As crianças ficam caladas só escutando. “Eu também achei. Depois pensei que se trabalharmos de forma organizada, não será difícil.” Fala sorrindo. “Organizada, o quanto? Já imaginou, que temos muita coisa para levar? Isso é loucura.” Fala afobada. “Lembra de quando chegamos? Não tinha nada além da roupa. Então, preciso que todos me falem, o que acham da ideia que tive.” Ela atraiu a atenção de todos. “Não pretendo levar nada. Cada um pega, uma bolsa e escolhe o que mais gosta. Vamos comprar uma casa e teremos tudo novo. Só levarei meu material de trabalho e duas mudas de roupa. Quero mudar meu guarda-roupa.” “Gostei, vou adorar mudar tudo! Ter roupas novas é um luxo.” Plínia fala animada. “E vocês crianças, o que acham?” Ela pergunta preocupada. “Podemos conversar primeiro? Eu não sei responder.” Gabriel manifesta para ele e Isabel. “Sim. Mas conversam logo, os dias passam rápido.” As crianças levantam e saem correndo, Samara olha para Plínia. “Você, vai primeiro. Peça a So
Ao descerem no aeroporto, Samara procura com os olhos, sua amiga. Plínia, está de braço levantado, agitando para lhe chamar atenção. “Vamos? A madrinha de vocês, vai perder o braço de tanto agitar.” Fala sorrindo para os meninos. Samara mostra a eles, onde ela está, e faz um sinal para ela os pegar. Isabel e Gabriel, seguem por onde Samara mostrou, eles correm ao encontro de Ingrid. Samara vai pegar as malas, depois, vai ao encontro deles. “Como foi a viagem? Vocês estão bem? Estão com fome?” Ela pergunta, sem pausar, para as respostas. Os meninos caem na risada e olham para a mãe. Samara vira os olhos antes de responder. “Foi boa. Estamos bem e comemos durante o voo. Mais alguma pergunta?” Fala sorrindo. “Eu estava morrendo de saudades, foi a primeira vez que ficamos afastadas. Nunca mais quero fazer isso.” Fala abraçando a amiga, depois, de soltar os meninos. “Eu acredito, também sentimos sua falta. Vamos? Estou curiosa para conhecer a casa. As fotos ficaram ótimas, mas ve
Eles descem correndo, pegando o bebê e colocando em uma encubadora. Samara termina a sutura e os médicos pegam a paciente e a levam para a ambulância. “Qual o estado da paciente?” O médico pergunta.“Parece que está bem. Ela desmaiou. Tive que fazer o corte, sem anestesia. Por ser um parto na rua, verifiquem a segurança do corte. O bebê aparentemente está bem. Cuidem para não infeccionar.” Samara fala tirando o cartão do bolso e entregando ao médico. “Me liguem assim, que terminarem de atendá-la. Sei o risco de ter feito o parto. Mas, o cordão umbilical estava fora do lugar.” “Vamos! O senhor Mario sabe, onde estamos levando a paciente.” Fala fechando a porta e saindo correndo.Samara ajoelha no chão. Ela começa a tremer o corpo. Plínia entrega uma garrafinha a ela.“Beba. É vodca, vai te acalmar. Vou pegar suas coisas.” Samara vira tudo de uma vez. Plínia volta e a ajuda a ir para o carro. “Senhor? Tem algo para eu enrolar no corpo de Sam? Ela não pode ter contato com nada.”Ma
Eles se arrumam e pegam o carro, que está à disposição deles. Plínia vai mostrando o lugar a todos. Ao chegarem, eles percebem que o lugar está cheio.“Crianças, vamos comprar primeiro, minhas roupas, depois a de vocês. Não irei demorar, já tenho em mente o que preciso.”“Esta bem, podemos ficar no parquinho, enquanto faz sua compra?” “Claro. Mas não saiam da área marcada. Não vamos demorar.” Samara, paga os ingressos e eles entram. Ela acena e sai com Plínia.Samara encontra uma loja que vende roupas variadas, ela entra com Plínia. Uma vendedora, se aproxima para ajudar.“Quero ver, calça e blusas para o dia, e um conjunto social para noite, também um vestido, de preferência de cor discreta.” Samara é objetiva. A vendedora as leva ao departamento feminino. Ela escolhe suas roupas e depois vai experimentar.“Plínia, compre algo para você.”“Já comprei Sam, eu vinha aqui, quando não estava trabalhando.”Após escolher suas roupas, ela sai com algumas sacolas. “Comprou pouca roupa!”“
Daniel, apoia o queixo na mão. Ele levanta dizendo. “Vamos à casa delas agora. Não quero perder a oportunidade.” Fala apressado.“Senta Daniel. Elas, têm um contrato. Não vão fugir novamente, não podemos chegar e falar o que pensamos de forma que as deixem apavoradas, temos que agir com cautela. Estou sempre com a Plínia, e a doutora, começa a trabalhar depois, de amanhã. Temos que ter certeza, antes de agir.” Daniel senta, com as pernas tremendo.“Espero que esteja certo. Estamos procurando a mais de 7 anos. Se ela for, realmente, a Samara, vou garantir que nunca mais suma com meus sobrinhos.” Ele fala em um tom frio.“Vamos com calma, ok? Ela é uma pessoa boa, não podemos chegar assustando ela ou as crianças.”“O que sugere? Acha mesmo, que vou ficar parado tendo a oportunidade de encontrá-la?” Fala nervoso.“Esqueceu o que disse, no apartamento de seu irmão? Toda história tem dois lados. Não sabemos o que aconteceu para ela fazer isso. E se for a Samara que procuramos, quem garant
Perto de onde estão, um carro de vidro escuro está parado observando eles. Daniel, não conteve a curiosidade e foi observar Samara e as crianças. Ao vê-los levantar para sair, ele sai do carro para ver melhor. Samara, olha para os lados e seus olhos passam por Daniel, ela se assusta e as crianças percebem. “O que foi mamãe?” Isabel pergunta preocupada. Ela abaixa e faz um carinho no rosto deles. “Nada, meu amor, só assustei.” Fala em direção onde viu Denis. Mas não tinha ninguém. Ela se levanta e volta a escola que escolheram, após deixar tudo pronto, a diretora mostra as crianças a sala que vão ficar. Samara está pensativa e distraída. Com muito esforço, presta atenção a explicação. “Vocês iram começar nessa sala, é onde definimos para onde vão. Chamamos de sala de teste.” “Eu não quero ficar em sala diferente do meu irmão.” Isabel fala emburrada. “Meu bem, talvez fiquem juntos. Mas, se ficarem separados, será bom também. Vão poder contar sobre a sala onde estão. Dividir o qu
Samara chega no hospital, e procura pelo diretor.“Estava esperando esse dia! Será uma honra trabalhar com a senhora.” Ele fala animado.“Eu que me sinto honrada, trabalhar com sua equipe no novo hospital.” Fala com sinceridade.“Vou lhe mostrar as dependências, aqui o trabalho não para. Temos uma cota de atendimento para pessoas carentes, a fila de espera, é enorme. Estamos nos equipando, para usar em mais pessoas, os avanços que a senhora, apresentou. Estou curioso para saber, qual será seu próximo projeto.” “Estamos definindo ainda. O doutor Souza deve vir, para discutimos sobre o assunto.” Ela responde com um sorriso.“Falando sobre isso, sua equipe já está em andamento com sua nova invenção. Temos muitos pacientes, que vão se beneficiar, o dono do hospital, comprou todos os aparelhos para fazermos a fabricação, isso com a senhora responsável pelo laboratório.”“Vou me encontrar com eles, e ver como estão indo, quanto mais pessoas ajudar, será gratificante.” Os dois, fazem uma v
Plínia, cai sentada na cadeira. Ela arregala os olhos e fica horrorizada. Mario, que estava só acompanhando, toma a liberdade de falar.“Plínia, sei que deve estar surpresa em saber. Quando recebemos a notícia do acidente, Daniel deixou tudo e foi ver Denis. Ele estava muito mal, ao ver Daniel, abriu os olhos e falou sobre Samara e da gravidez. Disse que era filhos dele. Foram as únicas e últimas palavras. Descobrimos muita coisa, até que ele foi drogado na festa por Elsa. Devido a isso, ele não estava consciente ao deitar com ela. O que nunca soubemos, é porque ele estava fora da cidade e correndo como um louco. Sabemos que Samara deve ter fugido ao vê-lo na cama com outra. Estamos investigando, o motivo dele ter feito isso, mas até hoje, não sabemos. Por esse motivo, queremos conversar com Samara. Talvez ela possa explicar.” Mario conta tudo a ela.Plínia, volta no tempo. Ela fica sem resposta para eles. Como explicar, que Denis deve ter ido ao orfanato onde Samara viveu? Daniel pod