Quando ele levantou, Emelly o olhava um tanto quanto surpresa. Admirou para seus pés, relutante, e tornou a olhá-lo espantada com tamanha gentileza que ele estava mostrando. Novamente, ele estendeu sua mão, demasiadamente trêmula, e Emelly aceitou com um sorriso no rosto. Começaram a caminhar na praia bem devagar, conversavam sobre coisas animadas, como bandas, músicas favoritas e outras coisas. A conversa chegou até o carro do moreno que explicou ser seu bem mais precioso, ninguém o tocaria sem sua permissão.Chegaram ao um ponto da praia onde ficaram bem à frente da luminosidade da lua sob a água. Emelly soltou as mãos dele, dando pulinhos de alegria sobre a areia. A vista estava deslumbrante, completamente maravilhosa. Logo em sua mente veio uma ideia absurdamente louca. Ela voltou-se para Nicolas e deu um de seus sorrisos infantis.— Vamos dar um mergulho? – Perguntou. Nicolas franziu a testa e olhou para o mar, estava de noite e ele tinha certeza que aquelas águas estavam muito g
Emelly ainda o fitava com um brilho no olhar. Fez um leve carinho no rosto dele, Nicolas fez o mesmo com sua cintura e novamente voltaram a colar suas bocas, só que desta vez com mais vontade. Ainda deitados na areia, se beijavam loucamente.Não conseguiram se separar e nem esconder o que o coração de ambos queria. Os pensamentos dos dois voaram para longe, os deixando livres para viver o momento que a vida os tinha dado. As mãos de Emelly subiam sempre pelas mechas negras, puxando, bagunçando-as, como sempre teve vontade de fazer desde primeiro dia que o vira naquela boate, desde o momento em que ele segurou seus braços para que não caíssem.As deles percorriam todo o corpo exuberante que Emelly tinha. Delineava as curvas com suas próprias mãos, sempre respeitando os lugares onde tocava. Jamais faria alguma coisa que ela não quisesse. Seu autocontrole pedia para que o jogasse fora e a fizesse sua. Mas não. Apenas aprofundou o beijo trazendo-a para mais perto de si.Quando o ar faltou
Depois do domingo agonizante que teve ao passar cada minuto pensando em seu encontro de sábado à noite, Emelly abriu os olhos e acordou cheia de energia para uma segunda-feira fria. Estava contente e, todas as vezes que pensava nele, levava as mãos ao coração para senti-lo acelerado. Era uma emoção forte ao lembrar-se de Nicolas a beijando na água à luz do luar, na areia, e em todos os lugares onde passaram em seu encontro incrível.Levantou-se da cama reparando que era cedo ainda. Tomou um banho e naquela manhã preferiu ir para sua academia, deixaria de ir à escola somente aquele dia. Sua alegria não caberia naquele lugar. Daria toda sua felicidade da noite maravilhosa à sua nova coreografia solo para a apresentação que fariam no meio do ano. Iria se esforçar e ganharia quaisquer chances que tivesse para alcançar seus sonhos.Do outro lado da cidade, Nicolas trabalhava arduamente em sua sala, digitando o que precisava no computador com uma pressa nunca vista. Ele só queria acabar com
Depois do almoço, Nicolas estava em uma breve reunião com os companheiros de trabalho, exceto seu pai que havia sido sequestrado. Mas para o desgosto de todos sentados à mesa, Nicolas queria mesmo era saber de rabiscar de todas as formas e com todos os tipos de letras o nome de Emelly Fernandes sob a folha de papel branco que foi lhe oferecido para fazer suas observações.Emelly Fernandes para o Santinelli era uma mulher com uma beleza jamais vista. Com seu sorriso encantador e uma olhar desafiador ela o enchia de excitação, ao mesmo tempo em que o deixava bobo, a ponto de se jogar aos seus pés.Perguntava-se onde ele poderia encontrar o homem que a atacou naquele dia na boate. Com certeza teria muita coragem para mandar matá-lo em dois tempos. Tudo isso por ela. Jamais queria ver outra lágrima cair daqueles olhos verdes cheios de brilho que o enfeitiçou e o deixou louco.Na madrugada, como passou a noite acordado, tomou três banhos gelados, pensando em cada curva que ele ousou tocar
Enquanto a noite chegava à cidade, uma dupla de amigos no prédio Move Parks procurava saber mais sobre certa mulher encantadora. As teclas eram clicadas com rapidez e sabedoria. Saberiam onde procurar qualquer coisa descobriram várias coisas de seus novos e velhos sócios somente com a ajuda da internet, mas sobre a garota que o moreno queria nada.— Então, você não dormiu com ela? – Rafael perguntou pela centésima vez e Nicolas já nem respondia mais. Caminhava de um lado para o outro na esperança de encontrar alguma coisa sobre ela.— Não, Rafael e, por favor, faça seu trabalho. – Ajeitou as mangas da camisa subindo-as até os cotovelos. — Por que demora tanto?— Sei lá, a menina não tem nada em lugar algum. Não tem redes sociais, registro em algum lugar. – Rafael riu para o amigo. — Ela é um fantasma.— Não começa. Procura direito, você é um inútil mesmo. – Resmungou para lá e pra cá, totalmente inquieto.A falta de sorte de não encontrar nada sobre a garota que ele tinha gostado não
Emelly sacudiu Raissa com a única mão livre até ela começar a sorrir de empolgação junto à rosada.— Tudo bem? – Ele perguntou um pouco rouco, estava nervoso em falar com ela, depois de quase um dia todo pensando em fazer isso.— Sim. – Como sua mãe, não conseguiu esconder a felicidade de ouvir sua voz.Uma voz grossa e rouca ao mesmo tempo em que fazia coração dela acelerar, seu corpo tremer e sua alma clamar por ele. Sonhar com Nicolas chamando por seu nome enquanto ambos rolavam na mesma cama... Era sonhar demais?— Que bom que você está bem... – houve uma pausa por parte dele, e quando ela ia quebrar o silêncio, ele continuou. — Quer sair comigo amanhã à noite?— Sim – Respondeu rapidamente levando uma cotovelada de Raissa, Emelly estranhou e tirou o celular da orelha perguntando com os olhos qual era o problema de aceitar sair com Nicolas?— Sua mãe, idiota. Você tem que estar na casa dela amanhã, diga a ele que vocês podem ser ver depois de amanhã.Emelly suspirou. Qual era o pr
O dia amanheceu do outro lado da cidade um pouco frio, Emelly assistiu o sol nascer no horizonte. Alguma coisa faltava em sua cama para que ela pudesse ter dormido a noite toda, mas acaba passando a madrugada de olhos abertos, pensando em seu encontro que se aproximava cada vez mais. Será que ela conseguiria aguarda até a quarta-feira para poder vê-lo? Era agonizante saber que tudo foi por culpa de sua mãe.Se ela não tivesse ligado e pedido que fosse à sua antiga casa, estaria sonhando em encontrá-lo à noite, e isso lhe resultaria a um pulo da cama fenomenal. Como de costume, as portas de seu quarto foram abertas, e por lá, Raissa entrou com seu costumeiro sorriso e uma xícara de café.— Bom dia, quem quer um cafezinho quente? – Perguntou aproximando-se da cama e a viu sentar. — Mais uma noite sem dormir? O que aconteceu? – Perguntou enquanto lhe entregava a xícara e caminhou em direção às cortinas do quarto para abri-las.— Ele, Raissa... Está nos meus pensamentos a cada segundo, eu
— Emelly, tem alguma coisa errada? – Reclamou Maria parando o som que tocava.— N-não. Por quê?— Não? – Ela aproximou-se jogando um de seus velhos panos por cima do ombro. — Seus passos estão rápidos demais. E por esse motivo você está se saindo mal em todo resto porque não está indo no ritmo na música. – Emelly se encolheu. — Querida, ontem você estava melhor.— Sim, eu sei, me desculpe. Eu só... Só...— Não precisa me explicar, querida – Maria passou as mãos por seus cabelos. — Você é uma menina muito boa, tenho toda a certeza do mundo que você conseguirá provar a seus pais que você nasceu para dançar e não para se trancar em uma empresa. E quando isso vier a acontecer, estarei ali... – Maria segurou seus ombros botando-a de frente para todas as cadeiras do Teatro. —... Sentada na primeira fila te aplaudindo. Emelly riu.— Obrigada por acreditar em mim.— Não me agradeça, vamos mais uma vez... E aí você pode ir para casa.**— Eu não consigo achar esse cara. Quem é? – Rafael estav