Nicolas ficou emburrado por algum tempo, mas quando foi convidado para tomar banho com Emelly, logo sorriu do jeito que queria. Alguns minutos depois Emelly estava livre para se arrumar, optou por um vestido vermelho novamente, sem decotes, até os joelhos, e um lenço por cima, cobrindo seus ombros. Amarrou o cabelo para trás fazendo um pequeno rabo de cavalo e antes de escolher o sapato, Luara acordou, Nicolas deu banho na pequena, já que era o único que havia se vestido, com muito cuidado e gentileza, ele banhou a garota com medo de quebra-la em algum lugar, e a única coisa que Emelly sabia fazer era rir da cara do Santinelli. Ele tinha a garota como uma joia que se tocasse com mais força, ela quebraria em pedaços e não queria como consertar. Adorava isso nele, o cuidado, a paixão em seus olhos. Era como ela ao ver Luara abrir os olhos pela primeira vez, Emelly se apegou a criatura tão pequena sendo sua única forma de correr do mundo em que trouxe apenas decep
A cada passo que dava, Emelly sentia o coração acelerar. Primeiramente, pediria desculpas por ter sumido daquele jeito no meio de uma grande organização, porque embora tivesse que atender um chamado muito importante, foi falto de profissionalismo de sua parte abandonar suas modelos, o ensaio, tudo, exatamente tudo e sumir por quase vinte e quatro horas. Mas com tudo isso a oportunidade de fazer sua filha feliz veio com força, e pelo menos uma vez, deixaria que aquelas pessoas por qual ódio por um longo período da sua vida, conhecessem a pequena pessoa a qual deu a luz. Não que merecessem, mas tinham um pequeno direito de conhecer a neta da única filha que colocaram no mundo. Quando pararam em frente à porta de reunião, Nicolas deu um pequeno beijo em Luara, outro em Emelly e entrou primeiro. Talvez ele entendesse que o momento entre mãe e filha fosse crucial nessa hora. Entendia a imensidão do amor de Emelly para com sua pequena, entendia, compreendia sua noiva.
Nicolas não tinha nada contra seus pais, achou até mesmo bonito Eloisa chorar enquanto abraçava sua neta, Emilio sorrir, mesmo que pouco, quando a menina tocou em seu rosto o rodeando e assentindo, o contanto que era bonito. Ele de verdade, queria até que sua filha pudesse conviver com os pais, mas por outro lado, os pais de Emelly o deixavam enojado. Eles também tinham o mesmo direito, de viver, sorrir, abraçar e estar ao lado de sua filha, mas o que fizeram antes, não foi perdoado. Era egoísmo, talvez maldade do seu coração, mas se não fosse por toda aquela confusão, Emelly e ele tivesse tido um rumo diferente. Sim, ele foi embora para Emelly crescer, mas acima de tudo, ele foi embora porque a mídia estava o detonando, o acusando de algo que nunca foi capaz de fazer ou teria um dia. Deixou Emelly sozinha para que ela pudesse ao menos viver bem em Tóquio, sem a sua imagem por cima, prendendo-a de alguma coisa. Muita gente acha que foi fácil ele acusar os pais
— Tudo bem? — Nicolas perguntou assim que saíram da sala, Emelly apenas mostrou um sorriso. — Não sinto pena, ou remorso por tudo isso, ainda me sinto egoísta sim, eles são avós, mereciam ao menos passar um tempo. Mas os seus pais foram mais gentis comigo, com a gente, e vem em primeiro lugar. O tempo é curto, Nicolas, e agora, eu preciso ir ao cabeleireiro — Nicolas riu. — A gente se ver mais tarde, vou falar com o Bruno, ligar para a Raissa, esta deve querer comer meu coração vivo. Guilherme disse que levaria Luara às cinco da tarde para seu apartamento, eu vou pra lá, e a gente pode se arrumar lá e ir para o evento juntos. — Me parece um plano ótimo. Tenho que falar com Guilder e com Eva. — Emelly assentiu, de repente, nem mesmo o nome da ruiva a fez tremer de raiva, ódio ou ciúmes. — Até mais — eles se despediram com um beijo e se separaram na porta do prédio. Como foi dito, Emelly se encontrou com Bruno, conversaram sobre Nicolly e Emanuel, e ela teve
— Emelly... — A voz ele podia lhe causar arrepios por todo corpo, não entendia como, ou o porquê daquele homem ir parar justamente em um lugar onde ela não queria bagunça, confusão ou surpresas inesperadas como aquele ser surgindo das cinzas de seu passado em um dia que tinha tudo para acabar bem. — Quanto tempo, querida pérola. Você me fez falta todos esses anos enquanto esteve fora, não tinha mais ninguém para amar. — Emelly desviou o olhar dele para a mulher atrás de Fernando, esta tinha um olhar dolorido, como se quisesse fazer alguma coisa, mas não fazia, não podia. — Como andas? — O-o que está fazendo aqui? — Emelly colocou a franja de seu cabelo para o lado, trocou as sacolas que trazia em suas mãos de lado e focou o olhar naquele homem. Não entraria no apartamento de Nicolas com Luara ali dentro se Fernando abrisse a boca ou fizesse alguma coisa. — Eu moro aqui, minha querida — aquele minha queria trazia um arrepio nervoso para Emelly que en
— Você está bem mesmo? — Nicolas perguntou novamente, Emelly estava na frente, enrolava seu braço em uma gaze e levantou o olhar para ele. — Nicolas eu estou bem, para me pergunta isso. — Riu convencida. Os policiais vieram para o depoimento rápido, e depois do que foi dito, e as imagens da câmera de segurança, tudo indicava que o acidente com o homem fora de pura defesa, e ninguém poderia dizer o contrário. Fernando que avançou contra o casal, e eles apenas lutaram para se proteger. — Ele morreu, e a única coisa que você mostra é um sorriso. — Ele riu também e Emelly jogou o cabelo para o lado, já estava atrasado para aquela droga de evento, o acidente fez tudo desandar, porém, ambos não disseram nada para a família, ou isso se tornaria ainda pior. — Nicolas, Fernando me fez mal, ele morrer não foi minha culpa, a sua, e agora posso viver feliz que ele não fará mal a mim, ou a minha filha, ou a você. — Ela riu novamente a porta se abriu, Luara apare
A iluminação e o estrondo alto da música preenchiam toda a rua da boate Seven Night na noite de quinta-feira.Pessoas do lado de fora lamentavam pelo tamanho enorme da fila que, infelizmente, dava volta no quarteirão do bairro chique para entrar na boate do momento naquela noite quente. Na portaria, um segurança de braços fortes e barriga saliente, vestido adequadamente para o serviço da noite, encarava a quantidade de pessoas presente ao seu redor. Muito pouco se importava com quais queriam entrar logo.A boate estava lotada, e para o azar de alguns, cheia de estudantes da academia de dança da esquina, os amigos preferidos de Sasha, o segurança. E claro que ele jamais cogitaria que entrasse qualquer um para se misturar aos dançarinos.— Pode me dizer novamente o que nós viemos fazer aqui? – A voz fria do moreno de terno escuro sem gravata soprava nos ouvidos do amigo mais à frente. — Como vamos passar por toda essa gente, e entrar nesse lugar vulgar? Não gosto de lugares assim.Nicol
— Ei cara está me ouvindo?Rafael chamou sua atenção e só depois olhou na direção em que o moreno olhava fixamente, e encontrou a mulher com um sorriso gracioso. Mas diferente de Nicolas, Rafael não teve o privilégio de reparar melhor no corpo pequeno, porém, deslumbrante, pois logo a moça segurou duas garrafas de água e foi embora. E ali ficaram dois homens olhando para o vazio que ela deixara.— Nossa! - Rafael exclamou atordoado e ainda buscando achar a visão da mulher entre milhares de cabeças. Logo Nicolas virou-se para ele novamente. — Fiquei encantando aquele corpo... Uau. – Brincou o loiro virando-se para o bar novamente.Nicolas não disse nada. Olhou a silhueta de a mulher caminhar e desaparece no meio de toda aquela gente. Voltou-se igualmente para o bar e olhou para seus pés, em seguida subiu a visão para o amigo, levando novamente o copo de uísque à boca para saborear.— Como era bonita – Comentou Rafael.— Hm... – Nicolas encarou o copo em cima do balcão na sua frente. —