Vitória White
Sexta à noite e eu estava com a minha irmã na cozinha do nosso apartamento, logo depois de uma reunião exaustiva com os Mendonça.
Estávamos acabando com o segundo pote de sorvete e gargalhando, dos namorados/ ficantes da Ana, cada coisa pior que o outro, o mais recente foi o Yan, ele era quase do mesmo tamanho que ela e trabalhava fazendo entregas de comida, e aí está o motivo pelo qual eu não gostava de pedir comida, eles ficavam se agarrando, como se eu não estivesse lá, eles quase se comiam na minha frente.
- Eu era louca por ele - Ana fala.
- Quase que eu ficava traumatizada - digo e ela me olha feio.
Sempre fiquei mais na minha, faz umas três semanas que não tenho nenhum contato sexual com ninguém.
- Vamos assistir alguma coisa lá em cima - digo e Ana faz sinal para que eu vá na sua frente.
Logo estamos deitadas com um pote de sorvete e um balde de pipoca. Dormimos cerca de uma hora, ela dormiu primeiro e eu suspirei alto quando vi ela dormindo, logo depois levei as coisas sujas para a cozinha.
A voz dele veio na minha cabeça ecoando o "boa garota" Henrique me afetou apenas com uma frase e agora eu não consigo tirar ele da minha cabeça, preciso ajeitar as coisas, acho melhor ir dormir.
Henrique Mendonça
Eu estava na minha cama com uma mulher que até um tempo atrás eu achava linda, ela que estava determinando a velocidade das estocadas, ela estava em cima de mim, ouvia seus gemidos e queria que fosse outra pessoa, só estava transando com Daniele para satisfazê-la, minha cabeça estava em outro lugar e com outra pessoa.
- Você é muito bom - ela diz olhando para mim.
concordei com a cabeça, e ela jogou a cabeça para trás chegando no ápice do seu orgasmo, quando ela saiu de cima de mim e viu que eu ainda estava duro feito uma rocha, ela me olhou com estranheza.
- Você ainda não está satisfeito? - perguntou com um olhar triste.
- Não se preocupe, está tudo bem - falo.
- Vamos tomar banho juntos- ela diz puxando a minha mão.
- Não estou com vontade Daniele - digo com tédio.
- Mas você ainda está duro, eu quero te satisfazer - ela fala com cara de triste e desce e sobe a mão pelo meu membro que latejava.
- Eu não quero - digo tirando a mão dela de mim e vestindo minha cueca box - vai embora - já me sinto um pouco alterado.
- Não grita comigo - fala com a voz manhosa.
- Você é uma foda casual Daniele e eu não senti nada quando estávamos transando, só não queria que você achasse que a culpa é sua, minha cabeça está em outra coisa agora, meu tesão por você já acabou - digo e ela tenta me bater, logo depois sai chorando pela porta do quarto.
Vou parar no banheiro e passo uns 30 minutos sentindo a água escorrer pelo meu corpo, logo depois faço minha higiene, olho para o relógio e já era mais de meia noite, me sento na cama e vejo meu irmão se aproximar.
- Encontrei com Daniele na saída e ela estava aos prantos, o que houve? - ele pergunta parecendo preocupado.
- Meu tesão nela já acabou, não senti nada enquanto ela gemia meu nome ou até mesmo quando ela estava cavalgando em mim - digo a verdade.
- Ora ora, o que não falta é mulher querendo dar para nós dois - ele fala e me olha com um sorriso maroto.
- Disso eu sei, mas Daniele já era fixa, toda vez que eu mandava mensagem e ela vinha correndo para me satisfazer - digo e ele me olha.
- Vai dormir Batman- tenho que arrumar um apelido para esse filho da mãe - amanhã a gente tem um baile e ainda temos acompanhantes memoráveis.
Sorri igual a um bobo quando ele me fez lembrar da senhorita White, que de santa não tem nada, eu senti seu corpo estremecer assim que eu me aproximei, foi como se eu fosse um predador para um animal deliciosamente indefeso.
- Não sorria desse jeito - ele diz e meu sorriso se desmancha.
- Você gostou da irmã dela, qual o nome dela? - pergunto já sabendo que ele ia responder imediatamente.
- Ana - ele diz me fazendo gargalhar.
- Vai se foder Henrique - levantei as mãos em rendição.
- Só não se masturbe na cozinha - digo gritando e ele mostra o dedo do meio para mim.
Estava com uma cueca box, meu cabelo estava bagunçado e minha barba estava um pouco grande, mas eu gostava dela exatamente assim, quando ela fica arranhando.
Me deitei e só lembrava dela, aquele corpo, aquela saia e o cabelo, perfeito para ser puxado com ela de quatro enquanto me enterro nela, não, ela tem que sair da minha cabeça.
Olho para baixo e já vejo o pau acordando, já o sentia latejando, furando a minha cueca, resolvi me cobrir e ligar o ar condicionado, coloquei um filme e adormeci.
(...)
Quando acordo e vou para cozinha;
- PUTA QUE PARIU! - Arthur estava com umas três mulheres, uma ajoelhada na frente dele e as outras uma beijando o mesmo e a outra ajudando a amiguinha lá em baixo, nunca agradeci tanto o fato de ter uma ilha na cozinha, o que me impedia de ver o pau do meu irmão.
- Tinha que esquecer a Ana de algum jeito - fala e depois geme alto, eu queria ser surdo naquele momento.
- Não na minha casa seu filho da puta - falo e ele reclama.
- Não xingue a mãe tão cedo- ele fala e eu olho para o relógio ainda era 7 da manhã.
- Que merda - sai da cozinha indo de volta para o meu quarto.
Não critico 100% a decisão do Arthur, pois eu queria fazer o mesmo, mas me contive, não sei até quando vou me segurar.
(...)
Meu celular começou a tocar desesperadamente em cima do mármore da pia do banheiro, eu estava tomando banho e sai para atender, era quase 17 horas.
- Alô? - atendi sem olhar e logo me arrependi.
- Henrique? Sou eu amor, Dani - eu senti raiva, nada mais que uma raiva descomunal por ela me ligar.
- Daniele me erra, não quero mais nada com você, isso não ficou claro? - digo cerrando os dentes.
- Vou ignorar por que sei que está com raiva, soube de um baile, você não vai me chamar? - Daniele era modelo e tinha uma carreira tecnicamente bem sucedida.
- Já tenho com quem ir - falei ríspido.
- Quem é a vagab... - ela começa a falar e eu a corto.
- Não fale algo que se arrependa, eu ainda posso acabar com a sua carreira - falo e desligo em seguida.
(...)
Não vejo a hora de encontrar com Vitória, coloquei uma camisa social preta, uma cueca box branca, e o meu terno favorito de três peças também preto. Deixei meu cabelo arrumado, pois sei que todas as mulheres que eu já dormi, gostavam dele assim ao invés de bagunçado, cheguei na sala e fiquei esperando meu irmão, que chegou alguns minutos depois, escolhi a ranger rover na cor vinho.
Seguimos para o condomínio das meninas, meu irmão se sentou na frente ao meu lado e eu estava dirigindo.
Assim que chegamos minha boca se abriu em um "o" e o meu irmão fez o mesmo, elas não conseguiam ver a gente por causa do vidro fumê, ambas estavam nada mais nada menos que perfeitas, com o mesmo modelo de vestido, Ana com um azul marinho que destacava suas curvas e Vitória com um vestido rose que destacava seu busto, descemos do carro e uau elas estavam ainda mais bonitas de perto, se é que isso se faz possível.
- Você vai atrás - digo batendo no ombro do meu irmão que me olhou feio mas aceitou.
Vitória White Olhei para os Mendonça e eles estavam lindos, Henrique com seu terno preto e com a barba sem estar feita, um pouco atrás Arthur vinha com seu terno azul marinho como sempre. Vi de relance Ana com cara de preocupada, levantei uma sobrancelha e sussurrei. - Segura a sua onda aí e respira fundo - ela me olhou com uma cara de deboche me fazendo rir. - Vou dobrar a oferta 220 mil dólares, se você quebrar a aposta - ela fala e me dá um sorriso Não aceitaria nem ferrando, mas minha boca falou por mim. - Aceito - minha boca falou antes do meu coração falar, me fazendo errar uma batida
Vitória White Ok, eu estava no meio de duas pessoas que se olhavam com ódio, o olhar da loira para Henrique, tinha uma pontada de amor, mas misturado com muito ódio, disso eu tenho certeza, já ele olhava para ela com desprezo. Ele pediu para que eu ficasse, mas eu estranhei, acabei ficando. Já que ele me segurou de uma forma tão carinhosa. Eu nunca vou falar isso em voz alta, jamais vou alimentar o ego dele. Nesse momento estou esperando ele me apresentar a "uma de suas fodas casuais". Céus aonde eu me meti? - Sou acompanhante de um dos convidados - ela fala e aponta para um senhor que estava no bar. - Só assim para você entrar em lu
Vitória White Estava na cozinha juntamente com Henrique, que falava ao celular, eu estava sentada na bancada de mármore enquanto ele estava no meio das minhas pernas, ele estava vestido e eu também, não sei se fico com raiva ou se agradeço. O celular dele estava ao lado da minha coxa, suas mãos estavam na bancada de mármore, uma mão em cada lado do meu corpo. Ele tinha acabado de pedir para falar com um policial, pelo o que eu entendi, houveram alguns problemas em uma das boates, dos Mendonça e ele estava tentando resolver. Ele tirou o celular da bancada e colocou sobre a minha coxa, logo depois colocou uma mão na minha cintura, porque eu sempre arrepio quando ele toca em mim? Mas que diabos. <
Henrique Mendonça Minutos atrás, Vitória falou que precisaríamos passar na indústria Mendonça. Estamos esperando o elevador que levará nos quatro para o meu apartamento na cobertura. Depois que fechamos contrato com as empresas das irmãs White, o fluxo de estagiários aumentou consideravelmente. Creio que seja por isso que ela quer ir à empresa. Chegamos na cobertura, quando eu coloco a senha no elevador e as portas se abrem, vejo uma mulher semi nua. Mas que diabos? Não tenho um minuto de paz? Não pode ser, outra foda causal para atrapalhar justamente quando eu estou me aproximando de Vitória. Logo depois do primeiro dia que eu conheci Vitória, na sede de sua empresa, meu coração errou
Vitória White Estávamos no meu jaguar, Henrique estava dirigindo. Meu celular começou a tocar e eu atendi o mesmo assim que chegamos na frente das indústrias Mendonça. - Alô? - falo esperando a pessoa do outro lado da linha me responder. - Oi meu amor, estou com saudade de transar com você - o homem do outro começa a falar e como o carro era meu, o celular se conectou com o bluetooth. Henrique me olhou com uma cara confusa quando ouviu oque o homem falou, tenho certeza que fiquei pálida. Desci do carro o mais rápido que pude e saí correndo, desliguei o celular e me apoiei em uma parede enquanto sentia as lágrimas descendo pelo meu rosto involuntariame
Henrique Mendonça Estávamos no apartamento das irmãs White em Londres, só tinha uma empregada que eu creio que seja a famosa Lua. Estava acompanhado, pelo meu irmão Arthur Mendonça, que deveria ter ficado na porra da casa dele, Júlio que era um primo nosso e o irmão dele Gabriel Mendonça que tinha chegado de Nova Iorque, para morar de vez em Londres. Júlio decidiu que não iria usar o nome Mendonça, então só nós três carregamos o fardo de ser um Mendonça, enquanto Júlio usava o nome do meio Márquez. Só vínhamos para cá, porque eu tinha que pregar alguns contratos e tinha que pegar um livro, não conhecia a casa, então saímos meio que explorando o apartamento das donas de metade da cidade.
Vitória White Tínhamos chegado no Brasil há 5 horas atrás, estava no meu apartamento, logo depois de expulsar os Mendonça da minha casa em Londres. Eram 8 horas da noite no Brasil, eu queria ligar para Henrique, só para ver se estava tudo bem, mas lá em Londres já eram 11 horas da noite. Pensei que ele estivesse em casa, então resolvi não ligar, minutos depois Ana vem gritando até o meu quarto e me mostra uma foto do grupo Mendonça. Os meninos estavam em uma boate, ok eu não tenho nada com nenhum deles mas senti um pouco de ciúme. - Partiu balada - falo e Ana grita de empolgação - liga pra Ednaldo e chama ele. Vitória White Tínhamos acabado de chegar na parte privada do aeroporto quando eu vi os Mendonça eu tive um flashback de ontem, minha consciência pesou um pouco, ter que viajar com eles não deve ter sido uma das minhas melhores ideias. Quando eles olharam para mim e para Ana, eu parei de andar, Ana também parou quase na mesma hora. Resolvi voltar até o carro, me encostei e me lembrei de tudo que eu já passei em relacionamentos. - Ok, maldita hora que eu aceitei essa viagem - falo com a respiração pesada. Estávamos de costas para os 4, consequentemente estávamos de costas para o jatinho. - Você percebe que somos vulneráveis perto deles né? - Ana fala. <Capítulo 11