— Me prometa que não vai tentar mata-lo. — revirei os olhos pela milésima vez, é sempre a mesma coisa quando tenho de encontrá-lo "contenha-se Bárbara" dou uma olhada através do retrovisor do conversível vermelho, para Lorenzo que está parado na calçada de frente para mim. Vestido de suas costumeiras roupas formas prestas, moreno de olhos azuis que usa óculos de grau, que lhe dão um ar mais sério. Lorenzo em torno de 1.80m, magro e meu braço direito.
Ele é a pessoa que mais confio depois de mim mesma. Meu consigle. Coloquei a mão no volante, dei a retaguarda saindo da mansão. A brisa b**e fortemente contra meu rosto, bagunçando meus cabelos loiros e longos. Eu amo conduzir, diminuí meu estresse, me deixa área, me dá uma falsa sensação de paz. Falsa digo, porque mal estaciono em frente da mansão da Famiglia Marchetti a sensação de perda me invadi, me sinto uma perdedora, fracassada, meu estômago embrulha e minha garganta aperta, a mesma sensação de alguns anos atrás.— Senhora, não pode entrar com armas. — diz o segurança, arqueio a sombrancelha antes de revirar os olhos — São as ordens da casa , senhorita. — disse trêmulo, eu entendo a situação dele, ele não pode me obrigar a entrar sem nenhuma arma, como também não pode me deixar entrar. Ele está preso dentro de normas controvérsias, servir a dois senhores, num só estante — Não há exceções todos devem cumprir.— volta a insistir.A minha presença causa medo a muitos que conhecem meu jeito rancoroso, vingativo de ser. Afinal de contas eu sou, Bárbara Colombo chefe da máfia da região de Verona . Tirei a arma do sinto da saia e o entreguei, ele soltou um suspiro de alívio, antes de me ceder a passagem. Os meus pares de botas longas e pretas, faz-se ressoar a medida que caminho até a garagem. Minha saia curta preta balança com o vento, junto com os meus cabelos loiros. Estou de sutiã preto, jaqueta cinza por cima, sem qualquer blusa, as botas são longas ao ponto de chegar até às minhas coxas, cobrindo, a nudez que a minha saia curta deixa a mostra. Chegado a garagem noto Enzo debaixo do carro.— Oi, Bárbara.— o mesmo diz escorregando para fora do carro.— O que você quer?— Em Roma não te ensinaram boas maneiras?— seus olhos iam do meu corpo aos meus olhos, ele me encara demoradamente como se eu não estivesse vestida. Faço menção de me aproximar — não, não, fica paradinha aí — alerta— eu não quero brigar com você. Logo agora que você atingiu um grande marco, você tirou o nome da sua família da lama Bárbara, parabéns. Você faz parte das cinco famílias mafiosos de Itália. Não queira estragar isso com atitudes imprudentes.— O nome da minha família só irá sair da lama, quando eu acabar com a sua vida.— Isso não irá acontecer, espertinha.— zomba.— Não tenha tanta certeza assim.— digo me aproximando dele, ignorando o seu pedido de distância. Ele se levanta para mostrar que é mais alto que ele, seu porte físico é robusto lhe dando um ar mais intimidador.— Esqueça essa vingança idiota da sua mente. Como membro mais influente da máfia você não deveria me fazer esse tipo de ameaça. — seus lábios estão próximos ao meu ouvido — você já deveria saber que esse reconhecimento de bandos, está divisão de poder, território e competências é para acabar com as guerras internas.— Devia ter pensado nisso quando matou minha família.— tirei a faca escondida na bota e coloquei frente ao seu estômago. Seu corpo reagiu a faca rapidamente me fazendo esboçar um sorriso presunçoso.— Sua família quebrou a omerta, e você sabe qual é a punição para quem quebra esse acordo. — segurou meu pulso com força, fazendo a faca tremer entre meus dedos, num giro dobrou meu braço num V me colocando de costas para ele — agora que faz parte das cinco grandes famílias, está sujeita a essa regra.— Você não tinha o direito de tirar todos eles de mim.— dei-lhe uma cabeçada enquanto pisava seu pé, obrigando-o a me soltar. Virei-me para lhe dar um soco, mas ele esquivou, tentei lhe dar um pontapé ele segurou o meu pé, mas antes que eu me desiquilibra-se fazendo impulso noutro pé, saltei para seu pescoço o derrubando no chão. — Você não tinha esse direito. — com a faca na mão tentei cortar-lhe repetidas vezes — Você tirou todos de mim.— é mais forte que eu, este sentimento de raiva, e perda. Sempre que o vejo, sinto vontade de mata-lo, como se algo estivesse me possuído, sinto uma raiva fora de comum, e a única coisa na qual penso é. Mate-o.Ele se esquivou dos meus ataques fazendo a faca cravar no chão.— Eu te odeio. Te odeio. Te odeio.— num movimento rápido ele deu-me uma cabeçada, invertendo as posições. A faca fez alguns estragos em seu ombro, braços e na maçã do rosto. Segurou meus pulsos me prezando contra o chão e contendo minha força. Seu olhar não expressa raiva, nem rancor, talvez apenas pena.— Senhor está tudo bem?— três seguranças aflitos invadem o espaço, ficando brancos como fantasma ao verem a situação de seu Senhor.— Qual parte de não deixem ele entrar com nenhuma arma vocês não entenderam, porra?— gritou fazendo os seguranças enrijecer. — Saiam daqui. — sem protestar eles saíram, e ele voltou sua atenção a mim — E você pára de tentar me matar. Porra garota, você não cansa? — ele suspira — apareça no sábado na minha empresa, haverá uma reunião, apareça devidamente vestida okay?— seu olhar se afia sobre mim — controle seu estoque de raiva capichi? — antes que eu pudesse rebater meu celular começou a tocar. Ele tirou a faca da minha mão e saiu se cima de mim. Tirei o celular da jaqueta e atendi sem me importar em levantar.— Fala.— Fico feliz que ainda esteja viva. — Lorenzo diz aliviado — temos a localização dos traficantes e das crianças. Você vêm?— Mande a localização estou chegando. — disse me levantando.— Certo. — ignorei Enzo que continua me encarando como se eu fosse voar para o pescoço dele a qualquer momento, desvie-i dele seguindo em direção a saída.A morte da minha família afundou-me no cataclismo, tú sucumbias se visses o meu transtorno. Entrei em depressão, cheguei inclusive até a adoecer. A tristeza era tanta dentro de mim, que pensei que fosse morrer de tristeza. Há alguns dias, um grupo de pais veio até a minha mansão na região de Verona, em busca de socorro. Seus filhos foram raptados, e mais crianças estavam sumindo. Um dos principais deveres das cinco famílias, é ajudar pessoas ou famílias quando tem problemas, como por exemplo, pagamento de dívidas, custear estudos, remédio e problemas cotidianos. Em troca a pessoa adquire uma dívida moral, um penhor de gratidão que poderá ser celebrado no futuro. Ela passará a ser a família que lhe ajudou, e deverá retribuir com a omerta. Se por exemplo uma pessoa humilde deseja ser político, advogado, promotor, juiz, médico ou qualquer outra profissão e não tem como custear os estudos ela procura um dos membros das cinco grandes famílias. Eles irão custear os seus estudos e usarão d
Enzo Marchetti.As cinco famílias unidas, são denominadas "modo nostro" é o maior clã de famílias mafiosas da Itália e a maior organização criminosa do mundo. Crimes de sonegação de impostos, cartéis, corrupção, contrabando, extorsão, fraudes, jogos de azar, tráfico de armas, tráfico de informações, de milícias e esquadrões da morte. Efetuamos negócios com máfias Árabe, Chinese, Russa ( Bratva) e com a Kabuza ( Japonesa). Deste modo conseguimos expandir o nosso território de influencia. Às caixas metálicas são abertas cinco segundos após deu ter entrando com Pietro, meu consigle.— Você. — Bárbara diz com raiva tirando de suas calças sua TS9 apontando para mim, me fazendo suspirar. Isto é tão cansativo. Não importa quanto tempo passe nos sempre voltamos a mesma situação, ela tentando me matar. Vejo que ela está acompanhada de seu fiel escudeiro. Ele é como se fosse a sombra dela, já que Bárbara chama atenção por onde quer que passe com seus cabelos longos e loiros que passam maior p
— Você tem de parar de a provocar. — Pietro diz enquanto andamos pelo corredor — Ela te odeia. Pela centésima vez tentou te matar. Você deveria tomar cuidada, não tentar a sanidade dele com provocações. Além de mais, não entendo porque você dá tanta corda para essa garota. Você não é assim, não com seus inimigos. Olho para ele indignado.— Quem disse que ela é minha inimiga? Você enlouqueceu?— Não. Acho que você é quem está enlouquecendo. Ela te odeia desde que ela tem 12 anos. Deviam ter a mandado para África quando teve oportunidade.— Tenho a certeza que ela arranjaria formas de chegar até mim.— Então acaba logo com isso. Isso não é um jogo. Não leve as ameaças dela na esportiva. Esse ódio...— Você fala tanto é ódio que até cansa. As tantas isso sequer é ódio. Talvez amor.Ele me olhou como se eu tivesse duas cabeças. Depois começou a rir desesperadamente. Fechei a cara não achando graça da sua risada. — Ohhh. Você está falando a sério?— ele voltou a rir — você só pode ter bat
Famiglia Colombo.Infelizmente Edgar não tem outro parente, além do tio que descansa no inferno nesse estante. Como eu havia combinado com Lorenzo, Edgar passará a viver na mansão.— Mariano e Andréa mostrem para o Edgar a mansão e não deixem que ele se sinta só. Ele faz parte da família agora, por isso tratem-o bem.— Isso vai ser difícil. Ele não fala nossa língua. — Andréa diz com a mão no queixo. Marco, Marciano e Andréa tem 15 anos , eu os encontrem em tempos e circunstâncias diferentes.— Rej estará convosco. — Rej é o meu intérprete. Ele havia parado os estudos por falta de condições, junto ao facto de sua mãe ter perdido a vida. A mãe morreu deixando algumas dívidas, consequentemente ele foi despejado. Procurando auxílio ele veio até mim, e mais que condições para continuar os estudos lhe ofereci uma família. Todos precisam de uma família. Família não é só aquele que está unido connosco pelo laço de sangue, família são aqueles que estão connosco nos momentos bons e ruins. São
O vestido é preto, justo acima do joelho. Tem uma racha do lado esquerdo que vai até a metade da coxa, no meio contém um cinto preto fino que no centro tem um metal retangular de ouro a manga dos braços é cava. Tem um decote entre os seios em formato de V que não chega a mostrar os seios.Saltos pretos Giovanni Rossi, passei um batom vermelho pelos lábios. Depois que finalizei os últimos retoques me dei uma olhada no espelho, e deixa que me diga, não importa quão maravilhosa eu esteja vestida, meus olhos exóticos roubam toda a atenção para si. — Você está linda — Lorenzo diz abrindo a porta da limousine.— Obrigada — sorri entrando, ele veio a seguir e por fim o motorista deu partida.— Bárbara...— Lorenzo começa.— Eu sei, eu sei, manter o controle, não demonstrar meu ódio por Enzo, não o matar, não o ameaçar, eu sei...— suspirei levando uma mecha para trás da orelha — vocês são mais importantes para mim, do que o ódio que eu sinto por ele.— Você também é importante para nós...mas
Ele está de terno Slim de corte italiano azul bebê. Seus cabelos escuros estão propositalmente bagunçados, seus olhos são tão castanhos como se fossem esmeraldas polidas. — Do jeito como está me tratando me sinto magoada. Logo você que fez questão que eu estivesse aqui, me sinto usado. — dramatiza me fazendo arquear as sombrancelha — Está me usando para chamar atenção da mídia amor?— Se eu quisesse te usar, não te usaria para inauguração de um Cassino. Faria você se apaixonar por mim, iríamos nos casar e eu me tornaria a senhora Marchetti, enquanto secretamente planejou sua morte. Afim de algum tempo ia te envenenar e pendurar seu corpo num posto elétrico de cabeça para baixo. Depois limparia as evidências e no seu funeral faria o papel da viúva sofrida.Ele começou a rir como se eu tivesse contando uma anedota. — Miúda, quantos anos você acha que eu tenho para cair nesse truque? — zombou — acha que é a primeira pensando nisso. Se eu te contasse quantas mulheres já tentaram me sed
— O dia foi mesmo corrido ontem.— revirou-me na cama ao sentir os raios solares em meus olhos — Já são dez da manhã.— Bom dia Vito. — digo me espreguiçando.— Bom dia Barbie, espero que não tenha se esquecido que Marco tem de voltar a faculdade hoje e você ficou de o levar.Algumas pessoas me chamam de Barbie com intenção de diminuir o nome Bárbara, ou apenas indo de acordo com a minha estética física ou "modos vivend". — Puts! Já ia me esquecendo.—sentei-me na cama rapidamente e logo sentindo enjôo. Minhas mãos vão até os meus lábios só que isso me trás péssimas memórias. Será que estou grávida? Como grávida idiota, ninguém fica grávida por causa de um beijo. — Você não me parece bem. Prefere que o acompanhe?— Não. Não. Eu mesma o levarei. — sou a matriarca dessa família é meu dever estimular os miúdos. Me levantei da cama, sentindo meu pijama de cetim roçando meu corpo de forma incomoda. Caminhei em direção ao banheiro, que já está tudo preparado para o meu banho. Nessa mansão
Olhei para Marco que está inerte em seus pensamentos. Eu aqui divagando no passando, quem diria que hoje aquela criança com mãos leves, seria um universitário. Seus dedos batucam em seu joelho e seus pés abanam, pura demonstração de nervosismo.— Está tudo bem?— ele está mais quieto que o normal. Normalmente a gente estaria falando de algum assunto irrelevante só para passar o tempo. Antes que ele pudesse me responder, fomos parados por policiais de trânsito, reparo para Marco que ficou mais nervoso ainda. — Calma chegaremos a universidade a tempo. Ele não me encarou, ou seja, o que eu disse não ajudou. Passei minha documentação ao policial.— Senhorita isto é alguma brincadeira?Olhei para o policial confusa.— Como assim?— ele vira minha documentação, que na verdade não é minha, já que tanto a foto como os dados que lá constam não são meus. — Como isso aconteceu?— Eu é quem devo te fazer essa questão. — depois eles exigiram abrir o porta-malas, e vasculharam a minha bolsa em busca