Perto de onde estão, um carro de vidro escuro está parado observando eles. Daniel, não conteve a curiosidade e foi observar Samara e as crianças. Ao vê-los levantar para sair, ele sai do carro para ver melhor. Samara, olha para os lados e seus olhos passam por Daniel, ela se assusta e as crianças percebem. “O que foi mamãe?” Isabel pergunta preocupada. Ela abaixa e faz um carinho no rosto deles. “Nada, meu amor, só assustei.” Fala em direção onde viu Denis. Mas não tinha ninguém. Ela se levanta e volta a escola que escolheram, após deixar tudo pronto, a diretora mostra as crianças a sala que vão ficar. Samara está pensativa e distraída. Com muito esforço, presta atenção a explicação. “Vocês iram começar nessa sala, é onde definimos para onde vão. Chamamos de sala de teste.” “Eu não quero ficar em sala diferente do meu irmão.” Isabel fala emburrada. “Meu bem, talvez fiquem juntos. Mas, se ficarem separados, será bom também. Vão poder contar sobre a sala onde estão. Dividir o qu
Samara chega no hospital, e procura pelo diretor.“Estava esperando esse dia! Será uma honra trabalhar com a senhora.” Ele fala animado.“Eu que me sinto honrada, trabalhar com sua equipe no novo hospital.” Fala com sinceridade.“Vou lhe mostrar as dependências, aqui o trabalho não para. Temos uma cota de atendimento para pessoas carentes, a fila de espera, é enorme. Estamos nos equipando, para usar em mais pessoas, os avanços que a senhora, apresentou. Estou curioso para saber, qual será seu próximo projeto.” “Estamos definindo ainda. O doutor Souza deve vir, para discutimos sobre o assunto.” Ela responde com um sorriso.“Falando sobre isso, sua equipe já está em andamento com sua nova invenção. Temos muitos pacientes, que vão se beneficiar, o dono do hospital, comprou todos os aparelhos para fazermos a fabricação, isso com a senhora responsável pelo laboratório.”“Vou me encontrar com eles, e ver como estão indo, quanto mais pessoas ajudar, será gratificante.” Os dois, fazem uma v
Plínia, cai sentada na cadeira. Ela arregala os olhos e fica horrorizada. Mario, que estava só acompanhando, toma a liberdade de falar.“Plínia, sei que deve estar surpresa em saber. Quando recebemos a notícia do acidente, Daniel deixou tudo e foi ver Denis. Ele estava muito mal, ao ver Daniel, abriu os olhos e falou sobre Samara e da gravidez. Disse que era filhos dele. Foram as únicas e últimas palavras. Descobrimos muita coisa, até que ele foi drogado na festa por Elsa. Devido a isso, ele não estava consciente ao deitar com ela. O que nunca soubemos, é porque ele estava fora da cidade e correndo como um louco. Sabemos que Samara deve ter fugido ao vê-lo na cama com outra. Estamos investigando, o motivo dele ter feito isso, mas até hoje, não sabemos. Por esse motivo, queremos conversar com Samara. Talvez ela possa explicar.” Mario conta tudo a ela.Plínia, volta no tempo. Ela fica sem resposta para eles. Como explicar, que Denis deve ter ido ao orfanato onde Samara viveu? Daniel pod
Ao chegar em casa, Plínia vai descansar. Samara cuida das crianças e depois vai ver sua amiga. “Me conte o que aconteceu! É estranho você reclamar de algo, pensando melhor, hoje você está estranha.” Fala pensativa. “Samara, agora minha cabeça está doendo, depois que as crianças dormirem, a gente conversa. Me deixa descansar um pouco. Vou melhorar logo.” Fala abatida. Samara, respeita Plínia e sai do quarto. Ela, após ajudar as crianças, faz uma sopa e leva para Plínia. “Tome essa sopa, vai te ajudar.” “Não precisava se preocupar.” Fala sentando na cama. Plínia pega na mão de Samara pedindo, que ela sente a seu lado. “Precisamos conversar. Passamos por muita coisa juntas, e não pretendo esconder nada de você.” Fala séria. “Estou começando a ter medo do que vai falar.” Samara fica preocupada. “A vida é estranha. Não adianta o caminho que seguimos, uma hora, tudo volta ao ponto de partida.” “Fale, Plínia. Está me deixando nervosa.” Ela responde. Plínia, começa a contar o que ac
Plínia a olha confusa, ela não comentava sobre o relacionamento com Denis.“Como assim? Não entendi.”“Em seus olhos, sempre teve algo estranho, era como uma dor que ele não queria falar. Guardava bem escondido. Uma vez perguntei, mas ele disse que estava enganada, que era feliz, sendo ele mesmo. Ele não gostava de falar e eu parei de me preocupar. Plínia, vou te contar um segredo.” Fala levantando e fechando a porta da cozinha. Plínia fica curiosa.“Eu estava pensando ser mãe de aluguel.” Fala sussurrando.“Mentira! Está de brincadeira!” Fala desacreditando.“Acha que iria mentir? Muitas pessoas usam esse recurso para terem filhos. E Denis me contou que tinha problema de ejaculação precoce. Por isso nunca teria filhos.” Fala baixinho.“Estudamos sobre isso. Me diga uma coisa, como as garotas ficavam com ele? Elas nunca comentaram sobre isso.” Plínia fala pensativa.“Ele fez uma cirurgia, então fingia para as garotas. Aquela, que as pessoas fazem nesse caso.” Fala fazendo gesto.“Por
Nesse momento, o elevador abre a porta e Mario indica o caminho para ela. Samara anda ereta, para disfarçar o nervosismo. Ao entrar na sala, a cadeira de Daniel, está de costa para a porta. “Daniel, a doutora Samara.” Mario fala, e ele vira a cadeira. Samara arregala os olhos. Daniel é idêntico a Denis. “Samara?” Daniel fala com sua voz rouca e baixa. “Sou eu.” Fala sem se mexer. Mario sai fechando a porta devagar. “Sente-se. Eu procurei por anos, encontrar você.” “Conheço a história. Plínia me contou.” Fala ainda de pé. “Então não preciso fazer rodeio. Quero meus sobrinhos.” Fala arrogante. Samara sente o sangue esquentar, mas respira antes de responder. “Posso saber, com qual direito? Quem lhe garante que são seus sobrinhos? Tenho um trabalho, uma casa. Minha vida é estável. Qual sua alegação para querer meus filhos? Tem provas? Eu tenho, pois gerei e cuidei de meus filhos.” Pergunta com uma voz sufocada. “Você tirou os direitos de Denis e os meus. Eles são parte da famí
Daniel sorri e pergunta a Plínia. “Eles são sempre assim?” “São. Ninguém diz que só tem 7 anos. Eles não dormem em quartos separados e fazem tudo juntos.’ “Madrinha, por que está com ele?” “Querido, eu estava nervosa para dirigir, Daniel me ofereceu carona, e aceitei. Quando chegarmos ao hospital, vocês vão estudar e ver televisão até a hora de dormir, vou levar o jantar para vocês. Não vou poder ficar no dormitório. Preciso que se comportem e ajudem.” “Está bem madrinha.” Eles falam com humildade. “Plínia, posso ficar com eles um pouco. Depois, os levo para o dormitório.” Daniel fala. “Não precisa. Eles já estão acostumados.” Fala desconfiada. “Eu levo eles para jantarem, não é saudável comerem lanche no jantar” “Madrinha, deixa a gente ir, senão vamos ficar presos no quarto.” Plínia olha com o coração apertado, ela acaba concordando. “Daniel, eles têm horários que devem seguir. Na hora que terminarem de jantar, vou até o quarto para arrumar eles para dormir.” Fala em um t
Ao terminarem, eles pedem suco natural. Daniel pede o mesmo.“Você mora onde?” Gabriel começa a perguntar.“Aqui na cidade. Esse hospital, é o primeiro que construí de grande porte. Tenho outros, mas não igual a esse.”“Você também é médico?” Pergunta surpreso.“Não, sou empresário. Eu invisto em hospitais e construo. Eu não seria um bom médico.” Fala sorrindo.“Nossa mãe é a melhor médica. Ela já salvou muitas pessoas e também trabalha inventando coisas, para ajudar os outros.” Gabriel fala com orgulho.“Eu sei. Por isso convidei ela para vir trabalhar aqui.”“Já conhecia mamãe?” Isabel pergunta.“Só como a doutora Sam, acompanhei tudo que ela fez. Os prêmios que ganhou, por isso, quis que trabalhasse para mim.”Isabel, aperta a mão do irmão, eles se comunicam sem precisar falar.“Já terminamos, vamos voltar? Precisamos fazer o dever de casa.”“Vamos. Se quiserem posso ajudar.” Fala para ganhar tempo com eles.“Não precisa, é fácil. Só deixamos a madrinha, e mamãe ver se está certo.”