Emelly sacudiu Raissa com a única mão livre até ela começar a sorrir de empolgação junto à rosada.— Tudo bem? – Ele perguntou um pouco rouco, estava nervoso em falar com ela, depois de quase um dia todo pensando em fazer isso.— Sim. – Como sua mãe, não conseguiu esconder a felicidade de ouvir sua voz.Uma voz grossa e rouca ao mesmo tempo em que fazia coração dela acelerar, seu corpo tremer e sua alma clamar por ele. Sonhar com Nicolas chamando por seu nome enquanto ambos rolavam na mesma cama... Era sonhar demais?— Que bom que você está bem... – houve uma pausa por parte dele, e quando ela ia quebrar o silêncio, ele continuou. — Quer sair comigo amanhã à noite?— Sim – Respondeu rapidamente levando uma cotovelada de Raissa, Emelly estranhou e tirou o celular da orelha perguntando com os olhos qual era o problema de aceitar sair com Nicolas?— Sua mãe, idiota. Você tem que estar na casa dela amanhã, diga a ele que vocês podem ser ver depois de amanhã.Emelly suspirou. Qual era o pr
O dia amanheceu do outro lado da cidade um pouco frio, Emelly assistiu o sol nascer no horizonte. Alguma coisa faltava em sua cama para que ela pudesse ter dormido a noite toda, mas acaba passando a madrugada de olhos abertos, pensando em seu encontro que se aproximava cada vez mais. Será que ela conseguiria aguarda até a quarta-feira para poder vê-lo? Era agonizante saber que tudo foi por culpa de sua mãe.Se ela não tivesse ligado e pedido que fosse à sua antiga casa, estaria sonhando em encontrá-lo à noite, e isso lhe resultaria a um pulo da cama fenomenal. Como de costume, as portas de seu quarto foram abertas, e por lá, Raissa entrou com seu costumeiro sorriso e uma xícara de café.— Bom dia, quem quer um cafezinho quente? – Perguntou aproximando-se da cama e a viu sentar. — Mais uma noite sem dormir? O que aconteceu? – Perguntou enquanto lhe entregava a xícara e caminhou em direção às cortinas do quarto para abri-las.— Ele, Raissa... Está nos meus pensamentos a cada segundo, eu
— Emelly, tem alguma coisa errada? – Reclamou Maria parando o som que tocava.— N-não. Por quê?— Não? – Ela aproximou-se jogando um de seus velhos panos por cima do ombro. — Seus passos estão rápidos demais. E por esse motivo você está se saindo mal em todo resto porque não está indo no ritmo na música. – Emelly se encolheu. — Querida, ontem você estava melhor.— Sim, eu sei, me desculpe. Eu só... Só...— Não precisa me explicar, querida – Maria passou as mãos por seus cabelos. — Você é uma menina muito boa, tenho toda a certeza do mundo que você conseguirá provar a seus pais que você nasceu para dançar e não para se trancar em uma empresa. E quando isso vier a acontecer, estarei ali... – Maria segurou seus ombros botando-a de frente para todas as cadeiras do Teatro. —... Sentada na primeira fila te aplaudindo. Emelly riu.— Obrigada por acreditar em mim.— Não me agradeça, vamos mais uma vez... E aí você pode ir para casa.**— Eu não consigo achar esse cara. Quem é? – Rafael estav
Ajeitou os cabelos para trás e começou a enrolar as mangas da camisa até o cotovelo esquerdo e logo iniciando o direito, sem tirar os olhos do grupo de Emelly que entrou em uma lanchonete.Seu coração batia forte, só dele pensar em ela ter outra pessoa já o deixava com raiva. E que planos ela teria que não podia jantar com ele? Por um lado, Rafael tinha razão, que mulher dispensaria um homem lindo como ele? Alto, de braços fortes, com um sorriso encantador e rico ainda por cima.— Calma aí, eu vou com você. – Rafael disse animado, vendo que talvez tivesse briga.— Eu não quero você falando perto de mim. – Ele disse com a raiva subindo em seu corpo. O que seria dele se ela dissesse que aquele palito de fósforo ruivo era seu namorado?— Eu sou seu melhor amigo, se acalma. – Disse ele também despindo algumas partes da roupa. – Aliás, eu vou pra ver se vem briga, o que eu duvido muito. – Rafael sorriu enquanto o outro continuou mais sério do que nunca. — Nicolas, ela é só uma garota que t
— Então? — Rafael olhava o copo de chocolate quente nas mãos enquanto Hina o encarava sem ao menos esconder o que queria. — Vocês dois aí namoram? - Perguntou apontando para Henrique e Raissa.— Não! - Raissa quase gritou negando e Henrique sorriu bebendo seu suco — Q-quer dizer... Claro que não, somos apenas amigos...— Hm. – Rafael sorriu para ela, e ela o mesmo.— Raissa. - Bruno chamou atenção de todos — Onde. É. Que. Ta. A. Emelly?Todos olharam para a mesa onde eles estavam sentados antes e não viu ninguém, Raissa voltou seu olhar para Rafael e ambos sorriram.— Com certeza eles devem estar fazendo alguma coisa legal. – Respondeu Rafael bebendo mais um pouco de seu chocolate quente.E todos o olharam.**— Nicolas... — Ela levantou suas mãos pelas costelas dele arranhando todo o local, até chegar aos ombros. Ela os apertou e segurou seu rosto. Um olhar no outro, era tudo o que eles precisavam... – Há...— Emelly... — Ele escondeu seu rosto no pescoço dela. Seu cheiro o deixava l
— Senhorita Parson? – A empregada assustou-se ao ver a menina adentrar a cozinha com pressa.— Estou atrasadíssima. – Tentou respirar melhor. — Eu sei, eu sei, eu sei.— A senhora Parsos está furiosa. – Murmurou ajudando-lhe a tirar a mochila de suas costas. — Você nunca se atrasa, por onde andou?— Sempre há uma primeira vez, e você não precisa saber por onde eu andei. – Jamais contaria que havia acabado de sair da casa de um homem, para o qual se entregou completamente.Riu saindo da cozinha e entrando na sala, onde se encontrava perfeitamente arrumada. Sabia que estava atrasada. Atrasada demais para dar alguma explicação à sua mãe. Mas poxa. Deem um desconto. Ela tinha acabado de perder a virgindade com um homem lindo demais para deixá-lo sozinho.Subiu as escadas com suas pernas doendo, assim como entre as mesmas também. Ora essa. O sexo tinha sido incrível, maravilhoso, violento, gostoso, a melhor sensação que já sentira em toda sua vida. Gemeu ao subir o último degrau e correu a
Talvez um pouco de música o acalmasse, mas apenas o deixava apreensivo com o ocorrido de mais cedo. Sentou em sua cadeira confortável, atrás da mesa do seu escritório em casa. Com um copo de Whisky na mão, ele pensava nos momentos mais gostosos que teve com Emelly em cima de sua cama. Nem a arrumar ele teve coragem. Não colocaria a fronha para lavar aquela semana, somente para dormir com cheiro dos cabelos dela, que ficou grudado no tecido.Claro que... O espelho acima de sua cama também proporcionou imagens inéditas de uma mulher encantadora, que se entregou perfeitamente, intensamente, loucamente, para ele de uma forma gostosa e alucinante. Totalmente diferente de qualquer outra. Ele se vangloriou várias vezes naquela tarde, somente lembrando-se da sorte que teve. A garota era uma mulher muito bonita, e saber que tinha sido o primeiro a lhe tocar daquela forma, certo incômodo crescia dentro de si. Não uma sensação ruim. Não. Longe disso. Mas se sentia possessivo em relação a ela. Um
— Eu não acredito que você tá aqui. – Ela disse séria, ele apenas levantou mais um pouco a manga da camisa branca que vestia até o cotovelo esquerdo igual como estava o direito e adentrou a casa dela, sem pedir permissão, agarrou seu rosto com fúria, beijando-a sem hesitação alguma.Emelly enfiou suas mãos por entre os fios de cabelo negros, puxando-o mais para dentro enquanto moreno chutava a porta.— Senti sua falta. – Ele sussurrou ao separar sua boca da dela, e logo a beijou de novo. Suas línguas dançavam juntos em um ritmo que lavava os dois à loucura. Ele agachou por alguns segundos e se levantou com as pernas dela rodeando cada uma de um lado da cintura. Ele não conhecia bem o apartamento, mas assim que percebeu o sofá, caminhou até ele, sentando-se com ela em seu colo.— Eu também senti sua falta. – Ela dizia ofegante e sorridente, olhando para ele surpresa e animada.— Você não sai da minha cabeça desde ontem. – Ele grudou as testas. – Na verdade, desde a noite em que eu vi v