Espero que estejam curtindo o livro. Caso tenham interesse, tenho dois finalizados: A governanta do CEO; e A Amnésia da doce esposa do CEO. <3
Levando Joana consigo até o quarto que ocupavam na mansão, Maximiliano impressionou-se mais uma vez pela leveza dela, que se preocupou em verificar se Margô estava bem apesar da jovem recepciona-la com olhar furioso. Não tendo como ajudar uma pessoa que não a queria, Joana sentou ao lado dele no pequeno sofá do quarto, enquanto Beto e Lucas, sentados nas cadeiras em volta de uma mesinha contavam o que havia ocorrido enquanto estavam fora. Corou levemente quando ele a puxou para seu colo, mas não recuou, apenas jogou o braço em volta dele, os dedos se emaranhando nos fios ondulados e macios em sua nuca. Lucas informou que Donato estava naquele momento conversando com Adriano para liberar os amigos, agora que tinha provas que nunca houve uma condenação ou abrandamento da pena por trabalhos na fazenda. Beto, também na expectativa da volta de todos, se divertia com a situação sofrida pelo capitão do Diablo horas antes. — Quando Lucas me disse que você foi atrás da Joana, sabia que só v
No quarto de hóspedes ocupado por Carmem, sentada na cama de casal, Dalila estava a minutos encenando o papel de mulher mortalmente arrependida diante da mãe. — Sei que é minha culpa, que ela tomou essa decisão para me proteger — declarou com o rosto banhado em lágrimas —, mas não quero que Joana sofra. Adriano a apoiará se desistir. Com todo o drama causado pela insistência de Joana e Maximiliano em se casarem, Dalila decidiu que o melhor jeito de manipular a situação era recorrer aos pais. Iago tinha sumido, provavelmente estava se embriagando nos braços de alguma prostituta, mas ainda havia sua mãe para pressionar Joana a recuar. — Precisa controlar a Joana, impedi-la — exigiu necessitando que Carmem cortasse as asinhas da abusada que tinha como irmã mais velha. — Se ela quer tanto um marido, Adriano pode convencer Bruno a aceita-la. Ele é melhor que um homem reconhecido como bandido. — Falei com Joana sobre essa possibilidade antes da viagem dela — Carmem recordou com um pequen
Respirando fundo, Maximiliano endireitou o corpo e voltou-se para a sogra, observando-o com claro pavor. Imaginava que esperava alguma reação colérica dele, uma demonstração de ser inadequado como Dalila alegou, péssimo para qualquer uma das filhas. Parado no vão da porta, comentou: — Só vim com Joana para avisar que regressaremos a Sanmarino manhã pela manhã. Só permaneço essa noite porque é perigoso percorrer as estradas precárias e nenhuma iluminação há essa hora — ele informou mal humorado. — Meus amigos, que estavam presos aqui, fazendo trabalhos forçados por ordens de seu querido genro, estão livres e amanhã cedo iremos embora. Já abusamos da hospitalidade dos Orleans e teremos muitas coisas para fazer com a aproximação do casamento. Tinha muito a resolver e quanto antes o fizesse mais rápido deixaria os moradores de Recanto Dourado com seus problemas para trás. — Também regressaremos a Sanmarino amanhã — Carmem comunicou, oferecendo para a filha: — Que horas nos encontraremo
Ainda em meio às amargas lágrimas, Dalila regressou correndo ao seu quarto, sua intempestiva atraindo a atenção de Adriano e seu choro o preocupando. — De onde vem? Porque está chorando? — Adriano perguntou. — Fui ver minha mãe — disse, aproveitando a voz embargada para despertar a piedade do marido e manipulá-lo. — Está deprimida com toda essa situação. Tem medo que Maximiliano não faça Joana feliz... E receio o mesmo — falou se jogando nos braços dele, dando vazão ao choro. Sentando na cama, os dedos esfregando o cabelo da esposa, Adriano comentou sobre a estranha concordância de Kassandra com o futuro casamento de Joana. — Até essa manhã ela parecia contra, firme no rancor de anos contra ele, de repente mudou de ideia. — Temos que fazer algo, meu amor... — Dalila disse entregue a desespero. — Não podemos aceitar um delinquente na nossa família... Desenganada, dobrada sobre si ao lado do marido, dominada por náuseas, Dalila não aceitava perder para sua irmã. Sentindo o sofrime
Observando o rosto adormecido de Joana, em silêncio Maximiliano pensou na conversa que ouviu entre a sogra e a cunhada. Mesmo não sendo de propósito, pois nenhuma delas sabia que escutaria, as palavras ofensivas e carregadas de enojo o atingiram, o fez relembrar que não era bem vindo entre os ricos e poderosos de Sanmarino. Passada a raiva que o dominou, voltou a culpar os Orleans pelos constantes ataques que recebia. Se Kassandra não tivesse perseguido sua mãe, difamado sua família e colocado à guarda atrás deles, sua vida seria diferente, ele seria diferente. Não importava quanto dinheiro acumulou após a perda dos pais, nem que agora sua fortuna estivesse nos conformes, para pessoas como os Orleans e os Savoia ele não passava de escória, um ladrão indigno de afeto, de amor verdadeiro. Deslizou a mão pela bochecha de Joana, o dedo mindinho aproveitando para tocar a curva do lábio inferior. Precisava seguir com sua vingança e reaver os bens roubados para ter paz de espírito, mas na
Dobrando a camisola que usou a noite, Joana lançou um olhar para o banheiro, vendo através da porta aberta Maximiliano terminar de fazer a barba. Ele estava muito calado e sério desde a noite anterior, após ouvirem por acidente a discussão entre Carmem e Dalila. Não que fosse de falar muito, ou sorrissem com facilidade, mas havia algo errado nele, só não sabia o que era e nem como conseguir arrancar o motivo. Suspeitava que fosse por ainda ser apaixonado por Dalila e ter se magoado com as ofensas que ela lançou para desistirem do casamento. Seria mais fácil ele se esquecer do que teve com Dalila e se apaixonar por ela, Joana, que o amava de corpo e alma. Mas no coração não se manda, lamentou inspirando fundo. Como se notando que era observando, Maximiliano moveu o olhar para ela. Foi só por um segundo, logo ele voltava a se concentrar no que fazia, mas teve o efeito imediato e intenso nela. Com o coração disparado, Joana desviou a atenção para a camisola apertada em suas mãos, sen
Da janela, com os olhos inchados de horas de choro raivoso, Dalila observava a movimentação no pátio, os carros que se aprontavam para partir após o café-da-manhã levando seus pais, sua aborrecida irmã, seu ex.amante e os amigos dele. Pronto para descer e tomar o café com os demais, Adriano se entristecia pelo desconsolo da esposa. Compreendia o desespero dela. Ele mesmo levou horas para digerir os últimos acontecimentos. — Não vai descer para o café? — Questionou por ela ainda estar de camisola. — Não — ela respondeu seca, ainda perdida no vai e vem dos funcionários. Viu Paula colocar as malas de seus pais no carro dos Orleans, que Adriano emprestou para leva-los até Sanmarino. Lamentava perder uma aliada, quase uma amiga com a qual compartilhava seus segredos e ambições. Estaria sozinha e tinha certeza que sua sogra, que vivia criticando-a, a trataria ainda pior por causa da descoberta de seu caso com Maximiliano. — Nem para se despedir dos seus pais? — Não suporto ver o sofrim
Após o café da manhã, antes de sair em busca de Maximiliano, Joana foi até a cozinha da mansão e pediu a cozinheira e seus ajudantes pães, frutas e uma garrafinha do suco feito naquela manhã. Arrumou todos os itens em uma cesta, incluindo itens básicos de primeiros socorros e medicamentos que arranjou com outro empregado da mansão. Maximiliano deu uma olhada rápida para a enorme cesta, mas não disse uma palavra sobre, simplesmente pegou o objeto pesado e se encaminhou para o jipe com Joana ao seu lado. — Joana! Maximiliano! Esperem! Joana virou-se, estranhando ver seu cunhado andando apressado até eles. Supôs que nenhum dos Orleans, incluindo sua irmã, se despediria deles. Ficou tensa quando Adriano a estreitou em um abraço, algo que não fazia desde o fim do relacionamento deles. Olhando para o lado, notou a irritação subir ao rosto de Maximiliano. — Apesar das nossas diferenças nos últimos dias, espero novas visitas suas antes da festa de noivado — incentivou o Orleans. Largando