YANAH
Mal chego na porta de casa, e Alina abre rapidamente a porta e me abraça apertado. Retribuo o seu abraço porque agradeço, em silêncio, a irmã forte que tenho e que não me abandonou. — Você está bem, Yanah? Graças a Deus você está aqui sã e salva. — Alina fala enxugando as lágrimas. — Estou bem, Alina, você me perdoa pelo que eu fiz hoje? — Pergunto de cabeça baixa. — O diretor me contou o que aconteceu, Yanah, você não poderia ter perdido o controle com aquela moça. — O meu sangue ferveu quando ela me chamou de pobretona. Estou cansada, Alina, perdão por não ser tranquila como você, não aguento muita coisa calada. — Resmungo. — Você é a minha irmã. Sabemos que vai ser expulsa da faculdade. Só te peço uma coisa, Yanah, que você não desista dos seus estudos. — Alina fala calma. — Alina, como vai pagar o advogado? Ele é caríssimo. — Pergunto e fico à espera da sua resposta. — Prometi trabalhar nas minhas folgas, lavar as suas roupas, só não podia te deixar mofar na cadeia. Tudo vai se resolver. Agora vá tomar um banho, que vou esquentar o seu jantar. — Alina fala feliz. Faço o que ela me mandou, tomo um banho e enquanto me visto lembro das mãos de Otton apertando a minha bunda, só pelo beijo sei que pegaríamos fogo dentro daquele carro. Nosso irmão já dormia tranquilo na sua pequena cama, resolvo olhar o meu celular e tinha uma mensagem de um número desconhecido. “Olá, me chamo Késsia, a mulher que tirou você de cima da moça que estava sendo agredida. Vi o vídeo, elas que começaram toda a discussão. Infelizmente você foi presa... salva meu número.” Lembro que alguém me mandou soltar a loira oxigenada. Se não fosse ela poderia acontecer o pior. Salvei o seu número e agradeci o apoio. Ao chegar à sala, a minha irmã já estava pondo o meu jantar na mesa. A minha vontade é de falar que beijei o gato do seu chefe, mas conhecendo bem a minha irmã ela vai me chamar de louca igual Otton. Para ser sincera, tem horas que nem eu acredito no que fiz. Não resisti ao seu jeito bravo, sorrio sozinha lembrando. — Do que ri, Yanah? — Alina pergunta curiosa. — Nada Alina, estou feliz por estar fora daquela cela fedida, prometo que não vou mais me meter em problemas. — Falo disfarçando. — Amanhã vou à igreja pela manhã, agradecer pela sua vida. — Alina fala contente. Alina não existe. Comi a comida que ela preparou e, após o jantar, continuei conversando com Késsia. Ela estuda arquitetura também e hoje era o seu primeiro dia. Desabafo com ela a possibilidade de ser expulsa da faculdade e ter que me matricular em outra. Bastante cansada, conversamos um pouco mais, mas o sono toma conta de mim. Me despeço dela e durmo. No dia seguinte acordo cedo para voltar à minha rotina normal, só que agora sem ir para a faculdade. Arrumei Ikaro, vou deixa-lo na escola e Késsia me liga. — Yanah, será que podemos nos encontrar? — Késsia pergunta. — Para te falar a verdade, Késsia, não sei se você viria ao subúrbio, moro num bairro pobre da cidade. — Falo enquanto caminho pela rua. — Claro que vou! Me dá o seu endereço. — Késsia pede do outro lado da linha. — Vou mandar o endereço de um Cyber café perto da minha casa. Mando por mensagem o endereço e fico sempre atenta se ela virá mesmo. Enquanto a espero, sentada numa mesa, penso que não sou de ter amigas e Késsia só me viu uma vez e já quer ter contato. Espero que ela não pense que sou lésbica, porque gosto de homem com “H”. Alguns minutos depois ela chega de táxi e, sem vergonha nenhuma, aceno e ela vem até a minha mesa. Vendo Késsia pessoalmente, pelas suas roupas, sei que ela é uma garota fina e rica. — Você está bem, Yanah? — Késsia pergunta me abraçando. — Estou ótima. — Falo correspondendo o seu abraço sem entender tamanha intimidade. — Yanah, não consegui ficar na faculdade quando descobri que você foi expulsa, eu odeio injustiças, vi tudo, até a forma que ela humilhou você. — Késsia fala nervosa. — Eu já esperava isso, Késsia, mas o que me resta é continuar a estudar. A porta fechou, eu abro outra, só não posso desistir. Onde conseguiu o meu número de telefone? Afinal, o que você quer comigo? Não é comum uma mulher como você se interessar por uma garota pobretona como eu. É isso o que pensam de mim, somos muito diferentes, eu não seria a amiga certa para você. — Não tem interesse nenhum, não pense o pior de mim. Fiquei muito mal com o que fizeram com você ontem, afinal íamos estudar juntas e naquele momento eu queria te apoiar, te conhecer e aqui estou eu, não tem maldade na minha vinda aqui. — Claro, eu agradeço o seu apoio e obrigada por vir. — Falo, desconfiada. — Você mora há muito tempo por aqui? — Késsia pergunta analisando tudo ao seu redor. — Sim, Késsia. Por mim não moraria aqui, mas também não tenho vergonha da minha realidade. Essa aqui é a minha verdade, não preciso fingir ser quem não sou. — Falo triste. — Adoro gente de verdade, forte, valente, determinada e que sabe o que quer. Admiro você, Yanah. — Késsia sorri. Conversa vai, conversa vem e Késsia está muito à vontade na minha companhia. A sensação que eu tenho é que ela vive sozinha e necessita de alguém para conversar. Vejo tristeza no seu olhar, mas não quis saber mais da sua vida e tive que me despedir dela para ir para casa. O dia foi um tédio para mim, fiz uma faxina em casa, organizei tudo e fui buscar o meu irmão na escola. No fim de tarde o levei para passear, ainda tinha algum dinheiro e o levei para tomar um sorvete numa praça, e o meu irmão adorou o nosso dia juntos. Ao voltarmos para casa, Alina me dá a notícia de que fui realmente expulsa da faculdade, e ainda vou ter que trabalhar em lugares públicos. Ponho as mãos na cabeça. — Alina, o seu chefe é solteiro? — Pergunto de uma vez. — Até onde sei é, mas o porquê da pergunta Yanah? — Por nada, Alina, só achei ele lindo demais para estar solteiro. — Falo sem graça. — Homens com poder são assim, do nada aparecem comprometidos. — Alina fala séria. Alina é uma mulher jovem com alma de velho, mal ela sabe que se eu fosse secretária daquele gato já teria sido demitida por me insinuar para ele.Dois dias se passaram, não soube mais nenhuma notícia da louca da Yanah, nunca conheci uma garota mais atrevida que ela. Estou acompanhando o seu processo e soube que hoje ela começa o seu trabalho para diminuição da pena. Continuo a trabalhar quando a minha secretária Alina comunica que a minha mãe chegou e quer falar algo importante comigo. Mando ela entrar. — Filho, bom dia, vim pessoalmente deixar a sua fantasia e ver se está bem! — Mamãe fala empolgada. — Mamãe, estou ótimo, sei que veio saber se vou realmente para o baile, já lhe adianto que vou. — Que bom! Otton, a sua irmã voltou a estudar, como já tinha te falado filho, fez amizade nova! Pediu até o cartão para ir para o salão cuidar da beleza, coisa que há muito tempo ela não fazia. Essa amiga está dando conselhos bons para ela. — Isso é bom, mamãe, Késsia deixou de viver desde o acidente que tirou a vida do seu namorado... E o pior, ela vinha dirigindo o carro no dia. Amizades para ela são importantes nesse momento
Comecei a fazer trabalho comunitário para cumprir a tamanha loucura que fiz em desacatar um delegado e, adivinha? Me colocaram para limpar uma escola infantil. Pense num trabalho árduo, tenho certeza que tudo isso tem um dedo do Otton para se vingar de mim por beijá-lo. Continuo a trabalhar, e após isso vou fazer a minha matrícula numa outra faculdade. Késsia me liga e eu resolvo atender. — Alô, Késsia! — Yanah, onde você vai estudar agora? Estou me sentindo um peixe fora d’água nessa faculdade, não consigo fazer amizade com ninguém. — Késsia fala com voz de choro. Em silêncio, do outro lado da linha, fico sem entender nada e sem saber como agir e o que falar, afinal não sou muito de chorar, não tenho nem tempo para isso. — Estou em frente à faculdade nova. Você está chorando? — Pergunto preocupada. — Estou emotiva — Késsia me responde. — Késsia, estou sem dinheiro para ir até você, mas se quiser o endereço de onde estou para vir conversar, estou livre nesse momento. Ké
Jamais imaginei que Yanah iria sair do meu carro após o louco momento entre nós dois, fiquei completamente cego de desejo por ela e a minha vontade era de ir além. Mas a louca entrou num táxi qualquer e foi embora sem olhar para trás. Bati forte no capô do carro de raiva, odeio que brinquem comigo desse jeito e o pior é que caí no seu jogo de sedução e gostei. Queria muito sentir aquele corpo perfeito sobre o meu e continuo com a sensação da sua boca macia me chupando, só de ficar imaginando já estou duro de novo e totalmente frustrado. Volto para casa em alta velocidade e só me restou um banho para ver se esfrio a cabeça e para aliviar o efeito do álcool. No dia seguinte, acordo totalmente estressado, tanto que não vou para a academia e sim correr, para extravasar toda a raiva daquela garota que armou um circo e caí na dela. Quanto mais corro, mais eu quero correr. Paro extremamente exausto, respiro rápido descansando e olhando o quão longe eu vim parar movido à raiva da Yanah.
YANAH Desço do táxi, paguei o mesmo com o dinheiro que Késsia me deu e entro devagar em casa, na ponta do pé e de repente a luz acende. Alina me espera no escuro com a cara brava, olhando para mim de cima a baixo analisando a minha roupa. — Quer me matar de susto, Alina? — Pergunto pondo a mão no coração. — Quem vai morrer de susto sou eu a qualquer hora com esses sumiços! Deixou o nosso irmão com a vizinha... Só vai dormir quando falar onde estava, com quem estava e onde conseguiu essa roupa. — Fui a um baile a fantasia, por isso fui assim, fui a um aniversário acompanhar a minha amiga Késsia. — Yanah desde quando sai de casa sem falar comigo? E que amiga é essa? — Alina pergunta. — Alina você é uma irmã maravilhosa, mas eu acho esse instinto protetor de estar sempre querendo segurar na minha mão me sufoca, eu sabia que não ia me deixar ir, por isso fugi. — Quer dizer que eu te sufoco? Muito bem! Yanah, você é uma menina que ainda está se conhecendo e não sabe muit
OTTON Como prometi para mim mesmo não contei para Alina sobre a bolsa de estudos que consegui para Yanah. Alina me ajuda com uma reunião remota e ao terminar já é noite, uma hora dessas a minha irmã já deve ter saído da faculdade. Faço uma ligação e todos já saíram da faculdade, preciso conversar com Késsia sério sobre Yanah. Fui até a casa dos meus pais, mamãe me convida para jantar e uma chuva de perguntas começa a ser feita. — Otton, por que foi embora tão cedo da festa? Não entendi. — Mamãe, estava cansado. — Minto para ela. — Otton, sei que está mentindo, te conheço e sei que está mentindo. Fiquei com dó da Evelin, a todo instante querendo estar perto de você, e o que fez? Fugiu! Mas outra coisa que não engoli foi a amiga da Késsia. — Mamãe fala. Arrepio-me só de pensar que Yanah foi a razão do meu sumiço da festa. — A tal Yanah parece educada, mas tem um jeito debochado, e descobri que ela mora num bairro pobre. Késsia é difícil demais, de tanta amizade escolher log
OTTON Yanah é apertada e gostosa. Fodo ela lentamente, outras vezes rápido, segurando e apertando os seus quadris. A minha mão desce até o seu clitóris e a masturbo enquanto estoco a sua buceta e Yanah rebola no meu pau, gemendo. — Quero mais, Otton, me fode gostoso, já estou quase gozando — Yanah geme tão gostoso rebolando. Fico louco com os seus gemidos e com mais umas estocadas quem goza sou eu. Deito o meu corpo por cima do seu corpo suado, retiro a camisinha e jogo no chão. Yanah se vira e me beija, a sua língua bebe o suor do meu corpo, nunca tive uma mulher na cama tão intensa quanto Yanah. Nem demora muito e eu já estou duro, louco para me afundar novamente nela. É uma entrega que tenho medo, o fogo não diminui, só aumenta. Yanah põe outro preservativo no meu membro e dessa vez ela senta sobre o meu pau e chegou a minha vez de gemer que nem um adolescente preso nas entranhas de uma menina que sabe o que faz. Colados corpo a corpo, as suas unhas cravam nas minhas costas.
YANAH Quando saio da faculdade flerto com dois gatinhos, marcamos de sair e vou andando por uma rua vazia em busca de ônibus para voltar para a casa. Um carro me segue, não acredito no que estou vendo. Otton me seguindo, a minha mente só pergunta o que ele quer dessa vez. Otton me quer na sua cama. Juro que até tentei resistir, mas acabo me entregando inteiramente de corpo e alma, sinto o calor do seu lindo corpo no meu, o tamanho desse homem é maravilhoso e eu só queria transar e gozar. Otton me levou ao céu, arrepiei, amei ser revirada por aquele homem que me teve de todas as formas. Após terminar o nosso sexo louco, observo Otton todo caído na cama, sinto-me satisfeita. Vou tomar um banho rápido e ao sair do banheiro vejo que já é tarde, Alina vai querer uma explicação. Começo a juntar as roupas jogadas no chão e vejo Otton contando dinheiro, quando me abaixo para calçar o sapato ele está com o dinheiro apontado para mim. O tom da sua voz muda quando o mesmo diz para eu pegar
OTTON Chego em casa totalmente arrependido de ter passado do ponto com Yanah. Não tenho coragem de ligar para ela, até porque seria inútil, Yanah não me atenderia, ela é muito difícil de lidar. Na minha mente só veio Késsia e sem pensar duas vezes liguei para ela, o celular dela começa a chamar incessantemente e a mesma me atende. — Irmão, boa noite — Késsia fala do outro lado da linha. — Késsia, preciso de um favor seu, localize Yanah e, por favor, me fale se ela está em casa — Falo rápido e nervoso. — Yanah?! Vocês trocaram telefone? Estavam juntos? Não estou entendendo. — Késsia começa a fazer perguntas demais. — Késsia, faça o que eu lhe mandei. Depois conversamos, está bem? Me retorna, mas não fala que sou eu que estou querendo saber. — Falo sem paciência. — Otton, que loucura é essa? — Késsia pergunta totalmente perdida do outro lado do telefone e desligo o celular sem respondê-la. Ao chegar à minha casa ando de um lado para o outro, não acreditando que estou