Raoni é um garoto da cidade grande, filho de uma índia mãe solteira e tem um sonho muito estranho e descobre durante a sua aventura na floresta amazônica que é filho de Tupã e enfrenta diversos seres que todos acreditavam ser míticos, mas eles eram tão reais e enfrentá-los fará com que tudo tenha sentido em sua jornada.
Ler mais- QUERIDA, CHEGAMOS. Pequena Princesa correu e pulou nos braços de Raoni o beijando e o abraçando cada vez mais apertado. — Fiquei tão preocupada que você não voltasse... você não tem noção...— Claro que tenho.Pequena Princesa então reparou na figura que tanto abominava e a encarou com desdém e foi retribuída à altura. — Miau, ele está inteirinho, queridinha. — Ora, sua... – disse com raiva em seu tom de voz – se você encostou um dedo nele, você vai ver só... vou arrancar esse sorrisinho desgraçado da sua cara.&nb
- QUERIA AGRADECER pelo que fez por mim, Raoni.— Não poderia negar o pedido de uma mulher apaixonada.— Miau!!! Posso pedir qualquer coisa? — Claro que não. Raoni estendeu a mão para Anhangá. — Que este seja o início de algo bom. Anhangá sorriu. — O que faz pensar que me rendi a você, jovem guerreiro? — Amizade não é questão de se render, mas de respeitar um ao outro. Anhangá estendeu a mão
O QUE ESTÁ FAZENDO aqui, Ticê? — Não é óbvio? Salvando o homem que amo. — Não... você nunca o amou... — Desde quando era humanaamava, o olhei nos olhos e ele viu a magia acontecer. Xandoré tentou acertar Ticê, mas passou por ela. — Posso ser a deusa do submundo, mas acima de todas as coisas sou uma mulher apaixonada e obstinada, sou uma humana que amou tão ardentemente que fui transformada em deusa. — Pode até ter sido transformada em deus, mas nunca deixará de ser uma brux
ELES FORAM ATÉ O SALÃO dos mortos.— Devolva o submundo para Ticê e Anhangá, Xandoré.Xandoré sorriu. — Porque faria isso? — Porque vim aqui restabelecer a ordem. — Você criou a bagunça, conviva com as consequências de suas próprias ações. — Sim... agora estou criando outra. Raoni energizou sua lança e atacou Xandoré que se tornou fumaça. — Pelo visto não aprendeu nada lutando contra Jurupari.&n
A PEQUENA LUZ QUE RAONI havia concebido estava começando a se extinguir. — Agora me diga como posso te vencer, Jurupari. — Me vencer? Não sou seu inimigo, só alimento o que há dentro de você, assim como há dentro de cada ser humano que habita no mundo. — Mas todo ser humano tem uma luz também. — Sim, alguns têm... mas não é o seu caso. — Como não... salvei minha esposa, salvei minha mãe, salvei a floresta... Mas amou lutar contra os deuses e monstros mitológicos... admita
- QUEM ESTÁ AÍ? — Parece que não se lembra do seu primeiro sonho, jovem guerreiro. Raoni pegou seu talimã e o transformou em lança e o energizou, mas nenhuma luz que tentasse emanar parecia surtir efeito contra aquela escuridão. — Lembra-se do seu primeiro sonho? — Óbvio que me lembro... — Eu te chamei naquele dia para se encontrar comigo, apesar de estar sempre contigo. — Que papinho idiota é esse? — Onde acha que estamos, Raoni?<
- MAS ANTES DE BRINCARMOS um pouco, quero que vejam meu irmão e como o estamos tratando. Eles seguiram Xandoré até os aposentos de Anhangá e estava ouvindo música. — Raooooooni... queeeee graaaaata surpreeeeesa – disse cantando no ritmo da música. — Não posso dizer o mesmo. — Gatiiiiinha. Imediatamente Kiamunaka-manã começou a ronronar, o que fez Anhangá dar um sorriso. — Queeeeeero queee conheeeeeeeçam Anhum, o deeeeeeus da músicaaaaa.Raoni percebeu que aquele deus era dife
O SUBMUNDO ERA DIFERENTE de tudo o que Raoni já tinha visto, era por isso que Guaraci estava dizendo que os homens vivos tinham uma percepção errônea sobre a morte. — Não fique com medo dos espíritos, miau, eles não podem fazer nenhum mal. — Na verdade, sinto paz em estar aqui. — Para nós, deuses amazônicos, miau, a morte é um processo, por isso Catxuréu leva pessoalmente as pessoas até aqui. — No fim das contas, ela é uma boa deusa. — Tudo o que é natural é bom, miau, e a morte não é o fim da estrada.
ASSIM QUE ELES CHEGARAM na entrada da caverna foram abordados por um ser reluzente. — Sejam bem-vindos. — Miau! Ó grande Guaraci, viemos aqui para ajudarmos Anhangá, o grande protetor de toda fauna. — Claro que sim, meu irmão irá precisar de toda ajuda possível. — Você é irmão dele? — Todos nós na floresta somos irmãos. Guaraci que emanava raios solares olhou atentamente nos olhos de Raoni como se estivesse lendo a mente dele. &md