~~CAPÍTULO 2~~
KATHERINE Desespero se instalou no meu corpo, procurando alivio com um banho gelado seguido de chá verde para acalmar os nervos. Está noite foi estranha, levantei da sala e fui até a varanda, vi alguns guardas armados andando tranquilamente enquanto fumam e conversam, sento-me na cadeira de balanço e olhei para o horizonte enquanto processo os últimos acontecimentos, deslizei o pé no chão e a cadeira balançou. Primeiro dia em Nova Iorque e meus pensamentos estão confusos: Meu suposto marido não dividir a cama comigo. Estou em dívida com o perigoso chefe da máfia Pablo Romano. Francesco me ousou para conseguir um cargo maior. Por fim, Dante terminou a noite com a chave de ouro deixando-me mais confusa. Suspirei fundo e ergue minha estrutura corporal e olhei para o muro da mansão, notando uma lamborghini vermelha estacionada do outro lado no limite do muro. Ficando de pé, os batimentos frenéticos do meu coração pararam. Pablo Romano, estava ali, parado olhando em direção a minha janela, ele ainda está vestindo o mesmo terno da festa. — Menina Katherine. Mona chamou, aparecendo na varanda com uma xicara de chocolate quente e alguns biscoitos na bandeja. Quando olhei em direção ao final do muro, Pablo entrou no carro e desaparece da minha visão. — Tudo bem? Mona questionou, balancei a cabeça e entrei no quarto. — Sim Mona, como sabia que eu ainda não dormi? — Entrei no quarto da bambina e vi sentada na varanda. Ela encolheu os ombros em resposta, acho que eu estava muito distraída para não notar seus movimentos, é muito compreensível eu não ter ouvido nada. Sentada na cama com uma xicara de chocolate quente na mão, Mona olhou para me com seus olhos brilhados. — Vá descansar Mona. Cruzei pés uma cima da outra como se eu quisesse fazer ioga, dei um gole na bebida quente e sorri para ela. — Menina vai ficar bem? — Claro que vou. Não se preocupe, eu sei cuidar de mim. Afirmei. Mona acenou antes de se retirar do quarto e fechar a porta atrás de si, balancei os ombros e expirei profundamente enquanto termino de beber. Suavemente, fechei os olhos e encerrei o dia. Meu corpo agradeceu. E finalmente eu dormi. Quando amanheceu, acordei com o sol invadindo minha janela e atingindo meu rosto, tirei cobertores do meu corpo e desci da cama automaticamente. Depois de tomar banho e limpar meu corpo, escolhi calças jeans claras e uma blusa barriga fora, composto por fios que passam por ela. Desço os degraus das escadas suavemente no conforto das minhas sapatilhas, quando vejo a mesa comporta para mais de duas pessoas. Visitas. — Querida, como foi sua noite? Francesco questionou surgindo do nada na sala vestido seu terno. — Muito bem. Limitei-me a responder, um grupo de empregados surgiu na sala de estar, Mona, com sua estrutura corporal pequena quase passa despercebido entre eles. — Querida, estes são nossos empregados. Ele apresentou-me dois cozinheiros, 4 faxineiras, dois jardineiros. — Bom, sua dama de companhia chegou. Não precisei virar o rosto para sentir aquele perfume da noite anterior, levantei uma sobrancelha e questionei: — Tem a certeza que quer deixar sua esposa sobre os cuidados da sua amante? Minha questão o atingiu de surpresa, ele engoliu seco antes de dispensar seus empregados da sala. — Olhe como fala comigo em frente aos empregados. — Vai fazer o quê? Francesco? Esqueceu que sou sua grande moeda de troca para obter um cargo? Rebati. — Você casou comigo, me entregou sua pureza, nenhum homem aceitará um objeto tocado. — Tenho dignidade. — Não te servirá de nada quando sua família expulsá-la de casa ou executá-la, você querida, é minha, queira ou não. — Francesco. O tom feroz de Pablo fez meu corpo estremecer, o rosto de Francesco mudou de amarelo para branco polido, ele tem medo do seu amigo. É evidente o terror nos seus olhos. — Eu quero Mona como minha companhia. Eu disse sem virar para trás. — Ela é uma velha. — Eu quero ela, e quero aquela vagabunda fora desta casa. — Querida nossos convidados chegaram, podemos conversar depois sobre problemas domésticos? — Os senhores Romanos não se importaria, eles são seus amigos, acho que eles já viram e ouvira de tudo, não se importaria de ouvir meia dúzias de palavras sobre meu marido infiel, claro, eles são cumplices da sua infidelidade. — Você está me envergonhando Katherine, baixe seu tom de voz. Francesco murmurou irritado mas não se atreveu a fazer nada na frente dos seus amigos — Fique com a velha, não reclame dela depois. Virei meu corpo e olhei para nossos convidados, Dante estava trocando olhares com seu irmão, nenhum dos dois parecia satisfeito. — Bom dia, Dante é bom vê-lo novamente. — Senhorita Ricci. Dante respondeu com um leve aceno, diferente do seu irmão que me fuzilou com seu olhar mortal. — Por favor, tomem café conosco. — Viemos falar de negócios. Esclareceu Pablo. Engolida pelo sufoco causado pelos olhares ameaçadores, segui meu rumo até meu quarto. — Menina Katherine... — Você me conhece Mona? Eu questionei me recordando das palavras de Dante, se todos me conhecem porque eu não tenho nenhuma memoria deles ou sobre minha vida aqui. — Quero dizer, antes de eu me casar. — Sim. — Pablo me conhece? — Eu não posso falar sobre isso menina. Seus ombros encolheram, Mona deixou bandeja na mesa quando alguém b**e a porta interrompendo-nos. — Senhorita Katherine, seu carro chegou. Me levantei imediatamente da poltrona feliz que meu bebê tenha chegado tão rápido, o prazo estimado era de duas semanas e não de dois dias. Desço os degraus das escadas dois por dois até terminar, atravessei a sala e abro a porta. Meu bebê, está estacionado em frente a porta, sem sequer um arranhão. — Quer dar uma volta? Eu questionei a Mona, entrei no carro e girei as chaves do carro, automaticamente ganhou vinda e todos os painéis ficaram ligados. — Entre logo Mona. Ela hesitou no primeiro instante, entretanto ela abriu a porta do carro e entrou, Mona colocou o cinto de segurança, dei marcha ré e sai dirigindo a todo vapor, mesmo sem conhecer o caminho, o cheiro de liberdade é gritante. Há muitos lugares para explorar, pessoas por conhecer, pessoas para amar... que loucura.~~CAPÍTULO 3~~KATHERINEErgui os ombros, sentindo o frio tranquilizador do metal contra a cintura, onde enfiara a pequena Beretta e cobri com um top amarelo simples. Além das chaves do meu Mustang conversível vermelho, eu não carregava nada, mantendo as mãos livres e o telefone no bolso das calças pretas largas. Depois do último mês, tingi meus cabelos loiros para castanhos, tentando afastar os restos sombrios do encontro. Eu fazia isso com frequência mudava a cor do cabelo. Com tanto em minha vida que eu não conseguia controlar, eu gostava de dar as ordens quando se tratava da minha aparência. Meus novos cachos escuros estão presos em um rabo de cavalo alto e meus óculos estavam empoleirados no nariz. Tinha dito ao meu marido que estava indo fazer compras na cidade, parti antes que os capangas dele pudessem me alcançar. Eu já havia feito isso várias vezes no passado para angariar nada além de olhares de advertência dele. Francesco não se importava comigo, eu sou apenas sua e
~~CAPÍTULO 4~~KATRERINE Pisei fundo o chão branco da maldita mansão que moro, em um mês eu estava arrependida de ter me casado, de ter vindo morar aqui, de estar longe dos meus pais e todos que amo.Subi os degraus das escadas atravessando o corredor até meu quarto e mundo particular.— Menina Katherine, tudo bem?Mona entrou no quarto carregando em suas mãos uma bandeja de lanche, abro meu laptop e digito uma mensagem para minha querida mama. Fecho o laptop e dou duas sacudidas na cama para Mona sentar ao meu lado.— Alguém tentou me matar.Murmurei para ela cautelosamente tentando digerir o que estou para dizer em seguida.— Pablo me salvou e o clima ficou muito estranho entre nós.Seu rosto ficou pálido, não sei por qual dos motivos que mencionei, olhei em volta das paredes me certificando que não há nenhuma câmera de segurança em torno do meu quarto. Não, paranoicas. Eu coloquei uma escuta e câmera no escritório do meu marido, ele não tem cérebro suficiente para fazer is
Endireitando a coluna, mantendo os olhares bloqueados, eu caminhei silenciosamente de volta para a mesa, ciente da maneira como os olhos dele a seguravam e os meus nos dele a cada passo, ciente da maneira como meu sangue pulsava em seus ouvidos. Os sons do restaurante escureceram em nada além de um zumbido distante quando ele se recostou na cadeira como se tivesse o direito de olhar para mim, muito menos encarar. Foi uma invasão. Eu revidei em espécie, sentando-me. Eu podia sentir as mãos dele mantendo-me cativa naquele olhar. Eu podia sentir o corpo duro dele pressionando o meu naquele olhar. Eu podia sentir a frieza de suas ameaças deliberadas naquele olhar. O meu peito quase arfava. Eu controlei. Uma gota de suor percorreu na minha espinha, esfriando o ar frio e fazendo um pequeno arrepio percorrer no meu corpo. Um arrepio que, aparentemente, ele detectou a três mesas abaixo, porque enquanto eu tremia, meus olhos brilharam com algo, algo que eu não podia colocar em pala
~~CAPÍTULO 5~~KATHERINEEu estou no quarto me arrumando para dormir quando ouço duas batidas na porta e a maçaneta da porta girar, no entanto ela está trancada. Tranco a porta quando desejo dormir para não ser incomodada ou invadida pelo porco do meu marido. Atravessei a sala e destranquei a porta.— Por que trancou a porta?Francesco questionou mirando seu olhar para os cômodos do quarto, quando ele quis entrar, bloquei com a porta.— Primeiro, o quarto é meu, faço o que desejar nele, segundo, não lhe dei autorização para entrar e terceiro, qual é o motivo da sua visita?— Eu sou seu esposo.— Sério?Minha voz de deboche deixou bem claro que eu estava cansada dessas conversas sem sentido sobre sua posse comigo. — O que Pablo queria consigo?Levantei uma sobrancelha escura integrada com sua questão.— Quem disse que ele queria algo comigo?Eu questionei aborrecida descaradamente.— Seu guarda costas foi neucateado por ele.— Engraçado, o imprestável do seu segurança afi
Seus olhos se voltaram para minha faca, antes de voltar para os meus, seu queixo desalinhado relaxado, toda a sua postura não ameaçadora. Mas eu sabia melhor. Ela aprendeu a rapidez com que ele trocou em primeira mão, e não tinha a menor intenção de respirar com facilidade, desde que ele estivesse a pelo menos de um metro e meio de mim. Ele não falou uma palavra, apenas olhando para me com aqueles olhos enervantes. Eu sabia o que ele estava tentando fazer. Agitar-me. E mesmo que funcionasse, eu não deixei transparecer. — A maneira como você escalou as paredes.Comecei, em um tom de conversa tão falso que eu podia revirar os olhos.— Você acabou de confirmar o que eu sempre soube que você era. Ele apenas levantou uma sobrancelha solitária. — Um predador.Eu forneci, sorrindo vigorosamente para ele. O lado de seu lábio com a maldita cicatriz se contraiu, seus olhos nunca perdendo a dureza. — Predador. — Ilusões de grandeza.Eu assenti, ignorando a maneira como a inte
~~CAPÍTULO 6~~KATHERINE“Vamos nos encontrar hoje à noite no clube. 19:00h. Vou esperar por você na sala VIP”. Assinado: Dante Romano.ostrei a mensagem a Mona, nós estamos no jardim, tomando sol enquanto ela me faz companhia com seus deliciosos sucos e lanches. Ela bebericou do seu suco, brincando com seu chapéu de sol, com certeza ela dirá para que eu não vá que é um grande problema.Mas.Eu fingirei que não ouço seus avisos e irei do mesmo jeito porque eu sou teimosa, saudades de Itália, casa, quando sol abri para beijar nossos corpos imundando com seu calor gracioso. Nova Iorque é intenso, até o sol que beija nossos corpos, o frio ao anoitecer também é intenso, como a escuridão dos becos sombrios e sangrentos.Saudades de casa.— O que irá vestir?Levantei minha sobrancelha escura, surpresa por não receber um sermão por desejar ir a uma boate sem meu marido.— Você não me ouviria.Levantei o tronco do meu pescoço exibindo meu orgulho descarado, desviei o olhar, olhand
Começou Dante, colocando um sorriso de garoto em seu rosto, levou uma mão para seus cabelos. As vezes ele parece um garoto da sua idade e outras vezes, um homem aterrorizador.— Eu sei que você solicitou que ele não estivesse presente, então eu não disse a ele onde nos encontraríamos. Ele acabou de chegar alguns minutos com Elena. Seu tom era um pouco de desculpas, mesmo quando seus olhos castanhos se moveram atrás de me, uma sombra piscando em seu rosto enquanto observava o que estava acontecendo em um silêncio sombrio. A sombra era por causa de seu irmão de sangue ou por causa da mulher? Eu pigarrei, trazendo os olhos escuros de volta para mim. As sombras clarearam quando seus olhos se fecharam, sua expressão era de interesse educado, uma que eu tinha certeza de que ele usava há muito tempo. — Podemos nos concentrar no trabalho? — É claro. Ele assentiu, recostando-se nas almofadas enquanto uma garçonete trazia alguns aperitivos. — Gostaria
— Porra!O palavrão rosnado me fez abrir os olhos e olhar para ele novamente, apenas para cambalear sob a força do ódio que eu podia ver queimando o azul, queimando sua pele. Eu o senti observando-me, mas não tinha ideia de como ele estava me observando. Seus olhos estavam ardendo com isso odiando o tempo todo? Foi por isso que minha pele formigou? A minha respiração ficou presa na garganta, a percepção de que ninguém me odiava como ele surgindo. Eu tentei abrir a boca, perguntar-lhe por que ele me desprezava, onde estava enraizada, mas meus lábios se recusaram a cooperar. A mão em meu queixo sacudiu a cabeça, trazendo meu foco de volta para aqueles olhos ardentes, meu coração martelando no peito enquanto minha pele ficava mais quente sob o toque dele, sonolência lutando com um foco implacável. — Eu não vou salvá-la de novo.Ele murmurou entre dentes, o olhar lívido, a outra mão puxando o telefone, o curativo enrolado na palma da mão onde ele havia se c