Postei uns capítulos a mais hoje porque amanhã sairei e não haverá capítulos. Terça volto a postar mais :)
Não querendo entrar em uma discussão inútil quando tinha tanto a fazer, respirou fundo para conter a indignação e conseguir convencer Maximiliano a ser sensato. — Não posso lhe dar a casa de Sanmarino — disse, cansada dos jogos de acusações. — O que diria a Adriano? — Invente algo. A senhora sempre foi ótima em mentiras — recordou, propondo em seguida: — Diga que me deu de presente. — Adriano não é ingênuo para acreditar. — Não falemos da ingenuidade de Adriano — retrucou Maximiliano com um sorriso sarcástico. A tensão tornou o ar pesado, dificultando que Kassandra respirasse normalmente. O medo e a raiva vibravam em seu corpo e, temendo que ele percebesse esses sintomas inconvenientes, ergueu-se e se afastou, ficando de costas ao Gonzalez por um instante para conseguir se estabilizar. — Contar sobre a traição não o beneficiaria em nada — informou a viúva irritada com a maneira que o Gonzalez falava de seu filho. Jurou a si mesma que Dalila pagaria por toda a humilhação que sofri
Voltando de um passeio pelo campo, Bruno surpreendeu Dalila próxima da sala de jantar. Parada do lado da cristaleira de mogno, a jovem enchia um copo com vinho tinto. — Boa tarde! — Assustada, Dalila abandonou o copo e a garrafa no vão que separava os copos das bebidas. — Pode continuar a beber — incentivou divertido com o comportamento incomum dela. Sem ver perigo em Bruno, Dalila resgatou sua bebida. — O que houve com seu rosto? — Ele perguntou apontando para o próprio queixo para sinalizar o lugar em que um hematoma se fazia presente. — Cai — ela disse tomando um gole de conhaque. Bruno estranhou, mas preferiu não interrogá-la e nem comentar que parecia que alguém a tinha socado. — Por causa dessa queda que está bebendo? — Mais ou menos — disse mantendo o copo apertado entre as mãos, O ferimento era metade do motivo para beber escondida naquela hora do dia. No entanto, Bruno era amigo de seu marido, a pior pessoa para confidenciar sobre a discursão no quarto da viúva sobre s
Joana tinha ouvido falar sobre a caminhada da vergonha, em que uma pessoa caminha sozinha em um ambiente hostil, vítima de olhares reprovadores, ao voltar para casa após uma noite em outro lugar, normalmente – nos filmes estadunidenses - festas com bebedeira em fraternidades que não terminavam bem. Nunca passou por nada igual. A faculdade escolhida por sua madrinha foi online, para que não saísse de Sanmarino, e nunca chegou perto de se embebedar antes da festa a fantasia em que beijou Maximiliano no jardim pensando ser outro. No entanto, imaginava que a pessoa que sofria tal situação sentia-se tão péssima como estava agora, retornando ao quarto em que uma ex.amante de Maximiliano estava após deixar outra para trás. E talvez nenhuma delas fosse tão ex assim, pensou cerrando os punhos, a dor em um deles lembrando-a de quão baixo desceu por alguém que não correspondia ao seu amor. Parou próximo do quarto, uma mão espalmando na parede, enquanto a dolorida apertava-se contra seu coração
Sem obter sucesso em fazer Joana desistir de partir de Recanto Dourado, e não podendo usar muitos argumentos por medo de acabarem citando a traição de Dalila, Carmem deixou a filha partir com Bruno e voltou aflita para a casa. Teria de ir ao quarto de Kassandra, já sabendo o motivo do chamado da viúva e morrendo de medo do que sua prima planejava para ela. Caminhando devagar para a forca que a aguardava, Carmem desejou que a terra a engolisse viva. Parecia um castigo brando perto do que a esperava se a prima revelasse para todos o caso de Dalila e Maximiliano. Seu marido, que deveria estar junto para tentar amenizar a raiva da viúva, tinha saído cedo e ainda não voltará. Temia que passasse outra noite fora como a anterior. Iago estava indignado com o compromisso de Joana, com raiva por isso macular o sobrenome Savoia. Mesmo ele tendo participação no caos que se abateu na família, ele a culpava e as filhas. Em Sanmarino as regras sociais continuavam arcaicas, mulheres tinham pouca o
— Ela não irá com você para lugar nenhum — esbravejou com a voz aumentando de raiva. — Quem me impedirá? Você? — Maximiliano zombou. — Sim, eu. — Arrogante Bruno enfrentou o Gonzalez. — Não sei o que tramou para envolver Joana, mas ela não quer mais nada com você. — Se Joana quer terminar comigo que o faça depois que conversarmos a sós — ele exigiu irritado com a interferência de Bruno. — Não briguem! — Joana pediu, mas nenhum dos dois homens lhe deu ouvidos. — Você não esta a altura de Joana. Não passa de um delinquente — Bruno prosseguiu com desdém. — Ela tem a minha proteção e a dos Orleans, que são contra o noivado de vocês. Sua má reputação o precedia, porém tinha mais dinheiro que Bruno e, embora tivesse cometido inúmeros erros, não se arrependia de nenhum deles, pois todos foram para encher sua barriga e as dos amigos. Só os que moravam na parte humilde e esquecida de Sanmarino, que sofriam com o descaso, os maus-tratos e desprezo da classe alta poderiam julgá-lo. — Pois
Por um instante a jovem titubeou incerta diante da fúria que emanava do Gonzalez, mas logo se refez do espanto e ergueu a cabeça com o que lhe restava de dignidade e respeito próprio. — No altar da capela, Dalila tomou uma decisão perante Deus e os homens. Ela abandonou a promessa que te fez e escolheu casar com o Adriano — frisou na esperança de magoa-lo como estava magoada. — Sei disso — ele retrucou sem compreender o motivo de Joana trazer esse fato à tona quanto pedia explicação para o fim do noivado deles. — Se sabe, porque insiste em correr atrás dela? Não é justo que pisem os sentimentos dos demais... — Joana declarou desesperada, a beira das lágrimas e sentindo um bolor doloroso na garganta. Notando o pranto se formando nos olhos femininos, ele questionou aborrecido: — Suas lágrimas são por ele, não é? Uma raiva irracional correu pelas veias do Gonzalez frente à patética adoração de Joana pelo Orleans, pelo homem que a largou por outra. Era óbvio que ela continuava apaixo
Com Joana em seu colo, sentado na caçamba aberta do jipe, Maximiliano adiava a volta a Recanto Dourado e apreciava os últimos raios de sol coloriam o céu com tons alaranjados e a brisa leve movia as folhas das frondosas árvores. Aproveitando aquele tempo sozinhos, Maximiliano questionou sobre o noivado dela com o Orleans, algo que evitaram falar quando estavam no Diablo e que agora ele necessitava saber para entender o amor protetor dela pelo outro. — Minha madrinha cuidou da minha educação e, em gratidão, meus pais me enviavam para passar os fins de semana com ela e Adriano na fazenda. Mesmo sendo mais velho, ele sempre me tratou como igual, me elogiando e um dia me pediu em namoro. Óbvio que eu aceitei, era um dos poucos homens com quem eu podia conversar livremente, sem o olhar reprovador do meu pai e da minha madrinha — contou, soltando um sorriso desanimado ao lembrar: — Conforme os anos foram passando, em meus pensamentos e ilusões não havia ninguém além dele. E quando me pediu
Com a mão firme na nuca de Joana, Maximiliano dominava a boca tentadora com suavidade, mordiscando, sugando, provando-os em um beijo arrebatado como se sentia desde a primeira vez que a beijou. Uma mão escorregou para as costas dela, estreitando-a, enquanto a outra infiltrava por baixo do sutiã, acariciando o mamilo, degustando seus gemidos. O corpo dela tremeu de encontro ao seu, as mãos femininas vencendo os botões de sua camisa para acariciar a pele desnudada, as palmas percorrendo seu tórax. Entregues à paixão, sem pressa, retiraram as roupas um do outro, intercalando beijos e carícias por cada centímetro descoberto. — Joana, não faz ideia do efeito que causa em mim... — disse deslizando os lábios pelo pescoço macio em direção ao ombro. — Em meu corpo... Você é tão suave... — ele sussurrou as mãos fortes e calejadas, deslizando pelas costas dela, fascinadas com a maciez. — Conto os minutos para casarmos... — Sua voz saiu com dificuldade, à boca seca de vontade de prova-la um po