Gabriel, senta apoiado na madrinha e olhando para sua mãe. “A madrinha de vocês, sempre esteve ao meu lado. Mesmo quando não gostava de algumas coisas que eu fazia. Foi ela que ajudou a alugar um quarto na frente da faculdade e esteve sempre comigo. Eu conheci um rapaz, um pouco mais velho, sua madrinha não gostava dele, mesmo assim, não se afastou de mim.” “Era seu namorado? Era nosso pai?” Gabriel pergunta depressa.“Não para as duas perguntas. Ele não era meu namorado. Só ficamos juntos estudando, por um tempo. Ele não se apegava a ninguém, nem eu me apegava. Queria terminar meus estudos e trabalhar. Mas um dia descobri que estava grávida, contei para ele. Queria que me ajudasse a tomar uma decisão. Ele ficou um pouco assustado, eu também estava. Enfim, não sei o que aconteceu, mas quando fui no apartamento dele, encontrei outra mulher dormindo em sua cama. Sua madrinha me tirou de lá e me levou para longe. Neste dia, decidimos partir, compramos a passagem, mas desistimos e viemo
Ao retornar ao trabalho, Samara encontra Souza para uma reunião. “Samara, leu a proposta? Qual é sua opinião?” Souza pergunta ansioso. “A proposta, sem dúvida, é excelente, eu só tenho dúvida, sobre ser responsável pelo novo laboratório. Aqui, tenho seu apoio e sua orientação, por isso, sou confiante.” Ela fala com sinceridade. “Garota! Precisa acreditar que vai conseguir. Vou mandar seus parceiros, irem com você. Eu também estarei dando suporte. Você já mostrou vários projetos, que estão esperando para começarem, agora que terminamos esse, pode iniciar um novo. Trabalhando no hospital, terá oportunidade de pesquisar em qual vai começar.” Souza fala animado. Samara, diante da reação dele, sorri e agradece. “Está certo. Pode aceitar a proposta.” Fala com firmeza na voz. “Maravilha! Vou ligar agora mesmo, aceitando. Espere aqui, enquanto ligo.” Fala levantando e pegando o telefone em sua mesa. Samara, aproveita para olhar a paisagem pela janela. Com um suspiro, ela deseja estar a
As crianças ficam caladas só escutando. “Eu também achei. Depois pensei que se trabalharmos de forma organizada, não será difícil.” Fala sorrindo. “Organizada, o quanto? Já imaginou, que temos muita coisa para levar? Isso é loucura.” Fala afobada. “Lembra de quando chegamos? Não tinha nada além da roupa. Então, preciso que todos me falem, o que acham da ideia que tive.” Ela atraiu a atenção de todos. “Não pretendo levar nada. Cada um pega, uma bolsa e escolhe o que mais gosta. Vamos comprar uma casa e teremos tudo novo. Só levarei meu material de trabalho e duas mudas de roupa. Quero mudar meu guarda-roupa.” “Gostei, vou adorar mudar tudo! Ter roupas novas é um luxo.” Plínia fala animada. “E vocês crianças, o que acham?” Ela pergunta preocupada. “Podemos conversar primeiro? Eu não sei responder.” Gabriel manifesta para ele e Isabel. “Sim. Mas conversam logo, os dias passam rápido.” As crianças levantam e saem correndo, Samara olha para Plínia. “Você, vai primeiro. Peça a So
Ao descerem no aeroporto, Samara procura com os olhos, sua amiga. Plínia, está de braço levantado, agitando para lhe chamar atenção. “Vamos? A madrinha de vocês, vai perder o braço de tanto agitar.” Fala sorrindo para os meninos. Samara mostra a eles, onde ela está, e faz um sinal para ela os pegar. Isabel e Gabriel, seguem por onde Samara mostrou, eles correm ao encontro de Ingrid. Samara vai pegar as malas, depois, vai ao encontro deles. “Como foi a viagem? Vocês estão bem? Estão com fome?” Ela pergunta, sem pausar, para as respostas. Os meninos caem na risada e olham para a mãe. Samara vira os olhos antes de responder. “Foi boa. Estamos bem e comemos durante o voo. Mais alguma pergunta?” Fala sorrindo. “Eu estava morrendo de saudades, foi a primeira vez que ficamos afastadas. Nunca mais quero fazer isso.” Fala abraçando a amiga, depois, de soltar os meninos. “Eu acredito, também sentimos sua falta. Vamos? Estou curiosa para conhecer a casa. As fotos ficaram ótimas, mas ve
Eles descem correndo, pegando o bebê e colocando em uma encubadora. Samara termina a sutura e os médicos pegam a paciente e a levam para a ambulância. “Qual o estado da paciente?” O médico pergunta.“Parece que está bem. Ela desmaiou. Tive que fazer o corte, sem anestesia. Por ser um parto na rua, verifiquem a segurança do corte. O bebê aparentemente está bem. Cuidem para não infeccionar.” Samara fala tirando o cartão do bolso e entregando ao médico. “Me liguem assim, que terminarem de atendá-la. Sei o risco de ter feito o parto. Mas, o cordão umbilical estava fora do lugar.” “Vamos! O senhor Mario sabe, onde estamos levando a paciente.” Fala fechando a porta e saindo correndo.Samara ajoelha no chão. Ela começa a tremer o corpo. Plínia entrega uma garrafinha a ela.“Beba. É vodca, vai te acalmar. Vou pegar suas coisas.” Samara vira tudo de uma vez. Plínia volta e a ajuda a ir para o carro. “Senhor? Tem algo para eu enrolar no corpo de Sam? Ela não pode ter contato com nada.”Ma
Eles se arrumam e pegam o carro, que está à disposição deles. Plínia vai mostrando o lugar a todos. Ao chegarem, eles percebem que o lugar está cheio.“Crianças, vamos comprar primeiro, minhas roupas, depois a de vocês. Não irei demorar, já tenho em mente o que preciso.”“Esta bem, podemos ficar no parquinho, enquanto faz sua compra?” “Claro. Mas não saiam da área marcada. Não vamos demorar.” Samara, paga os ingressos e eles entram. Ela acena e sai com Plínia.Samara encontra uma loja que vende roupas variadas, ela entra com Plínia. Uma vendedora, se aproxima para ajudar.“Quero ver, calça e blusas para o dia, e um conjunto social para noite, também um vestido, de preferência de cor discreta.” Samara é objetiva. A vendedora as leva ao departamento feminino. Ela escolhe suas roupas e depois vai experimentar.“Plínia, compre algo para você.”“Já comprei Sam, eu vinha aqui, quando não estava trabalhando.”Após escolher suas roupas, ela sai com algumas sacolas. “Comprou pouca roupa!”“
Daniel, apoia o queixo na mão. Ele levanta dizendo. “Vamos à casa delas agora. Não quero perder a oportunidade.” Fala apressado.“Senta Daniel. Elas, têm um contrato. Não vão fugir novamente, não podemos chegar e falar o que pensamos de forma que as deixem apavoradas, temos que agir com cautela. Estou sempre com a Plínia, e a doutora, começa a trabalhar depois, de amanhã. Temos que ter certeza, antes de agir.” Daniel senta, com as pernas tremendo.“Espero que esteja certo. Estamos procurando a mais de 7 anos. Se ela for, realmente, a Samara, vou garantir que nunca mais suma com meus sobrinhos.” Ele fala em um tom frio.“Vamos com calma, ok? Ela é uma pessoa boa, não podemos chegar assustando ela ou as crianças.”“O que sugere? Acha mesmo, que vou ficar parado tendo a oportunidade de encontrá-la?” Fala nervoso.“Esqueceu o que disse, no apartamento de seu irmão? Toda história tem dois lados. Não sabemos o que aconteceu para ela fazer isso. E se for a Samara que procuramos, quem garant
Perto de onde estão, um carro de vidro escuro está parado observando eles. Daniel, não conteve a curiosidade e foi observar Samara e as crianças. Ao vê-los levantar para sair, ele sai do carro para ver melhor. Samara, olha para os lados e seus olhos passam por Daniel, ela se assusta e as crianças percebem. “O que foi mamãe?” Isabel pergunta preocupada. Ela abaixa e faz um carinho no rosto deles. “Nada, meu amor, só assustei.” Fala em direção onde viu Denis. Mas não tinha ninguém. Ela se levanta e volta a escola que escolheram, após deixar tudo pronto, a diretora mostra as crianças a sala que vão ficar. Samara está pensativa e distraída. Com muito esforço, presta atenção a explicação. “Vocês iram começar nessa sala, é onde definimos para onde vão. Chamamos de sala de teste.” “Eu não quero ficar em sala diferente do meu irmão.” Isabel fala emburrada. “Meu bem, talvez fiquem juntos. Mas, se ficarem separados, será bom também. Vão poder contar sobre a sala onde estão. Dividir o qu