram me sed
— O dia foi mesmo corrido ontem.— revirou-me na cama ao sentir os raios solares em meus olhos — Já são dez da manhã.— Bom dia Vito. — digo me espreguiçando.— Bom dia Barbie, espero que não tenha se esquecido que Marco tem de voltar a faculdade hoje e você ficou de o levar.Algumas pessoas me chamam de Barbie com intenção de diminuir o nome Bárbara, ou apenas indo de acordo com a minha estética física ou "modos vivend". — Puts! Já ia me esquecendo.—sentei-me na cama rapidamente e logo sentindo enjôo. Minhas mãos vão até os meus lábios só que isso me trás péssimas memórias. Será que estou grávida? Como grávida idiota, ninguém fica grávida por causa de um beijo. — Você não me parece bem. Prefere que o acompanhe?— Não. Não. Eu mesma o levarei. — sou a matriarca dessa família é meu dever estimular os miúdos. Me levantei da cama, sentindo meu pijama de cetim roçando meu corpo de forma incomoda. Caminhei em direção ao banheiro, que já está tudo preparado para o meu banho. Nessa mansão
Olhei para Marco que está inerte em seus pensamentos. Eu aqui divagando no passando, quem diria que hoje aquela criança com mãos leves, seria um universitário. Seus dedos batucam em seu joelho e seus pés abanam, pura demonstração de nervosismo.— Está tudo bem?— ele está mais quieto que o normal. Normalmente a gente estaria falando de algum assunto irrelevante só para passar o tempo. Antes que ele pudesse me responder, fomos parados por policiais de trânsito, reparo para Marco que ficou mais nervoso ainda. — Calma chegaremos a universidade a tempo. Ele não me encarou, ou seja, o que eu disse não ajudou. Passei minha documentação ao policial.— Senhorita isto é alguma brincadeira?Olhei para o policial confusa.— Como assim?— ele vira minha documentação, que na verdade não é minha, já que tanto a foto como os dados que lá constam não são meus. — Como isso aconteceu?— Eu é quem devo te fazer essa questão. — depois eles exigiram abrir o porta-malas, e vasculharam a minha bolsa em busca
— Quer alguma coisa para comer?— perguntei cordial enquanto entramos na mansão.— Quero estar na minha casa. — respondeu seca. Virei-me para ela, fixando meus olhos, nas bolinhas violetas num tom escuro. Como se toda energia que esses olhos exóticos transmitem tivessem sido sugados pela cela, num estante só. — O que vai fazer na sua casa? Procurar o culpado? — o brilho em seus olhos varia de acordo com suas emoções, agora que ela sente uma sutil ameaça contra as pessoas que ela chama de família, suas pupilas faíscam, como se a qualquer momento aquelas bolinhas de gode fossem saltar das órbitas e se transformam em chamas — Você sabe que o culpado está na sua casa não sabe? Ou talvez seja o garoto que você mandou para faculdade.— Me responda algo. — disse pacientemente — Quem te dá o direito de se meter no modo como eu dirijo a minha facção? — O que te faz pensar que eu não tenho o direito de me meter?— perguntei sarcástico — Eu sei até às cores das suas roupas íntimas, o que é sua