AZRAEL

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Eu senti meu mundo desmoronar.

Ayla estava ali, real, de carne e osso, ao alcance das minhas mãos, mas ela parecia fugir de mim.

Mas não era apenas isso. Ela não estava sozinha. Ela estava com ele. O homem que trouxe ira ao meu ser, o mostro real do meu inferno interior, o cara capaz de fazer Ayla se entregar, e gemer, e o pior era saber que aquele cara que a tinha tão intimamente não era eu.

O desespero me tomou de forma brutal e avassaladora. Eu queria gritar, queria rasgar minha própria pele para arrancar a dor que me consumia por dentro. Mas tudo que consegui fazer foi ficar ali, paralisado, enquanto ela se afastava de mim. Como se eu fosse um estranho. Como se eu não passasse de um fantasma insignificante na vida dela.

Quando Ayla desapareceu pelas laterais daquele prédio, senti um aperto no peito tão forte que quase me dobrei para frente. Era como se uma parte de mim estivesse sendo arrancada, mas eu não sabia qual. Eu não lembrava. A única coisa que eu sentia era qu