Colômbia
201507:22 PM
"Aconteça o que tiver que acontecer, em momento algum pense em sair deste lugar, ou muito menos abandone os seus irmãos. Fui clara Dayane?." sua mãe indagou entre lágrimas enquanto a refugiava no guarda roupas junto dos seus dois irmãos.
Alguma coisa não estava bem, embora a sua mãe tentasse ocultar a verdade Dayane via em seus olhos. Algo de errado estava acontecendo lá em baixo.
"Por quê.. o que está acontecendo mamãe?." dayane indagou entre soluços.
"Não me pergunte por quê, apenas me obedeça, e não saia daqui. Cuide dos seus irmãos, seu pai e eu iremos resolver as coisas." sua mãe proferiu novamente num tom que a assustou. Jamais havia gritado com ela, e por isso a mesma estranhava a atitude da sua mãe." Voltarei em breve para busca-los." sua mãe adicionou instalando trilha de beijos na testa de ambos antes de se retirar e fechar o guarda-roupas.
Naquele instante Dayane acolheu os seus irmãos em seus braços, totalmente assustada.
Algo de errado estava acontecendo lá em baixo. Suas dúvidas são tiradas ao escutar os gritos de dor do seu pai. Pouco antes da sua mãe os ter colocado no guarda roupas em meio ao jantar haviam tocado na campainha. Surgiu entre a porta uma mulher na companhia de dois homens com a massa corporal elevada. Seu pai sigilosamente fez o sinal para que a sua esposa protegesse os seus filhos. Apreensiva a mulher carregou em seus braços o seu filho de quatro anos o Miguel. Dayane fez o mesmo com o seu outro irmão Pedro. Embora os seus pais não tenham dito absolutamente nada dayane notou que algo de estranho estava acontecendo, notava-se na expressão facial dos indivíduos que aterrorizavam o seu pai sem se quer proferir uma palavra.
Ignorando completamente as ordens da sua mãe dayane deixa os seus irmãos no guarda-roupas, mas antes diz a eles que voltará em breve. Alguma coisa estava acontecendo e ela tinha que descobrir.
Assustada Dayane desce as escadas a passos cautelosos. Quanto mais ela se aproximava mais os gritos do seu pai se tornavam nítidos.
Discretamente Dayane abre a porta apenas de um modo que lhe permitisse observar a causa dos gritos do seu pai. Aterrorizada seus olhos se deparam com a imagem da mulher que ela chamaria de demoníaca segurando numa serra enquanto os seus dois homens agarravam nos braços do seu pai que se encontrava de joelho e imobilizado. Logo em seguida seus olhos encontram a sua mãe que por coincidência nota a sua presença. Seus lábios estão enfaixados por uma fita adesiva, com as mãos presas e sentada sobre o chão.
"Por favor, deixe-nos com vida, Não contarei a ninguém sobre o que vi." seu pai suplicou entre lágrimas. Dayane jamais havia o visto chorar, aquela era a primeira vez, o que significava que a situação era crítica.
"Lhe dei o dinheiro para que deixasse a cidade dentro de vinte e quatro horas mais não o fez. E disse claramente que se não o fizesse pagaria com vida." a mulher que tem os olhos ocultados por um par de óculos pretos diz entre os dentes. Seus cabelos são ruivos, mede um metro e sessenta, veste umas calças pretas que se alongam nos saltos altos que a mesma está calçando." É o momento de dizer adeus, testemunhou um crime que o meu filho cometeu por deslize e não estará vivo para testemunhar contra ele. Tanto isto quanto o senhor iram morrer neste preciso momento e a história jamais será sabida." a mulher diz antes de dar as ordens para os seus homens, para que lhe arrancassem a cabeça com a serra. Dayane viu a cabeça do seu pai sendo arrancada sem piedade, a mesma cabeça cambaleou para o chão e os seus olhos encararam a sua filha antes de se fecharem completamente." A senhora acaba de presenciar a morte do seu marido, eu até poderia deixá-la com vida mas penso que não manterá a descrição. Peguem-na e a despedaçem." a mulher ordenou novamente consumida pelo ódio.
Aterrorizada Dayane presencia agora a morte trágica da sua mãe. Os homens a despedação usando como arma um machado.
Um grito escapuliu da boca da Dayane, sua mãe estava sendo assassinada brutalmente, e a dor que a mesma sentiu foi grande, não pudia conter as lágrimas, muito menos os gritos de desispero.
Por mais que tentasse pedir por ajuda de nada adiantava, isto apenas faz com que a mulher a veja.
"Não á deixem escapar!." a mulher gritou, e os seus homens de imediato a agararão.
Sem hipótese alguma de escapar os homens a seguraram e a levaram em direção a mulher que a observou cuidadosamente como se tivesse gostado dela.
"A levem para junto das outras garotas. Daqui em diante irá trabalhar para mim." a mulher diz com determinação sem dúvida alguma das suas palavras, com as mãos agarradas no maxilar da Dayane." Escute garota, isso nunca aconteceu, se não quer se juntar aos seus pais sugiro que me obedeça." ameaçou entre os dentes antes de desferir um tapa em seu rosto.
"Por favor não!." dayane protestou entre soluços." Os meus irmãos, não os machuquem." pediu." Farei tudo que me disser, mas não os machuquem." suplicou entre lágrimas.
A mulher sorriu ao ve-lá totalmente submissa a ela e com a sua pose de superioridade disse:
"Linda menina, estará junto dos seus irmãos, se trabalhar para mim."
Embora a mulher seja a responsável pela morte dos seus pais, não lhe restavam alternativas, afinal a vida dos seus irmãos estava agora em suas mãos.
"Como..como desejar senhora." disse com a cabeça erguida.
"É Úrsula, para você é dona Úrsula." a mulher diz antes de erguer os óculos e da-la a visão dos seus olhos esverdeados.
Rigorosamente a mulher ergueu o seu queixo e a fez encara-lá.
"Temos um contrato, caso não cumpra com ele, não hesitarei em tirar a vida dos seus irmãos." adicionou entre os dentes." Tirem-na daqui, e tragam os seus irmãos, sairemos da cidade está noite." a mulher que agora tinha nome ordena entre passos.
Dayane a olhou, seus olhos seguiram os passos da mulher que ela amaldiçoou mentalmente com todas as suas forças. E foi a partir daquele momento que surgiu em seu coração um sentimento de vingança.
Colômbia 08:16 PMAtualmente....Caminho hesitante encarando o papel sobre a minha mão. Não podia ser este o endereço. Quem moraria em um beco escuro?.Úrsula foi quem o anotou, ela disse claramente que um homem me solicitou para ir ao seu encontro pelo site. Mas estou duvidosa quanto ao endereço que a mesma me entregou.A minha intuição me avisa para que eu dê a volta e caminhe a passos largos sem olhar para trás. Alguma coisa aconteceria se eu continuasse neste lugar. Não sinto esta angústia e desespero desde da noite que presenciei a morte dos meus pais.O vento toca na minha pele dos pés a cabeça, arrepiando rigidamente as minhas coxas. Visto apenas uma mini saia e uma pequena blusa que deixa o meu umbigo amostra, a estas horas repreendo a mim mesma por não ter usado um casaco.Agarro amedr
O som rígido e persistente do despertador adentra em meus ouvidos e, faz com que eu me desperte de imediato.Adoraria passar o dia na cama me espreguiçando, mas isso não é possível.Retiro o lençol sobre o meu corpo, me colocando de pé e cautelosamente caminho em direção ao banheiro. Ainda me encontro desnorteada como quem não está satisfeita com o dia. Não sei o que é ter uma boa noite de sono desde os meus catorze anos, bem, dizem que só valorizamos as coisas quando já não as temos.A água fria percorre pela minha pele, arrepiando o meu pelo, e neste instante um grito escapa da minha boca me afastando de imediato do chuveiro.Agora me encontro totalmente acordada, a água fria tratou disso, e isto acontece todas as manhãs.Suspiro fustrada e sem opções volto a me colocar por debaixo do chuveiro. Em murmúrios termino o ba
Natasha nunca gostou de mim, ela vem carregando este ódio desde que comecei a trabalhar no clube.Quando a Úrsula assassinou os meus pais, jurei trabalhar para ela até que ela não precisasse mais dos meus serviços, em troca disto a mesma não tocaria em meus irmãos. Não tenho o direito de renunciar o contrato mesmo que eu queira, e as meninas que trabalham aqui há mais tempo dizem que assinamos o contrato com o diabo.Embora as mesmas digam que sou a favorita da Ursula e que a minha beleza encanta os homens, porque sou há mais jovem que atrai os melhores clientes, não me acho a melhor, olho para as mulheres com quem trabalho e as acho mais belas do que eu."O clube está começando a ficar cheio." samatha diz quando surge entre a porta do camarim. É aonde todas as garotas se arrumam."Eu percebi pelo volume da música." digo passando o pó compacto branco pelo meu rosto."Não fique triste pelo o que
Afogo o meu rosto na água fria e gelada da banheira e permaneço neste transe até o momento que perco o controle da minha respiração. Quando não consigo tomar o ar dos meus pulmões sinto a paz interior.Durante o tempo que permaneço sem respirar. Uma voz baixa chama pelo meu nome me fazendo se retirar as pressas. Só neste instante o ar sai dos meus pulmões e a minha respiração soa ofegante e mais rápida que o normal."Dayane?." miguel me chama assustado."Está tudo bem." digo ofegante e só neste instante vejo as lágrimas transbordarem em seus olhos.O que eu menos queria era deixá-lo assustado."Estava tentando se matar? Você vai nos deixar assim como a mamãe e o papai?." entre soluços com a voz falha meu pequeno irmão questiona.Estou ciente de que a história que inventei sobre a morte dos meus pais não é correta. Mas não podia simplesmente contar a eles sobre o que presenciei n
O silêncio paira, indicando que o ponto de metro está vazio, não me surpreendo pós já é muito tarde para se estar na rua. Tudo que posso ouvir é a minha ofegancia e o som da respiração do homem a minha trás."Tem algo que me pertence, e eu exijo que me devolva." digo num tom firme, e tento de todos os modos não demonstrar o medo que se apodera do meu corpo."E por isto está me seguindo? Por causa de uma bolsa que se quer contia uma boa quantia?." ele diz e se ri."Pode até não ter valido muito para o senhor, mas para mim valia." digo e desfiro um chute no meio das suas pernas.Imobilizado o homem solta o canivete e leva a atenção a ele."Desgraçada." rosna."Quem está no comando agora?." digo vitoriosa com o canivete apontado em seu rosto."Eu joguei a bolsa fora." disse gemendo de dor."Devolva o meu dinheiro." digo entre os dentes e perfuro levemente a sua pele facial."Está tudo bem, não me machuque." pede." Pegue no meu bolso
Por volta das seis da manhã o meu turno da noite havia terminado. Passei a noite dançando e divertindo os homens, ao contrário dos outros dias que passo noites os satisfazendo.Naquele horário algumas lojas estavam abertas na cidade e como teria o dia livre decido fazer as compras. Não havia cumprido com o que prometi para os meus irmãos, eu disse a eles que chegaria mais cedo, mas não cumpri, e penso que talvez algum brinquedo os faça me perdoar.Empurro a porta a minha frente e o sino denúncia a minha entrada. Meus olhos encontram a mulher por detrás do balcão e alguns clientes dentro da loja."Deseja alguma coisa senhorita?." a mulher por detrás do balcão caminha até mim com um sorriso entre os lábios."Sim, gostaria de escolher alguns brinquedos." digo e sorrio."Quantos anos tem a sua filha?." ela questiona com simpatia."Na verdade são para os meu irmãos, eles têem apenas nove anos, e são gêmeos." digo."Bem, talvez lhes agrade uma bol
Esfrego instantemente a esponja na pele de ambos enquanto uma série de pensamentos sobre a conversa que tive com o inspetor invadem a minha mente.Não paro de pensar na sua proposta. As coisas não são tão fáceis quanto parecem, como irei arranjar um novo emprego?. E como irei convencer a Úrsula?. Tudo isto não depende de mim desde que concordei com a Úrsula ela decide o que faço ou deixo de fazer."Eles irão nos levar para o orfanato?." pedro questiona e rapidamente saio dos meus pensamentos."Não, isto não irá acontecer." digo e sorrio para ambos."Como convenceu o inspetor?." miguel questiona com curiosidade."Não pensem muito nisso." me levanto da borda, caminho em direção ao guarda roupas e pego nas toalhas."Dayane?." miguel me chama."Hum?." respondo e neste instante encontro as toalhas."Como era a nossa mãe?."Ainda de costas para ambos sinto um aperto no peito quando o Pedro me faz está questão. Tinha apenas quinze
Encaro instantemente a estátua de Cristo e da virgem maria. Neste instante me encontro de joelhos no altar e os sinto dormentes devido o tempo que estive aqui.Frequento a igreja todas as manhãs de domingo. A missa foi encerrada agora pouco e aproveito o momento que a igreja está vazia para rezar pelos meus pecados.Talvez eu me confesse para o padre como o de costume, mais do que adianta fazê-lo se sempre irei voltar a pecar?.Envolvo o lenço sobre os meus cabelos no estilo camponesa e cautelosamente me levanto.Penso que hoje não será necessário me confessar para o padre. Ele me dirá o mesmo de sempre. Para que eu reze dez ave Maria e dez pai nosso.Enquanto caminho para fora da igreja ouço instantemente o barulho dos meus saltos batendo contra o piso de madeira, até o momento que o vento toca na minha pele facial, o mesmo que indica que estou do lado de fora da igreja.Meus o