Capítulo 12. Os dias passaram.
Era muito difícil viver longe de tudo que era meu. Nunca pensei que sentiria falta da alcateia, mas me enganei, pois eu sentia muita falta. Nos seis meses posteriores à minha saída da alcateia, ainda me encontrava bastante machucada. Minhas noites ainda eram assombradas pela imagem de Talita deitada no chão daquela floresta coberta de sangue; evitava dormir ao máximo só para não ter aqueles pesadelos. Sentia falta do meu irmão Túlio a cada segundo do dia. Queria ter tido a oportunidade de ter trazido comigo pelo menos meus livros no dia em que saí da alcateia, mas, pelo que eu conhecia do meu pai, sabia que ele descontou a raiva e a desilusão por perder sua filha preferida nos meus livros. Ele tentaria me fazer sentir pelo menos um pouco da dor que ele sentiu. Só que não haveria dor pior do que ver sua irmã ser morta à sua frente e você não poder salvá-la.

Um ano e meio depois, eu já morava em um pequeno apartamento. Ele era bem pequeno, mas aconchegante. Tinha poucos móveis, mas era
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