Vitória White
Ok, eu estava no meio de duas pessoas que se olhavam com ódio, o olhar da loira para Henrique, tinha uma pontada de amor, mas misturado com muito ódio, disso eu tenho certeza, já ele olhava para ela com desprezo.
Ele pediu para que eu ficasse, mas eu estranhei, acabei ficando. Já que ele me segurou de uma forma tão carinhosa. Eu nunca vou falar isso em voz alta, jamais vou alimentar o ego dele.
Nesse momento estou esperando ele me apresentar a "uma de suas fodas casuais". Céus aonde eu me meti?
- Sou acompanhante de um dos convidados - ela fala e aponta para um senhor que estava no bar.
- Só assim para você entrar em lugares como esse - Henrique fala.
Senhor, o que eu estou fazendo aqui? Olhei para Ana e ela entendeu meu pedido de socorro, e se aproximou de mim, juntamente com Arthur. Ele parecia um cão de guarda, sufoquei uma risada, mas eu ainda vou tirar onda da cara dela por isso.
- Com licença - Ana fala.
- Sim? - falei.
- Preciso da sua ajuda, com uns papéis lá na biblioteca - Ana fala e eu suspiro em agradecimento.
- Vamos - digo e vamos, deixamos Arthur, com a mulher e Henrique sozinhos.
Ao invés de irmos para a biblioteca, fomos para o meu quarto, pelo avanço da hora, não iríamos voltar para Londres, teríamos que dormir aqui. Todos quatro. A tensão sexual nessa casa vai explodir.
- O que foi aquilo? - pergunto para Ana.
- Como é que eu vou saber? - realmente ela não tinha como saber - o que eu sei é que eu vi ele te segurando - ela fala em tom de deboche.
- Me poupe, me poupe bem muito - digo.
Depois que subimos, ficamos conversando, trocamos de roupa e descemos. Vendo os dois irmãos Mendonça, ambos bebendo whisky, eu estava com uma camisa social branca e um short preto, meio curto. E Ana estava com uma camiseta de mangas e uma calça escura, todos já haviam saído e só tínhamos nós 4, em uma casa enorme.
Passei por Henrique e peguei seu copo bebendo todo o líquido, fui para a cozinha e peguei um pacote de salgadinho, me sentei na bancada de mármore e olhei para a porta quando os três entraram me olhando.
- O que?- pergunto.
- Estou com fome - Ana fala e me olhou fingindo estar triste.
- Tem comida aí - falei e apontei para o armário.
- Não vai perguntar sobre a loira? - Henrique me pergunta e eu dou de ombros.
- Não é da minha conta - falo e ele me encara mordendo o lábio.
O filho da mãe sabe como me afetar, isso me deixa com raiva.
- Vamos fazer o que? - Arthur pergunta.
- Sobre o que você está falando? - pergunto de volta.
- Olha a hora - ele fala e eu olho para o relógio no meu braço - não podemos voltar para casa a essa hora e a julgar pelas suas roupas - aponta para mim e Ana, que prestamos atenção no que ele fala - vocês também não pretendem voltar.
Arthur tinha uma cara safado, mas parecia ser inteligente, pelo menos depois desse comentário.
- Vamos jogar - falo e eles me encaram - eu nunca.
- Voltamos para a escola - Henrique fala
- Tem alguma ideia melhor? - pergunto debochada.
Saí de cima da bancada de mármore e andei até a sala me jogando no sofá, onde tinha lugar para umas 11 pessoas.
- Vamos - gritei e eles logo apareceram.
Ana apareceu com um pote de Nutella, Arthur com um pacote de amendoim e o whisky e Henrique só com o whisky. Ambos se sentaram no sofá, Ana ao meu lado direito e Henrique no lado esquerdo, Arthur se jogou no outro lado de Ana.
- Quem começa? - falei enquanto pegava o controle da televisão, para escolher um filme enquanto jogamos.
- Eu - Arthur fala - eu nunca bati o carro.
- Eu nunca - digo convicta.
- Eu já - Henrique e Ana falam.
- Pode beber - tinha uma garrafa de vodka ao lado da televisão, cada pessoa que já tivesse feito ia tomar um shot, falei isso e comecei a rir com Arthur.
- Tá bom, minha vez - falei - nunca fiz ménage - comecei a rir achando que ninguém tinha feito.
- Eu já - todos três falam me deixando em choque.
- Como assim?? - eles começaram a rir - a bebida já está afetando a cabeça de vocês.
(...)
Já tínhamos jogado cerca de 27 rodadas, não me julgue, eu perdi a conta. Todos nós estávamos completamente bêbados, socorro acho que eu fui a que menos bebeu.
Escolhi um filme e coloquei. Deitei a cabeça no colo de Ana e coloquei o pé no colo do Henrique, ele resmungou baixo e eu nem me importei, olhei para Arthur e ele tava com uma cara de quem queria estar no meu lugar, sussurrei "invejoso" e ele riu alto.
Pouco tempo depois Ana dormiu e Arthur dormiu no seu ombro, esses dois ainda vão me dar dor de cabeça, olhei para Henrique e ele ainda estava acordado, e fazia um carinho na minha perna. Fiquei observando o peito dele subir e descer, até que ele adormeceu, me levantei e saí andando bem devagar, mas minha meia deslizava no chão de porcelanato.
Me levantei apenas para beber água, quando olho para o sofá, vejo Arthur se aconchegando mais no ombro de Ana e quando eu olho para o lado não vejo Henrique. Para onde ele foi? Quando me viro para a cozinha, bato em algo duro.
Achei que fosse uma parede, mas era o peitoral de Henrique, quase caí, mas ele me segurou firmemente.
- Aí caralho - falo colocando a mão na testa.
- Cuidado por onde anda gatinha - ele fala com um sorriso de lado.
- Você estava dormindo, porque acordou? - que sono leve, credo.
- Eu não estava dormindo, percebi que estava me olhando e fechei os olhos - no mínimo esperto.
- Eu só me levantei para beber água - explico
- Tudo bem, eu vou com você - ele fala enquanto eu passo por ele.
Não rebati o fato dele querer ir comigo, o efeito da bebida já estava passando, só conseguia pensar que não iria fazer nada com ele, já que não estava mais bêbada.
- Sabe... - lá vem história - depois que você subiu, eu falei para Daniele me deixar em paz - ele fala com cara de preocupado.
Acho que só ele deve acreditar que ela vai desistir dele tão fácil, ela vai lutar muito, não é todo dia que se transa com um bilionário.
- Tudo bem, só não quero que as suas "fodas" - me dei ao trabalho de fazer aspas com as mãos, para dar ênfase - atrapalhem o desenvolvimento do projeto.
- Tudo bem? - ele diz e por pouco eu diria que ele estava triste.
O celular dele tocou desesperadamente, dando um leve susto em nós dois, que estávamos nos encarando.
- Alô? - ele atende e coloca no viva voz enquanto se aproxima de mim.
Ele colocou o celular na bancada e me levantou fazendo com que eu me sentasse na mesma. Dei um gemido baixo quando senti o mármore gelado em contato com a minha pele nua, já que eu estava de short. Ele riu quando ouviu.
- Senhor? Tivemos um problema em uma das boates e estamos com a polícia aqui! - o homem do outro lado da linha fala.
Henrique não esboçou nenhuma reação, ele se colocou entre minhas pernas e colocou as mãos na bancada, uma em cada lado do meu corpo. Eu sabia que ele queria me estudar. E ver minha reação, então me controlei.
- Passe para o policial - ele fala com uma voz firme.
Vitória White Estava na cozinha juntamente com Henrique, que falava ao celular, eu estava sentada na bancada de mármore enquanto ele estava no meio das minhas pernas, ele estava vestido e eu também, não sei se fico com raiva ou se agradeço. O celular dele estava ao lado da minha coxa, suas mãos estavam na bancada de mármore, uma mão em cada lado do meu corpo. Ele tinha acabado de pedir para falar com um policial, pelo o que eu entendi, houveram alguns problemas em uma das boates, dos Mendonça e ele estava tentando resolver. Ele tirou o celular da bancada e colocou sobre a minha coxa, logo depois colocou uma mão na minha cintura, porque eu sempre arrepio quando ele toca em mim? Mas que diabos. <
Henrique Mendonça Minutos atrás, Vitória falou que precisaríamos passar na indústria Mendonça. Estamos esperando o elevador que levará nos quatro para o meu apartamento na cobertura. Depois que fechamos contrato com as empresas das irmãs White, o fluxo de estagiários aumentou consideravelmente. Creio que seja por isso que ela quer ir à empresa. Chegamos na cobertura, quando eu coloco a senha no elevador e as portas se abrem, vejo uma mulher semi nua. Mas que diabos? Não tenho um minuto de paz? Não pode ser, outra foda causal para atrapalhar justamente quando eu estou me aproximando de Vitória. Logo depois do primeiro dia que eu conheci Vitória, na sede de sua empresa, meu coração errou
Vitória White Estávamos no meu jaguar, Henrique estava dirigindo. Meu celular começou a tocar e eu atendi o mesmo assim que chegamos na frente das indústrias Mendonça. - Alô? - falo esperando a pessoa do outro lado da linha me responder. - Oi meu amor, estou com saudade de transar com você - o homem do outro começa a falar e como o carro era meu, o celular se conectou com o bluetooth. Henrique me olhou com uma cara confusa quando ouviu oque o homem falou, tenho certeza que fiquei pálida. Desci do carro o mais rápido que pude e saí correndo, desliguei o celular e me apoiei em uma parede enquanto sentia as lágrimas descendo pelo meu rosto involuntariame
Henrique Mendonça Estávamos no apartamento das irmãs White em Londres, só tinha uma empregada que eu creio que seja a famosa Lua. Estava acompanhado, pelo meu irmão Arthur Mendonça, que deveria ter ficado na porra da casa dele, Júlio que era um primo nosso e o irmão dele Gabriel Mendonça que tinha chegado de Nova Iorque, para morar de vez em Londres. Júlio decidiu que não iria usar o nome Mendonça, então só nós três carregamos o fardo de ser um Mendonça, enquanto Júlio usava o nome do meio Márquez. Só vínhamos para cá, porque eu tinha que pregar alguns contratos e tinha que pegar um livro, não conhecia a casa, então saímos meio que explorando o apartamento das donas de metade da cidade.
Vitória White Tínhamos chegado no Brasil há 5 horas atrás, estava no meu apartamento, logo depois de expulsar os Mendonça da minha casa em Londres. Eram 8 horas da noite no Brasil, eu queria ligar para Henrique, só para ver se estava tudo bem, mas lá em Londres já eram 11 horas da noite. Pensei que ele estivesse em casa, então resolvi não ligar, minutos depois Ana vem gritando até o meu quarto e me mostra uma foto do grupo Mendonça. Os meninos estavam em uma boate, ok eu não tenho nada com nenhum deles mas senti um pouco de ciúme. - Partiu balada - falo e Ana grita de empolgação - liga pra Ednaldo e chama ele. Vitória White Tínhamos acabado de chegar na parte privada do aeroporto quando eu vi os Mendonça eu tive um flashback de ontem, minha consciência pesou um pouco, ter que viajar com eles não deve ter sido uma das minhas melhores ideias. Quando eles olharam para mim e para Ana, eu parei de andar, Ana também parou quase na mesma hora. Resolvi voltar até o carro, me encostei e me lembrei de tudo que eu já passei em relacionamentos. - Ok, maldita hora que eu aceitei essa viagem - falo com a respiração pesada. Estávamos de costas para os 4, consequentemente estávamos de costas para o jatinho. - Você percebe que somos vulneráveis perto deles né? - Ana fala. <Capítulo 11
Vitória White Tinha saído do aeroporto uma hora atrás, acabei saindo com um pouco de raiva, por tudo que tinha acontecido naquele avião. Henrique não tinha motivo para me dizer tudo aquilo e depois simplesmente transar com a porra da aeromoça do meu avião. Credo, parecia um djavú do ensino médio, estava a caminho do apartamento de Catarina, tudo que eu precisava agora era desabafar com alguém, eu poderia fazer isso com Ana se eu não tivesse deixado ela com os Mendonça. Acabei de chegar na frente do condomínio onde Cat cat mora, ainda bem que cheguei, se demorasse mais um pouco, eu ia surtar por ter saído do aeroporto sem a minha irmã. Passei pela portaria, o port
Henrique Mendonça Nunca fui o tipo de cara que sente ciúmes, na verdade nunca me apaixonei, então não sei como é sentir isso. Mas de uma coisa eu sei, desde que eu olhei para essa mulher, alguma coisa aconteceu, eu perco a linha quando estou perto dela e tudo que eu penso é naquela mulher sem aquelas roupas. Assim que entramos na sala, prendi seu corpo na parede. - O que você vai fazer comigo? - ela pergunta em um sussurro. - Vou fazer o que você pedir - falo apertando sua cintura. O peito da senhorita White descia e subia descompassado. Último capítulo