Início / Romance / A mãe dos meus sobrinhos / Capítulo 04: Indo embora.
Capítulo 04: Indo embora.

Elas se levantam e ao passarem em frente uma loja de celular, Samara fala com Plínia.

“Vou trocar meu número. Assim, não recebo mais ligação de ninguém.”

Plínia, resolve fazer o mesmo. De madrugada, elas embarcam para uma nova jornada. 

Dentro do ônibus, elas trocam o número de telefone de todas as contas. Samara desativa suas redes sociais, mas faz uma última postagem.

“EU NÃO PRECISO SER FORTE, SÓ PRECISO ME AMAR E PROCURAR MINHA FELICIDADE. SAMARA.

Com um sorriso, ela tira uma foto delas.

“Vai postar?” Plínia pergunta curiosa.

“Não. Essa será uma recordação de um novo recomeço. Obrigada. Você é uma amiga fiel.” Fala pegando na mão de Plínia.

“Boba, eu só tenho uma amiga, como vou te deixar sozinha?” 

O ônibus sai, e elas nem olham pela janela. Samara fecha os olhos e não demora a dormir. Plínia viaja, pensativa. Uma nova vida, desconhecida, estão esperando por elas.

Denis, dirige como um louco. No orfanato, ninguém viu Samara. Desesperado, ele entra no carro, xingando Plínia. Ela, com certeza, o enganou. Ele acelera e dirige em alta velocidade, em uma curva, desliza e b**e com o carro em um caminhão.

Daniel, era o primeiro a chegar na empresa e o último a sair. Ele estava assinando uns documentos, quando a secretária avisou que uma ligação de Paris, estava querendo falar com ele.

“Pode passar.” Fala passando a mão pelo cabelo. Mario levanta a cabeça, com um olhar indagador.

“Uma ligação de Paris. Denis deve ter aprontado, mais uma vez.”

“Ultimamente, ele tem ficado quieto. Já faz tempo que não procura o senhor.” 

Daniel, faz um gesto para ele esperar.

Daniel Palardo estava em seu escritório, quando recebeu um telefonema.

“Aqui é da polícia de Paris. É o senhor Daniel?” Pergunta uma voz fria.

“Sim. O que aconteceu?” Pergunta franzindo a sobrancelha.

“Precisamos que compareça, aqui. Seu irmão, Denis, sofreu um acidente e talvez não resista.

Daniel, pega o endereço e chama seu assistente.

“Mario, desmarque tudo da agenda, vamos para Paris. Denis sofreu um acidente e preciso de mais detalhes.”

Após arrumarem tudo, eles partem. Ao chegarem, vão direto à delegacia. Ao entrarem na sala do delegado, ele fala sem rodeios.

“Sou Daniel Palardo. O que aconteceu, exatamente com meu irmão?”

“Sente-se senhor. Estamos investigando. Mas foi um acidente, ele estava em alta velocidade, em uma curva, seu carro derrapou e ele se chocou em um caminhão. Fizemos todo o procedimento, e foi contatado que o carro estava em ordem, devido à velocidade, seu irmão não teve controle na curva.” Fala com profissionalismo.

“Tem alguma informação, que seja importante? Vou procurar saber o que aconteceu, antes de meu irmão sair dirigindo assim.”

“O que sabemos, é que ele estava com uma garota, na manhã antes do acidente, aconteceu algo que a garota sumiu. Samara. Todos falam a mesma, coisa, que ele estava a procurando. Desculpe, mas é só isso que tenho a dizer.” O delegado informa com pesar.

“Obrigado. Vou ao hospital para uma visita. Caso fique sabendo de algo a mais, me avise.” Daniel fala se despedindo do delegado.

“Senhor, creio que podemos fazer mais investigação. Essa história está um pouco estranha.” Mario fala pensativo.

“Achei também. Denis era um mulherengo, jamais correria atrás de uma garota. Tem algo que precisamos descobrir. Arrume detetives, vou a fundo nessa história. 

“Farei isso.” Mario pega o telefone e faz várias ligações.

Daniel, ao chegar no hospital, é recebido pelo diretor.

“Prazer, vê-lo pessoalmente, pena que em circunstâncias ruins.”

“E como está Denis?” Perguntou sério.

“A situação dele, não é boa. Estamos fazendo nosso melhor. Mas ele se feriu gravemente em seus órgãos internos. Não sabemos o que o matem vivo, pois, está com hemorragia interna.”

“Me leve até ele.” Fala sombrio.

O diretor, indica, por onde deve ir. A ala que está, é proibida visita, mas Daniel, não é uma pessoa de negar entrar onde quiser. Ele é o maior acionista de todos os hospitais, construídos em vários lugares. 

O diretor abre a porta, para ele entrar.

O cheiro forte, faz Daniel cobrir o nariz com a mão, até se acostumar. Ele olha o corpo inerte do irmão deitado na cama, cheio de aparelhos.

Ao se aproximar da cama, ele senta em uma cadeira e pega a mão fria do irmão.

“Cara, o que aprontou desta vez? O que fazia correndo na estrada?” Fala com a voz emocionada.

Ele sente um ligeiro aperto em sua mão, espantado olha para Denis. Ele está murmurando algo.

“Procure ficar calmo, tente reagir e sair dessa situação.” Fala apressado.

Denis, com dificuldade, abre os olhos, e arranca a máscara que cobre sua boca, respirando com dificuldade, ele olha para o irmão e uma lágrima desce em seu rosto.

“Daniel… me perdoe. Elsa… Procure Samara… ela carrega… em seu ventre… um filho...” Denis fala essas palavras e os aparelhos começam a apitar alto.

Assustado, Daniel se levanta enquanto o quarto enche de médicos, ele é afastado e todos tentam controlar Denis.

Um silêncio, toma conta do quarto. O médico, dispensa todos, ficando com ele a sós.

“Desculpe, mas não conseguimos. Seu irmão faleceu.” 

Daniel olha o corpo sem vida na cama.

“Nós somos gêmeos, ele estava esperando eu chegar.” Fala sem emoção.

Mario, que estava no corredor, entra e fala com o médico.

“Vou providenciar tudo, a família não tem habito de velar corpo. Prepare tudo para a cremação. Eu cuido das papeladas.”

“Tudo bem, vou providenciar.” O médico fala saindo do quarto.

“Senhor, os detetives já estão trabalhando. Deseja mais alguma coisa?”

“Vamos ao apartamento de Denis. Talvez, tenha alguma pista. Ele disse que seria pai! Como e quando isso aconteceu?” Fala com o olhar perdido.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo