Esfrego instantemente a esponja na pele de ambos enquanto uma série de pensamentos sobre a conversa que tive com o inspetor invadem a minha mente.
Não paro de pensar na sua proposta. As coisas não são tão fáceis quanto parecem, como irei arranjar um novo emprego?. E como irei convencer a Úrsula?. Tudo isto não depende de mim desde que concordei com a Úrsula ela decide o que faço ou deixo de fazer.
"Eles irão nos levar para o orfanato?." pedro questiona e rapidamente saio dos meus pensamentos.
"Não, isto não irá acontecer." digo e sorrio para ambos.
"Como convenceu o inspetor?." miguel questiona com curiosidade.
"Não pensem muito nisso." me levanto da borda, caminho em direção ao guarda roupas e pego nas toalhas.
"Dayane?." miguel me chama.
"Hum?." respondo e neste instante encontro as toalhas.
"Como era a nossa mãe?."
Ainda de costas para ambos sinto um aperto no peito quando o Pedro me faz está questão. Tinha apenas quinze
Encaro instantemente a estátua de Cristo e da virgem maria. Neste instante me encontro de joelhos no altar e os sinto dormentes devido o tempo que estive aqui.Frequento a igreja todas as manhãs de domingo. A missa foi encerrada agora pouco e aproveito o momento que a igreja está vazia para rezar pelos meus pecados.Talvez eu me confesse para o padre como o de costume, mais do que adianta fazê-lo se sempre irei voltar a pecar?.Envolvo o lenço sobre os meus cabelos no estilo camponesa e cautelosamente me levanto.Penso que hoje não será necessário me confessar para o padre. Ele me dirá o mesmo de sempre. Para que eu reze dez ave Maria e dez pai nosso.Enquanto caminho para fora da igreja ouço instantemente o barulho dos meus saltos batendo contra o piso de madeira, até o momento que o vento toca na minha pele facial, o mesmo que indica que estou do lado de fora da igreja.Meus o
Aguardo com aflição a sua pronúncia mais tudo que recebo é o seu silêncio. Úrsula simplesmente se levanta e caminha até a adega, a vejo despejar o líquido alcoólico em um copo e de seguida a mesma toma um gole rápido."E o que está pensando em fazer?." ela questiona de costas para mim."Bem, eu...""Tem um contrato comigo, é a minha melhor prostituta, me diga você se daria a liberdade para alguém que coloca o dinheiro na sua mesa?." ela se vira novamente ficando de frente para mim com um sorriso cínico entre os lábios."Mas os meus irmãos eles...""Não se esqueça de que eu poderia mata-lòs se quisesse. E enquanto eu a quiser no clube irá permanecer aqui, até que eu não precise mais dos seus serviços. Agora se não se importa tenho muito que fazer." disse caminhando até sua mesa."Senhora eu..""Não me diz respeito o que acontece na sua vida particular.""Úrsula eu preciso fazer isso, são os meus irmãos que estão em jogo eu não..."
"Lamento senhorita, mas não estamos precisando de novos empregados." o homem elegante a minha frente diz com indiferença."Obrigada senhor, e me desculpe por roubar o seu tempo." me desculpo.Já era a décima loja naquela tarde que já estava chegando ao fim. Algumas lojas me rejeitavam pelo meu trabalho de prostituta, alguns diziam que não podiam me contratar por que o meu antigo trabalho como prostitua incomodaria aos clientes. Digo a eles que larguei o antigo trabalho embora não o tenha feito e mesmo assim isto os desagrada.Após várias tentativas que foram falhas resolvo caminhar pelas ruas de Colômbia, já havia escurecido e não sabia mais o que fazer.Está sendo difícil arranjar um emprego terei que pedir ao inspetor para que me de um pouco mais de tempo, mas acredito que ele não me dará.Vejo no relógio sobre o meu pulso que já está ficando tarde, deixar os meus irmãos sozinhos agora só irá piorar a minha situação.Assim que me dirijo ao meu a
Depois de ter passado alguns minutos trancada em um dos quartos do clube com aquele garoto, ele termina satisfeito e deixa uma quantia justa antes de se retirar. Creio que a garota com quem ele saia amanhã seja uma garota de sorte, ele é um bom garoto, é delicado com as mulheres, raramente conheço homens assim.Pego nas minhas roupas sobre o sofá e assim que término de as vestir me retiro do quarto.Vou até a Úrsula que se encontra em seu escritório e organizo o dinheiro antes de bater na porta."Entre." ela autoriza e não hesito em entrar."Aqui está o dinheiro do serviço." caminho até sua mesa e deixo o valor sobre a mesma."Está terminado?." ela questiona com o dinheiro em mãos enquanto faz a contagem."Sim." afirmo."Perfeito. Há um outro cliente que deseja vê-la." ela diz e neste instante molha os dedos com a saliva enquanto conta o dinheiro.
O encarro confusa após a sua pronúncia, e o silêncio preenche o lugar."O que te faz pensar que irei trabalhar para um estranho?." questiono."O tempo é uma criança, se realmente quer ganhar mais dinheiro eu posso fazer com que ganhe mais." ele diz com um sorriso torto nos lábios."Está escurecendo e vejo que perdi muito tempo falando com um homem que não tem onde cair morto. O que quer?, Que eu o ajude a assaltar um banco?." digo com ironia."Basta aceitar e eu lhe direi o que terá de fazer.""Não, muito obrigada." recuso."Bem, se mudar de ideia sabe aonde me encontrar." é tudo que diz."O que te faz pensar que irei mudar de ideia?. Acha que serei capaz de abandonar a prostituição para me tornar numa criminosa?.""Eu nunca disse que teria que trabalhar como uma criminosa, e por isto irá voltar para saber do que a minha oferta se trata, quando já não souber lidar com as coisas irá me procura e advinhe? As portas estarão abertas
Natasha havia armado um escândalo e por consequências chego tarda a casa, tive que impedir que ambas brigassem e no final tive que ir ao escritório da Úrsula, e tive que aguentar os seus sermões.Eram por volta das duas da madrugada e todos já haviam se recolhido. Bem não todos, exceto a dona laura, ela provavelmente esteve esperando pela minha chegada no prédio para fofocar ao inspetor.Como uma sombra a vi me observar da janela do seu quarto. E a perdi de vista quando a ignorei e entrei em minha casa. Meus irmãos já haviam adormecido e ambos pareciam exaustos, eles provavelmente devem ter tentado esperar por mim.Caminho em direção ao miguel e instalo um beijo na sua testa, neste instante seu corpo se move e em resultado ele abre os olhos."Dayane?." ele me chama sonolento com a voz baixa."Sim, volte a dormir está tudo bem.""Acabou de chegar?.""Sim." respondo e desvio o olhar." Me desculpe eu não queria acorda-lò, volte a dormir." susur
Jamais imaginei que as semanas pudessem se passar tão rápido. Quando dei por mim estavam batendo na porta e me tiravam os meus irmãos.Infelizmente não consegui procurar há tempos por um emprego digno de que não os envergonha-se, e como o inspetor havia dito, ele os tiraria de mim, e isto aconteceu.Não passou pela minha cabeça que naquela manhã de domingo eu os perderia. Após ter me ido a missa como o de costume, na minha volta para casa mal tive tempo de estar com os mesmos."Eu tentei senhorita, mais vejo que não se esforçou para tê-los." o homem a minha frente diz, e mal posso escuta-lo, sinto que tudo a minha volta está paralisado, como se estivesse só no mundo.Tudo a minha volta fica em câmara lenta, embora os choros dos meus irmãos sejam altos eu não os ouço, apenas posso ver seus lábios entreabertos e as suas lágrimas que deslizam com facilidade, enquanto ambos homens os afastam e os
Caminho entre lágrimas pelas ruas de Colômbia, ergo o capuchinho da camisola sobre o meu corpo e cubro a minha cabeça.Todos a minha volta olham para mim com curiosidade, alguns com indiferença e estranheza. Naquelas horas ainda podia se ver o sol da tarde, ao menos no ônibus não olharam tanto para mim.Não tarda e a polícia estará atrás de mim e eu de fato não sei para aonde ir. Não posso simplesmente fingir que não tenho algo importante nesta cidade, que são os meus irmãos.Ainda não posso acreditar que a Úrsula está morta e que eu a matei. Passei de uma prostituta para uma assassina. Mas se eu não o fizesse, seria eu quem estaria morta em seu escritório. Talvez está tenha sido a única maneira de terminar com esta história, ou ela, ou eu teria que terminar morta.E talvez depois disto a alma dos meus pais de