Com a mão firme na nuca de Joana, Maximiliano dominava a boca tentadora com suavidade, mordiscando, sugando, provando-os em um beijo arrebatado como se sentia desde a primeira vez que a beijou. Uma mão escorregou para as costas dela, estreitando-a, enquanto a outra infiltrava por baixo do sutiã, acariciando o mamilo, degustando seus gemidos. O corpo dela tremeu de encontro ao seu, as mãos femininas vencendo os botões de sua camisa para acariciar a pele desnudada, as palmas percorrendo seu tórax. Entregues à paixão, sem pressa, retiraram as roupas um do outro, intercalando beijos e carícias por cada centímetro descoberto. — Joana, não faz ideia do efeito que causa em mim... — disse deslizando os lábios pelo pescoço macio em direção ao ombro. — Em meu corpo... Você é tão suave... — ele sussurrou as mãos fortes e calejadas, deslizando pelas costas dela, fascinadas com a maciez. — Conto os minutos para casarmos... — Sua voz saiu com dificuldade, à boca seca de vontade de prova-la um po
Necessitando aumentar suas garantias que Maximiliano guardaria segredo, Kassandra chamou Donato, Carmem e Iago a sua saleta privativa. O patriarca Savoia apareceu claramente embriagado, mas disposto a acatar o que a viúva decidisse para não ser exposto. Ouvindo o acordo feito entre Kassandra e Maximiliano, Carmem mantinha-se em silêncio, cada vez mais incomodada com os planos que faziam para avida de sua primogênita sem a presença dela. Quando Kassandra terminou seu monologo sobre do que teriam de fazer, juntou coragem para contar o que havia acontecido horas antes. A partida de Joana, com a firma decisão de ir embora de Sanmarino de novo. Seguida a saída da Maximiliano para busca-la. — Oremos que a convença a voltar — Kassandra disse irritada e com receio de ter que lidar com a ira do Gonzalez. — Maximiliano prometeu não dizer nada se apoiarmos o noivado deles. Sem Joana a opção seria dar a casa de Sanmarino, algo que preferia evitar por diversos motivos, o principal era que não q
Iago foi o primeiro a sair das acomodações da viúva, dizendo para Carmem que sairia para espairecer longe da fazenda. Sabendo o que significava e sem poder se opor, a matriarca Savoia o viu se afastar com apatia. Aproveitou que ficaram somente ela e Donato no corredor para aborda-lo sobre algo que a incomodava. — Donato, seja honesto comigo, Maximiliano será bom para minha filha? — Carmem perguntou ao juntar coragem. Havia algo em Maximiliano que lhe causava medo. Em grande parte, por culpa de tudo que ouviu sobre ele e a família ao longo dos anos. Não entendia o que Dalila viu nele e temia pela segurança de Joana. — Maximiliano possui muitos defeitos — Donato confessou —, mas é incapaz de maltratar uma mulher. Por isso disse que se Joana desistir do casamento, ele não a obrigará. O que pode causar problemas ao plano definido por Kassandra. — Ele contará sobre... — Tensa, olhou insegura ao redor, optando por se aproximar do advogado ao terminar em voz baixa: — Contará sobre o que t
Caminhando abraçado a Maximiliano em direção à entrada da mansão, Joana ergueu o olhar para a construção centenária de pedra, a frieza do seu exterior impactando-a e fazendo-a parar de andar. Queimava seu espirito e felicidade saber que dentro da residência havia pessoas que queriam acabar com seu noivado, uma em especial queria roubar seu noivo apesar de ser casada. — O que foi? — Preferia que tivéssemos partido direto para Sanmarino — confessou erguendo o olhar inseguro para ele. Maximiliano a estreitou em um abraço, embalando-a e depositando um beijo no topo de sua cabeça. — Também, mas meus amigos estão presos nessa fazenda. Tendo repensado sua vingança, em parte por ter encontrado seus amigos e necessitar o auxílio de Adriano para libertá-los, e o da viúva para garantir Joana ao seu lado, a tranquilizou: — Donato conseguirá a liberdade do Cristiano e do Gilberto, então partiremos para seguir nossa vida longe deles — prometeu depositando um beijo nos lábios tensos. Joana ap
Ao entrar em seu escritório acompanhado por Donato e os amigos de Maximiliano, Adriano estranhou encontrar sua mãe ali. A estranheza aumentou quando a viúva guardou rapidamente os documentos que lia, fechando-os em uma pasta velha com o logotipo do cartório da cidade. — Mãe, o que faz aqui? — Estava revisando alguns documentos — a viúva erguendo-se com a pasta exprimida contra o peito, observando com interesse o advogado e os outros dois homens. — Donato, está aqui para falar daquele assunto que definimos mais cedo? Abaixando a pasta, para ocultá-la dos olhos do advogado, decidiu aproveitar aquele encontro acidental para acabar logo com a questão envolvendo Maximiliano. — Não. Vim resolver a situação desses dois, que estão aqui ilegalmente. — Mesmo? Bem, resolvemos isso e depois conversamos sobre o outro assunto. — Que assunto?! — Adriano perguntou estranhando o sorriso de sua mãe para o Herrera. — Filho, vamos resolver logo o problema com os trabalhadores — a viúva falou lançan
Levando Joana consigo até o quarto que ocupavam na mansão, Maximiliano impressionou-se mais uma vez pela leveza dela, que se preocupou em verificar se Margô estava bem apesar da jovem recepciona-la com olhar furioso. Não tendo como ajudar uma pessoa que não a queria, Joana sentou ao lado dele no pequeno sofá do quarto, enquanto Beto e Lucas, sentados nas cadeiras em volta de uma mesinha contavam o que havia ocorrido enquanto estavam fora. Corou levemente quando ele a puxou para seu colo, mas não recuou, apenas jogou o braço em volta dele, os dedos se emaranhando nos fios ondulados e macios em sua nuca. Lucas informou que Donato estava naquele momento conversando com Adriano para liberar os amigos, agora que tinha provas que nunca houve uma condenação ou abrandamento da pena por trabalhos na fazenda. Beto, também na expectativa da volta de todos, se divertia com a situação sofrida pelo capitão do Diablo horas antes. — Quando Lucas me disse que você foi atrás da Joana, sabia que só v
No quarto de hóspedes ocupado por Carmem, sentada na cama de casal, Dalila estava a minutos encenando o papel de mulher mortalmente arrependida diante da mãe. — Sei que é minha culpa, que ela tomou essa decisão para me proteger — declarou com o rosto banhado em lágrimas —, mas não quero que Joana sofra. Adriano a apoiará se desistir. Com todo o drama causado pela insistência de Joana e Maximiliano em se casarem, Dalila decidiu que o melhor jeito de manipular a situação era recorrer aos pais. Iago tinha sumido, provavelmente estava se embriagando nos braços de alguma prostituta, mas ainda havia sua mãe para pressionar Joana a recuar. — Precisa controlar a Joana, impedi-la — exigiu necessitando que Carmem cortasse as asinhas da abusada que tinha como irmã mais velha. — Se ela quer tanto um marido, Adriano pode convencer Bruno a aceita-la. Ele é melhor que um homem reconhecido como bandido. — Falei com Joana sobre essa possibilidade antes da viagem dela — Carmem recordou com um pequen
Respirando fundo, Maximiliano endireitou o corpo e voltou-se para a sogra, observando-o com claro pavor. Imaginava que esperava alguma reação colérica dele, uma demonstração de ser inadequado como Dalila alegou, péssimo para qualquer uma das filhas. Parado no vão da porta, comentou: — Só vim com Joana para avisar que regressaremos a Sanmarino manhã pela manhã. Só permaneço essa noite porque é perigoso percorrer as estradas precárias e nenhuma iluminação há essa hora — ele informou mal humorado. — Meus amigos, que estavam presos aqui, fazendo trabalhos forçados por ordens de seu querido genro, estão livres e amanhã cedo iremos embora. Já abusamos da hospitalidade dos Orleans e teremos muitas coisas para fazer com a aproximação do casamento. Tinha muito a resolver e quanto antes o fizesse mais rápido deixaria os moradores de Recanto Dourado com seus problemas para trás. — Também regressaremos a Sanmarino amanhã — Carmem comunicou, oferecendo para a filha: — Que horas nos encontraremo