Capítulo 9

Henrique Mendonça

Estávamos no apartamento das irmãs White em Londres, só tinha uma empregada que eu creio que seja a famosa Lua. 

Estava acompanhado, pelo meu irmão Arthur Mendonça, que deveria ter ficado na porra da casa dele, Júlio que era um primo nosso e o irmão dele Gabriel Mendonça que tinha chegado de Nova Iorque, para morar de vez em Londres. 

Júlio decidiu que não iria usar o nome Mendonça, então só nós três carregamos o fardo de ser um Mendonça, enquanto Júlio usava o nome do meio Márquez.

Só vínhamos para cá, porque eu tinha que pregar alguns contratos e tinha que pegar um livro, não conhecia a casa, então saímos meio que explorando o apartamento das donas de metade da cidade. 

- Ei meu irmão, anda devagar - Arthur fala com deboche.

- Ele deve querer sair daqui rápido - Júlio fala e ele não está errado.

- Eu estou ouvindo vocês - falo já irritado.

- Tu jura? Por pouco achei que fosse surdo - Gabriel fala. 

- Calem a boca - falo abrindo a porta da possível biblioteca, que na verdade era o quarto da Vitória.

- Caralho - Júlio fala se jogando na cama. 

- Sai daí porra - falo.

- Vamos espiar um pouco - Arthur fala. 

- Vocês não tem limites - falo enquanto os três me olham com cara de cachorro abandonado. 

De repente ouvimos um barulho de notificação vindo de um computador aberto e todos nós andamos até ele. 

- Elas chegaram no Brasil - falei.

- Cara, elas são gostosas - Gabriel fala.

- Mas já tem dono porra - falo empurrando o ombro de Gabriel.

- Presta atenção na entrevista - Júlio fala e Arthur aponta para o computador.

Elas desceram do jatinho rindo, o que me fez rir, era bom saber que ela estava feliz, ou ao menos tentando, vacilei feio deixando a minha secretária tentar me chupar, ela não chegou a fazer.

Fala sério, eu tava com raiva achando que Vitória estava transando com algum cara. Tentei descontar minha raiva em outra coisa. 

- Planos para hoje senhorita White? - a mulher no computador pergunta e Ana ri

Vitória chega logo atrás também rindo.

- Sempre temos planos - ela fala enquanto ri - mas hoje em especial, é dia de aproveitar.

Ana e ela saíram andando e rindo, deixando a repórter para trás. Foi quando Júlio fechou o computador e olhou para nós que estávamos tentando entender já que elas falaram em português.

- Pesquisa aí caralho - Arthur fala enquanto Gabriel pega o celular do bolso.

- Aqui não diz nada específico - Gabriel fala e todos nós suspiramos.

- Acho que o dono dela não vai poder fazer nada enquanto ela estiver no Brasil - Júlio falou e eu quase fui pra cima dele. 

- Não gosto nem de imaginar naquele corpo fazendo coisas que eu não vou poder fazer nada para me proteger - falei.

- Relaxa mano, ela deve estar te odiando agora - Arthur fala e eu bati no seu ombro.

- Tudo por causa de um quase boquete, quanta burocracia - Gabriel fala abrindo os braços.

Arthur entrou no banheiro dela e eu comecei a pensar em tudo que ela poderia fazer com raiva de mim, ela poderia transar com alguém de lá, quando ela voltar eu vou fazer ela gozar com força gritando meu nome.

Arthur voltou correndo e me entregou o celular dele que estava tocando, quando vi que era a Vitória atendi na hora. 

- Alô - falei enquanto colocava o celular no ouvido.

- Bota no auto falante - ela ordena e assim eu faço.

- Porque vocês estão na porra do meu quarto? - pergunta irritada. 

- A empregada entregou a gente - Gabriel fala. 

- A empregada tem nome e o apartamento é meu, porque diabos tem 4 homens no meu quarto se eu nem estou em casa? - ela fala e Ana ri do outro lado da linha.

- Eu quero dois - Ana fala e Vitória ri.

- Segura tua onda Ana - Arthur fala e eu tenho certeza que pude ouvir um "vai se foder Arthur" 

- Liga de vídeo - ela ordena e eu ligo.

- Aí caralhoooooo, ele é gato - Ana fala enquanto aponta para Gabriel que ri de lado.

- Alguém de vocês entende português? - Vitória pergunta e todos negamos.

Ela passa o celular para Ana e grita para que nos apresentemos.

- Todos somos Mendonça - falo e elas se entreolham provavelmente sem entender a quantidade. 

- Meu nome é Júlio Mendonça, mas gosto mais do nome de Júlio Márquez. 

- Meu nome é Gabriel Mendonça, sou irmão do Júlio, somos primos dos babacas aqui - fala e aponta para mim e Arthur, que damos um tapa na cabeça de cada um.

- E vocês já conhecem a gente - Arthur fala e elas concordam com a cabeça.

- Pois bem, vocês já devem conhecer a gente - Ana fala.

- Bom, como a resposta é sim, saiam da porra do meu quarto, e Henrique os papéis estão no andar de baixo, segunda porta depois da cozinha do lado direito, entendeu!? Porque se quiser eu faço um mapa.- Vitória fala em um tom de desprezo.

Vitória desvia o olhar do celular e sorri, eu me sentia bem quando via ela sorrindo. Todos quatro descemos as escadas da cobertura e fomos em direção ao escritório que era como uma biblioteca que estava trancada. 

- A porta está trancada - Arthur fala e ela volta a atenção para o celular. 

- Que merda, deve ser por causa do dinheiro - Ana fala e Vitória confirma. 

- Arrombem - ela fala e todos nós arregalamos os olhos.

- Não vou arrombar a porta do seu apartamento sem você estar em casa e ainda mais com dinheiro lá dentro- digo e ela me olhou com deboche antes de passar a língua nos lábios

- E você arrombaria a porta comigo em casa? - ela pergunta me fazendo rir.

- Que se foda... segura aí - falo e entrego o celular para Júlio. Logo depois eu arrombo a porta e ajeito o terno. 

- Sexy - ouvimos uma voz masculina do outro lado da linha e elas riram. 

- Cala a boca Marcos - Vitória fala e de repente um homem alto aparece atrás dela. 

Ele passou os braços ao redor do pescoço dela e logo depois aparece outro cara fazendo o mesmo com Ana, eu e Arthur apertamos a mandíbula.

- Temos que ir, sair e deixar tudo no lugar - Vitória fala e desliga o celular.

Ambos olhamos ao redor, mas não vimos nada que realmente chamou a nossa atenção. 

- Vamos beber na minha boate - Júlio fala e todos concordamos.

(...)

Chegamos na boate do Júlio, ambos estávamos com ternos de três peças, eu estava como de costume com um terno preto, Júlio com um terno cinza, quase preto, Arthur com um azul escuro e Gabriel com um azul claro.

- Só precisamos de uma bebida - Júlio fala para o cara do bar- whisky puro, para todos. 

- Precisamos de sexo também - Arthur fala. 

- Vou segurar a minha porra se classe A - eu falo e eles me encaram.

- Você não vai conseguir ficar muito tempo sem transar - Arthur fala duvidando de mim.

- Nem um boquetinho da secretaria? - Gabriel perguntou com deboche.

- Vai se foder - falo e quando viro para o lado Arthur já tá beijando uma morena e Júlio tá dançando bem junto à uma mulher. 

- Vou ficar aqui e beber - falo enquanto Gabriel anda para o banheiro com uma loira. 

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