Plínia, cai sentada na cadeira. Ela arregala os olhos e fica horrorizada. Mario, que estava só acompanhando, toma a liberdade de falar.“Plínia, sei que deve estar surpresa em saber. Quando recebemos a notícia do acidente, Daniel deixou tudo e foi ver Denis. Ele estava muito mal, ao ver Daniel, abriu os olhos e falou sobre Samara e da gravidez. Disse que era filhos dele. Foram as únicas e últimas palavras. Descobrimos muita coisa, até que ele foi drogado na festa por Elsa. Devido a isso, ele não estava consciente ao deitar com ela. O que nunca soubemos, é porque ele estava fora da cidade e correndo como um louco. Sabemos que Samara deve ter fugido ao vê-lo na cama com outra. Estamos investigando, o motivo dele ter feito isso, mas até hoje, não sabemos. Por esse motivo, queremos conversar com Samara. Talvez ela possa explicar.” Mario conta tudo a ela.Plínia, volta no tempo. Ela fica sem resposta para eles. Como explicar, que Denis deve ter ido ao orfanato onde Samara viveu? Daniel pod
Ao chegar em casa, Plínia vai descansar. Samara cuida das crianças e depois vai ver sua amiga. “Me conte o que aconteceu! É estranho você reclamar de algo, pensando melhor, hoje você está estranha.” Fala pensativa. “Samara, agora minha cabeça está doendo, depois que as crianças dormirem, a gente conversa. Me deixa descansar um pouco. Vou melhorar logo.” Fala abatida. Samara, respeita Plínia e sai do quarto. Ela, após ajudar as crianças, faz uma sopa e leva para Plínia. “Tome essa sopa, vai te ajudar.” “Não precisava se preocupar.” Fala sentando na cama. Plínia pega na mão de Samara pedindo, que ela sente a seu lado. “Precisamos conversar. Passamos por muita coisa juntas, e não pretendo esconder nada de você.” Fala séria. “Estou começando a ter medo do que vai falar.” Samara fica preocupada. “A vida é estranha. Não adianta o caminho que seguimos, uma hora, tudo volta ao ponto de partida.” “Fale, Plínia. Está me deixando nervosa.” Ela responde. Plínia, começa a contar o que ac
Plínia a olha confusa, ela não comentava sobre o relacionamento com Denis.“Como assim? Não entendi.”“Em seus olhos, sempre teve algo estranho, era como uma dor que ele não queria falar. Guardava bem escondido. Uma vez perguntei, mas ele disse que estava enganada, que era feliz, sendo ele mesmo. Ele não gostava de falar e eu parei de me preocupar. Plínia, vou te contar um segredo.” Fala levantando e fechando a porta da cozinha. Plínia fica curiosa.“Eu estava pensando ser mãe de aluguel.” Fala sussurrando.“Mentira! Está de brincadeira!” Fala desacreditando.“Acha que iria mentir? Muitas pessoas usam esse recurso para terem filhos. E Denis me contou que tinha problema de ejaculação precoce. Por isso nunca teria filhos.” Fala baixinho.“Estudamos sobre isso. Me diga uma coisa, como as garotas ficavam com ele? Elas nunca comentaram sobre isso.” Plínia fala pensativa.“Ele fez uma cirurgia, então fingia para as garotas. Aquela, que as pessoas fazem nesse caso.” Fala fazendo gesto.“Por
Nesse momento, o elevador abre a porta e Mario indica o caminho para ela. Samara anda ereta, para disfarçar o nervosismo. Ao entrar na sala, a cadeira de Daniel, está de costa para a porta. “Daniel, a doutora Samara.” Mario fala, e ele vira a cadeira. Samara arregala os olhos. Daniel é idêntico a Denis. “Samara?” Daniel fala com sua voz rouca e baixa. “Sou eu.” Fala sem se mexer. Mario sai fechando a porta devagar. “Sente-se. Eu procurei por anos, encontrar você.” “Conheço a história. Plínia me contou.” Fala ainda de pé. “Então não preciso fazer rodeio. Quero meus sobrinhos.” Fala arrogante. Samara sente o sangue esquentar, mas respira antes de responder. “Posso saber, com qual direito? Quem lhe garante que são seus sobrinhos? Tenho um trabalho, uma casa. Minha vida é estável. Qual sua alegação para querer meus filhos? Tem provas? Eu tenho, pois gerei e cuidei de meus filhos.” Pergunta com uma voz sufocada. “Você tirou os direitos de Denis e os meus. Eles são parte da famí
Daniel sorri e pergunta a Plínia. “Eles são sempre assim?” “São. Ninguém diz que só tem 7 anos. Eles não dormem em quartos separados e fazem tudo juntos.’ “Madrinha, por que está com ele?” “Querido, eu estava nervosa para dirigir, Daniel me ofereceu carona, e aceitei. Quando chegarmos ao hospital, vocês vão estudar e ver televisão até a hora de dormir, vou levar o jantar para vocês. Não vou poder ficar no dormitório. Preciso que se comportem e ajudem.” “Está bem madrinha.” Eles falam com humildade. “Plínia, posso ficar com eles um pouco. Depois, os levo para o dormitório.” Daniel fala. “Não precisa. Eles já estão acostumados.” Fala desconfiada. “Eu levo eles para jantarem, não é saudável comerem lanche no jantar” “Madrinha, deixa a gente ir, senão vamos ficar presos no quarto.” Plínia olha com o coração apertado, ela acaba concordando. “Daniel, eles têm horários que devem seguir. Na hora que terminarem de jantar, vou até o quarto para arrumar eles para dormir.” Fala em um t
Ao terminarem, eles pedem suco natural. Daniel pede o mesmo.“Você mora onde?” Gabriel começa a perguntar.“Aqui na cidade. Esse hospital, é o primeiro que construí de grande porte. Tenho outros, mas não igual a esse.”“Você também é médico?” Pergunta surpreso.“Não, sou empresário. Eu invisto em hospitais e construo. Eu não seria um bom médico.” Fala sorrindo.“Nossa mãe é a melhor médica. Ela já salvou muitas pessoas e também trabalha inventando coisas, para ajudar os outros.” Gabriel fala com orgulho.“Eu sei. Por isso convidei ela para vir trabalhar aqui.”“Já conhecia mamãe?” Isabel pergunta.“Só como a doutora Sam, acompanhei tudo que ela fez. Os prêmios que ganhou, por isso, quis que trabalhasse para mim.”Isabel, aperta a mão do irmão, eles se comunicam sem precisar falar.“Já terminamos, vamos voltar? Precisamos fazer o dever de casa.”“Vamos. Se quiserem posso ajudar.” Fala para ganhar tempo com eles.“Não precisa, é fácil. Só deixamos a madrinha, e mamãe ver se está certo.”
Daniel segue Pepe até o quarto.“Tragam soro, ela desmaiou de cansaço. Seu corpo está desidratado.”“E o diretor?” Daniel pergunta ao lado da cama.“Vai ficar bem. Sam conseguiu deter a hemorragia, ele entrou em colapso e se não fosse operado, poderia morrer.” Fala ajeitando Samara e ele mesmo colocando o soro.“Eu fico com ela.” Daniel fala.“Não precisa. Coloquei algo para dormir. Ela só ira acordar a noite. Mas o senhor quem sabe. Preciso voltar e dispersar o pessoal.”Pepe sai e Plínia entra. Ela tinha levado as crianças para a escola.“Daniel, soube o que aconteceu. Não precisa ficar aqui. Eu vou cuidar das crianças e a noite volto. Dormindo, ela não precisa de nada. Precisa resolver o problema com os repórteres, eles têm que sair daqui. Estão atrapalhando o trabalho do pessoal.”Daniel percebe que Plínia está certa. Ele olha Samara dormindo e fala com Plínia.“Me mantenha informado. Vou resolver com eles. Se precisar de algo avisa.” Fala saindo e fechando a porta suavemente.Sam
No final do dia, Daniel fica impaciente. Ele ficou resolvendo problemas o dia todo e não teve notícias do hospital.“Mario, vou sair. Preciso ir ao hospital. Se precisar me liga.” Fala arrumando suas coisas.Samara acorda com as crianças chegando. Ela fica surpresa ao ver Souza. As crianças sentam na cama e abraçam ela. Depois vão até Souza.“Tio, minha mãe salvou um montão de gente.” Isabel fala abraçada ao pescoço dele.“Fiquei sabendo. Vocês se comportaram?” Ele pergunta abraçando eles.“Claro! Fizemos tudo que a madrinha falou, não é madrinha?” Gabriel fala para ele.“Verdade meu amor. Vocês foram maravilhosos. Souza, soube que chegou assim que saí. Queria ter te visto.” Plínia fala abraçando ele.“Era para chegar mais cedo. Devido ao trânsito aéreo, demorei a embarcar. É um absurdo, até nisso tem trânsito.” Fala chateado.“Deve ser devido ao que aconteceu. Foi horrível, muitos feridos, familiares chegando. Enfim, o importante é que conseguimos. Não sei muito detalhes, estava no c