o casamento

~~CAPÍTULO 2~~

SAYURI

Abri os olhos quando o avião pousa no aeroporto internacional de Texas, por motivo de segurança, viajamos separadamente para evitar ataques surpresas.

Apesar de recorrer a um avião público, estivera na aérea vip, junto da minha mamãe e algumas anciãs que farão parte de testemunhas depois do ato da comprovação da minha virgindade.

Eu estava com medo, não conseguia imaginar o que aconteceria comigo depois que meus pais fossem embora, deixando-me com uma família desconhecida em um país totalmente estranho.

Medo era o mínimo, se, ele quisesse manter muitas mulheres ao mesmo tempo?

Ouvi comentários sobre isso.

Muitos comentários pavorosos de desaprovação, mas, nossas famílias, não poderiam tocar neles, por estarem no país diferente do nosso.

Não.

Vergonha.

Minha honra.

A honra da minha respeitada família, estará insultada se ele decidir procurar uma segunda mulher.

— Sayuri.

Mamãe chamou minha atenção tirando sobre a nublina na qual me encontrava, por estar a completar o círculo final do ritual, é por obrigação que tenho de cobrir meu rosto com véu, impedindo com que os homens vejam meu rosto.

— Fique à vontade filha.

Mamãe disse descobrindo o véu sobre minha cabeça, com clareza, pode perceber que estamos dentro de uma casa, diferente das informações que o papai disse a nós.

— Os Yakuzas, disponibilizaram sua mansão para nós, isso é perfeito.

Comentou ela encantada, realmente era uma grande casa e moderna, mas, estou muito cansada para continuar, amanhã será o grande dia do meu casamento.

Quanto menos energias eu gastar melhor.

— Mãe, preciso descansar.

Comentei brevemente, ela assentiu e ajudou-me a guiar-me para o quarto.

— Não saia deste quarto.

Ela ordenou, apenas assenti em resposta e me deitei na cama.

Meu destino foi selado, não há por onde fugir.

Com o banho de leite misto com ervas, o ritual havia sido completado, as anciãs, vestiram-me e banharam-me com joias, em norma, eu deveria vestir trajes originais do Japão, mas, mamãe, optou por um vestido branco de noiva.

Alegando que o casamento seria no país diferente de origem.

Meu vestido branco, princesa, eu devo concordar, é incrivelmente lindo, totalmente deslumbrante.

— Pronta?

Papai questionou.

— Sim papai.

Eu respondi.

Eu caminhei lentamente em direção ao altar, na frente do altar, está meu noivo na qual não o conhecia até o dia de hoje, dia do meu casamento.

A sua direita está, aquele que se parece seu irmão, eles são tão semelhantes, não há como confundir sua familiaridade. No lado esquerdo está meu irmão e minha mãe, nos assentos, pessoas na qual nunca vi na minha vida.

Então meu pai me entregou a ele, e eu fiquei mais tensa, meu sorriso vacilante.

Eu estava preocupada, mas, segurei com firmeza sua mão e olhamos para o pastor.

— Você pode beijar a noiva.

Disse o padre.

Centenas de olhos nos observavam, eu estava com medo de fazer tudo errado e humilhar minha família parente a todos. Meu esposo pegou a parte de trás da minha cabeça e abaixou.

Eu, permaneci congelada, exceto por meus olhos que se fecharam um momento antes de dele pressionar firmemente minha boca contra o dele.

Ele afastou-se, fazendo-me abrir os olhos. Ele segurou meu olhar, um rubor subindo por minhas bochechas.

Ele pegou minha mão e me levou pelo corredor e sair da igreja para os cumprimentos.

Todos estavam muito felizes, foi tão rápido, que quando percebi estava no carro com meu marido.

Levantei os olhos e olhei para seu aspecto frio e relaxado, em um movimento breve, ele virou sua cabeça para minha direção, fazendo com que nossos olhares se cruzem brevemente, antes de eu baixar minha cabeça e levar os olhos para outra direção entre meus pés.

— Sayuri, certo?

Assenti rapidamente, mais me lembrei que o respondi mentalmente.

— Sim.

— O que acha de Texas?

— Não tive a oportunidade de sair para conhecer, por isso não posso responder a sua questão.

Respondi calmamente.

— Perfeito, terei a exclusividade de ser seu guia.

— Será fantástico.

Sorri para ele.

Depois da dança com o meu irmão, eu não queria nada mais do que encontrar um canto tranquilo para me recompor, mas, um dos irmãos do meu marido pegou meu braço, pedindo-me para dançar com ele.

Não, definitivamente este não era o irmão que estava no altar ao lado do meu marido.

— Nervosa?

Ele questionou-me sorrindo docemente para mim, procurei por um anel no seu dedo, mas não encontrei.

Dois dos irmãos são casados, incluindo meu marido três, apenas o mais novo ainda não casou.

Mas, ele não me parece ser o mais novo dos irmãos.

— Nós, não nos casamos oficialmente ainda.

Ele disse lendo meus pensamentos.

— Koda é um pouco territorial.

Ele disse surpreendendo-me.

— Ele é quieto, calmo, no entanto é o mais traiçoeiro e explosivo. Portanto você pode dançar com a família, mas evite se aproximar de outros homens. Detestaria testemunhar um conflito no seu casamento.

Eu esperei sua risada, algo que indicava que ele estava brincando. Ele não o fez.

Eu parei e ele também.

— Acho que vou me refrescar.

Ele assentiu, mas sua expressão mostrou que sabia que eu queria fugir. Com um pequeno sorriso, dei meia-volta e corri para fora do salão de baile.

Passei correndo pelos banheiros e virei um canto para um corredor deserto, onde encostei-me à parede e afundei lentamente.

Meu vestido se amontoou ao meu redor como uma bolha branca pura.

Não era digno, e se alguém me encontrasse, seria um escândalo pelo qual mamãe nunca me perdoaria.

Eu não me importava.

Essa era a minha vida.

Eu não tinha certeza de quanto tempo fiquei assim, considerando minhas poucas opções, quando passos ecoaram pelo corredor. Com meu vestido, não tinha a chance de me levantar rapidamente, então não me incomodei.

Mamãe virou a esquina e, ao me ver, seguiu em minha direção com um olhar preocupado. Ela me surpreendeu quando afundou ao meu lado no elegante vestido longo.

— Quando me casei com seu pai, estava assustada e com medo.

Ela disse me surpreendendo, nós nunca tivemos este tipo de conversa, na verdade, mamãe é amorosa com seus filhos e muito conservadora com a sua vida com o papai.

Eles nunca brigam na nossa frente.

Mamãe é tão obediente que me pergunto se valeu a pena.

— Eu olhava para seu papai e imaginava o monstro, apenas um monstro, mas, ele é um homem, esposo, pai, naquela capa monstruosa que conhecemos.

— Eu não o conheço mãe.

— Vocês, tem muito tempo para conhecer um ao outro, não importa o que aconteça, seja carinhosa, esposa respeitosa, especialmente em frente dos seus soldados, honre sua família, cuide dos seus entes queridos, eles são sua família agora. Honre sua casa.

Eu não vou mentir.

Eu estava com medo, mas as palavras da minha mãe foram meu sustento.

— Obrigada mãe.

Eu disse ficando de pé lentamente, minha mãe fez o mesmo com firmeza e ajudou-me com o vestido.

— Aonde você estava?

Meu irmão perguntou com uma expressão preocupada, não sei o que houve para que ele aja desse jeito.

— Com a mamãe no banheiro.

Respondi.

— Menos mal.

— O que houve?

— Nada, não pode ficar muito tempo sumida.

Ele disse, assenti minha cabeça concordando com ele. Sob a proteção do meu irmão, onde eu colocava os pés ele estava lá, preocupado e aflito.

— O que há?

Perguntei para ele.

— Nada, estou cuidando da minha irmãzinha pela última vez.

— Não sejas dramático, claro que virá me visitar, quem faz cozinha seu bolo favorito?

— Você, mas..

— Sem mais, você é meu irmão, venha sempre que quiser.

Eu disse abraçando-o calorosamente.

— Sayuri.

A voz áspera do meu marido ecoou sobre nossos ouvidos, meu irmão afastou-se de mim depois de acenar a cabeça para ele.

— Podemos subir?

Ele questionou no tom cansativo, apenas assenti em resposta e segui seus passos em direção ao elevador.

— Está chateado?

Eu questionei quebrando o silêncio.

— Não, estou irritado de ver tanta gente.

As portas do elevador se abriram, a cada passo as vibrações do meu corpo aumentam de 0 para 20 em segundos, nunca tive contato próximo aquilo que muitos chamam de íntimos.

Eu estou assustada, quanto mais eu lembrava que aquele homem, meu marido, vai tocar no meu corpo, meus passos ficam lentos e as lagrimas cobrem o meu rosto.

Foi só então que tudo veio à tona quando vi os lençóis brancos sobre a cama.

O desespero atacou e eu comecei a chorar desesperadamente, eu não estou pronta para este momento.

Eu não.

— Sayuri?

— Porra mantenha a calma e pare de chorar.

Sua voz áspera fez todo meu corpo saltar assustada, ele vai me bater, ele vai me bater.

Ele vai me bater.

— Só pare de chorar.

Assenti nervosa e limpei as lagrimas sobre o meu rosto rapidamente.

— Desculpa, eu sinto muito, eu não deveria ficar tão assustada.

Murmurei limpando todos os vestígios de choro do meu rosto, se ele for um homem violento, poderia não gostar da minha reação e ficar mais nervoso.

Quando levantei os olhos, ele estava com celular na orelha.

— Eu não vou tocar nela, porra que não, resolvam isso.

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