As crianças sobem para dormir. Samara desce após ter certeza que não vão levantar.Ela senta no sofá ao lado de Plínia.“Mocinha! Me explica o que foi aquela cena? Daniel estava com ciúmes por eu te carregar.”“Está maluco! Antes do acidente, eu briguei com ele. Como não teve tempo de rebater, quer fazer o tipo de patrão.” Fala descontraída.“Souza, muita coisa aconteceu. Daniel alega ser o tio das crianças. Ele é o irmão de Denis. É uma longa história.” Plínia fala.“Sério? Garota, como foi isso? Você não era de outra cidade?” Souza pergunta surpreso.Samara, pede que Plínia vigie as crianças e conta tudo para ele. Souza fica perplexo ao ouvir. “Isabel e Gabriel, já sabem? Como reagiram?”“Ainda não contei. Mas vou falar logo. Daniel não é paciente. Ele pode falar, causando problema com os meninos.” Fala preocupada.“Concordo. Tire o dia de folga amanhã. Eu vou para o laboratório e depois vamos conversar. Gostei do hospital e do doutor Pepe. Se todos forem assim, não terei problemas
Gabriel explica como aconteceu. “Estava entrando muita gente machucada, a madrinha estava preocupada e ele pediu para cuidar da gente. Ela não queria, mas você precisava dela. Depois, dormiu o dia todo! Acho que ela esqueceu. Nós também não falamos sobre isso depois.” Gabriel mostra sua lógica. Samara sente um desconforto, mas, agora precisa aceitar e continuar. “Vamos pular essa parte, resolvo com sua madrinha depois. Daniel alega ser o tio de vocês. Eu não o conhecia e nem conheço para responder às dúvidas que tiverem. Ele também nem me conhecia, mas foi ele quem fez o contrato comigo e Souza. Foi algo inesperado para todos. Eu não podia mais, deixar para depois. Ele viu todos no hospital hoje.” “Mãe, a gente desconfiou, mas esperamos você falar. Ele é estranho, precisamos de tempo para saber a verdade.” “Eu entendo, também é complicado dividir vocês com ele. Juntos vamos fazer uma forcinha, ok? Vamos dar uma chance a ele.” “Tudo bem. Como vai ser isso?” Isabel pergunta curio
Daniel é pego de surpresa. Era a intenção dele fazer isso. “Como um menino de 7 anos pode afirmar isso? Eu disse que quero fazer parte da família.” Fala indignado em ser descoberto.“Somos crianças, não somos bobos. Pesquisamos na internet. Você pode usar o dinheiro para tomar a gente. Mas nunca vamos te aceitar. Queremos ficar com nossa mãe. Só Denis, sabia quem era nosso pai. Mas ele está morto.” Gabriel fala com raiva. Isabel enche os olhos de lágrimas e abaixa a cabeça.“Viu? Fez minha irmã chorar. Não gostamos de você. Deve ser por isso, que seu irmão foi embora. Você é mau, não sabe fazer o certo.” Fala sentando e abraçando Isabel. Daniel fica paralisado. Primeiro foi Samara, agora seu filho. O que fez de errado? Ele olha para os dois e seu coração bate forte.“Você está certo. No início, realmente queria entrar na justiça e pegar vocês. Eu não sei lidar de outra forma. Mas agora juro que não farei isso. Só permita que eu me aproxime. Me deixe saber se sou o tio de vocês.” Fa
Ele está esperando sentado debaixo de uma árvore conversando com Plínia, ao seu lado duas bicicletas estão esperando. As crianças correm em direção a eles.“Tio, nossa bicicleta! Você lembrou!”“Nunca esqueço uma promessa. Hoje eu vou ensinar vocês a andarem.”“Souza, não precisava incomodar.” Samara fala com um sorriso.“Promessa amiga. Temos que cumprir.” Samara senta ao lado de Plínia e Samuel se afasta com as crianças.“Como foi com Daniel?” Ela pergunta a Samara.“Não foi. As crianças estavam com Mario, na lanchonete. Elas não comentaram nada durante a viagem.” “Fique tranquila, seus filhos são como você. Eles devem ter colocado Daniel no chinelo.” Fala dando uma risada.“Mario falou que ele queria jantar comigo. Falei que você iria marcar. Veja isso, resolva para mim.”“Ok. Vou ver a agenda. Tem preferencia de dia?” Pergunta abrindo o notebook.“Não. Souza tem jeito com crianças. Olha como se divertem.” Fala olhando para eles. Plínia, olha para ela e pergunta.“Os dois seriam u
Souza senta ao lado de Plínia.“Sabe dizer se existe alguma chance entre eles?”“Samara sempre foi calada, ela nunca falou ou deixou seus sentimentos a mostra. Denis foi um amigo importante, na minha opinião, acho que deve mexer com ela sim. Ele é muito parecido. Mas, vamos deixar esse assunto. Samara nunca irá contar o que sente.” Os dois sobem para dormir.Souza vai com Samara levar as crianças e depois vai para o laboratório, ela segue para o hospital.Diante de todos que a param, ela fala a mesma, coisa, que trabalharam em equipe. Samara vai ver o diretor.“Bom dia, Sam. Que bom que descansou! Eu fiquei preocupado.”Ele fala com a voz baixa.“Fico feliz em ver que está se recuperando bem. Precisamos conversar.” Fala sentando em uma cadeira perto dele.“Já sei o que vai falar. Eu não posso mais trabalhar como médico.”“Sim. O senhor deve descansar e não passar mais pelo stress de atendimento. Lamento por isso.” Ela fala com simpatia.“Eu vou ficar só como diretor. Já tinha convers
Souza e Plínia se assustam com a entrada dela.“Onde foi o acidente?” Souza pergunta assustado.“Bobo. Eu senti frio e entrei rápido. Antes que perguntem, o jantar foi bom e Daniel se desculpou. Ele quer apenas se aproximar das crianças. Vou subir, levanto cedo amanhã. Boa noite!” Samara fala tudo rápido e sobe, deixando os dois sem entender nada.“Eu hem! Nem ia perguntar nada, só ia falar do projeto.” Souza fala sentando.“Ela deve estar nervosa ainda. Seu medo era Daniel tentar pegar as crianças.” Fala tranquilamente.“Se esta falando, quem sou eu para dizer o contrário. Vamos ver o notebook dos meninos. Vou te ajudar.”Samara entra no quarto, com o corpo quente. Ela nunca sentiu isso, é novo para ela. Daniel é irmão de Denis. Samara se recompõe.“É isso. Ele pode ser o tio dos meus filhos. Não posso deixar outro sentimento entrar em mim. Deve ser por parecer com Denis, é apenas uma besteira como foi na faculdade.” Fala tirando a roupa e indo tomar banho. Daniel volta para casa, c
Os dois seguem direções diferentes. Samara entra no laboratório e se arruma com as roupas adequadas. Ela vai até Souza. “Como estão se saindo?” Pergunta a ele. “Estamos quase conseguindo. Esses equipamentos, são fáceis, mas exige um conhecimento para operar. Paramos para estudar cada um.” Fala se ajeitando e levando Samara para o escritório. “Eu tenho estudado também. Mas não encontrei dificuldade.” Ela fala para ele. “Você não conta. Tem mente fotográfica. Po isso é tão inteligente. Os garotos que estão sofrendo.” Fala dando uma risada. “Com sua explicação, eles aprendem rápido.” Samara sorri para Souza. “Mudando de assunto. Soube que vai jantar com Daniel!” Fala olhando para ela. “Não sou eu, a convidada e sim as crianças. Só estarei presente para ajudar.” Fala sem graça. “Sam! Não sente nada ao olhar para ele? Nem uma lembrança de Denis?” Souza pergunta curioso. Samara, fica calada antes de responder. Ela se ajeita. “Souza, Denis foi um grande amigo de faculdade. Muita ge
O garçom se aproxima. “Senhora, quando as crianças quiserem descobrir o castelo, podem trocar de roupa, temos fantasias para todos. A senhora e seu marido, podem acompanhar ou deixar a nossa guia levar.” Samara se agita, quando vai responder, Daniel fala na frente. “Vamos deixar as crianças decidirem. Obrigado por avisar.” Fala indo para a mesa reservada. “Daniel! Você deixou ele pensar que eramos casados!” Fala aborrecida. “Não se preocupe, não faz diferença explicar. As pessoas falam e pensam o que quiserem. Melhor pensar que somos um casal, do que imaginarem algo errado.” Fala ao puxar a cadeira para ela e depois para as crianças. “Mas isso é errado, minha mãe não é casada com você.” Gabriel fala apoiando a mãe. “Sabemos disso. Mas não adianta explicar algo, o que eles já decidiram. As pessoas não são como a gente. O certo, era ele não tirar conclusão precipitada. Temos que preservar o respeito das pessoas pela sua mãe.” Gabriel, pensa e depois fica calado. Samara perde tod