O encarro confusa após a sua pronúncia, e o silêncio preenche o lugar.
"O que te faz pensar que irei trabalhar para um estranho?." questiono.
"O tempo é uma criança, se realmente quer ganhar mais dinheiro eu posso fazer com que ganhe mais." ele diz com um sorriso torto nos lábios.
"Está escurecendo e vejo que perdi muito tempo falando com um homem que não tem onde cair morto. O que quer?, Que eu o ajude a assaltar um banco?." digo com ironia.
"Basta aceitar e eu lhe direi o que terá de fazer."
"Não, muito obrigada." recuso.
"Bem, se mudar de ideia sabe aonde me encontrar." é tudo que diz.
"O que te faz pensar que irei mudar de ideia?. Acha que serei capaz de abandonar a prostituição para me tornar numa criminosa?."
"Eu nunca disse que teria que trabalhar como uma criminosa, e por isto irá voltar para saber do que a minha oferta se trata, quando já não souber lidar com as coisas irá me procura e advinhe? As portas estarão abertas
Natasha havia armado um escândalo e por consequências chego tarda a casa, tive que impedir que ambas brigassem e no final tive que ir ao escritório da Úrsula, e tive que aguentar os seus sermões.Eram por volta das duas da madrugada e todos já haviam se recolhido. Bem não todos, exceto a dona laura, ela provavelmente esteve esperando pela minha chegada no prédio para fofocar ao inspetor.Como uma sombra a vi me observar da janela do seu quarto. E a perdi de vista quando a ignorei e entrei em minha casa. Meus irmãos já haviam adormecido e ambos pareciam exaustos, eles provavelmente devem ter tentado esperar por mim.Caminho em direção ao miguel e instalo um beijo na sua testa, neste instante seu corpo se move e em resultado ele abre os olhos."Dayane?." ele me chama sonolento com a voz baixa."Sim, volte a dormir está tudo bem.""Acabou de chegar?.""Sim." respondo e desvio o olhar." Me desculpe eu não queria acorda-lò, volte a dormir." susur
Jamais imaginei que as semanas pudessem se passar tão rápido. Quando dei por mim estavam batendo na porta e me tiravam os meus irmãos.Infelizmente não consegui procurar há tempos por um emprego digno de que não os envergonha-se, e como o inspetor havia dito, ele os tiraria de mim, e isto aconteceu.Não passou pela minha cabeça que naquela manhã de domingo eu os perderia. Após ter me ido a missa como o de costume, na minha volta para casa mal tive tempo de estar com os mesmos."Eu tentei senhorita, mais vejo que não se esforçou para tê-los." o homem a minha frente diz, e mal posso escuta-lo, sinto que tudo a minha volta está paralisado, como se estivesse só no mundo.Tudo a minha volta fica em câmara lenta, embora os choros dos meus irmãos sejam altos eu não os ouço, apenas posso ver seus lábios entreabertos e as suas lágrimas que deslizam com facilidade, enquanto ambos homens os afastam e os
Caminho entre lágrimas pelas ruas de Colômbia, ergo o capuchinho da camisola sobre o meu corpo e cubro a minha cabeça.Todos a minha volta olham para mim com curiosidade, alguns com indiferença e estranheza. Naquelas horas ainda podia se ver o sol da tarde, ao menos no ônibus não olharam tanto para mim.Não tarda e a polícia estará atrás de mim e eu de fato não sei para aonde ir. Não posso simplesmente fingir que não tenho algo importante nesta cidade, que são os meus irmãos.Ainda não posso acreditar que a Úrsula está morta e que eu a matei. Passei de uma prostituta para uma assassina. Mas se eu não o fizesse, seria eu quem estaria morta em seu escritório. Talvez está tenha sido a única maneira de terminar com esta história, ou ela, ou eu teria que terminar morta.E talvez depois disto a alma dos meus pais de
"Disse que há um emprego para me oferecer." digo e abraço o meu próprio corpo." Digo, se a oferta ainda estiver de pé." sorrio fraco e o encarro."Entre, deve estar com frio aí fora." ele diz e abre o espaço para que eu passe."Obrigada." agradeço quando ele segura na minha mala."Estou surpresa por vê-la a estas horas. De verdade eu já tinha perdido as esperanças." disse fechando a porta."Estou arruinada, e não tenho para onde ir." não consigo conter as lágrimas."Está tudo bem, a senhorita não precisa chorar, vejo que conseguiu a demissão no clube, fez o certo, aquele lugar não era para você." ele diz e me guia até o sofá."Não, eu...eu não me demiti."Contar para ele sobre o ocorrido não estava em meus planos. Mas eu estava me sufocando."Então, a senhorita foi demitida?." ele se senta ao meu lado de frente para mim."Perdi os meus irmãos, há algum tempo que estava pedindo demissão, mas ela não me dava." me levanto e lh
Sair da cidade não estava em meus planos, mais não havia outra alternativa. Eu não apenas estaria largando a cidade, como também estaria deixando a minha infância inteira e, o pior de tudo, estaria deixando os meus dois irmãos para trás.Como o Gaël havia dito que partiriamòs ao amanhecer, não preguei o olho a noite pensando nos meus irmãos, ir embora seria como abandoná-los, e eu estaria quebrando a promessa que fiz a minha mãe.Havia saído do banho no momento em que o Gaël passou pela porta e deparòu-se com a minha nudez. Pude vê-lo envergonhado, talvez um pouco constrangido, mas aquilo não importava para mim, ele não era o primeiro homem que me via sem roupas."Me desculpe, eu acreditei que já estivesse pronta." ele diz e me mostra o seu lado cavalheiro."Não peça desculpas por isto, não é o primeiro homem que me vê nua, ou devo lembra-lo que sou uma prostituta?." enxugo os cabelos e jogo a toalha na cama."Sendo prostituta ou não, isto não muda o fa
A única coisa da qual me recordo são dos seus olhos lacrimejantes, e do seu vazio, depois disto eu me apaguei por completo.Desejei que tudo não tivesse passado apenas de um sonho. Mais quando despertei em uma cadeira no jato, gael afirmou que tudo havia realmente acontecido.Ao que tudo indica estamos em um jato particular, há apenas o gael e um piloto.Não sei o que mais me deixa confusa neste momento, se é o ocorrido com o meu irmão ou o fato do homem que há algumas semanas atrás tirou a minha bolsa ter um jato particular. Por isto decido lhe questionar."De quem é o jato?." questiono e o encaro."É do meu chefe." ele diz e sorri." Fico feliz que tenha acordado." adiciona e bebe a vodka sobre o copo em suas mãos."É para ele que irei trabalhar?.""Em breve saberá, deseja beber alguma coisa?." oferece."Não sei, penso que talvez um comprimido ajude a diminuir a minha dor de cabeça." digo e toco na minha testa."Como quiser." el
Em toda a minha vida aquela era a única manhã que despertava por volta das dez. Isto por que o cantarolar dos pássaros haviam me despertado.O sol havia invadido a enorme janela do quarto a mesma que me dava a visão do jardim esplêndido do rancho.Me levanto vagarosamente da cama e caminho em direção ao banheiro. A cama é macia e confortável nada comparada com a antiga.Gaël não havia me despertado, talvez deva ter pensando que eu precisasse de descanso.Seu quarto se localiza mesmo ao lado do meu, por isto decido ir a sua procura. Estou usando um pijama short e uma pequena blusa que revela o meu umbigo, o mesmo que me deixa confortável.Penso que em toda a minha vida está seja a única manhã que me sinto confortável comigo mesma.Bato na porta a minha frente e recebo o silêncio, empurro a mesma em persistência e apenas encontro a sua cama vazia. Quando penso em dar a volta para me retirar ouço o meu nome da sua voz rouca, e rapidamente me viro par
Minha visão está embaçada, me encontro desnorteada e com a vista ofuscada.Gaël é a primeira coisa que vejo quando abro os olhos, e ele continua carregando o sorriso torto."Aonde estou?." sinto uma dor na minha cabeça." Por quê estou com as mãos presas?." digo com a pouca força que me resta."Seja bem vinda de volta, princesa." ele diz com sarcasmo.Olho em volta e nada vejo além da escuridão. Estou sentada sobre uma cadeira e há uma mesa feita de ferro a minha frente, a mesma que aparentar ser da cor preta."Sei que deve estar confusa agora, mais não encontrei um modo adequado de termos está reunião de negócios.Há uma luz que apenas ilumina o centro da mesa."Ao que eu saiba, não é deste modo que as pessoas negoceiam." digo um pouco tonta."Não diga nada até que eu lhe ordene, isto será do meu jeito, fui claro?." ele agarra forte no meu maxilar e me faz encara-lò.Assinto."O que eu quero que faça é simples, como j