CAPÍTULO 3 YANAH

Fui levada até a sala da secretaria, andava rapidamente e eu só conseguia pensar na pessoa que mais se sacrifica por mim que é Alina, mas não posso demonstrar fraqueza, eu não sou culpada, a loira oxigenada que começou.

— Yanah, o que aconteceu para agir daquela maneira, você deixou a Riana desmaiada no chão, tal ato nunca aconteceu aqui. — O diretor questiona.

— Eu não tenho culpa de nada, as câmeras podem provar isso, eu entrei e elas me perseguiram chamando-me de pobretona e a minha paciência sumiu, não deixo nada e nem ninguém me humilhar. — Falo seria.

— Nada justifica a sua agressão Yanah, a família da Riana vai fazer um b.o contra você por agressão, fica aqui que vou saber notícias dela.

O diretor sai da sala e fico a olhar o meu celular sem ter coragem de ligar para Alina, como ela vai ficar decepcionada e após alguns minutos e dois policiais entram acompanhados do diretor.

— A senhora precisa nos acompanhar até a delegacia.

Me levantei de onde estava sentada e de cabeça erguida, os acompanhei entrando na viatura e como imaginei de nada adiantou as filmagens das megeras me coagindo e sai como a errada da história, começaram a me interrogar e falei para o delegado que só falaria na presença de um advogado, o dia não era para mim literalmente. Acabei desacatando o delegado e um policial que a todo momento queria me igualar a pior pessoa do mundo, me humilhando e chamando-me de delinquente, perdi totalmente a linha, vim para a delegacia por um motivo e fui presa por outro.

Fiquei sozinha numa cela, se a minha irmã não der por falta de mim, vou mofar aqui nessa cela fedida.

— Drogaaa. — Grito pondo as mãos na cabeça.

Mas as horas passaram-se e quando já eram quase seis horas da noite, ouço passos de alguém vindo levanto-me rapidamente para olhar quem é, e um homem de terno vem andando acompanhado de um policial, a minha esperança chegou, ele só pode ser um advogado o homem é alto, forte, cabelos escuros levemente alinhados, de barba feita, lindo aos meus olhos.

Analiso ele da cabeça aos pés, admirada com tamanho pecado a minha frente, isso é o que dá ficar muito tempo sem fazer sexo, o tal homem pede o policial que nos deixe a sós.

— Quem é você? — Pergunto aflita.

— Infelizmente o seu advogado. — O tal homem de terno fala parecendo estar com raiva de mim.

— Como assim, infelizmente!Se não está aqui para me defender, o que faz aqui então? — Pergunto já bastante exaltada.

— Estou aqui somente pela sua irmã que está em casa agora chorando por uma pessoa sem limites e mal criada. — O desconhecido fala cheio de autoridade.

— Mal criada é a sua mãe, todos me insultam, querem me humilhar e eu tenho que manter a Leide, a sonsa. Não sou Alina e se veio para me xingar também saia da minha frente. — O respondi rápido.

— Cala a boca, você fala de mais, baixa o tom que se você não me respeitar te deixarei mofar aqui. — O tal homem grita.

— Nada e nem ninguém grita comigo, muito menos homem dessa terra. — Grito mais alto ainda

— O homem dessa terra se chama Otton Borsi, então garota vai ter que me ouvir, guarda abra a cela. — O tal Otton ordena.

E eu fico em choque ao ver Otton Borsi, chefe da minha irmã, o homem que eu pensava que seria um velho barrigudo, horroroso, é um tremendo homem, lindo, bravo, chato e rude, arrogante, gostoso, a ficha ainda não caiu e Otton continua a falar comigo enquanto caminha a minha frente.

— Garota, você precisa dar o seu depoimento mais uma vez, se controlasse essa boca grande já estaríamos em casa, queria saber o que se passa na sua cabeça não basta ter espancado uma aluna, ainda foi desacatar uma autoridade, um delegado, você só pode ter sérios problemas mentais. — Otton fala com raiva.

— Queria que eu ficasse calada ouvindo as patricinhas me humilhando, é isso de que lado você está? — Pergunto me atravessando na sua frente encarando os seus olhos.

— Prometi a Alina que a levaria de volta para casa, e vou cumprir o que prometi. — Otton fala retirando-me da sua frente.

O segui e mais uma vez relatei tudo o que aconteceu e o delegado com mais raiva de mim do que todos os bandidos dessa cidade, mandou me prender novamente e o policial algemas as minhas duas mãos novamente e leva-me para a cela, quando ia sair olho para trás e Otton me encara, fazendo um gesto com a cabeça para eu seguir em frente.

Eu não sabia ao certo se estava com medo, raiva ou se eu queria esganar um, penso novamente em Alina, como vai ser para ela pagar o honorário desse homem, já não passamos muito bem com ela ganhando bem, imagina agora pagando ele para tentar me soltar.

Estou perdida no tempo, não sei que horas são, ouço passos novamente e em silêncio o policial abre a cela novamente.

— Saia, o seu advogado está te esperando. — O policial fala sério.

Sai apressada, nunca passei por adrenalina maior na minha vida, e ao sair lá fora Otton me espera com a minha mochila nas mãos.

— Aqui estão as suas coisas — Otton fala respirando fundo.

Se eu não seguro rápido a minha bolsa, teria caído no chão, Otton sai sem olhar para trás e eu o segui, enquanto ele andava rapidamente até o estacionamento.

— Como conseguiu me soltar? É sempre assim mal-educado? Não responde o que pergunto. — Faço perguntas insistentemente, mas nunca vi homem mais chato.

— Entra no carro, a sua irmã está te esperando, se tem alguém preocupado com você, é ela. — Otton fala arrogante entrando no carro.

Entro no carro também e se tem uma coisa que eu odeio é fazer uma pergunta e não responderem.

— Garota você está solta mediante a pagamento de fiança, ouve atentamente o que vou falar, qualquer outro vacilo seu, vai presa novamente em regime fechado, e por enquanto vai precisar prestar serviços comunitários.

— Eu só queria saber o porquê tanto ódio no modo de você falar, sua vinda aqui atrapalhou a sua transa com alguém na hora em que ia gozar, porque todo esse ódio só pode ser por isso, ódio faz mal para o coração.

— Estou no inferno, só pode! Vamos embora, deixa eu ir te deixar em casa antes que eu perca o meu resto de paciência que se esgotou desde a minha vinda para cá, eu devia voltar a delegacia e mandar te prender novamente, só que agora jogando a chave fora. — Otton fala isso com mais raiva ainda.

— Você não faria isso advogado! — Falo debochando.

Otton põe o cinto de segurança e uma loucura passa pela minha cabeça embriagada pelo seu perfume e de uma vez sento sobre o seu colo no banco do motorista colando corpo com corpo, fixo os meus olhos no dele e Otton me olha assustado.

— Enlouqueceu de vez garota o que está fazendo? — Otton pergunta ficando sem ação.

Retiro o cinto dele, seguro na sua nuca encarando a sua boca vermelhinha carnuda e o beijei sem a sua permissão a minha língua invade a sua boca quente, Otton corresponde ao nosso beijo mudando de ângulo enquanto eu rebolo no seu colo o excitando, já sentindo o seu membro crescer dentro das calças, e as grandes mãos de Otton apertam a minha bunda e eu já estou quente e amando essa minha loucura quando Otton bruscamente me tira de cima do seu colo.

— O que você fez, sua louca, vou ter que pedir a sua internação. — Otton fala todo desconcertado, quase sem fôlego e com o cabelo bagunçado.

— Bem que você gostou da louca aqui, correspondeu ao beijo e que beijo, deu até calor e poucos os homens conseguiram tirar o meu fôlego e você conseguiu. — Falo sem ar.

— M*****a hora que vim te soltar, se soubesse que é uma louca jamais teria te soltado. — Otton fala bravo.

— Você fica lindo assim bravo. — Falo isso para tirar ele do sério.

Otton sai do carro para realizar uma ligação, e não demorou muito um carro se aproxima e Otton vem até a mim.

— Venha o meu motorista vai te levar para casa. — Otton fala com raiva.

Resolvi obedecer ele caladinha, com a influência que Otton tem ele poderia me prender novamente, uma coisa eu sei que nesse mundo pobre não tem vez na mão de gente rica. E sem olhar para trás entro no carro que ele mandou e durante o caminho olho o luxo que é esse carro, penso na loucura o qual foi o meu dia, de tanto ser chamada de louca, acabei incorporando uma. Sem pensar nas consequências que essa minha loucura possa gerar, inclusive na demissão da minha irmã, depois de tudo o que aconteceu a minha cabeça ficou uma loucura, o motorista deixou-me na frente da minha casa e agora era só me preparar para ouvir sermão.

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