— Emelly... — A voz ele podia lhe causar arrepios por todo corpo, não entendia como, ou o porquê daquele homem ir parar justamente em um lugar onde ela não queria bagunça, confusão ou surpresas inesperadas como aquele ser surgindo das cinzas de seu passado em um dia que tinha tudo para acabar bem. — Quanto tempo, querida pérola. Você me fez falta todos esses anos enquanto esteve fora, não tinha mais ninguém para amar. — Emelly desviou o olhar dele para a mulher atrás de Fernando, esta tinha um olhar dolorido, como se quisesse fazer alguma coisa, mas não fazia, não podia. — Como andas? — O-o que está fazendo aqui? — Emelly colocou a franja de seu cabelo para o lado, trocou as sacolas que trazia em suas mãos de lado e focou o olhar naquele homem. Não entraria no apartamento de Nicolas com Luara ali dentro se Fernando abrisse a boca ou fizesse alguma coisa. — Eu moro aqui, minha querida — aquele minha queria trazia um arrepio nervoso para Emelly que en
— Você está bem mesmo? — Nicolas perguntou novamente, Emelly estava na frente, enrolava seu braço em uma gaze e levantou o olhar para ele. — Nicolas eu estou bem, para me pergunta isso. — Riu convencida. Os policiais vieram para o depoimento rápido, e depois do que foi dito, e as imagens da câmera de segurança, tudo indicava que o acidente com o homem fora de pura defesa, e ninguém poderia dizer o contrário. Fernando que avançou contra o casal, e eles apenas lutaram para se proteger. — Ele morreu, e a única coisa que você mostra é um sorriso. — Ele riu também e Emelly jogou o cabelo para o lado, já estava atrasado para aquela droga de evento, o acidente fez tudo desandar, porém, ambos não disseram nada para a família, ou isso se tornaria ainda pior. — Nicolas, Fernando me fez mal, ele morrer não foi minha culpa, a sua, e agora posso viver feliz que ele não fará mal a mim, ou a minha filha, ou a você. — Ela riu novamente a porta se abriu, Luara apare
A iluminação e o estrondo alto da música preenchiam toda a rua da boate Seven Night na noite de quinta-feira.Pessoas do lado de fora lamentavam pelo tamanho enorme da fila que, infelizmente, dava volta no quarteirão do bairro chique para entrar na boate do momento naquela noite quente. Na portaria, um segurança de braços fortes e barriga saliente, vestido adequadamente para o serviço da noite, encarava a quantidade de pessoas presente ao seu redor. Muito pouco se importava com quais queriam entrar logo.A boate estava lotada, e para o azar de alguns, cheia de estudantes da academia de dança da esquina, os amigos preferidos de Sasha, o segurança. E claro que ele jamais cogitaria que entrasse qualquer um para se misturar aos dançarinos.— Pode me dizer novamente o que nós viemos fazer aqui? – A voz fria do moreno de terno escuro sem gravata soprava nos ouvidos do amigo mais à frente. — Como vamos passar por toda essa gente, e entrar nesse lugar vulgar? Não gosto de lugares assim.Nicol
— Ei cara está me ouvindo?Rafael chamou sua atenção e só depois olhou na direção em que o moreno olhava fixamente, e encontrou a mulher com um sorriso gracioso. Mas diferente de Nicolas, Rafael não teve o privilégio de reparar melhor no corpo pequeno, porém, deslumbrante, pois logo a moça segurou duas garrafas de água e foi embora. E ali ficaram dois homens olhando para o vazio que ela deixara.— Nossa! - Rafael exclamou atordoado e ainda buscando achar a visão da mulher entre milhares de cabeças. Logo Nicolas virou-se para ele novamente. — Fiquei encantando aquele corpo... Uau. – Brincou o loiro virando-se para o bar novamente.Nicolas não disse nada. Olhou a silhueta de a mulher caminhar e desaparece no meio de toda aquela gente. Voltou-se igualmente para o bar e olhou para seus pés, em seguida subiu a visão para o amigo, levando novamente o copo de uísque à boca para saborear.— Como era bonita – Comentou Rafael.— Hm... – Nicolas encarou o copo em cima do balcão na sua frente. —
A garota parecia um anjo, um anjo tão inocente e cativante que, saber que se encontrava sozinha, um arrepio impróprio subia por sua espinha. Um medo subiu a encarnação do Santinelli naquele momento. Um temor maléfico se apoderou de seu corpo. E logo caminhando por aquele lugar, ele tentava sair.Passou pela porta depois de muito esforço. Talvez a menina se encontrasse lá fora, não é? E o pior, estaria sozinho andando pelas ruas? Como alguém deixaria uma mulher delicada como aquela sozinha? Principalmente à uma hora dessas na rua? Mas, o que diabos ela faz na rua há essa hora? Ele se perguntou incrédulo. Se aquela mulher fosse dele, com certeza levaria umas boas palmadas para não ultrapassar seus limites daquela forma. Todo lugar é valido para sair e dançar, mas convenhamos, aquele lugar não merecia ter sua presença tão incrível.Logo dissipou esses pensamentos melancólicos e maliciosos. Só queria saber se a garota estava bem. Assim que passou pela porta principal, viu Sasha novamente,
Nicolas entrou em sua sala naquela manhã, sendo seguido pela sua renomada assistente e secretária.— Senhor Santinelli, você terá uma reunião em 40 minutos com seu pai e dois advogados de sua família.— Hm – Murmurou, sentando-se em sua cadeira confortável acolchoada de couro marrom.— E em menos de 2 horas terá outra com os Farias.— Ah essa, eu tenho uma surpresa para essa reunião – Sussurrou ele quase inaudível, mas o suportável para ela escutar. — Quero que Rafael vá em meu lugar.— O quê, senhor? Mas é uma reunião extremamente importante – Ruborizou ela, mas de raiva e medo de algo dar errado.— Eu sei.— Por isso espero que o senhor vá.— Rafael é competente, sabe o que faz. – Ele disse dando um sorriso de canto capaz de encharcar a calcinha da secretaria e induzindo-a ao pecado profundo.— Perdão, senhor Santinelli... – Ela se recompôs ajeitando o decote. — Mas ele é um idiota.— Não completamente – A voz bonita e adorada de Emy preencheu o lugar, Nicolas a encarou com certo de
Depois de um dia cansativo as atividades da escola e uma visita obrigatória na casa da sua mãe, finalmente, ela estava de volta em seu quarto. Tirou sua camisa longa e sua calça apertada, terminou de se despir completamente no banheiro e, como de costume, parou em frente ao espelho comprido, que ia do chão ao teto em seu banheiro. Novamente, observou seu corpo deslumbrante em frente a ele.Ela sorriu, assistindo sua pele maravilhosa brilhar com a luz do cômodo, Emelly amava seu corpo de todas as formas. Por um impulso escrupuloso, pensou outra vez naqueles olhos negros e penetrantes, fitando-a com malícia e tocando em seu corpo da cabeça aos pés, venerando-a. Emelly entreabriu os lábios e gemeu com aquele pensamento. Por que desde que o viu não parava de pensar nele? Desejava poder um dia olhá-lo novamente, admirar sua beleza, tocar em seu cabelo longo e negro e descer as mãos pelo seu rosto lindo, esculpido e adorado pelos anjos. Seria ótimo poder tocá-lo e sentir seu toque.Porém, t
Nicolas estava por ali novamente, sua ira ainda estava grudada em seu peito e parecia ter crescido mais quando ela sumiu de sua vista. Ele saiu do bar em busca daquela garota, ele queria poder ver seus olhos novamente de perto, vê-la sorrir, era só isso que ele queria admirar de novo. Seus lábios formaram uma curva, transformando-os em um sorriso encantador e formoso.Emelly chegou ao bar com Raissa no seu pé, ela não dizia nada, apenas vigiava Emelly, porque sabia dos seus problemas, e provavelmente Emelly iria ficar muito mal depois.— Emelly, a diva dos olhos verdes mais lindos da noite... O que deseja? – Perguntou o garçom animado.— Eu quero uma cerveja, pode ser? – Ela perguntou com um de seus sorrisos sedutores e o garçom deu um passo para trás franzindo os olhos.— Vai beber? – Ele a olhou bem nos olhos. — Você nunca bebe. E eu não sei se você tem idade o suficiente para beber, Emelly.— Me dá logo – Ela piscou olhos e sorriu, deixando o garçom hipnotizado pela beleza exótica