CAPÍTULO 4 OTTON

Durante o caminho para a delegacia penso no tanto que eu não conheço a minha secretária Alina jamais imaginei que ela tinha uma irmã tão delinquente, ao chegar na delegacia fui recebido pelo delegado que está de plantão pela sua cara ao me ver ele não me esperava para defender a tal Yanah, me apresentei e quando comecei ver as fotos e as filmagens de como se gerou toda essa confusão, e fez a garota vir parar aqui, li todo o relatório do corpo de delito, respirei fundo porque a minha vontade era abandonar o caso e simplesmente ir para a minha casa, e deixar a garota inconsequente de molho aqui por uns dias, e o pior foi presa por desacato, como a pessoa vem depor por uma agressão e vai presa por desacato, assim fica difícil, juro que se não fosse irmã da senhorita Alina a abandonaria agora.

Não tive outra alternativa do que ir até à cela dela, e quando me dirigi até lá penso que numa hora dessas devia estar numa cama de motel e ao chegar uma garota de estatura mediana se levanta rapidamente e os meus olhos a analisam contemplando rapidamente a beleza dos seus olhos redondos que brilham ao me ver, o seu cabelo é castanho, lisos, tamanho médio, a sua roupa frouxa não marca muito bem o seu corpo, tenho que admitir que a tal Yanah é linda tanto quanto a senhora Alina.

Mas de cara já vi que nós dois não nos daremos muito bem pelo simples fato da Yanah ser uma mulher de comportamento difícil e defender ela não foi uma tarefa fácil quando ela tem a língua maior que o seu corpo e muita das vezes fui rude para tentar contê-la. Durante o seu segundo depoimento a voz da Yanah embargou quando a mesma confessa que sofreu bullying por ser pobre e estudar numa das melhores faculdades da cidade de Los Angeles o que me gera uma curiosidade se ela é bolsista, mas não quis saber da sua vida pessoal, o meu intuito era tirar ela daqui, após os guardas a levarem novamente, conversei bastante com o delegado e o mesmo exigiu pagamento de fiança para Yanah.

Paguei tudo sem pensar duas vezes eu só queria me livrar dela, mas Yanah percebeu que o seu comportamento atrevido e linguaruda me tira do sério, mas não esperava que a louca subisse em cima de mim, invadindo a minha boca com um beijo intenso rebolando sobre mim que nem uma puta, e o pior de tudo isso é que eu me rendi a toda a sua ousadia e comecei apertar a sua bunda, o meu pau já estava ereto de tanto prazer que estava sentindo, voltei para a realidade sentindo-me culpado por tudo o que aconteceu, a retirei de cima de mim ou iria longe demais com a garota e sai do carro ligeiramente ligando para o meu motorista para vir buscá-la, me senti completamente desconcertado com esse beijo, não me lembrava mais nem de que eu a xinguei, ela foi embora com o motorista.

Espero nunca mais encontrar essa garota na minha vida ela tira o pior de mim, acabando com o meu juízo, ainda sinto o gosto de menta do seu beijo na minha boca, não quis saber que horas eram fui diretamente para a boate e a primeira coisa que fiz foi beber uma grande dose de bebida quente para tentar relaxar depois do que aconteceu hoje, fui ao banheiro e vejo o quanto aquela garota deixou-me molhado, mas isso se dá por excesso de trabalho e pouco sexo por isso ela causou tudo isso em mim.

Ao voltar para a minha mesa olho ao meu redor e já vejo uma mulher de olho em mim, comecei a encará-la e a mesma pisca para mim e vem na minha direção.

— Está precisando de companhia hoje advogado? — A mulher pergunta sorrindo.

— Estou precisando de sexo e bem feito. — Falo na tentativa da tal mulher me beijar e me deixar louco de prazer e sem fôlego com Yanah me deixou.

Nós nos beijamos e a levei para um motel, lá transamos e fiz tudo o que eu tinha direito, mas nada para me fazer arrepiar e nem mesmo tirar o meu fôlego.

Voltei para casa menos tenso, mas cansado, tudo do mesmo jeito, tomei banho porque o dia hoje foi demais.

— Que loucura — Falo sozinho e fui tomar um banho para dormir, amanhã será um novo dia.

Acordei no dia seguinte atrasado, pela primeira vez acordei fora do meu horário normal, não dava mais tempo nem ir para academia, me arrumei rápido e também preocupado se a louca da Yanah falou para Alina que nos beijamos, aliás, ela me beijou e se ela resolve usar esse beijo como um assédio é o meu fim.

Fui para o escritório sem tomar café e a senhora Alina já me esperava ansiosa, entrei no meu escritório e ela me acompanha.

— Senhor Otton bom dia!

— Bom dia Alina, alguma ligação ou compromisso? — Pergunto sem olhar, Alina.

— Nenhum senhor Otton, eu só queria saber como vou lhe pagar, primeiro quero agradecer por soltar a minha irmã, sei que foi pago fiança.

— Alina soltei a sua irmã, se você tem algum poder sobre ela, a oriente a não errar mais, faça de conta que lhe dei um presente, mas não fale para ninguém que lhe fiz esse favor, muito menos para a sua irmã, deixe ela sentir-se um pouco culpada.

— Senhor Otton, estou aliviada, se cobra os seus honorários não ia sobrar para pagar a faculdade da Yanah.

— Você paga a faculdade dela? — Pergunto sem acreditar.

— O meu sonho é ver Yanah formada, com um futuro diferente do meu, não me julgue. Perdemos mamãe muito cedo e de lá para cá tenho trabalhado para eles terem um futuro diferente do meu.

— Eles? — Pergunto sem acreditar que tem mais irmãos.

— Tenho mais um irmão que se chama Ikaro. — Alina confessa.

Eu não sei se fico com pena, ou admirado com tamanha força de Alina com certeza ela abdicou dos seus sonhos, para trabalhar incansavelmente para formar a irmã na melhor faculdade, tranquilizei Alina que não cobrarei nada e respiro aliviado por Yanah não ter comentado o que aconteceu ontem.

Continuei trabalhando analisando contratos e alguns processos por horas que esqueci de me alimentar, só estou a base do café e fui informado que Malvino quer conversar comigo, não sabia que a sua vinda seria rápida assim. 

— Seja bem-vindo Malvino. — Ele entra acompanhado da senhorita Alina.

— Tudo perfeito aqui, além de ser o seu amigo, tenho que admitir que o prédio em si, é muito aconchegante.

— Obrigado Malvino, senhorita Alina, traga dois cafés para nós. — Ordeno.

Alina sai e continuamos conversando sobre os contratos dos seus empreendimentos, mas conheço malvino há algum tempo e sei que ele não veio aqui só para tirar dúvidas dos contratos.

O celular chega mensagens da minha mãe perguntando se manda confeccionar a minha fantasia para o baile da minha tia, pensei e pensei antes de responder e sim confirmei que vou, e encomendei a primeira fantasia que me veio na cabeça, a fantasia do zorro.

Recebo a informação sobre quando começa o trabalho que Yanah terá que prestar como pena dos seus atos, a mesma terá que ir estudar em outra faculdade porque terá que se manter distante da Riana a moça agredida, acho que Alina está nadando e morrendo na praia por conta da irresponsabilidade da irmã só lamento tudo isso.

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