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A prometida do executor
A prometida do executor
Por: Lilly Fen
A notícia do casamento

~~CAPÍTULO 1~~

SAYURI

Papai estava agindo de forma estranha durante o dia. Ele ficou me encarando como se estivesse prestes a dizer algo, mas nunca o fez. Mamãe estava em silêncio absoluto como se estivéssemos de luto ou para receber a pior notícia do mundo.

Caminhei em direção a cozinha, preparei chá de ervas, enquanto os empregados terminavam de preparar nosso jantar.

— Mãe.

Eu dissera me ajoelhando e colocando a bandeja sobre sua frente.

— Sayuri, minha filha.

Ela murmurou para mim, no entanto, nos próximos segundos ela permaneceu em silêncio.

— O que há mamã?

Perguntei a ela, mas ela não respondeu nada, sem fazer mais perguntas, eu caminhei em direção ao jardim enorme da nossa casa, quanto mais as horas passam, mais preocupada eu ficava, pois, minha mãe é muito alegre.

Será que ela descobriu que está doente?

Não, papai comunicaria a todos, sou de uma família muito rica, tratamentos caros não é problema.

Mas, o que está incomodando minha mamã?

— Sayuri?

Ouvi a voz do meu irmão.

Ele não deveria estar nos EUA? Ele informou que só voltaria daqui a uma semana a mais, não menos que isso.

— Irmão, como é bom tê-lo em casa.

Disse correndo para seus braços.

— Sim, cadê aquela coisa peluda que você chama de cachorro?

Ele sorriu colocando no chão, levei os ombros para cima.

— Por aí, acho que ele sentiu o clima esquisito nesta casa e resolveu sumir.

Eu disse a ele, enquanto vamos em direção ao interior da casa.

— O que faz aqui? Não estava resolvendo algumas coisas e só voltaria na próxima semana?

— Você, me conheci, não consigo ficar longe da minha única irmã.

— Idiota, eu teria preparado aquele bolo que ama.

— Infelizmente não deu tempo.

Ele disse e eu fiquei intrigada.

— Vamos nos sentar.

Papai disse para nós, no tom áspero.

Quando terminamos de jantar, esperei nosso meu pai me dar permissão para me retirar da mesa.

— Precisamos conversar com você.

Meu pai disse, sorri para ele docemente como o habitual.

Somos os Tanaka´s, nossa família é a mais poderosa do Japão depois da grande família Yakuza, eles como nós, pertencemos ao mundo sombrio e violento.

Fui criada sobre a proteção dos meus pais, estudei em casa, e ando sempre com seguranças.

Essa é a única vida que conheço, viver sobre ameaça constantes, e evitar ao máximo sair de casa, pois qualquer um poderia ser seu inimigo.

Tirando essas ameaças, minha vida é muito boa, meus pais são amorosos.

— Tudo bem.

Eu disse lentamente.

— Nós encontramos um marido para você.

— Oh.

Eu disse.

Eu não esperava me casar logo, mas, dada a minha idade, esperava que eles me envolvessem no processo de encontrar meu futuro marido.

— Ele é um Yakuza, o terceiro original.

Um original?

— Há rumores que não existe um original da descendência Yakuza há mais de dez anos.

Comentei observando meu irmão atentamente para que ele concorde comigo, depois do incêndio na mansão da família primordial Yakuza, presume-se que o ultimo tenha morrido no incêndio.

E o título herdado pelo seu antecessor.

Um dos melhores soldados da sua confiança.

— Estávamos errados.

Meu irmão disse.

— Existem 4 deles, em Texas, EUA.

— Pai, não.

Eu disse assustada.

— Estarei longe da minha família.

— Sabe o que isso significa?

— Sim, mais respeito.

Eu disse derrotada.

Família, é sobre honra e respeito, a máfia não era diferente das outras famílias tradicionais do Japão, poder, dinheiro, ganância, são pacotes adicionais para quem já é poderoso.

E comigo não seria diferente, eu tenho que honrar minha família, tal como eu fui ensinada desde criança.

— Quem é ele?

Eu perguntei curiosa, se existe um original, gostaria de saber quem é ele.

— Koda Yakuza, 23 anos, executor.

Minhas sobrancelhas se levantaram.

Não é à toa que minha mãe está preocupada.

Executor?

Ele é extremamente violento.

— Quanto tempo?

Eu perguntei.

— Daqui a mês.

Levei as mãos para cabeça, a quanto tempo eles sabiam sobre meu casamento?

— Há mais de dois meses fechamos o acordo.

Papai disse, se eles estão compartilhando comigo agora, é por causa da fase da purificação, meu corpo precisa ser purificado e serei forçada a passar alguns dias com os anciões para completar os ritos.

— Eu não tenho escolha.

Eu concluo.

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