Colômbia
08:16 PMAtualmente
....Caminho hesitante encarando o papel sobre a minha mão. Não podia ser este o endereço. Quem moraria em um beco escuro?.
Úrsula foi quem o anotou, ela disse claramente que um homem me solicitou para ir ao seu encontro pelo site. Mas estou duvidosa quanto ao endereço que a mesma me entregou.
A minha intuição me avisa para que eu dê a volta e caminhe a passos largos sem olhar para trás. Alguma coisa aconteceria se eu continuasse neste lugar. Não sinto esta angústia e desespero desde da noite que presenciei a morte dos meus pais.
O vento toca na minha pele dos pés a cabeça, arrepiando rigidamente as minhas coxas. Visto apenas uma mini saia e uma pequena blusa que deixa o meu umbigo amostra, a estas horas repreendo a mim mesma por não ter usado um casaco.
Agarro amedrontada na bolsa sobre o meu ombro como se de algum modo a mesma fosse a minha única arma. Discretamente dou a volta a passos largos, e caminho na esperança de estar novamente longe deste beco.
Estou ofegante e oiço instantemente o barulho das minhas botas batendo contra o piso de cimento. Isto me deixa nervosa e a cada passo que dou sinto um aperto no coração.
"Penso que é a prostituta que solicitei." o homem a minha frente surge da escuridão travando de imediato os meus passos.
"O senhor é.., o senhor é....O homem que solicitou os meus serviços?." questiono um pouco hesitante dando passos para trás.
"Eu mesmo querida! Para onde pensa que vai?, Não me diga que estava pensando em ir embora sem antes satisfazer as minhas necessidades?." o homem diz num tom de travessura.
Movo a cabeça para trás na tentativa de encontrar uma saída, mas nada vejo além da escuridão.
"Por quê.., o senhor pediu para que eu.."
"Vamos diretos ao ponto querida! É uma prostituta e raramente converso com elas." em um movimento que me surpreende o homem agarra no meu braço, o levando para trás das minhas costas, e quando pisco tenho a cara contra a parede rígida do beco.
Para um homem que aparenta ter uns sessenta anos ele é forte o bastante para me imobilizar.
"Não permito que os clientes me toquem sem antes receber o pagamento." digo, tentando manter a calma.
O homem gargalha diabolicamente e isso me deixa ainda mais assustada.
"Está noite fará de graça, e não tente resistir, quanto menos tentar, mais rápido serei." sua língua desliza no meu pescoço, me fazendo inalar o seu cheiro de velho.
O meu estômago embrulha e me sinto enojada.
"Estaria quebrando as regras do clube. Se me deitasse com o senhor sem que me pagasse antes." protesto, e de um modo que me surpreende me solto do homem a minha trás e lhe dou as costas prestes a caminhar. Antes que eu tivesse a chance de dar o meu primeiro passo o homem agarra em meus cabelos, e me j**a contra a parede, desta vez o meu corpo rola para o chão.
"Então será do meu jeito!." o homem diz antes de erguer as mãos até as suas calças e desabotoa-lá rapidamente.
"Por favor não!.." Protesto, me arrastando para trás.
"Não resista querida! Deixe-me apenas fazer o que quero, garanto que a deixarei ir embora assim que terminarmos." ele diz entre gargalhadas enquanto se aproxima.
"Por favor." grito entre soluços.
"Cale a boca vagabunda!." o homem me dá um tapa na cara, com as costas da mão. Ele me ergue do chão e agressivamente rasga a pequena blusa sobre o meu corpo deixando os meus seios exposto." Todo homem tem as suas necessidades. Se não fossem tão tolas não confirmariam encontros com desconhecidos que a solicitam, nem todos os clientes têm boas intenções." ele gargalha erguendo a sua calça." Não tente nada, se o fizer não hesitarei em esfaqueia-lá." o homem adiciona e me mostra o canivete sobre a sua mão.
"Por favor, tenha misericórdia, eu poderia..eu poderia ser a sua neta senhor, por favor..."
"Graças a Deus não tenho nenhuma, Deus sabia perfeitamente que se as tivesse, abusaria delas." disse entre gargalhadas." Agora fique quieta vagabunda." suas mãos agarrão na minha saia e ele a rasga juntamente com a calcinha.
"Por favor senhor, tenha misericórdia." tento revidar mas é inútil.
O homem é forte.
"Já disse para não resistir sua p**a." ele diz furioso e sem hesitar desfere um chute na minha barriga." Não grite, isto é inútil ninguém vira ajudá-la." acrescenta me virarando de costas."Conheço perfeitamente este beco, se não, não a traria para aqui, é um ótimo lugar secreto para abusar de p**as como você."
Inesperadamente sinto a invasão do seu pênis na minha cavidade. Seus movimentos são rápidos, como quem necessitava de sexo durante muito tempo.
Sua respiração soa ao pé do meu ouvido, fazendo com que eu inale o seu cheiro a cada instante, e isto embrulha o meu estômago.
O tenho sobre mim até o momento que ele se cansa e atinge o seu clímax. Seu alívio escapou e ecoou me causando repulsa e nojo.
Como o homem havia dito não adiantaria gritar. Ninguém me escutaria e muito menos viriam me ajudar, e foi assim até o momento que ele me abandonou no beco e se retirou.
Havia permanecido meia hora imobilizada. Me sentia morta por dentro, tudo isto me faz lembrar da minha primeira vez. Está é a segunda vez que abusam de mim, e continuo incapaz de me defender.
Me ergo do chão com dificuldades, tenho ferimentos por todo o meu corpo, quase não o sinto. O homem me agredia toda vez que eu revidavá.
Não sei como irei explicar isto a minha chefe. Nada do que houve irá interessa-lá, Úrsula seria capaz de me matar por simplesmente não ter o dinheiro nas mãos neste momento.
O homem se passou por um cliente para apenas se aproveitar de alguma prostituta. E eu terminei sendo a vítima.
As minhas vestes se encontram destruídas, e tenho todas as partes do corpo amostra.
Por sorte consigo chamar por um táxi que rapidamente me leva até o clube.
Desabo sobre o chão assim que alcanço a porta de entrada do clube e samatha corre em minha direção assim que os seus olhos me encontram.
"Chamem a dona Úrsula!." samantha grita para uma das garotas que rapidamente corre em direção ao escritório da Úrsula." O que aconteceu? Fale comigo dayane." samantha pedia desesperada.
"Abusaram..abusaram de mim, por favor me ajude." digo entre lágrimas.
"Por favor alguém me ajuda a levanta-lá." samatha gritou para as garotas que simplesmente me observam com pena.
Algumas garotas a ajudam a me levantar do chão, e me colocam sobre o sofá que a no clube, neste instante Úrsula e a garota que foi a sua procura caminham na nossa direção.
"O que houve, por quê tem as roupas destruídas?." Úrsula questiona, se aproximando.
"A Dayane sofreu um abuso." samantha explica.
"Isto não me interessa, aonde diabos está o pagamento?. Certamente deve ter dito ou feito algo que não agradou o cliente." ela levanta a voz com a expressão séria.
"Me desculpe Úrsula eu..."
"É dona Úrsula, está me devendo e sugiro que me pague esta noite." disse antes de dar as costas para ambas prestes a caminhar." Cuidem disto, façam uma maquiagem em seu rosto, e quanto as outras, sugiro que voltem ao trabalho." Úrsula ordenou entre passos.
Sua atitude não me surpreende, nada importa mais para Úrsula que o seu dinheiro sujo que ganha vendendo os nossos corpos.
Minutos depois samantha me ajuda a tomar um banho e embora estivesse machucada não podia deixar de trabalhar. Está è a minha vida, esta é a vida de prostituta que levo há sete anos, e vivo desta maneira desde os meus quinze anos, desde a noite que ela assassinou brutalmente os meu pais, e durante todos estes anos tenho tido pesadelos com este momento.
O som rígido e persistente do despertador adentra em meus ouvidos e, faz com que eu me desperte de imediato.Adoraria passar o dia na cama me espreguiçando, mas isso não é possível.Retiro o lençol sobre o meu corpo, me colocando de pé e cautelosamente caminho em direção ao banheiro. Ainda me encontro desnorteada como quem não está satisfeita com o dia. Não sei o que é ter uma boa noite de sono desde os meus catorze anos, bem, dizem que só valorizamos as coisas quando já não as temos.A água fria percorre pela minha pele, arrepiando o meu pelo, e neste instante um grito escapa da minha boca me afastando de imediato do chuveiro.Agora me encontro totalmente acordada, a água fria tratou disso, e isto acontece todas as manhãs.Suspiro fustrada e sem opções volto a me colocar por debaixo do chuveiro. Em murmúrios termino o ba
Natasha nunca gostou de mim, ela vem carregando este ódio desde que comecei a trabalhar no clube.Quando a Úrsula assassinou os meus pais, jurei trabalhar para ela até que ela não precisasse mais dos meus serviços, em troca disto a mesma não tocaria em meus irmãos. Não tenho o direito de renunciar o contrato mesmo que eu queira, e as meninas que trabalham aqui há mais tempo dizem que assinamos o contrato com o diabo.Embora as mesmas digam que sou a favorita da Ursula e que a minha beleza encanta os homens, porque sou há mais jovem que atrai os melhores clientes, não me acho a melhor, olho para as mulheres com quem trabalho e as acho mais belas do que eu."O clube está começando a ficar cheio." samatha diz quando surge entre a porta do camarim. É aonde todas as garotas se arrumam."Eu percebi pelo volume da música." digo passando o pó compacto branco pelo meu rosto."Não fique triste pelo o que
Afogo o meu rosto na água fria e gelada da banheira e permaneço neste transe até o momento que perco o controle da minha respiração. Quando não consigo tomar o ar dos meus pulmões sinto a paz interior.Durante o tempo que permaneço sem respirar. Uma voz baixa chama pelo meu nome me fazendo se retirar as pressas. Só neste instante o ar sai dos meus pulmões e a minha respiração soa ofegante e mais rápida que o normal."Dayane?." miguel me chama assustado."Está tudo bem." digo ofegante e só neste instante vejo as lágrimas transbordarem em seus olhos.O que eu menos queria era deixá-lo assustado."Estava tentando se matar? Você vai nos deixar assim como a mamãe e o papai?." entre soluços com a voz falha meu pequeno irmão questiona.Estou ciente de que a história que inventei sobre a morte dos meus pais não é correta. Mas não podia simplesmente contar a eles sobre o que presenciei n
O silêncio paira, indicando que o ponto de metro está vazio, não me surpreendo pós já é muito tarde para se estar na rua. Tudo que posso ouvir é a minha ofegancia e o som da respiração do homem a minha trás."Tem algo que me pertence, e eu exijo que me devolva." digo num tom firme, e tento de todos os modos não demonstrar o medo que se apodera do meu corpo."E por isto está me seguindo? Por causa de uma bolsa que se quer contia uma boa quantia?." ele diz e se ri."Pode até não ter valido muito para o senhor, mas para mim valia." digo e desfiro um chute no meio das suas pernas.Imobilizado o homem solta o canivete e leva a atenção a ele."Desgraçada." rosna."Quem está no comando agora?." digo vitoriosa com o canivete apontado em seu rosto."Eu joguei a bolsa fora." disse gemendo de dor."Devolva o meu dinheiro." digo entre os dentes e perfuro levemente a sua pele facial."Está tudo bem, não me machuque." pede." Pegue no meu bolso
Por volta das seis da manhã o meu turno da noite havia terminado. Passei a noite dançando e divertindo os homens, ao contrário dos outros dias que passo noites os satisfazendo.Naquele horário algumas lojas estavam abertas na cidade e como teria o dia livre decido fazer as compras. Não havia cumprido com o que prometi para os meus irmãos, eu disse a eles que chegaria mais cedo, mas não cumpri, e penso que talvez algum brinquedo os faça me perdoar.Empurro a porta a minha frente e o sino denúncia a minha entrada. Meus olhos encontram a mulher por detrás do balcão e alguns clientes dentro da loja."Deseja alguma coisa senhorita?." a mulher por detrás do balcão caminha até mim com um sorriso entre os lábios."Sim, gostaria de escolher alguns brinquedos." digo e sorrio."Quantos anos tem a sua filha?." ela questiona com simpatia."Na verdade são para os meu irmãos, eles têem apenas nove anos, e são gêmeos." digo."Bem, talvez lhes agrade uma bol
Esfrego instantemente a esponja na pele de ambos enquanto uma série de pensamentos sobre a conversa que tive com o inspetor invadem a minha mente.Não paro de pensar na sua proposta. As coisas não são tão fáceis quanto parecem, como irei arranjar um novo emprego?. E como irei convencer a Úrsula?. Tudo isto não depende de mim desde que concordei com a Úrsula ela decide o que faço ou deixo de fazer."Eles irão nos levar para o orfanato?." pedro questiona e rapidamente saio dos meus pensamentos."Não, isto não irá acontecer." digo e sorrio para ambos."Como convenceu o inspetor?." miguel questiona com curiosidade."Não pensem muito nisso." me levanto da borda, caminho em direção ao guarda roupas e pego nas toalhas."Dayane?." miguel me chama."Hum?." respondo e neste instante encontro as toalhas."Como era a nossa mãe?."Ainda de costas para ambos sinto um aperto no peito quando o Pedro me faz está questão. Tinha apenas quinze
Encaro instantemente a estátua de Cristo e da virgem maria. Neste instante me encontro de joelhos no altar e os sinto dormentes devido o tempo que estive aqui.Frequento a igreja todas as manhãs de domingo. A missa foi encerrada agora pouco e aproveito o momento que a igreja está vazia para rezar pelos meus pecados.Talvez eu me confesse para o padre como o de costume, mais do que adianta fazê-lo se sempre irei voltar a pecar?.Envolvo o lenço sobre os meus cabelos no estilo camponesa e cautelosamente me levanto.Penso que hoje não será necessário me confessar para o padre. Ele me dirá o mesmo de sempre. Para que eu reze dez ave Maria e dez pai nosso.Enquanto caminho para fora da igreja ouço instantemente o barulho dos meus saltos batendo contra o piso de madeira, até o momento que o vento toca na minha pele facial, o mesmo que indica que estou do lado de fora da igreja.Meus o
Aguardo com aflição a sua pronúncia mais tudo que recebo é o seu silêncio. Úrsula simplesmente se levanta e caminha até a adega, a vejo despejar o líquido alcoólico em um copo e de seguida a mesma toma um gole rápido."E o que está pensando em fazer?." ela questiona de costas para mim."Bem, eu...""Tem um contrato comigo, é a minha melhor prostituta, me diga você se daria a liberdade para alguém que coloca o dinheiro na sua mesa?." ela se vira novamente ficando de frente para mim com um sorriso cínico entre os lábios."Mas os meus irmãos eles...""Não se esqueça de que eu poderia mata-lòs se quisesse. E enquanto eu a quiser no clube irá permanecer aqui, até que eu não precise mais dos seus serviços. Agora se não se importa tenho muito que fazer." disse caminhando até sua mesa."Senhora eu..""Não me diz respeito o que acontece na sua vida particular.""Úrsula eu preciso fazer isso, são os meus irmãos que estão em jogo eu não..."