A paixão Dominante do CEO
A paixão Dominante do CEO
Por: LuadMel
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A iluminação e o estrondo alto da música preenchiam toda a rua da boate Seven Night na noite de quinta-feira.

Pessoas do lado de fora lamentavam pelo tamanho enorme da fila que, infelizmente, dava volta no quarteirão do bairro chique para entrar na boate do momento naquela noite quente. Na portaria, um segurança de braços fortes e barriga saliente, vestido adequadamente para o serviço da noite, encarava a quantidade de pessoas presente ao seu redor. Muito pouco se importava com quais queriam entrar logo.

A boate estava lotada, e para o azar de alguns, cheia de estudantes da academia de dança da esquina, os amigos preferidos de Sasha, o segurança. E claro que ele jamais cogitaria que entrasse qualquer um para se misturar aos dançarinos.

— Pode me dizer novamente o que nós viemos fazer aqui? – A voz fria do moreno de terno escuro sem gravata soprava nos ouvidos do amigo mais à frente. — Como vamos passar por toda essa gente, e entrar nesse lugar vulgar? Não gosto de lugares assim.

Nicolas Santinelli, um homem sério demais para uma ida a boate famosa do momento. Um homem pacato e cheio de regras. Pele clara, olhos negros, corpo malhado. Aos seus vinte e nove anos, trabalhava na empresa principal da Família Santinelli, onde foi posto e ordenado a atuar no cargo maior da empresa no lugar de seu pai.

— Relaxa meu amigo! Sério. Você quase não sai – Rafael Farias, seu melhor amigo, acusou-o em meio à multidão com um sorriso largo no rosto. Acenou para o segurança e puxou o Santinelli pelo braço. — Sasha, como vai? Essa noite está agitada, não? – O advogado lhe perguntou sacana, escondendo uma contável quantia em dinheiro dentro do terno do segurança.

— Seja muito bem-vindo outra vez, Senhor Farias – Respondeu o homem de corpo largo, com um sorriso camarada para o loiro, e deu passagem para que os dois homens entrassem.

Rafael puxou novamente o Santinelli pelo braço, e então adentraram no lugar barulhento e pouco iluminado. As luzes piscavam sem parar a cada batida da música eletrônica absurdamente alta. Nicolas tocou em sua cabeça e balançou a mesma, negativamente, furioso. Como pôde novamente, confiar em seu melhor amigo? Perguntou-se mentalmente, antes de uma turma de mulheres bêbadas, e nada cheirosas, passarem ao seu lado, tocando-o. Ele irritou-se ainda mais, e procurou por Rafael mais à frente. Seguiu seu amigo, pois pela velocidade, sabia exatamente para onde ele ia.

— E quando decido sair você me traz em um lugar assim – Ele esquivou-se de outra mulher. — Aqui só deve haver uma boa quantidade de gente vulgar e, pessoas que não prestam Rafael – Pigarreou ele, irritadíssimo.

— Cara, você precisa arranjar alguém para transar – Balbuciou Rafael, virando para ver o amigo. — Estresse é falta de sexo, amigo. E desse jeito você vai ficar louco. – Ironizou sorridente.

— Você acha que eu teria coragem de pegar prostitutas? – Rafael olhou ao seu redor. — É só o que vejo aqui.

— Ei, calminha aí! – Rafael se pôs a defender o lugar. — Aqui não tem esse tipo de mulher – Indagou o loiro, confiante.

E para seu azar, no mesmo momento sentiu um corpo ser jogado contra o seu. Nicolas perdeu toda a paciência que guardava. A mulher, possivelmente bêbada, jogou-se propositalmente sobre si. E contra a vontade de Nicolas, ela tentou lhe beijar. O Santinelli a deteve bem a tempo e com vergonha da tentativa falha com aquele homem se pôs a gargalhar sem ânimo algum.

Nicolas fitou o estado dela e, raivosamente, levantou o rosto para ver seu amigo sorrir amarelo. Lançou-lhe um olhar assustador, capaz de espantar qualquer um. O loiro tremeu as pernas puxando o braço da garota rapidamente em outra direção que não fosse Nicolas. O Santinelli passou a mão em seu terno caro e olhou novamente para Rafael.

— Tá – o Farias manuseou a mão no ar dando de ombros. — Menos aquela mulher, e mais algumas, mas isso não vem ao caso.

— Este lugar está cheio de putas e mulheres sem escrúpulos e mediocridade, Rafael. Vamos embora. – Bradou o Santinelli.

— Calma Nicolas – O loiro rodeou a mão por cima dos seus ombros, animadamente. Nicolas fechou os olhos, ainda irritado com o que aconteceu há poucos minutos. Além de que, o cheiro de tanta bebida misturada estava o deixando enjoado. — Vamos tomar uns drinks.

— Prefiro tomar em casa – Ressaltou andando. — A música está alta demais e esse cheiro de perfume barato está ficando impregnado na minha roupa.

— Você é tão humilde – Rafael revirou os olhos. E enfim, chegou ao seu destino. — Você é muito chato, aproveite e relaxe. – Pediu o loiro, animado. Virou-se para o garçom que abria uma cerveja para outro cliente. — Oi. Quero um drink, por favor– Pediu educadamente e, então, olhou para Nicolas. — E você?

— Uma dose tripla de uísque escocês – Murmurou e fitou a garçonete ao lado que riu maliciosa, mostrando seu generoso decote.

Nicolas encostou-se ao balcão ainda com raiva por ter sido levado àquele lugar. Era sujo, mais do que um Santinelli podia suportar, era vulgar além da medida, era demasiadamente repugnante para seu gosto. As mulheres dançavam aleatoriamente, e com qualquer corpo que encostasse atrás das mesmas. Nicolas odiava aquilo tudo, os chamava de sem classe, uma turma de medíocres.

— Aqui está – alarmou o garçom a Rafael e a garçonete logo reapareceu com a bebida do Santinelli, que nem sequer a olhou. — É a primeira vez de vocês por aqui? – O garçom perguntou a Nicolas, que o fitou de canto de olho.

— E a última – Respondeu, enquanto bebericava sua bebida gelada pelos cubos de gelo. — Não gosto de lugares onde só tem pessoas fúteis e sem classe. É muita vulgaridade.

O uísque desceu queimando pela garganta do moreno, incendiando até o último suspiro. Ele riu. O líquido tinha um gosto ardentemente bom.

— Ofendeu gatinho – A garçonete debruçou-se sobre o balcão deixando à mostra seu decote do vestido minúsculo. — Você precisa relaxar de vez em quando! – Exclamou a mulher sorridente. Rafael entendeu as segundas intenções da moça e riu com aquilo, reparando bobamente no volume dos seios.

— Relaxo muito mais sentado em minha poltrona na minha casa – o sorriso insinuativo da mulher sumiu quase que imediatamente.

— Nicolas para de ser tão rabugento – Murmurou Rafael, sem parar de prestar atenção no grande volume dos seios da mulher.

Nicolas pensou em falar certas verdades para o loiro descuidado e idiota, mas achou melhor se calar por hora, girou seu corpo para o outro lado e seus olhos encontraram algo bem melhor, um alguém muito melhor. Nicolas abaixou as sobrancelhas admirando a mulher encostar sua delicada barriga na beira do balcão sujo. Um sorriso singelo enfeitava seu rosto alvo e bonito. Seu mundo pareceu parar ao redor, seu coração palpitou por dentro de emoção e um desejo recém-descoberto.

Ele tirou a atenção do sorriso dela e desceu para o corpo pecaminoso, seios bem guardados dentro de um vestido verde, meio desalinhado no corpo pequeno, mas ainda assim, muito elegante para a noite. Eram notáveis as belas curvas, a silhueta era de uma mulher desejosa e encantadora. Seu rosto denunciava um ar de timidez, mas ainda estava naquele lugar repugnante.

Seus lábios pintados de uma cor fraca abriram e fecharam ao falar com o garçom, e Nicolas deleitou-se da movimentação sensual. O cabelo era delicadamente comprido em tom negro destacando-se na pele branca. Encontravam-se meio desalinhado, mas continuavam bonitos, dando-a um ar de exótica, totalmente custosa de se esquecer.

Uma bela mulher.

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