O silêncio paira, indicando que o ponto de metro está vazio, não me surpreendo pós já é muito tarde para se estar na rua. Tudo que posso ouvir é a minha ofegancia e o som da respiração do homem a minha trás.
"Tem algo que me pertence, e eu exijo que me devolva." digo num tom firme, e tento de todos os modos não demonstrar o medo que se apodera do meu corpo.
"E por isto está me seguindo? Por causa de uma bolsa que se quer contia uma boa quantia?." ele diz e se ri.
"Pode até não ter valido muito para o senhor, mas para mim valia." digo e desfiro um chute no meio das suas pernas.
Imobilizado o homem solta o canivete e leva a atenção a ele.
"Desgraçada." rosna.
"Quem está no comando agora?." digo vitoriosa com o canivete apontado em seu rosto.
"Eu joguei a bolsa fora." disse gemendo de dor.
"Devolva o meu dinheiro." digo entre os dentes e perfuro levemente a sua pele facial.
"Está tudo bem, não me machuque." pede." Pegue no meu bolso." adiciona.
Olho para ele pela última vez e quando ergo a mão até o seu bolso o homem a segura e a coloca para trás das minhas costas.
"Regra número um, jamais confie num assaltante. Agora quem está no controle princesa?." ele susura ao pé do meu ouvido e desliza a língua no meu pescoço.
"Me solta." grito em movimentos bruscos.
"Irá parar de se meter no meu trabalho?."
"Chama aquilo de trabalho?." rio e tento me soltar.
"Claro, isto é descriminação sabia?." disse com sarcasmo.
"Não tarda e um novo metro irá chegar e eu juro que nesse momento irei denúncia-lò."
"Por favor senhorita, eu posso mata-lá agora mesmo e abandonar o seu corpo."
"Se quisesse me matar já teria o feito há muito tempo."
"A senhorita não me conhece, agradeça que estou de bom humor, se não eu já teria lhe cortado a língua." ele diz e me solta" A propósito, acho que devia se valorizar mais, acha que o dinheiro que lhe roubei vale mais que a sua vida?." ele diz sorrindo torto antes de me dar as costas e começar por caminhar.
"Imbecil." grito massageando o meu pulso.
"Não tem de quê princesa!." ele pisca para mim e prossegue com os passos.
Quando penso em segui-lò novamente o outro metro chega. Olho novamente para direção do homem e os meus olhos não o encontram, ele havia desaparecido.
Confusa entro no metro e a porta a minha frente se fecha.
Não demoro a chegar no clube embora esteja atrasada pela pequena paragem que dei para seguir aquele homem, dentro de minutos já estava na frente do prédio.
Suspiro antes de caminhar em direção a porta de entrada. Já posso escutar os seus sermões mesmo antes de entrar.
Úrsula irá grita comigo.
Assim que entro no camarim me deparo com algumas garotas se arrumando e neste instante uma das mesmas se pronuncia.
"A Úrsula deu as ordens para que fosse até o seu escritório antes de se arrumar." uma das garotas diz e não hesito em dar a volta até o escritório da mesma.
Meu coração acelera mais do que o normal. Eu sei que não devia me preocupar com isto, mas não saberia o que fazer se a mesma reclamasse pelo meu atraso diário, e provavelmente ameaça os meus irmãos.
Nervosa bato na porta a minha frente e não tardo a escutar a sua autorização para minha entrada.
"Mandou me chamar?." questiono parada em frente a porta.
"Outra vez chegou atrasada?." ela diz séria.
"Me desculpe eu juro que isto não...."
"Poupe as suas desculpas, não é para isto que a chamei até aqui." disse se levantando da cadeira." Fez um ótimo trabalho ontem, graças a você o cliente virá para o clube com frequência, e irá indica-lò aos seus sócios." ela diz com um sorriso entre os lábios enquanto caminha na minha direção." Mais há uma condição para isto." suspira e para a minha frente." Estará disponível quando ele precisar dos seus serviços, e irá satisfaze-lò toda vez que ele a solicitar." ela diz e sorri com deboche.
Enquanto a mesma diz as palavras que estou impedida de contrária, as lembranças do ocorrido de ontem invadem a minha cabeça, e sinto vontade de vomitar. Eu sei que como uma prostituta não devo ter náuseas pelo trabalho que faço, mas não posso evitar, por isto dizem que sou diferente das outras. Não foi a primeira vez que me deitei com um velho, pelo contrário, já estive com vários, mais penso que estou farta de fazê-lo.
"Como quiser senhora." é tudo que digo com a cabeça erguida.
"Gosto quando é assim, obediente." ela diz entre gargalhadas e da leves espalmadas na minha bochecha.
As vezes tenho vontade de enforca-là e fugir do país, mas não posso, pelos meus irmãos.
"Pelo bom comportamento e por ter feito um ótimo trabalho ontem, hoje poderá apenas entreter os homens no palco, as outras meninas iram se encarregar de satisfaze-lòs." ela me dá as costas e caminha até sua mesa.
"Com licença." digo prestes a me retirar.
"Espere!." ela me para enquanto abre uma das gavetas.
Úrsula me dá as costas e assim que fecha a gaveta novamente se vira para minha direção e os meus olhos encontram um rolo de dólares na sua mão.
"Compre roupas novas, precisa estar bonita, e use alguma parte do dinheiro para comprar alguns brinquedos para os seus irmãos. A propósito como eles estão?." me surpreende que ela esteja perguntando por eles.
"Eles estão bem, e obrigada senhora." digo e recebo o dinheiro.
"É tudo, ja pode se retirar." disse com a sua pose de superioridade e logo volta a se sentar.
Sem me pronunciar caminho em direção a porta e de imediato me retiro.
Úrsula me fez jurar que jamais mencionaria a noite que a vi assassinar os meus país.
E depois de anos essa é a primeira vez que recebo algum dinheiro da sua parte. Úrsula não me paga como paga as outras garotas. O dinheiro que consigo para sustentar os meus irmãos é sempre alguma gorjeta que os clientes que se deitam comigo me oferecem. Tudo que a Úrsula faz é pagar as contas da casa e quem sabe talvez comprar alguma comida, mais isso não acontece com frequência, ela sempre me diz que o dinheiro do meu salário é o que ela usa para pagar as contas da casa.
Por volta das seis da manhã o meu turno da noite havia terminado. Passei a noite dançando e divertindo os homens, ao contrário dos outros dias que passo noites os satisfazendo.Naquele horário algumas lojas estavam abertas na cidade e como teria o dia livre decido fazer as compras. Não havia cumprido com o que prometi para os meus irmãos, eu disse a eles que chegaria mais cedo, mas não cumpri, e penso que talvez algum brinquedo os faça me perdoar.Empurro a porta a minha frente e o sino denúncia a minha entrada. Meus olhos encontram a mulher por detrás do balcão e alguns clientes dentro da loja."Deseja alguma coisa senhorita?." a mulher por detrás do balcão caminha até mim com um sorriso entre os lábios."Sim, gostaria de escolher alguns brinquedos." digo e sorrio."Quantos anos tem a sua filha?." ela questiona com simpatia."Na verdade são para os meu irmãos, eles têem apenas nove anos, e são gêmeos." digo."Bem, talvez lhes agrade uma bol
Esfrego instantemente a esponja na pele de ambos enquanto uma série de pensamentos sobre a conversa que tive com o inspetor invadem a minha mente.Não paro de pensar na sua proposta. As coisas não são tão fáceis quanto parecem, como irei arranjar um novo emprego?. E como irei convencer a Úrsula?. Tudo isto não depende de mim desde que concordei com a Úrsula ela decide o que faço ou deixo de fazer."Eles irão nos levar para o orfanato?." pedro questiona e rapidamente saio dos meus pensamentos."Não, isto não irá acontecer." digo e sorrio para ambos."Como convenceu o inspetor?." miguel questiona com curiosidade."Não pensem muito nisso." me levanto da borda, caminho em direção ao guarda roupas e pego nas toalhas."Dayane?." miguel me chama."Hum?." respondo e neste instante encontro as toalhas."Como era a nossa mãe?."Ainda de costas para ambos sinto um aperto no peito quando o Pedro me faz está questão. Tinha apenas quinze
Encaro instantemente a estátua de Cristo e da virgem maria. Neste instante me encontro de joelhos no altar e os sinto dormentes devido o tempo que estive aqui.Frequento a igreja todas as manhãs de domingo. A missa foi encerrada agora pouco e aproveito o momento que a igreja está vazia para rezar pelos meus pecados.Talvez eu me confesse para o padre como o de costume, mais do que adianta fazê-lo se sempre irei voltar a pecar?.Envolvo o lenço sobre os meus cabelos no estilo camponesa e cautelosamente me levanto.Penso que hoje não será necessário me confessar para o padre. Ele me dirá o mesmo de sempre. Para que eu reze dez ave Maria e dez pai nosso.Enquanto caminho para fora da igreja ouço instantemente o barulho dos meus saltos batendo contra o piso de madeira, até o momento que o vento toca na minha pele facial, o mesmo que indica que estou do lado de fora da igreja.Meus o
Aguardo com aflição a sua pronúncia mais tudo que recebo é o seu silêncio. Úrsula simplesmente se levanta e caminha até a adega, a vejo despejar o líquido alcoólico em um copo e de seguida a mesma toma um gole rápido."E o que está pensando em fazer?." ela questiona de costas para mim."Bem, eu...""Tem um contrato comigo, é a minha melhor prostituta, me diga você se daria a liberdade para alguém que coloca o dinheiro na sua mesa?." ela se vira novamente ficando de frente para mim com um sorriso cínico entre os lábios."Mas os meus irmãos eles...""Não se esqueça de que eu poderia mata-lòs se quisesse. E enquanto eu a quiser no clube irá permanecer aqui, até que eu não precise mais dos seus serviços. Agora se não se importa tenho muito que fazer." disse caminhando até sua mesa."Senhora eu..""Não me diz respeito o que acontece na sua vida particular.""Úrsula eu preciso fazer isso, são os meus irmãos que estão em jogo eu não..."
"Lamento senhorita, mas não estamos precisando de novos empregados." o homem elegante a minha frente diz com indiferença."Obrigada senhor, e me desculpe por roubar o seu tempo." me desculpo.Já era a décima loja naquela tarde que já estava chegando ao fim. Algumas lojas me rejeitavam pelo meu trabalho de prostituta, alguns diziam que não podiam me contratar por que o meu antigo trabalho como prostitua incomodaria aos clientes. Digo a eles que larguei o antigo trabalho embora não o tenha feito e mesmo assim isto os desagrada.Após várias tentativas que foram falhas resolvo caminhar pelas ruas de Colômbia, já havia escurecido e não sabia mais o que fazer.Está sendo difícil arranjar um emprego terei que pedir ao inspetor para que me de um pouco mais de tempo, mas acredito que ele não me dará.Vejo no relógio sobre o meu pulso que já está ficando tarde, deixar os meus irmãos sozinhos agora só irá piorar a minha situação.Assim que me dirijo ao meu a
Depois de ter passado alguns minutos trancada em um dos quartos do clube com aquele garoto, ele termina satisfeito e deixa uma quantia justa antes de se retirar. Creio que a garota com quem ele saia amanhã seja uma garota de sorte, ele é um bom garoto, é delicado com as mulheres, raramente conheço homens assim.Pego nas minhas roupas sobre o sofá e assim que término de as vestir me retiro do quarto.Vou até a Úrsula que se encontra em seu escritório e organizo o dinheiro antes de bater na porta."Entre." ela autoriza e não hesito em entrar."Aqui está o dinheiro do serviço." caminho até sua mesa e deixo o valor sobre a mesma."Está terminado?." ela questiona com o dinheiro em mãos enquanto faz a contagem."Sim." afirmo."Perfeito. Há um outro cliente que deseja vê-la." ela diz e neste instante molha os dedos com a saliva enquanto conta o dinheiro.
O encarro confusa após a sua pronúncia, e o silêncio preenche o lugar."O que te faz pensar que irei trabalhar para um estranho?." questiono."O tempo é uma criança, se realmente quer ganhar mais dinheiro eu posso fazer com que ganhe mais." ele diz com um sorriso torto nos lábios."Está escurecendo e vejo que perdi muito tempo falando com um homem que não tem onde cair morto. O que quer?, Que eu o ajude a assaltar um banco?." digo com ironia."Basta aceitar e eu lhe direi o que terá de fazer.""Não, muito obrigada." recuso."Bem, se mudar de ideia sabe aonde me encontrar." é tudo que diz."O que te faz pensar que irei mudar de ideia?. Acha que serei capaz de abandonar a prostituição para me tornar numa criminosa?.""Eu nunca disse que teria que trabalhar como uma criminosa, e por isto irá voltar para saber do que a minha oferta se trata, quando já não souber lidar com as coisas irá me procura e advinhe? As portas estarão abertas
Natasha havia armado um escândalo e por consequências chego tarda a casa, tive que impedir que ambas brigassem e no final tive que ir ao escritório da Úrsula, e tive que aguentar os seus sermões.Eram por volta das duas da madrugada e todos já haviam se recolhido. Bem não todos, exceto a dona laura, ela provavelmente esteve esperando pela minha chegada no prédio para fofocar ao inspetor.Como uma sombra a vi me observar da janela do seu quarto. E a perdi de vista quando a ignorei e entrei em minha casa. Meus irmãos já haviam adormecido e ambos pareciam exaustos, eles provavelmente devem ter tentado esperar por mim.Caminho em direção ao miguel e instalo um beijo na sua testa, neste instante seu corpo se move e em resultado ele abre os olhos."Dayane?." ele me chama sonolento com a voz baixa."Sim, volte a dormir está tudo bem.""Acabou de chegar?.""Sim." respondo e desvio o olhar." Me desculpe eu não queria acorda-lò, volte a dormir." susur